Júlia narrando:
O relógio como de costume despertou ás 6:30am e foi parar na parede, levantei da cama com muito custo e fui tomar meu banho matinal, fazia frio naquela manhã, coloquei a primeira roupa que vi na frente e desci.
Não, eu não fazia faculdade, reprovei no vestibular no ano passado e desde então como diz minha mãe, fico em casa ou fervendo por aí com os meus amigos, mas hoje eu estava sendo obrigada a ir até uma reunião chata da empresa do meu pai e ele fazia questão que a família toda estivesse lá, no caso, eu e minha mãe...
Adentrei a sala de jantar e os dois tomavam café da manhã animados:
- bom dia filha. - Minha mãe disse sorrindo eneu forcei outro sorriso.
- bom dia.
- eu sei que odeia acordar cedo, mas voce deveria agradecer por acordar.
Meu pai e minha mãe tinham essa mania maravilhosa de tudo que acontece é por que o universo conspirou para acontecer, eles dispunham de um papel muito importante na igreja e faziam questão de estar lá todos os domingos, eu ia junto, pois segundo eles, eu tinha que dar o exemplo, nuncs servi pra dar exemplos bons.
A casa era inteira cheia de frases, a cada parede que olhassem teria um quadrinho com alguma frase motivadora que meud pais faziam questão de me dizer toda manhã, como a "você deveria agradecer por acordar". Eu respeitava isso neles, até por que, pelo fato de eu não fazer o estilo menina certinha era aí sim que eles queriam que eu morasse dentro da igreja. Mas eu os amava, então fazia o possível pra não ser tão pecadora na vida (risos).
- claro pai, a reunião vai demorar muito? Pois tenho um compromisso importantíssimo. - eu disse dando um gole no suco de laranja.
- compromisso? Minha filhinha ta assumindo responsabilidades. - Minha mãe disse.
- que compromisso? - meu pai perguntou.
- vou ajudar a Lúcia e a mãe dela no bazar de caridade. - menti.
- que ótimo querida, a reunião demorará apenas 1 hora, quase nada. - Meu pai disse.
Eu iria estar com Lúcia sim, mas não pra bazar de caridade, apenas para dar o troco no ex namorado dela que a traiu na maior cara dura com a Sabrina minha "GRANDE AMIGA", ela sempre foi acostumada a ficar com os nossos restos, até os boy do Bruno ela já pegou, para ver aonde o nível descarado da pessoa é capaz de chegar, mas até entendo a situação dela, ela é tão rodada que ja nem é mais novidade para os garotos.
Mas esse nem era o pior defeito dela, até porque nem acho que ficar com quem quiser sendo solteira seja um defeito, mas a Sabrina era mau caráter, ela adorava ter todos os seu redor na palma de sua mão, dependendo dela seja lara o que for. E ela é má, ela é capaz de tudo, tudo mesmo para conseguir o que ela quer ou ferrar com alguém. Eu sabia que ela não gostava de mim, somos amigas faz muito tempo, desde a época da escola e ela usava óculos e aparelho nos dentes, já viu época de escola com moleque i****a? Então, eles sempre preferiam ficar comigo, a amoga bonita, e desprezavam ela. Mas isso não era culpa minha, eu sempre tentava arrumar alguém para ela no final das contas.
Até que teve um dia que ela quis mudar e eu a ajudei, a transformei em outra pessoa, ela tirou o aparelho dos dentes, começou a usar lente de contato, roupas mais curtas e decotadas, o corpo dela sempre foi lindo, mas ela escondia por vergonha. Enfim. Eu criei Sabrina Biassio, mas me arrependi mais tarde. Ela passava o rodo na escola inteira, era super m*l falada pelos alunos e até pelos professores, e eu fiquei m*l falada junto né.
Sim eu adorava me divertir com meus amigos, e claro que quando eu me interessava pelo gato eu ficava, mas eu e Sabrina tínhamos uma coisa diferente. Eu não fazia qualquer coisa para me aparecer. Ela é aquele tipo de amiga cobra que ama um holofote para ela. E não aceita que eu sou bem mais top hahaha.
Minha mãe parou na minha frente:
- Vai se arrumar Júlia, não podemos nos atrasar.
- Tá bom.- Eu disse e subi para o meu quarto novamente.
Coloquei um vestido soltinho um pouco acima do joelho, ele tinha uma transparência, mas tinha forro por dentro. Tinha tons pastéis e alinhava a silhueta do meu corpo. No pé coloquei uma sandália baixinha de pedras, deixei meu cabelo solto e fiz uma maquiagem leve (minha mãe odiava que eu usasse maquiagem, mas eu não ia ficar sem usar porque ela acha que é uma ofensa a Deus, eu não via Deus assim. Para mim Deus repudia muito mais que mata, esquarteja, estupra, do que quem usa maquiagem).
Chegamos na reunião, cumprimentei todos com um sorriso no rosto e logo fui sentar com a minha mãe, quem comandaria a reunião seria meu pai, claro, era sobre negócios. Eu só não dormi porque tinha um gato na mesa do lado que só ficava me encarando, não me julguem, eu sempre tive tara em homens mais velhos haha. Era uma adrenalina muito melhor, e eu tinha em mente que homem já era imaturo por natureza, se eu pegar um da minha idade ou mais novo, ele vai ter menos maturidade que eu, o que vai me estressar. Então para deixar as coisas mais fáceis eu preciso de um cara mais velho, que me dê prazer e vibe ao mesmo tempo.
- Mãe, vou ao banheiro.- Eu disse olhando para ela que assentiu sem desfocar os olhos do meu pai, me levantei, dei uma olhadinha insinuada para o gato e fui para o lado de fora da reunião. Logo ele estava lá.
- Foi impressão minha ou você me chamou com o olhar?- Ele disse sorrindo se aproximando de mim e eu ri.
- Não foi impressão não...- Eu disse sorrindo.
- Quem é você, moça bonita?
- Júlia.- Eu disse e ele sorriu.
- Roberto.- Putz, que nominho em... Mas ele era gato... Ele me puxou pela mão.
- Vamos num lugar mais reservado, porque eu sou funcionário né, o patrão ta aí.- Eu ri baixo.
- E eu sou filha do patrão.
- Sério?
- Aham... - Ele riu e me puxou pela mão, entramos em uma sala, ele me colocou contra a parede e me beijou... ual que pegada, que beijo... Depois da ficada eu voltei para a mesa com a minha mãe como se nada tivesse acontecido e era sempre assim que eu fazia. Eu optei por levar esse tipo de vida, sem cobranças por parte da minha mãe e ao mesmo tempo vivendo plenamente do jeito que eu queria. Eu não posso nem imaginar o que aconteceria comigo se meus pais descobrissem tudo que eu faço... Se é que um dia eles vão descobrir...