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Cuidando de um Malfoy 2

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Blurb

Depois de todos os acontecimentos entre a família Malfoy, tudo estava bem. Mas nosso querido casal está passando por dificuldades em sua relação. Ambos têm personalidade forte e sempre entram em atrito. Só que dessa vez a coisa é diferente...

Será que isso abalará o amor dos dois?

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Quatro anos depois
Hermione se apressava em arrumar Ethan, seu filho mais novo. O menino tinha quatro anos de idade, era loiro e tinha olhos claros, assim como o pai. — Draco pega aquela blusa pra mim? Em pouco tempo a roupa veio voando em direção a Hermione. — Eu disse pegar! — Eu peguei. Hermione revirou os olhos. — Levanta logo, Draco! — Que coisa chata! Toda vez é a mesma coisa, pra que a pressa? — perguntou irritado. — Então fica ai! — disse alto e saiu do quarto levando o menino. Draco respirou fundo. Hermione desceu as escadas da casa e seguiu até a sala. Clara estava lá sentada no sofá esperando. — Cadê meu pai? — O que você acha? — perguntou nervosa. A menina revirou os olhos. — Não precisa se estressar! Vamos chegar a tempo. Hermione suspirou. Era o aniversário do filho de Rony e Hermione estava histérica, pois eles precisavam chegar antes do menino. Era surpresa e ela não queria estragar tudo. Minutos depois Draco apareceu. Estava de cara amarrada. Além de ter que ir de encontro ao Weasley, Hermione ainda ficava apressando-o, coisa que ele odiava. — Vamos logo! — disse seco. Clara suspirou e Hermione ficou séria. — Vamos pelo menos fingir que está tudo bem? — perguntou a menina. — Vamos. Em pouco tempo chegaram à toca. Depois de todos esses anos, Draco virou amigo de Harry e Gina, ainda mais por tudo que eles ajudaram quando ele precisou. E claro, Hermione nunca o deixava esquecer disso. Até com os pais de Gina ele se dava bem, mas com Rony ele não conseguia, pois sabia que um dia, no passado, ele tinha beijado a mulher dele! — Que bom que chegaram! — disse Molly abraçando todos. — Chegamos a tempo, né? — Sim. Ele ainda vai demorar um pouquinho. Clara olhou a mãe com as sobrancelhas levantadas. — Você precisa aprender a acreditar em mim... — Eu acredito, minha filha, mas fiquei com medo de estragar a surpresa. — Mas eu disse que ia dar tempo, mãe. — Tudo bem. Desculpa... — Agora vai lá fazer as pazes com meu pai — disse pegando o irmão dos braços da mãe. — Agora não. — Saiu de perto dela e foi conversar com a Gina. Clara respirou fundo. — Mamãe boba — disse o pequeno. — Concordo. Hermione se aproximou de Gina, que a olhou de cima para baixo. — Você não cansa de brigar com seu marido? — Quem disse que briguei com ele? — perguntou cruzando os braços. — Sua cara amarrada e a dele falam muito por vocês — disse rindo. — Vai a m***a, Gina! — Sério, não sei como vocês não explodiram aquela casa ainda. — Agora eu sei pra que ele comprou uma casa tão grande... — Pra que? — Para cada um ficar de um lado quando brigamos. Gina explodiu em gargalhadas enquanto Hermione a encarou com fúria. — É uma bela razão. — Chega de falar disso! — disse alto. Quando Gina ia soltar mais uma piadinha, Rony apareceu e falou para todos ficarem em silêncio, pois o menino estava chegando. Todos os convidados pararam de falar no mesmo instante. Aquela pequena casa estava bastante cheia, devido a todos terem que ficar ali dentro escondidos. Em pouco tempo a porta abriu e todos gritaram surpresa. O menino arregalou os olhos e logo em seguida sorriu. Alex era um garoto muito bonito. Tinha olhos verde claro e era ruivo com o pai, o jeito de ser era bem parecido também. Todos cumprimentaram o menino e finalmente puderam sair da toca, a festa ia ser ao lado de fora porque assim caberiam todos e não ficariam como sardinhas enlatadas. Draco ficou a maior parte da festa com cara amarrada e longe de todos. Odiava quando brigava com Hermione, ainda mais por coisas idiotas como a de hoje. Mas ela era teimosa e não dava o braço a torcer para pedir desculpas. E isso sempre fazia os dois ficarem distantes, pois ele também não pedia nada. Clara, Alex e Alyce — filha de Harry e Gina — estavam em um lugar separado dos adultos. Ethan estava junto com eles e brincava com Alyce. — Acho que esse ano arrumo uma namorada — disse olhando Clara. — Boa sorte. Pra alguém ficar com você, tem que ser realmente retardada... Alyce deu uma risadinha e Alex ficou sério. — Pois eu vou te provar que vai ser fácil. — Tudo bem. — Não se esqueça que ela sabe do futuro, Alex. Pode saber que você não vai encontrar nada e falou isso. O ruivo encarou sua prima com fúria. — Não me interessa o que ela sabe de futuro! Eu posso mudá-lo. — Então mude — disse Clara. — E Alyce, ele vai arrumar sim. Só que não a que ele está pensando — disse olhando os olhos dele. Alex desviou o olhar. Não gostava quando ela falava assim, pois parecia que sabia da sua paixonite por ela. Óbvio que ele queria namorar com a Clara, ela era a menina mais bonita de Hogwarts na opinião dele. Mas ela parecia não dar chance a ninguém daquele castelo. — E você Clara... Vai arrumar alguém esse ano? Clara ficou vermelha na mesma hora. — Isso não te interessa! — Deve dar uma chance ao Connor, o que acha? — perguntou rindo. Connor era o filho de Neville e Luna. — Você é um grande b****a, sabia?! O Connor é um amor. — Então fique com ele! — Vai a m***a garoto! Saiu de perto andando rápido. Alyce deu uma risadinha e Alex a olhou. — Se você quer conquistá-la, deveria parar de irritá-la. Alex saiu de perto da prima para não ter discussão. Já tinha falado mil vezes para não falar nesse assunto assim, pois ela poderia ouvir. Mas sua prima era teimosa e sempre soltava umas piadinhas sem graça sobre esse assunto. Clara andava rápido pelo lugar. Alex a tirava do sério com seu jeito imaturo de ser. Ela viu seu pai sentado em uma das mesas sozinho e se aproximou. — Está tudo bem? — Sim. — Mesmo? — Sim. — Sabe que quando você só responde "sim", é porque é não, não é? Draco ficou em silêncio. — Não liga pra mamãe, pai. Sabe que ela é histérica com algumas coisas. — Sim e você sabe que eu não tenho muita paciência... Clara engoliu em seco. — Posso falar uma coisa? — Pode. — Olhou sua filha finalmente. Estava olhando o nada enquanto falava com ela. — Se você fizer o que tem em mente... Vai sofrer bastante. Draco ficou em silêncio. Como essa menina sabia o que ele estava pensando? — Como sabe o que penso? Achei que só via o futuro... — E só vejo mesmo. — E o que você vê para me falar isso? Clara suspirou. — Tem dois futuros para você. Mas eu não sei qual vai se realizar. Os dois ficaram em silêncio por uns segundos se olhando. — E são ruins? — Um deles sim. Como eu disse, você vai sofrer bastante. — Me conte. — Não posso... — Por quê? — Você quem tem que decidir, pai. Não posso ficar interferindo na vida das pessoas com minhas visões. — Está certa. — Mas pensa bem. — Vou pensar. Clara se aproximou e o abraçou. Draco beijou a cabeça dela. Os dois ficaram em silêncio na mesma posição. Em pouco tempo Draco olhou para o lado ao sentir alguém puxar sua calça. O loiro pegou seu filho no colo. — Estava sozinho? O menino acenou. Draco olhou Clara com o rosto sério. — Ele estava com a Alyce! — Se defendeu antes de receber um sermão. — Lyce disse que o Alec gosta da Clara... Clara arregalou os olhos quando o menino disse isso batendo palmas. Draco olhou para a frente com um olhar de fúria. — Ele gosta da sua irmã? — Pai não liga pro que ele diz. Ele não sabe o que está falando. — Aquele filhote de Weasley já te falou alguma coisa, Clara? — perguntou visivelmente nervoso. — Não, pai. — O que mais eles falaram, Ethan? — Que ele tem que conquistar ela. Draco levantou da mesa com fúria. — Pai, por favor! — pediu, mas ele não escutou e entregou o pequeno a ela. Logo estava indo em direção ao Alex. — Seu linguarudo! — falou com o pequeno, que deu língua para ela. A menina seguiu seu pai em passos rápidos. Assim que Draco se aproximou, colocou Alex contra a parede. O garoto levou susto e nem reagiu, só ficou o olhando assustado. — Escuta uma coisa moleque! Não se atreva a dar em cima da minha filha está me entendendo? Se te ver em cima dela, te capo! — disse furioso. — Pai... Solta ele, por favor... — Clara pediu nervosa. Ethan estava no colo dela agarrado em seu pescoço. Estava assustado com o jeito do pai. — O que você está fazendo? — Hermione se aproximou e tirou as mãos dele de Alex. — Só estou dando um aviso. — Ficou louco? — falou alto. — Estou muito normal! E o recado foi dado! — Virou as costas e saiu de perto. Todos na festa olhavam a cena. Hermione pediu desculpa a todos e foi atrás de Draco. — O que deu em você? — Não quero aquele garoto dando em cima da minha filha! — Draco não é você que escolhe os namorados dela sabia? — Namorados? Tem mais? — perguntou alto. Hermione suspirou. — Não tem, Draco, mas quem vai escolher é ela e não você. — Aquele garoto não! — gritou. — Por que não? — Porque eu não quero! — Você não tem que querer nada! É a Clara que escolhe! — falou alto. — Mas eu não deixo e ponto final! — Você não pode mandar no coração da sua filha. Se ela se apaixonar, vai ficar com quem quiser. — Não enquanto eu estiver vivo! — Deixa de ser ridículo, Draco! — falou alto. — Quando você era mais novo traçava todas as meninas de Hogwarts e sua filha não pode namorar um garoto? — Não pode! Hermione passou a mão no rosto com raiva. — Acho melhor irmos embora. — Concordo! Hermione saiu de perto dele andando rápido e em pouco tempo voltou com Ethan nos braços. Clara vinha logo atrás. — Vamos — disse seca. Assim que chegaram em casa, Clara seguiu para o seu quarto sem falar com ninguém. Hermione deixou Ethan no quarto dele e voltou para sala, onde Draco estava andando de um lado para o outro feito louco. — Draco você precisa... — Eu não quero discutir agora! — cortou com arrogância. — Mas você não pode... — Eu disse que não quero discutir! — falou alto. — Ok. — Virou as costas. Draco respirou fundo. — Hermione... — Não quer discutir, esqueceu? — Subiu as escadas. — m***a! — falou sozinho. Draco passou a noite em outro quarto. Sempre que discutiam ele dormia sozinho. Sentia falta de quando eles brigavam e faziam as pazes na cama... Por que aquilo mudou? O que ele estava fazendo de errado? Era tudo tão gostoso e agora... E por que diabos a Clara falou aquilo para ele? Agora não sabia o que fazer. Ainda mais que um dos futuros não era bom. — Porcaria! — reclamou sozinho. No dia seguinte nem levantou da cama. Ficou pensando o que faria para resolver essas coisas que estava passando com Hermione. Hermione escutou um grito seguido por um choro e levantou da cama com pressa. Assim que Draco escutou, também levantou. Os dois correram para o quarto de Clara. A menina se contorcia em cima da cama e chorava, mas estava dormindo. — Clara... Filha acorda... — pediu Hermione sentando na cama. Draco se aproximou e ajoelhou em frente a menina. Clara abriu os olhos e suspirou aliviada. — O que foi, filha? — Não foi nada... — Como não foi nada, Clara? — Hermione perguntou preocupada. — Você estava gritando! O que você viu agora? Clara engoliu em seco enquanto os dois a encaravam sérios. — Eu não posso dizer. — Quem disse que não pode? — Draco perguntou. — Eu estou dizendo. — Pois eu quero saber — disse Hermione. — Não. — Clara... — Mãe eu não vou dizer! — Só diga se é r**m ou bom... — Hermione olhou Draco, que estava a olhando. — Depende do que você deseja — disse olhando o pai. O loiro engoliu em seco.

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