Count on me

1007 Words
Thiago narrando: Não sei como, mas ela acabou cedendo em dançar comigo, tocava um funk, ela me puxou pra pista e virou de costas pra mim começando a rebolar no ritmo da música, sorri e segurei sua cintura dançando junto com ela, que garota maluca e linda. A virei pra mim e nossos rostos se encontraram, ela sorriu e continuou dançando sensualmente o que me fazia admirar ela mais ainda. Eu nunca tinha olhado nenhuma mulher da maneira que eu olhava ela, e pensar que ela era bem mais nova do que eu. A música mudou pra uma lenta, ela fez careta, mas antes que ela saísse pousei minhas mãos na sua cintura e me aproximei do seu ouvido. - não sabe dançar música lenta?- percebi que ela se arrepiou. - sei, mas não curto. - dança comigo?- ela me olhou e seus olhos claros brilhavam no reflexo das luzes, seus braços envolveram meu pescoço e começamos a rodar pelo salão no ritmo da música, ela me olhava fixamente o tempo inteiro, talvez fosse isso que me chamou atenção na Júlia, ela não tinha medo de me olhar nos olhos. As mulheres que eu conhecia sempre se faziam de difícil, não me encaravam nos olhos, faziam ceninha para que eu gostasse mais. O resultado, era que eu me enchia, era dificil demais com a vida corrida que eu tinha. E a Júlia,om, não é que ela seja fácil, ela é diferente. E eu gosto do novo. Quando parou voltou a tocar mais músicas aceleradas, fomos para o bar, ela pediu uma caipirinha e eu pedi uma cerveja e nos encostamos no balcão olhando o pessoal dançar. - Sua mãe não sabe que está aqui, certo?-Eu perguntei e ela riu baixo. - Não... Eu sempre tenho que dar uns perdidos. - Não é muito trabalhoso? - Bastante. - Então não seria mais fácil você falar a verdade? Afinal, já é maior de idade né? - O caso dos meus pais é complicado e eu não quero falar disso agora... vamos dançar?- Ela disse largando o copo vazio no balcão, eu ri. - Vamos! Então voltamos a dançar, eu deveria agradecer Felipe, aquela noite estava sendo fantástica, se não fosse por ele eu jamais teria vindo num lugar como esse. (...) Tocava a música "Count on me" do Bruno Mars, eu particularmente adorava a trilha sonora dele, principalmente as antigas, ouvi muito essa música nos meus momentos de carência, mas eu não encontrava menhuma lembrança de alguma mulher que pudesse a definir... Quando começou a tocá-la vi Júlia fechar os olhos e balançar no ritmo da música. Imaginem uma cena de filme mais clichê que possam imaginar haha, mas sabe aquele momento em que parece que bate até um vento nos cabelos dela para ajudar? Eu vi isso acontecer, ela de olhos fechados, um sorriso amarelo no rosto, imdo do ritmo da música e apenas curtindo. Eu sorri e me aproximei do ouvido dela: - Esssa música é sua.- Ela me olhou e riu. - Minha? Por que? - Não sabe a tradução? - Não, não curto musiquinhas calminhas, mas me diz a parte que sou eu...- Eu sorri. -"Muitas garotas no mundo, eu poderia estar as perseguindo, mas elas não são você"- Eu disse pegando a sua mão e rodando ela, ela riu e eu continuei. - "O que é perigoso, mais que seus lábios, é seu amor." - Eu dizia enquanto tocava a música, ela me olhou. - Nem me beijou ainda... - Ela disse se aproximando de mim, sorri de lado. - E eu posso?- Perguntei colocando a minha mão por trás da sua nuca e trazendo seu rosto mais para perto. - Pode.- Quando vi seus lábios se mexendo formando a palavra positiva que eu queria ouvir, eu apenas a puxei de leve para o meu corpo e tomei seus lábios num beijo profundo, mas calmo ao mesmo tempo. A boca dela era macia, encaixava perfeitamente com a minha e eu não queria parar aquele beijo nunca mais. Depois de uns segundos nos afastamos, ela continuou me encarando nos olhos, sem vergonhas, sem arrependimentos, ela só conseguia manter seu olhar nos meus, esse era o detalhe mais incrível que eu tinha percebido só hoje. (...) Eu estava ficando cansado, puxei ela e a levei pra fora da balada, sentamos no capô do meu carro. - cansou ja?- ela perguntou. - sim, não to muito acostumado. - percebi. - ela disse rindo e mexendo no cabelo a olhei e sorri. - me fala mais sobre vc. - não to muito consciente pra isso. - ela disse rindo. - então eu sei que vai falar a verdade. - não tem muito o que dizer de mim, eu tenho várias personalidades, uma com meus pais em casa, outra com meus amigos...outra com vc agora... - qual delas é a verdadeira?- perguntei. - a de agora. - ela disse me olhando e eu sorri de lado. - posso acreditar nisso? - não vai fazer diferença se não acreditar. - tem alguma coisa em vc que eu não consigo entender, você é misteriosa. - ah, certamente...- ela riu. - pra quem esconde tantas máscaras, acho que sou bem misteriosa. - por que paga de boa moça para os seus pais? - eu sou boa moça ta? Só não curto estar dentro da igreja 24 horas igual meus pais. Não acredito que para ser bom, tenha que estar enfurnado lá dentro. - então diz isso pra eles. É a sua opinião, eles vão gostar de saber o que pensa.- Ela respirou fundo. - olha, você não me conhece e é melhor que continue assim...você é gato, mas da minha vida cuido eu. - ela disse dando um beijo no canto da minha boca e voltando para a balada, ri baixo...garota louca...meu olhar acompanhou ela até a mesma sumir na multidão...respirei fundo e mandei uma mensagem pra Felipe... Mensagem on "Ta tarde já, to indo pra casa...vai ter problemas em arrumar carona?" "De boa irmão, eu me viro. Até amanhã" Mensagem off
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