Desci a escada com calma, tentando controlar a tremedeira que dominava meus nervos. Ele só veio me oferecer mais uma garrafa de vinho. Ele sabia qual vinho era. Com certeza ele tinha uma garrafa sobrando e veio me trazer. Era uma grande gentileza. Eu convidaria ele para entrar? Beberíamos juntos? Assim que parei no portão lembrei que por baixo do roupão eu estava apenas de calcinha. Eu aceitaria o vinho e entraria de novo. Era isso. Eu não ia convidar ele para entrar. Respirei fundo e abri o portão.
- Vizinha. - Ele falou assim que me viu.
- Vizinho. - Sorri em resposta. Eu não sabia o que esperar.
- Vim te salvar mais uma vez essa noite. - Ele levantou a garrafa na altura dos meus olhos e sorriu. Era o meu vinho preferido. - Aceita? - Não percebi quando abri mais o portão e sorri para ele.
- Eu estava pensando como iria sobreviver a essa noite, sendo que meu estoque acabou. Obrigada.
Ele ficou me encarando pelo que pareceu uma eternidade. Meu corpo inteiro gritava para convidar ele para entrar e me perder naquele corpo delicioso, mas a minha cabeça se recusava veementemente.
- Não sei se é um bom momento, está acompanhada? - Ele perguntou sem rodeios.
- Não, estou sozinha. - Eu deveria ter mentido, sobre uma amiga ou algo assim.
- Entendo. Quer companhia? - Olhei incrédula para ele. Direto e sem rodeios.
- Você acha que seria adequado convidar um desconhecido para entrar na minha casa? - Não sei se era o vinho mas meus sentidos estavam apurados, a mistura do cheiro de pós barba e perfume estava me deixando excitad4.
- Eu não acharia adequado se você não questionasse isso. E eu não sou um desconhecido. Sou seu vizinho. - Eu não pude deixar de rir.
- Fácil assim? - Questionei.
- Ah, não acho que alguém como você é fácil assim. - Eu estava completamente fácil agora,
- O que você sabe sobre alguém como eu? - Ele estava muito perto, se eu ficasse na ponta dos pés conseguia beijá-lo. E no fundo era tudo o que eu queria. Ele estava flertando profundamente comigo. Não era fruto da minha imaginação, ele era sedutor, atraente e decidido. Era visível a forma como ele se movia lentamente na minha direção.
- Eu sei que você é valente, tem bom gosto para vinhos e é linda. - A surpresa estava estampada na minha cara. - Quero saber mais. - Ele veio na minha direção sem me dar tempo de recuar, me puxou para perto e me beijou, enfiando a mão no meio do meu cabelo. Assim que a boca dele encostou na minha, eu me abri completamente para ele. Seus lábios eram firmes e sua língua buscava pela minha, dominando completamente os movimentos. Ele fechou o portão com o pé, praticamente invadindo a minha casa enquanto me beijava quase com desespero. Me encostou na parede e seguiu com o beijo apoiando a garrafa de vinho contra a minha lombar. Os meus sentidos se perderam. Quanto mais ele me beijava, mais eu queria que ele me beijasse. Levantei os braços e abracei ele pelos ombros puxando ele para mais perto. Através do roupão senti o corpo dele de encontro ao meu e a noite fria se tornou quente com aquela investida. Ele parou por um instante. Tomando um pouco de distância. Meu corpo pulsou com o abandono repentino.
- Clara, não costumo fazer isso. - Ele estava ofegante.
- Nem eu. - Respondi, começando a retomar a consciência do que estava fazendo. Soltei o ombro dele.
- Desculpe. - O olhar dele queimava me olhando. O desejo aparente na sua expressão.
- Não se desculpe. - Me aproximei dele. - Só não pare. - Ele não me esperou terminar e me beijou de novo, agora me levantando do chão e me levando para dentro. Assim que passamos pela porta ele largou a garrafa no balcão da cozinha e me levantou ao lado do vinho. Sem parar de me beijar ele passou as duas mãos pelas minhas costas, descendo até a base da minha coluna, apoiando as mãos na minha bund4. Eu queria sentir o corpo dele no meu, então sem nenhuma timidez coloquei as minhas mãos por baixo do suéter. Ele estava quente, pegando fogo. Ele abriu de uma vez meu roupão, e ficou satisfeito de eu estar só de calcinha. Ainda bem que era uma boa calcinha.
- Eu sabia que você me surpreenderia. - Ele avançou no meu pescoço, passando os dentes de leve na minha clavícula me tirando gemid0s de prazer. Cada toque no meu corpo deixava um caminho em brasa. Ele desceu a mão entre os meus sei0s nus, através da minha barriga e voltou a me beijar.
Eu queria sentir o corpo dele no meu. Puxei o suéter pra cima e me soltou apenas para tirá-lo, ficando com o peito nu. Senti o peitoral dele em mim e meu corpo incendiou mais. Ele me beijava quase com desespero, tirou o roupão dos meus ombros e voltou a beijar o meu pescoço agora descendo e explorando o meu corpo com a boca. Joguei a cabeça para trás, meu corpo tremia a cada beijo que ele dava pelo meu corpo. Uma mão apoiando as minhas costas e a outra tomando um dos meus sei0s com a mão apertando levemente. A onda de prazer foi intensa, e eu gemi em resposta. Ele continuou descendo beijando toda a extensão da minha barriga até que chegou finalmente na minha calcinha. Puxou a calcinha de lado, deixando a minha bucet4 a mostra. Ele se abaixou ficando na altura perfeita para brincar como quisesse com os dedos ou com a boca. Ele passou um dedo em cima da parte mais sensível ali e meu corpo reagiu, abrindo mais as pernas. Ele circulou o dedo e olhou para mim, enquanto eu gemi4 e afundava as unhas nos ombros dele.
- Quis fazer isso desde que te vi mais cedo, no mercado. - Ele caiu de boca em mim, sem nenhum impedimento e eu gritei de prazer. Ondas de tensão tomaram o meu corpo, me fazendo ter espasmos enquanto ele beijava a minha bucet4 com os lábios fortes e com a língua circulando o meu clit0ris.
- Você é saborosa. - Ele falou, quando parou para respirar.