Inferno

2385 Words
Desde o dia em que o Apollo nasceu já se passaram 6 meses, e nada de r**m aconteceu comigo ou com o Adam, mas mesmo assim quero acreditar que a parteira errou, só que o que me impede é o fato das marcas do rosto dele ser completamente estranhas e diferentes, algo que eu nunca vi em ninguém, e por isso por mais que eu queira esquecer não posso, mas pelo menos daqui a 3 meses vou poder voltar para os palcos de onde pertenço já que faço parte de uma banda de rock — um gênero que eu mesma inventei e por isso muitos ficam impressionados com a minha banda. Eu achei que cuidar do Apollo iria ser uma tarefa complicada, mas até que ele não dá trabalho para a gente, m*l chora e como até que bem, quando eu olho para ele sinto cada vez mais amor e vontade de proteger esse pequeno ser humaninho. Quando bate 9 horas no relógio, saio de casa para levar meu filho para um banho de sol, a vizinhança parece até que bem calma com poucas pessoas nas calçadas e na rua, até que minha vizinha me para e começa a conversar comigo. Abbey — Ora, se não é minha velha amiga Drizella! A quanto tempo não te vejo, desde que você teve seu bebê nunca mais te vi na praça. Drizella — Abbey, como você está? Que saudades de você! — falo largando o carrinho e abraçando a mesma. Drizella — eu comecei mês passado a sair de casa, mas por enquanto só na vizinhança para levar o Naruto para tomar um banho de sol e voltar para casa, não tive tempo de ir para a praça. Abbey — te entendo bem, quando eu tive o Kyle também fiquei um tempinho sem sair de casa. Então... esse é o pequeno Apollo de quem tanto ouvi falar nas cartas que a Drizella me mandava quando eu estava em Yorkshire a trabalho... — Abbey falou se aproximando do carrinho de bebê para ver meu filho, assim que ela o tirou do carrinho e colocou em seus braços, conseguiu ver suas marcas de nascença e apenas ficou com um rosto intrigado e logo me apressei para tentar dar uma explicação. Drizella — Ele nasceu assim, com elas, não de onde vieram. Abbey — Minha querida, não precisa se preocupar, marcas de nascença podem nascer espontaneamente, é completamente normal, e a do seu pequeno é diferente, mas torna ele mais fofo do que já é. Drizella — Você acha isso mesmo, de coração!? A gente é amigas desde 9 anos atrás, pode me dizer se elas te deixam incomodadas. Abbey — Eu juro meu bem, estou sendo 100% sincera com você, eu realmente as achei adoráveis, mas, quanto as outras crianças, tenho medo delas não aceitarem e verem elas do jeito que eu vejo, sinto muito. Drizella — Isso é algo que depois eu irei pensar com mais calma, mas por enquanto, vamos para a praça fazer um piquenique lá? Eu estava pensando em te chamar, e já trouxe tudo — falo apontando para debaixo do carrinho onde tinha uma cesta e uma mochila graças ao espaço extra que o carrinho tem. A NOITE: Hoje o dia foi tranquilo no corpo de bombeiros, são 7 horas da noite e já estou entrando em casa — geralmente chego as 9. Adam — Amor, cheguei! — falo entrando em casa e me deparando com as lamparinas ligadas e um belo jantar me esperando. Drizella — Gostou meu bem? Fiz especialmente para nós, estava só te esperando para podermos começar. — falou Drizella se aproximando de mim e me dando um beijo na boca, mas logo se sentando para comer e segui seu ritmo logo atrás. Adam — Onde está o Apollo? Drizella — está dormindo em seu quarto, mas não vai demorar muito para ele se acordar já que dormiu 5 horas da tarde, como você sabe, ele acorda, toma o leite e só dorme meia-noite. — falou ela dando uma pequena risada. Drizella — E você meu bem? Como foi hoje no trabalho? Adam — Hoje foi tranquilo, nada de mais aconteceu, apenas 2 resgates de animais silvestres que estavam presos dentro de residências, um cão guaxinim e um gato de rua. E você amor, como foi seu dia? Drizella — Hoje eu levei o Apollo para passear de novo e me encontrei com a Abbey no caminho! Ela viu o Apollo e disse que as marcas eram fofas, claro que não contei o que a parteira me disse, falei que ele nasceu assim e não sabia de onde tinha vindo ou algo assim, e ela disse que é normal marcas de nascença aparecerem assim, eu perguntei se ela foi sincera e não ter achado as marcas estranhos e ela disse que tinha sido 100% sincera só se preocupava com que as outras crianças iriam achar, logo depois disso nós fomos para a praça fazer um piqueni-. Drizella não pode terminar sua frase pois ouve batidas mais que frenéticas na porta, corri para atender e me deparei com um jovem que trabalha de meio período no corpo de bombeiros, ele estava totalmente encharcado, e desesperado. Jovem — Senhor Adam! Você tem que vir comigo, a mansão do prefeito, ela tá sendo incendiada, o incêndio começou a uns 20 minutos no seu jardim e já está quase na casa, isso se já não chegou, não se sabe tinha saída livre por causa do fogo. Ao ouvir aquilo corri em disparada para o corpo de bombeiros me equipar e esperar os últimos homens chegarem para podermos ir apagar o incêndio. NO CORPO DE BOMBEIROS: Adam — Onde o Bonesy está!? falta só ele para podermos sair! — falei depois de 5 minutos no local. Bombeiro — Eu não sei, senhor. Adam — Chega não podemos esperar nem um minuto isso é uma emergência enorme, homens, subam em seus cavalos! Bonesy — Adam! Cheguei, a rua está uma lou- Adam — Vamos parceiro, não temos nem um minuto a mais para perder! — falei subindo nas costas do meu cavalo e cavalgando para a mansão. Ao chegar na mansão do prefeito me deparei com uma cena em que por alguns segundos pensei ter ido pro inferno em um piscar de olhos, eu vi várias pessoas correndo desesperadas com fogo por todo seu corpo, um jardim inteiro podado de diferentes formas de animais sendo incendiado em suas formas e as portas da mansão sendo consumida pelo fogo e se alastrando cada vez mais rápido casa a dentro, eu estava simplesmente atordoado com tudo aquilo, para mim, se eu passasse por aquele portal de planta em chamas com um formato de arco, aquilo seria a entrada do inferno, mas, por sorte meu melhor amigo Bonesy me trouxe à realidade me sacudindo e gritando meu nome. Quando caí na real fiz o que precisava ser feito. Adam — PESSOAL, VAMOS FAZER UMA CONTEÇÃO DE DANOS, FAREMOS 3 GRUPOS DE 3, O 1° GRUPO LIDERADO POR BONESY IRÁ APAGAR AS CHAMAS, ACALMAR E TRATAR OS FERIDOS, O 2° GRUPO LÍDERADO POR CLAWD, VOCÊS SERÃO RESPONSÁVEIS POR CONTER O FOGO NO MILHARAL, E O 3° GRUPO SERÁ LÍDERADO POR MIM, NÓS IREMOS ENTRAR NA MANSÃO E RESGATAR QUEM QUER QUE AINDA ESTEJA LÁ DENTRO. TODOS ENTENDERAM!? Equipe de bombeiros — SIM, SENHOR! E assim começamos o nosso trabalho correndo, sem pensar duas vezes, atravessei o arco em chamas e corri mansão a dentro com mais dois homens da minha equipe. Ao chegar nas portas da mansão, vi que o fogo havia derrubado a grande porta de madeira que ainda estava pegando fogo, precisei pensar o mais rápido que pude, e decidi pular por aquele monte de madeira incendiada. Assim que pulei a porta meus dois parceiros também pularam em seguida e começamos a correr casa a dentro atrás de algum sinal de vida por ali, só que tudo já estava em chamas e as mesas já estavam atingindo o segundo andar por completo, o pior estava no térreo pois lá cortinas, carpetes, poltronas de couro e o bar da sala já estava todo incendiado, e as bebidas haviam explodido fazendo com que tivesse sentido a rapidez e a potência das chamas por todo o recinto, quando vi as escadas para o segundo andar tentei conduzir minha equipe por ela mas ao chegar perto uma viga de madeira caiu na mesma ficando equilibrada nos dois corrimões da escada, forçando a gente passar por baixo do fogo, falei pra minha equipe não ter medo e passar por baixo mesmo assim. Apesar da dificuldade que foi passar nós conseguimos chegar do outro lado e foi aí que vi que tinha que me apressar para vasculhar o local, pois, por experiência própria, sabia que era questão de minutos nem eu nem minha equipe poderíamos sair, então nos apressamos e começamos a vasculhar cômodo por cômodo. A cada cômodo que nós olhávamos cada um estava mais destruído que os outros, foi então que quase indo para o terceiro andar ouvi um dos homens que estava comigo gritar algo para mim. Bombeiro 1 — TEM ALGUÉM AQUI SENHOR, EU OUVI A VOZ DELE, SIGA EM FRENTE EU VOU ENTRAR E RESGATAR ELE. Eu no fim consegui entender o que ele disse e segui junto com o meu outro parceiro para o andar de cima, foi então que na direção das escadas do andar vi uma cena que quase me fez cair de joelhos aonde eu estava, havia pelo menos 13 pessoas mortas nos pés da escada amontoados como se tivesse caído cada um por cima do outro e todos os eles pegando fogo graças ao avanço contínuo das chamas, e foi aí que entendi tudo, não havia pessoas no andar de baixo pois talvez as que estavam na casa fugiram e outras ficaram tão queimadas que nunca conseguiram passar do terceiro andar. Como o Bonesy não estava tive que eu mesmo tentar me acalmar e não perder o ritmo, apenas segui junto com meu parceiro em frente e subi para o último andar antes da sacada, e foi no terceiro cômodo que pude ver dois homens e as chamas quase no meio do escritório onde se encontravam, o primeiro eu reconheci logo de cara, era o prefeito e o segundo estava junto com o prefeito desmaiado no chão por causa da forte fumaça. Bombeiro 2 — SENHOR, DEIXA QUE EU SALVO O PREFEITO, TENTE SALVAR O OUTRO HOMEM, ELE ESTÁ MAIS LONGE E DIFÍCIL DE SER ALCANÇADO. Apenas concordei e segui em frente, de fato parecia mais difícil chegar no outro cômodo graças a quantidade de objetos caídos no meio, mas logo consegui passar e equilibrar o jovem nas minhas costas, ele até que era leve, mas bem alto o que fez eu ter um pouco mais de dificuldade na hora, então usei toda minha força e comecei a carregar ele cômodo a baixo junto com meu parceiro, ao chegarmos na escada que levava para o segundo andar vi o que mais me temia. Adam — LEVE O PREFEITO COM VOCÊ, EU IREI FICAR, NÃO IRIEI CONSEGUIR SALVAR ESSE JOVEM E MUITO MENOS PASSAR COM ELE POR ESSA BRECHA QUE ESTÁ QUASE SE FECHANDO, VOCÊ É PEQUENO, SEI QUE CONSEGUE ENFRENTAR ISSO E PASSAR, VÁ E NÃO OLHE PARA TRÁS NEM PENSE NO QUE ESTÁ À SUA FRENTE, SALVAR VIDAS É A NOSSA OBRIGAÇÃO AQUI! Bombeiro 2 — MAS SENHO- Adam — APENAS VÁ LOGO! Jovem — talvez agora que eu acordei dê para a gente passar, vamos se a gente corre- — por incrível que pareça o jovem conseguiu acordar, mas por causa da fumaça e por ter ficado de pé tão rápido ele ficou tonto por uns segundos e perdeu o equilíbrio, mas conseguiu se segurar na parede, ele parecia determinado a passar por todo o fogo, foi quando eu tomei uma decisão sábia. Adam — SE SEGURE EM MIM, JUNTOS VAMOS CONSEGUIR SAIR DAQUI! — e então ele obedeceu, o jovem esticou seu braço e eu o passei pelas minhas costas e comecei a ir junto com ele escada a baixo. Chegou um momento no primeiro andar em que pensei que tudo estaria acabado, pois, a saída estava bloqueada pelas vigas que caíram, foi então que o jovem se soltou de mim, retirou seu casaco longo e foi em direção as madeiras, levantando e jogando do outro lado do salão protegendo sua mão com as vestes que tinha retirado de seu corpo, à medida em que o mesmo ia levantando e jogando uma viga no chão, ele jogava a roupa no chão, pisava para apagar o fogo e continuou fazendo isso com as outras que impediam a passagem, ao todo ele fez com cinco vigas, até que faltando mais 2 seu corpo fraquejou e ele ficou de joelhos no chão e o fogo estava em seus pés, foi quando eu corri e voltei seu braço pelo meu corpo mais uma vez e chutei com toda a minha força as últimas 2 madeiras até elas quebrarem e eu sair pela porta. Quando avistei o fogo da passagem apagado meu coração se aliviou e pude caminhar para a saída tranquilamente, e na porta da mansão o jovem homem se levantou e estendeu sua mão para mim. Jovem — Estou contente por estar vivo, agradeço por me salvar. Quando apertei sua mão e olhei para seu rosto eu quase caí no chão de susto, seu cabelo era laranja mas seus olhos eram vermelhos e sua pupila parecia a de um gato em formato de f***a e não redonda como a de um ser humano, até sua voz era profunda e poderosa, mas o que mais me chamou a atenção foi suas marcas no rosto, eram quase idênticas aos do meu filho com o diferencial que eram mais grossas que a dele, foi então que uma enorme explosão atingiu a mansão e me fez olhar para ela, ela tinha se explodido completamente e o jovem, que estava do meu lado desapareceu no segundo seguinte, aproveitando a distração da explosão e indo em bora, e eu só fui perceber meio segundo depois quando me lembrei dele, e me virei para conversar com o mesmo, mas o jovem já havia ido embora sem deixar rastros.
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