VITÓRIA
Hoje é o dia da viagem para o sul, mas não vou ir e também não sei como vou dizer isso pra minha mãe. No dia em que não fiz a prova na escola ela e o meu pai ficaram loucos lógico. Mas dei uma boa desculpa. Falei que estava com muita dor de barriga e não esperei fechar o horário da aula terminar, pedi pro Kaue voltar antes e liguei pro LK me buscar.
Falando em Kaue, não sei se voltamos ou não. Eu ainda estou desconfiada dele, mesmo ele jurando de pé junto que jamais vai me trair de novo. Não encontrei ele depois daquele dia até porque com tudo que a Maju passou tive que passar a dar atenção pra minha amiga. Mas isso não quer dizer que eu e o Kaue estamos afastados, isso não. Nos falamos todos os dias tanto por mensagem quanto por telefone. Ele insiste pra me ver, diz que tá com saudade, que precisa de mim perto dele. Isso me derrete por inteiro. Apesar de ter visto imagens dele com outras, tenho certeza que ele me ama assim como eu o amo.
Desço as escadas apreensiva, quero primeiro falar com a minha mãe pra depois falar com o Picasso, porque sei que ele vai pirar. São 15:40 e o vôo sai as 19:00 então, tenho que falar logo já adiei demais isso tudo.
Clara: Tá pronta pra sumir do Rio Vitória? - ignoro o ser sentado no sofá e vou pra cozinha onde encontro minha mãe batendo algo na batedeira
Vitória: Tá fazendo o que mamis?
Julia: Cuca de amendoim. Me passa a farinha - alcanço o que ela pede e ela já me olha desligando a batedeira - O que foi? Tu não me engana guria
Vitória: Eu sei não consigo disfarçar né - ela balança a cabeça e ergue uma sobrancelha - Mãe, minha linda. Eu não quero ir pro Sul mais. Quero ficar do lado da Maju - isso não é mentira, eu quero mesmo. Então fui por esse lado que assim não me culpo muito. - Ela precisa de mim mãe
Júlia: Só por isso? - ela continua com uma sobrancelha erguida e me analisa como se já soubesse a verdade
Vitória: Sim mãe, a gente cresceu junto. Amo aquele louca e olha tudo o que aconteceu com ela? - minha mãe volta a bater o bagulho lá e eu continuo ali, esperando uma resposta - Em mãe, posso ficar?
Júlia: O guria, tu fica!. Mas se souber que é por outro motivo estouro seu tímpano com um tapa - gente!. com quem ela aprendeu isso? Lógico senhor Picasso
Bruno: Fala ae - falando nele...
Júlia: O que é isso? O que te aconteceu? Senhor, que cheiro de podre! - não sei o que houve mais meu pai fede a podre mas sorri como um bebê
Bruno: Andei fazendo algumas brincadeiras - ele atira um beijo de longe e sai da cozinha. Será que ele brincou com um gambá? Ou pior, com um cadáver já em decomposição?
Júlia: Hun. Sei bem essa arte aí - ela balança a cabeça negativa e volta a mexer as coisas de novo.
Proveito que dela já me escapei e subo as escadas indo pro meu quarto me arrumar pra ir ver a Maju no hospital. Tomo banho e coloco um vestido soltinho e uma rasteirinha bem simples, penteio meus cabelos e faço um coque soltinho. Pego o celular e saiu do quarto. desço de volta pra sala onde já posso ouvir a voz do meu pai na cozinha, nem me atrevo a aparecer por lá, fico no sofá mesmo esperando LK, minha mãe já sabe que vou no hospital então só deixo uma mensagem pra ela e assim que ouço o barulho do carro em frente a casa eu saio quase correndo. Hoje não to afim de enfrentar o senhor Picasso não.
LK: E ai morena - ele sorri e eu sorrio de volta cumprimentando ele - Como a cabeluda tá?
Vitória: Ta melhor - meu celular vibra e penso ser minha mãe mas é o Kaue
Mensagem on:
Kaue: Amor to te esperando no estacionamento do hospital tá
Vitória: Tá, só que primeiro tenho que entrar pra falar com a Maju
Kaue: 5 minutos
Vitória: Ok
Mensagem off:
Depois de uma eternidade no trânsito até que enfim chego no hospital, LK falou alguma coisa sobre "infelizmente não poder ficar" e pra mim não teve nada de infeliz aí. Eu adoro a companhia dele, mas hoje ele só iria atrapalhar meus planos. Procuro com os olhos o carro do Kaue e logo o vejo um pouco mais afastado. E só então entro no hospital pra fazer minha identificação para subir o quarto da Maju.
Vitória: Oi n**a - sento na cama dela obrigando ela me olhar - Tira esse olhar triste do rosto Maria Julia. Você não é assim. O que passou, passou
Maju: Não, não passou não! - as lágrimas dos seus olhos transbordam - Um criança morreu Vick, um bebezinho indefeso que não tinha culpa de nada
Vitória: Eu sei Maju, e sinto por essa vidinha que se foi. Mas você tem que saber que ele ta bem agora - limpo as lágrimas que escorriam sobre sua bochecha
Maju: Pensar nos momentos em que ele sofreu por causa daquele monstro Vick - soluços escapam em maio a fala e choro também - Dizem que o primeiro som que o bebê ouve é o coração da mãe, ele passa a amar incondicional. Ele me amava Vick
Agradeço quando uma enfermeira entra e começa a conversar com ela. Talvez nosso choro tenha sido ouvido fora do quarto também. Eu não sei lidar com isso afinal tudo o que ela falou é a mais pura verdade. E em pensar que quem ensinou isso foi o próprio cara que abusou dela. Depois de um tempo entendi o que meu pai quis dizer mais cedo, a brincadeira era o estuprador, tenho certeza disso. E é bem feito a ele, espero que tenha sido uma terrível bela morte. Fiquei algum tempo ainda com a Maju mas depois de inúmeras mensagens do Kaue decidi dar tchau e ir embora, mas aliviada agora por ela ter parado de chorar e a tia Amanda também ja estava lá. Então sem problemas.
Atravesso o estacionamento olhando diversas vezes para os lados me certificando que não tem nenhum conhecido ou até mesmo algum espião que meu pai possa ter colocado atrás de mim, e agora ja que não tenho mais a ajuda da minha mãe então é somente eu.
Kaue: Que demora do c*****o Vitória! - assim que entro ele da partida no carro saindo rápido dali
Vitória: Eu não posso demorar tá - ele apenas bufa e não diz nada. Sei que isso deixa ele puto mas o que posso fazer. - Vamos onde?
Kaue: Dar um rolê - ele entra na Nova Holanda e um arrepio me pega por completo, esse cara é um dos inimigos do meu pai
Vitória: Kaue volta! O que tu fazendo? Ele vai me matar! - tento abrir a porta mas ta travada então não tem como - Para esse carro! - ele encosta e me pega firme pelo braço
Kaue: Cala essa p***a dessa boca! Ele não sabe quem tu é, e nem quem eu sou! - ele aponta o dedo na minha cara e as lágrimas ja caíam dos meus olhos - Para de choro! Ta sempre chorando meu! Fica sussa e não coloca nada a perder falo? - concordo e ele volta pra estrada logo entrando na favela.
Tento me manter calma e apenas observo assim como sou observada também pelos vapores da entrada. Kaue entra sem ser barrado e me pergunto o por que. Ele não pede informação ou demonstra qualquer receio por estar em território inimigo. Ele parece ser conhecido e também conhecer isso aqui como a palma de sua mão, depois de rodar alguns minutos entrar e sair de becos que até pensei que o carro não ia passar, paramos em frente uma casa arrumada até, não era um luxo mais em vista de muitas por aqui. Não lembro a quanto tempo não vejo um lugar tão decadente, nas favelas do meu pai o negócio é bem diferente, ele não pensa só no dinheiro não, ele pensa nos moradores também.
Kaue: Vem - ele me pega pela mão e segue para dentro do terreno da casa. - Fica sussa morena - ele beija minha boca e sei que tenho que me acalmar, ele nunca me colocaria em roubada.
Entramos na casa e por dentro ela é mais arrumada ainda. É pequena mais é bem aconchegante.
Kaue: Relaxa. Vem - ele me puxa pro sofá e senta me colocando em seu colo - Jamais iria permitir que te aconteça algo meu. Relaxa aí - ele puxa minha cabeça pra repousar em seu peito e apenas me deixo levar.
Vitória: Não tem perigo? - digo o olhando e ele balança a cabeça negando e me segurando pela nuca se aproximando para me beijar.
Kaue inicia um beijo calmo matando a saudade absurda que existe entre a gente. Mas aos poucos esse beijo parte de calmo para feroz, ficamos ofegantes e nos separamos um momento, e é aí que sou surpreendida pela chegada dele na minha b****a, ele esfrega o dedo que suponho ser o indicador e o volume embaixo de sua calça me incomoda mas desde nossa volta e nossa conversa, pensei sobre o assunto e talvez seja o dia, porque não?
Volto a atacar sua boca e ele intensifica os movimentos no meu c******s me arrancando gemidos, ja fizemos isso antes mais agora é diferente, estou decidida a t*****r e então tudo está mil vezes melhor.
Ele apalpa meu seio e me beija com desejo por vezes gemendo na minha boca. Kaue tira a mão da minha b****a e confesso ficar triste com isso, ele se ajeita no sofá me deitando e ficando entre as minhas pernas. Ele ergue meu vestido o tirando e assim faz com minha calcinha e sutiã
Kaue: c*****o Vitória! Eu esperei tanto por isso minha morena
Ele volta a me beijar e dessa vez ao invés de ficar só no meu c******s ele introduz um dedo dentro mim enquanto mordisca minha boca já descendo para o meu pescoço fazendo o mesmo com meu seio e intercalando entre um e outro, não posso dizer que não doeu o dedo dele dentro de mim, mas foi estranho isso sim. Porém o desejo em mim gritava pedindo cada vez mais que m*l senti quando ele entra com o p*u que com certeza é enorme me fazendo sentir uma dorzinha ardida. Kaue apoia a cabeça na curvatura do meu pescoço e fala coisas incoerentes e suspira alto, o incômodo na minha b****a persiste e quando ele começa um vai e vem ela aumenta um pouco mais
Kaue: Tá machucando? - n**o, mas ta sim.
Ele parte para um entre e sai mais rápido e aos poucos vou me entregando novamente e espantando aquela dor, logo sinto apenas desejo por cada vez mais e mais dele em mim.