Emprego novo, metas novas

1058 Words
...dia seguinte... Acordei cedo como de costume, me arrumei e fui trabalhar, logo Felipe entra na minha cabine e joga um papel sobre minha mesa. - o que é isso? - lê. - Entrevista de emprego na empresa Record's? Só trabalham lá os melhores empresários. - quando é isso? - hoje, 11:00, é melhor se apressar, algo me diz que tu vai melhorar de vida Thiago. - ele disse sorrindo e eu sorri largo também. - valeu, mas como vou dar perdido aqui? Não posso perder esse emprego se aquele não der certo. - eu seguro as pontas aqui, vai logo. - o relógio marcava 10:30am, fiz toque com ele, ele não travalhava lá, na verdade ele nem trabalhava, mas ele estava disposto a me ajudar e isso valia muito a pena. Dei partida no carro e assim que cheguei em frente a empresa respirei fundo, peguei meu curriculo no porta luvas e desci. Me apresentei na recepção e fui instruído a esperar no andar de cima. Então logo fui chamado. Adentrei a uma sala gigante, vi um senhor sentado em uma mesa concentrado, assim que ele me viu deu com a mão. - pode sentar-se por favor...meu nome é Augusto Amaral dono da empresa. - peguei sua mão o cumprimentando. - Thiago Nunes, muito prazer. - seu curriculo por favor. - entreguei e ele rolou os olhos por cima da folha, logo levantou o olhar pra mim. - está aqui por qual motivo? - amo o que faço, e pretendo realmente evoluir na minha profissão. Tenho muita expectativa de vida nessa área, me dediquei a isso boa parte da minha vida.- afirmei e ele sorriu. - era exatamente o que eu quis ouvir de todos que passaram por essa sala hoje...Trabalha em algum lugar já? - Não, tenho um pequeno escritório em casa, com alguns clientes fiéis. - Isso é bom, parece ser muito inteligente, é um funcionário assim que estou procurando. Tenho mais três entrevistas agendadas, entrarei em contato ainda essa semana. - sorri. - obrigado senhor Amaral...tchau. - saí de sua sala contente, algo me dizia que ia dar tudo certo. Julia narrando: O relógio marcava 14:30pm quando acordei, a porta se abriu e Bruno entrou lá todo sorridente e se jogou na cama. - quem era o boy magia de ontem? - bom dia pra vc também...que boy? - bom dia, o que vc dançou a noite inteira e não rolou um beijinho mixuruca. - ele disse rolando os olhos e eu ri. - ele é meu novo vizinho. - jura? Foi na casa dele? - fui obrigada a levar uma cesta de frutas pra ele, mas ele é debochado. - mas que ele é gato é, meu senhor da purpurina.- eu ri. - calma Bruno, existem outros caras no planeta sem serem debochados igual a ele. - te conheço sabia disso? Quando vc começa achar implicância nos outros é porque ta começando a gostar dos joguinhos de amor que vc inventa. - que joguinhos? Não to jogando com ninguém. - ta sim viada, com vc mesma...presta atenção. - rolei os olhos. - odeio papo sério... vamos levantar e gastar dinheiro. - eu disse levantando e ele riu...fui me arrumar. Eu e Bruno pegamos um táxi e fomos para o shopping encontrar com Lúcia, assistimos um filme no cinema e depois fomos até um restaurante e ficamos jogando conversa fora. - e o Alex?- Bruno perguntou, esse é o ex da Lúcia. - credo, não fala dele. - Lúcia disse fazendo careta. - mentimos pra Sabrina que ele tinha AIDS e por algum motivo ela ficou preocupada. - eu disse rindo. - Que vagaba. - Bruno disse rolando os olhos. - é, mas eu já afoguei minhas lágrimas num boy maravilhoso ontem a noite. - Lúcia disse sorrindo. - é, a Júlia também. - Ele disse me olhando. - eu? - eu também vi, quem era Ju? - o vizinho. - pegou? - um beijinho, ele parece ser bem careta. - ah não parece não, vc olhou bem pra ele?- Lúcia perguntou incrédula e eu rolei os olhos. - já basta minha mãe querendo que eu namore um irmão da igreja, ela ta doida pra levar ele pra lá. - Nós três rimos... - Sua mãe não cansa né?- Bruno perguntou. - Claro que não, ela ainda sonha com meu casamento, mas só vai ficar em sonho mesmo.- Eu disse rindo. - Mas o cara é gatinho, você não precisa dar uma chance para ele Ju, e sim para você.- Lúcia sempre queria dar uma de mãezona nossa, então ela sempre tinha esses conselhos mais maduros que nós. - Gente, qual a parte do "eu tô bem sozinha" vocês não entenderam? - O sozinha.- Bruno disse e eu rolei os olhose bufei. Eu não estava procurando um namorado, eu gostava da minha vida assim, doida, sem muito o que pensar, sem hora para voltar e com muita liberdade. Eu amava ser livre e desapegada, sempre fui assim. Não era um carinha sem graça que ia mudar isso. O beijo dele era bom, o papo também, ele era gato mesmo, mas para mim tem que ser bem mais que isso. Bem mais que um rostinho bonito para me conquistar. (...) Thiago narrando: ... Mais tarde cheguei em casa e fui tomar um banho, do meu quarto percebi que dava diretamente na janela da casa ao lado, a cortina estava fechada, mas pela sombra eu enxergava uma menina tirando a blusa, fiquei observando, até ela terminar, quando a cortina se abriu dei de cara com Júlia, acenei pra ela que rolou os olhos e eu ri baixo. - parece que vamos nos ver muito. - eu disse sentando no telhado que dava na janela e ela se apoiou na sua janela. - infelizmente. - como foi seu dia hoje marrentinha? - meu nome é Júlia, e foi ótimo pra sua informação. - estou pensando seriamente em aceitar a proposta da sua mãe. - ela riu. - sobre a igreja? - sim, você vai sempre? - tenho que ir. - vou adorar encontrar vc sempre por aí. - ela sorriu. - isso é uma cantada? - entenda como quiser. - eu disse entrando pro meu quarto de novo. - boa noite. - eu disse a olhando. - boa noite. - ela respondeu e eu fechei a cortina.
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