Quando a noite chegou, Hermione se arrumou para sair com o Caleb. Estava em frente ao espelho se olhando. Tinha muita dúvida de tudo no momento. Tudo bem que sua mãe tinha razão quanto a seu pai, mas... Draco não era seu pai!
— Vai sair de novo, mamãe?
Hermione olhou a porta. Seu filho estava parado ali, olhando.
— Vou sim.
— Eu posso ir?
— Você não ia ficar com seu pai?
— Você não vai sair com ele?
— Não, filho.
— Então vai com quem?
— Um amigo.
— Que amigo?
— Você não conhece, Ethan.
— Hum...
— Sua avó vai levá-lo até ele, tá bom?
O menino concordou. Hermione o pegou no colo, ela deu um beijo demorado no rostinho do pequeno fazendo ele sorrir e a abraçar apertado.
A campainha tocou e ela seguiu até a escada. Enquanto descia, viu sua mãe abrir a porta e Caleb a cumprimentar com um beijo na mão. Sorriu. Ele era muito educado.
— Boa noite.
— Boa noite. Você deve ser o Caleb, certo?
— Sim.
— Vou chamar a Hermione.
— Estou aqui, mãe — falou parando ao lado dela.
— Então você que é o Ethan? — falou estendendo a mão ao pequeno, que estava no colo de Hermione.
Ethan virou o rosto para ele.
— Ethan! — brigou com o pequeno.
— Está tudo bem.
— Que coisa f**a!
— Me dê ele aqui... — A mãe dela pegou o pequeno do colo de Hermione.
Ele ficou olhando Caleb com cara f**a.
— Para de olhar assim, Ethan! Seu filhote de Draco! — disse nervosa.
— Hermione!
— Vamos? — ignorou sua mãe.
Caleb acenou para a mulher e os dois saíram da casa.
— Desculpa por isso... Eu aposto que o Draco falou alguma coisa pra ele.
O homem deu uma risadinha.
— Tudo bem. Não tem problema.
— Você é sempre compreensivo assim?
— Acho que sim — respondeu sorrindo.
Os dois foram a um restaurante trouxa. Caleb gostava muito dos trouxas. Na verdade, era fascinado por eles.
Comeram e conversaram bastante, mas em momento algum falaram de Draco ou da relação dos dois. Caleb sabia que eles estavam em crise e que não estavam juntos no momento. E Hermione era linda! Por que não aproveitar a oportunidade?
Fecharam a conta e saíram do restaurante.
— Você tem que voltar cedo por causa do seu filho?
— Na verdade, não. Ele vai ficar com o pai hoje.
— Deixou ele sozinho com o pai?
— A avó dele está lá.
— Menos m*l né.
Os dois riram.
— Só deixei por esse motivo.
— Já que ele está em boas mãos e você não precisa voltar cedo, não quer dar uma volta?
— Claro — respondeu sorrindo.
— Tenho uma festa para ir, o que acha?
— Mas como eu vou entrar?
— Você está comigo ué.
— E daí? Deve ter nome na lista.
— Sim, o meu. E posso levar um acompanhante.
— Ah sim.
— Não se preocupe, senhorita, você não vai ser barrada — disse sorrindo.
— Tudo bem.
Assim que chegaram em frente à festa, entraram na fila. E quando chegou sua vez de ver o nome na lista...
— Preciso do seu documento, senhor.
Caleb procurou nos bolsos do casaco.
— Essa não...
— Que foi? — Hermione perguntou.
— Acho que deixei o documento em casa... — Procurou dentro da carteira. — d***a!
— Não dá para entrar sem o documento?
— Sinto muito, mas não posso deixar — respondeu o segurança.
— Se importa se formos lá em casa buscar?
— Não.
— Então vamos lá rapidinho.
— Ok.
Os dois saíram dali e foram a um lugar sem ninguém. Logo em seguida aparataram para a casa do moreno.
Quando chegaram, Hermione reparou bem o lugar, era uma casa grande e bem conservada. Caleb tinha dinheiro e Hermione sabia disso, mas não imaginava que fosse tanto.
— Vou pegar lá em cima.
— Tudo bem.
— Fique à vontade — disse sorrindo.
O homem subiu as escadas e Hermione reparou a sala. Era muito grande e bem mobiliada. Ele tinha bom gosto.
Hermione andou pelo lugar olhando as fotos. Tinha muitas. Ele era de uma família antiga e bem grande. Estilo Malfoy. Quando passou pelos quadros, viu um senhor a olhando fazendo um grande bico.
— O que você, sangue-r**m, faz aqui?
Hermione não respondeu e passou direto por ele.
— Não fale assim, vovô! — Caleb apareceu do nada e Hermione se assustou. — Não ligue para ele.
— Eu não ligo pra isso.
— Que bom.
Os dois ficaram em silêncio.
— Achou?
— Sim, mas se você quiser podemos ficar por aqui mesmo... Tenho vinho guardado.
— Bem, a casa é sua. Você decide.
O homem sorriu. Os dois ficaram na sala conversando e bebendo vinho. Hermione se sentia bem com ele. Era muito bonito e educado.
— Está tarde. Acho melhor ir pra casa — disse quando sentiu sua cabeça rodar.
Não deveria ter bebido dois copos de vinho...
— Não quer ficar mais? Seu filho não te espera mesmo. — Se aproximou dela.
— Na verdade, estou um pouco cansada... — Se afastou disfarçadamente.
— Se quiser posso fazer uma massagem em você para relaxar.
Hermione desviou o olhar.
— Não precisa. Não quero te incomodar.
— Nunca me incomodaria. — Se aproximou rapidamente e a beijou nos lábios.
Hermione se assustou. Caleb se aproximou bastante e deitou por cima dela no sofá. Ela tentou empurrá-lo, mas não conseguiu, pois era muito pesado. Ele era bem maior que ela.
Hermione fechou os olhos com força e apertou os braços dele. Tinha mudado de ideia, não queria ficar com ele dessa forma. Aliás, nunca quis ficar. Só falou aquilo para Draco para deixá-lo irritado e se vingar, mas não iria fazer isso de verdade.
Hermione sentiu um puxão no umbigo e quando abriu os olhos, percebeu que estava em um quarto. Ela engoliu em seco. Caleb beijava seu pescoço nesse momento e acariciava sua cintura.
— Caleb... — chamou, mas ele não respondeu. — Caleb eu...
O moreno a beijou nos lábios impedindo que falasse.
— Você não vai mudar de ideia agora! — disse frio e a apertou com força.
Hermione encarou os olhos dele. Um olhar de desejo e maldade. Ela engoliu em seco.
Merlin! Ele iria tomar a força! Estava escrito na cara dele!
***
Clara ficou sem palavras olhando Enrico. O loiro esperava a resposta.
— Então...? Não vai responder?
— Vou.
— E qual a resposta?
— Por que você quer namorar comigo?
— Que coisa! Vocês mulheres são muito estranhas! Primeiro você diz que eu não perguntei, aí quando pergunto quer saber por que?
— É claro que eu quero saber porque. Se for só um capricho seu? Não quero me envolver para depois me ferrar.
— E se eu disser que é por que gosto de você? Que desde que a gente se beijou naquele dia da coruja que eu não consigo tirar você da minha cabeça? Ia ser um bom argumento? — perguntou irritado.
Clara sorriu e se aproximou depressa dando um beijo nele.
— É um ótimo argumento!
Os dois sorriram.
— Então você aceita?
— Sim.
O loiro sorriu largamente e a rodou no ar segurando sua cintura. Clara deu uma risadinha e agarrou o pescoço dele com medo de cair.
Depois da conversa os dois correram para a próxima aula, pois Clara disse que não podia perder nada.
O dia foi bem cheio, com trabalhos em grupo e pequenas brigas entre Clara e Alex na sala de aula.
Após o jantar, todos seguiram para seus dormitórios. Clara estava deitada na cama olhando o teto. Lembrava da conversa que teve mais cedo com Enrico, agora seu namorado. Mordeu o lábio ao lembrar. Isso era realmente bom, mas seu pai não gostaria nem um pouco...
— Pensando em que? — Alyce pulou na cama dela fazendo levar susto.
— Em uma coisa que aconteceu.
— E o que foi?
— Enrico me pediu em namoro.
Alyce deixou o queixo cair quando escutou isso. A morena não conseguia fechar a boca.
— Não vai falar nada?
— Uau... Isso é estranho.
— Por quê?
— Ele nunca namorou ninguém! Lembra? Deve ter beijado todas as Sonserinas desse castelo.
Clara franziu a testa ao ouvir isso.
— E agora te pediu em namoro? Nossa ele deve estar apaixonado mesmo... Você aceitou?
— Sim — respondeu sorrindo.
— Espero que dê tudo certo.
— Por que não daria?
— Porque ele é um galinha, ué. — Deu de ombros.
— As pessoas mudam.
— Tudo bem. — Se afastou dela e deitou em sua cama.
Clara suspirou. Será que isso seria um problema?
Dormiu pensando nisso.
***
Clara acordou assustada depois de ter uma visão. Suava frio e estava apavorada. Sem perder tempo, saiu do dormitório correndo. Nem se importou com suas vestes. Estava de camisola e corria pelos corredores. Para o seu azar, ou não, deu de cara com o monitor chefe de sua casa.
— O que faz aqui fora?
— Eu preciso falar com a diretora! — disse histérica.
— O que?
— Por favor, me leve até ela!
— Claro que levo! Não era pra você estar aqui.
— Ótimo.
Os dois andaram pelos corredores e finalmente chegaram à sala de Minerva.
— Achei essa menina correndo pelos corredores, diretora.
— Por que está fora da cama, Srta.?
— Preciso falar com você — disse aflita.
— Nos deixe sozinhas, por favor.
O menino saiu da sala.
— O que aconteceu?
— Eu preciso falar com meu pai, é muito urgente! — disse aflita.
— O que seria tão urgente assim, senhorita? Já viu a hora?
— Por favor, diretora é muito importante! — falou com lágrimas nos olhos.
— E o que seria?
Clara hesitou um pouco em contar, mas não tinha muita opção.
— Eu... Minha mãe precisa de ajuda.
— Como assim?
— Por favor, eu explico tudo depois! Eu só preciso falar com ele agora!
— Tudo bem. Eu te levo até ele.
Clara respirou aliviada. A mulher se aproximou da menina e segurou seu braço. Clara sentiu um puxão no umbigo e logo estavam em frente ao portão de sua casa. A menina entrou correndo e seguiu até o quarto do pai.
Assim que chegou, pulou em cima dele, que dormia.
— O que...? — Acordou assustado. — O que faz aqui? — perguntou perplexo.
— Você precisa salvar a mamãe!
— De que?
— Eu não sei. Vi ela com um homem alto de cabelos negros... Ele vai abusar dela pai — disse desesperada.
Draco levantou rapidamente e aparatou dali. Clara desceu as escadas e sentou no sofá ao lado de Minerva.
— Pode me contar agora.
A menina engoliu em seco. Narcisa apareceu ali.
— O que faz aqui, minha filha?
— Eu tive uma visão.
Minerva a olhou curiosa e Narcisa se sentou para ouvir.
***
Depois de perguntar a mãe de Hermione onde ela tinha ido, Draco foi até o ministério e arrombou a sala onde Caleb trabalha. Precisava saber onde ele morava. Depois de revirar a sala inteira, achou o endereço.
Assim que encontrou, partiu para lá. Ao chegar na casa, pensou que poderia ter alguma p******o, mas mesmo assim entrou feroz e quando viu, já estava na porta, então no quintal não tinha nada.
Abriu a porta com magia e se surpreendeu em conseguir fazer isso. Ao entra na casa, ouviu um choro e subiu as escadas correndo.
Seguindo o som, ele se aproximou de uma porta e a abriu. Quando fez isso, viu Hermione sendo atacada pelo bruxo, ela estava encostada na parede, tinha os braços em cima da cabeça e as pernas em volta da cintura do homem. Ele segurava os braços dela contra a parede e beijava seu pescoço.
Draco queimou de raiva ao ver aquilo e conseguiu ver Hermione o olhando. O loiro se aproximou com raiva e puxou o cara de cima dela.
Hermione escorregou na parede e sentou no chão chorando. Estava com os s***s à mostra, pois ele tinha rasgado sua blusa e sutiã.
Draco acertou um soco bem forte no rosto de Caleb fazendo ele cair deitado no chão. Sem perder tempo, começou a chutar o cara ainda caído. Estava furioso com o que ele tinha feito, queria matá-lo, mas não com um avada, ele tinha que sofrer até o fim! Se o matasse com essa magia, ia ser rápido e indolor.
— Draco para... — Hermione pediu chorando.
Ele não conseguia parar de bater no moreno, a raiva que sentia não deixava ele se controlar.
— Por favor... — pediu soluçando.
O loiro lançou um feitiço em Caleb o deixando petrificado. Depois chutou seu rosto com força, como fez com Harry uma vez. Ele colocou o cara dentro do armário e fechou a porta. Depois se aproximou de Hermione e a envolveu em seus braços.
Ela chorava muito e estava bem assustada.
— Vou te tirar daqui... — Pegou ela em seus braços e seguiu para casa.
Sabia que ia encontrar sua mãe e filha na sala e não queria que elas vissem Hermione daquele jeito, então aparatou direto no quarto.
— Está segura agora.
Hermione estava agarrada no pescoço dele. Assim que escutou isso, olhou ao redor, percebendo que estavam no quarto deles.
— Vou cuidar de você. — A levou para o banheiro. Draco fez magia para que a banheira se enchesse e colocou Hermione no chão, mas sem deixar de segurá-la pela cintura.
Lentamente ele tirou a roupa de baixo dela. Hermione o olhava nos olhos enquanto a despia. Draco a pegou no colo de novo e a levou até a banheira. Ele a colocou lá dentro e Hermione suspirou ao sentir a água quente em sua pele.
O loiro passou a esponja lentamente pelo corpo dela e trincou os dentes ao ver os roxos que aquele i*****l tinha feito. Hermione aproximou o rosto do dele fazendo com que parasse de esfregar. Ele a olhou nos olhos.
— Entra aqui comigo... — sussurrou.
Draco olhou os lábios dela e depois seus olhos. Suplicavam para que ele entrasse.
Ele tirou a roupa e entrou na banheira junto com ela. Estava sentada e ele por trás. O loiro beijou o ombro dela. Hermione fechou os olhos ao sentir isso. Ela pegou as mãos dele e colocou em sua barriga para que ele a envolvesse em seus braços. Ele entendeu na mesma hora e apertou um pouco, a fazendo suspirar.
Ficaram um tempo dentro da água abraçados assim. Depois Draco saiu e colocou um roupão. Logo em seguida puxou Hermione de lá de dentro e a secou com a toalha. Desdeu as pernas até os cabelos. Enquanto secava os cabelos, olhava seus olhos.
Hermione se aproximou depressa e o beijou. O loiro suspirou em surpresa. Não esperava mesmo isso, mas a beijou de volta na hora.
— Faça amor comigo, Draco — sussurrou.
Draco resmungou ao ouvir esse pedido.
— Mas...
Ela colocou a mão na boca dele.
— Por favor...
O loiro ficou sério a olhando um tempo e sem demorar muito a beijou com desejo.