Fica em paz, mãe...

2082 Words
Hermione estava agarrada em Draco, não queria se afastar por enquanto. O loiro fazia carinho no cabelo dela. Estavam em silêncio, mas não se sentiam m*l com isso. Agora estavam só aproveitando o momento agarradinhos. Draco deu um beijo demorado na cabeça de Hermione. — Você está bem? Hermione negou com a cabeça e o loiro respirou fundo. Alguém bateu na porta. — Oi. — Pai... Posso falar com você? O loiro olhou Hermione e ela acenou. Ele a beijou nos lábios e levantou da cama. — Que foi? — perguntou assim que abriu a porta. — Pode levar o Enrico em casa? Draco olhou para trás e Hermione concordou com a cabeça. — Já vou, tá? — Está tudo bem? — Sim. Eu já vou descer. Vai se despedindo dele. — Tá bom... — Saiu dali confusa. Draco fechou a porta e se aproximou de Hermione novamente. — Vai ser rápido... Eu já volto. — Tudo bem. Draco beijou a testa dela e saiu do quarto. Quando chegou na escada, viu Clara e Enrico juntos. O loiro acariciava o rosto dela, que sorria serena. Draco desceu as escadas lentamente olhando os dois. Pareciam realmente apaixonados...  — Podemos? — Claro — respondeu Enrico. Clara deu um selinho nele e olhou seu pai. O loiro segurou o braço de Enrico e perguntou onde ele mora. Clara sorriu, nunca imaginou uma cena dessas em sua vida. Os dois sumiram e a menina suspirou. Ela subiu as escadas correndo e seguiu até o quarto de sua mãe. Quando entrou no quarto, se aproximou lentamente. — Mãe o que aconteceu? Hermione virou de frente pra ela. Estava parada perto da cama. — Não é nada, filha... — Como nada? Você parece triste. — Eu só preciso colocar os pensamentos no lugar. Clara sentou na cama e acariciou a cabeça de sua mãe. Hermione sorriu levemente. — Fica em paz, mãe... Assim que ela falou isso, Hermione sentiu uma coisa quente em sua testa. Entre a mão da menina e a testa dela, brilhou uma luz branca e em menos de dois segundos ela se apagou. Hermione piscou confusa e Clara tirou sua mão do rosto dela. — O que aconteceu? — Sentou na cama. Draco apareceu no quarto e olhou de uma para outra. — Você está bem? — Parece que sim... — Franziu a testa. — Como você fez isso? — Fez o que? — Draco se aproximou. — Estou me sentindo tão leve. — Que bom — disse Clara. — O que você fez? — Lembra a luz que vocês viram aqui aquele dia? — Os dois acenaram. — É essa paz que eu sinto. — Não quero que faça mais isso. — Mas você ficou bem.... — Não importa. A gente não sabe o que é isso. — Se fosse r**m não teria ficado bem. — Não use isso de novo Clara. A menina olhou de um para o outro. Os dois estavam sérios a olhando. — Tudo bem... Clara saiu do quarto e fechou a porta. Hermione respirou fundo e olhou Draco. Estava com cara de quem não entendeu nada do que aconteceu ali. — Que foi? — Pode me explicar? Hermione contou a ele o que aconteceu. — Nossa. Ela é incrível, não é? — Draco por mais que isso seja incrível... Eu fico preocupada. A gente não sabe o que é. — Mas eu acho que ela tem razão. Se fosse r**m você não estaria assim. — Assim como? — Mais animadinha... — Se aproximou e sentou na cama bem próximo a ela. — É, mas... Draco a puxou para mais perto a segurando pela nuca. — Shh! Fica quietinha fica... — A beijou antes que pudesse protestar. *** Os dias foram passando e depois de todas as festas, Clara já tinha que voltar a Hogwarts. A família foi até a plataforma do trem deixar a menina. — Olha lá o que você vai fazer com aquele menino hein! — Pai! — repreendeu com as bochechas rosadas. — Não quero ser avô antes da hora. — Draco! — Estou falando alguma coisa errada? Clara colocou as mãos no rosto. — Está deixando sua filha constrangida! — Mas eu não quero ser avô agora. Hermione respirou fundo. — Não se preocupa pai. Isso não vai acontecer tão cedo. Draco sorriu vitorioso. — Ainda bem. Hermione revirou os olhos. — Agora eu vou entrar. — Tudo bem. — Deu um beijo na testa dela. Hermione balançou a cabeça em negação e depois beijou sua filha também. Clara abraçou Ethan e quando virou as costas para os pais, viu Enrico se aproximando. — Bom dia. — Bom dia — responderam juntos. — Pode vir comigo dois minutos? — Pra que? — Quero te apresentar aos meus pais. Clara olhou Hermione, que acenou. — Tudo bem... Os dois se afastaram e Draco ficou olhando. — Que foi? — Minha filha é tão novinha... Hermione caiu na gargalhada. — Deixa de ser bobo! Ela é tão centrada que duvido que aconteça o que você pensa. — E o que eu penso? — Que ela vai se entregar ao menino na primeira oportunidade. — Espero que esteja certa. — Bobo. Clara seguiu Enrico e em pouco tempo estavam parados em frente ao casal. A mulher era loira e tinha olhos azuis claro. Olhava Clara com um sorriso no rosto. O homem tinha cabelos negros e olhos verdes, como os de Enrico. — Então, como tinha falado com vocês. Essa é a Clara. Minha namorada. — É um prazer te conhecer, querida. — A mulher estendeu a mão a ela. Clara apertou. — O prazer é meu. — Tem bom gosto meu filho — o homem falou e Clara sorriu sem graça. — É claro que eu tenho. E sou exigente escolhi a melhor de todas. Os dois sorriram quando Clara desviou o olhar com o rosto vermelho. — Vamos marcar de você jantar lá em casa algum dia. — Claro. É só chamar — respondeu sorrindo. — Melhor vocês entrarem — disse o homem. — Vê se estudem e não fiquem só de namorico por aí. — Pai! — Enrico repreendeu. Os dois se despediram do casal e entraram no trem. Eles encontraram uma cabine vazia e entraram nela. — Gostei dos seus pais. — Que bom. Foram metade da viagem trocando carícias e beijos. Até que alguém bateu na porta da cabine. Os dois olharam. Enrico ficou sério no mesmo instante e Clara pediu para a pessoa entrar. — Desculpa atrapalhar vocês... — Não atrapalhou. Enrico revirou os olhos. — Queria falar uma coisa com você... Posso? — Claro. — Olhou Enrico. — Você se importa se eu for ali fora um minuto? — Não. — Obrigada. Clara levantou e saiu da cabine com Alex. Enrico tinha a cara amarrada e braços cruzados. O que será que esse ruivo i****a queria? — Que foi? — Eu andei pesquisando umas coisas sobre aquele cara... — Achou alguma coisa? — Pouca, na verdade o que achei foi o que você disse. Clara suspirou. — Acho que só tem aquele livro sobre isso. — Não é possível, deve ter mais coisas. Vamos procurar na biblioteca. — Não acho que deixariam algo como isso na biblioteca. — Talvez na área reservada... Alex ficou em silêncio a olhando. — Você quer entrar na área reservada? — Sim. — Ótimo, lá vamos nós levar sermão... Clara riu. — É por uma boa causa. E a gente não vai ser pego. — Como sabe? — Pedi a Alyce para pegar a capa do pai dela... Alex a olhou de boca aberta. — Você pediu pra ela roubar a capa? — Não. Pedi só um empréstimo... — Sem ele saber? — É claro. Acha que ele deixaria usar assim? Ainda mais sem saber pra que. — Verdade. — Vai dar tudo certo. — Depois a gente pensa como fazer. Clara concordou. — Pode voltar pro seu... Namorado. — Ok. Alex suspirou e foi embora sem olhar para trás. Clara entrou na cabine de novo e sentou ao lado de Enrico. O loiro colocou o braço em volta do pescoço dela. — Está tudo bem? — Sim. — O que ele queria? — Enrico... — Vai ficar de segredinho com ele? — É coisa dele. Eu não posso dizer. Enrico suspirou. — Você confia em mim, Nico? O loiro sorriu de lado. — Nico? Clara concordou com a cabeça. — Eu confio em você, mas como disse, não nele. — Basta confiar em mim. — Tudo bem... — Puxou o rosto dela de encontro ao seu e a beijou. Chegaram ao castelo e todos os alunos seguiram para seus aposentos. Clara, Alex e Alyce estavam em um cantinho separado dos outros alunos que conversavam no salão comunal. — Você pegou, Alyce? — Sim. Quase fui pega pela minha mãe. Se ela tivesse visto eu estava frita porque ela não descansa até você abrir a boca. — E a sua abre fácil né... — Alex falou sarcástico. — Cala sua boca! — Parem! — Clara brigou com os dois. — O que importa é que conseguiu e deu tudo certo. Vamos planejar o dia de entrar lá. Quero o quanto antes achar alguma coisa. — Ok. Os três conversaram mais um pouco até que tiveram que ir dormir, pois estava tarde. No dia seguinte todos os alunos estavam tomando café da manhã em suas mesas. Clara, Alyce e Alex foram os primeiros a chegar. Queriam marcar logo a entrada na biblioteca e não poderiam conversar isso na aula. — Vamos hoje à noite. As 2hrs da manhã. Não têm ninguém acordado... — Se alguém pegar a gente estamos fritos! — disse Alyce. — Quer ficar de fora dessa? — Eu posso? — Se quiser o Alex vai comigo... Não é Alex? — Vou sim. — Então eu não vou dessa vez. Vocês pegam tudo que encontrarem e eu ajudo a ler. — Combinado. Começou a encher o lugar e eles pararam de falar sobre isso. Clara deixou a colher cair no chão e abaixou para pegar. Alex abaixou junto com ela e conseguiu ver que usava o cordão que ele deu. O ruivo sorriu. — Que foi? — Está usando o cordão — disse colocando a mão nele. — Por que não estaria? — Não sei... — Na cabeça dele, imaginava Enrico dando ataque por causa disso. Na mesa da Sonserina Agnes olhava a cena. A menina sorriu de lado e olhou Enrico. — É mesmo bonito, não é? — O que? — perguntou sem dar muita atenção. — O colar que o Weasley deu pra sua namorada. Enrico, que olhava sua comida, levantou a cabeça e olhou na direção da mesa da Grifinória. Os dois conversavam normalmente. — Do que você está falando? — Ué você não viu? Ela não te mostrou? — Não... — Observe então. — Sorriu maliciosa enquanto Enrico não tirava os olhos de Clara e Alex. Depois de comer, foram para as aulas. Clara ao mesmo tempo que queria prestar atenção, pensava em sua entrada na biblioteca e o que acharia sobre seus poderes. Nem percebeu quando a aula terminou. Só se deu conta quando os alunos levantavam de seus lugares e saiam da sala. Levantou também e saiu. Assim que apareceu no corredor, deu de cara com Enrico. — Está me esperando? — Sim. — Por quê? — Não posso? — Pode. — Franziu a testa. — Vamos, temos mais aulas. — Segurou a mão dela. Clara ficou desconfiada. Tinha algo errado nele. Os dois seguiram seu caminho e se sentaram um ao lado do outro. Dessa vez Clara prestou atenção no que o professor falava, mas Enrico a observava o tempo todo. — O que você tanto olha? — Não posso te admirar? — O que tem de errado com você? — Não tem nada de errado. — É claro que tem! Você está muito esquisito! — É impressão sua. — Tá — respondeu nervosa e continuou olhando pra frente. — Bonito colar... Clara olhou para baixo e viu o coração. — Sim, é lindo. — Quem te deu? — O Alex — respondeu simplesmente. — Presente de natal? — Sim. — Hum... — Virou o rosto para a frente e olhou o professor. Clara revirou os olhos. — Vai ficar nervosinho por causa disso? — Não importa — respondeu seco. Clara suspirou e não falou mais nada, pois iam acabar levando bronca do professor por conversas paralelas.
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