Capítulo V - Profissional

1464 Words
Ana Gabriela levantou muito bem disposta. Ainda não eram nem seis da manhã e já estava arrumada para sair. Pegou na bolsa, Jaleco, chaves do carro e saiu do quarto. Ainda nas escadas, Gabriela sentiu o delicioso cheiro de paes acabados de sair do forno. Dona Ana já tinha posto a mesa e sorriu quando a viu. - Bom dia Vovó. - Bom dia meu amor. Como te sentes? - Feliz e ansiosa. Afinal, é o meu primeiro dia. - Vai correr tudo bem querida. Apenas mantenha a calma. Eu confio em você. E sei que vais fazer um óptimo trabalho. Agora coma que vais precisar de muita disposição para o dia de hoje. Ana Gabriela obedeceu a sua avó. Terminou de comer e foi escovar os dentes. Quando estava para sair, recebeu da sua avó uma lancheira com sandes, suco e água. - Obrigada Vovó. Até logo. - Até logo querida. Bom trabalho. Ana Gabriela dirigiu com calma e prudência. Foi dirigida ao lugar do estacionamento que seria permanentemente seu. Quando entrou, uma jovem foi ter com ela. - Bom dia Doutora Gabriela. Sou a Rosa a sua secretária. Seja bem-vinda. - Bom dia Rosa. Obrigada. Como está a minha agenda para hoje? - Bem cheia. Já deixei as fichas e prontuários na sua mesa. Aqui está a chave do seu armario e o código normal. A Senhora já o pode trocar. - Muito obrigada Rosa.Você é muito eficiente. Com certeza vamos nos dar muito bem. - Assim espero Doutora. Venha comigo por favor. Ana Gabriela seguiu Rosa. Quando entrou na sua sala, lá estavam dois lindos buquês de rosas brancas. - Nossa! Que lindas.Quem as mandou? O Doutor Adriano e a Doutora Ariella. São para lhe desejar um bom dia de trabalho. - Lembra - me de lhes agradecer por favor. - Com certeza. Precisa de alguma coisa? - Sim. Podes por favor guardar isso? É o meu almoço. - Claro. A sua primeira consulta será apenas às 8 horas com a Senhora Isabel Mendonça. A ficha dela é a primeira. - Obrigada. Vou aproveitar para ler enquanto há tempo. Por favor me avise quando o Doutor Adriano chegar. - Sim Senhora. Licença. Ana Gabriela leu as fichas e os prontuários. Fez anotações e nem percebeu o tempo passar. A sua sala tinha uma máquina de café, mas ela preferia chá e decidiu que levaria os seus pacotes e também uma cafeteira elétrica. Ainda fazia anotações quando alguem bateu na porta e Adriano entrou. - Bom dia Gabriela. Nossa! Você madrugou. - Bom dia Adriano. Eu queria conhecer melhor os meus pacientes. Por isso cheguei bem mais cedo. - Fez muito bem. A Rosa me disse que querias falar comigo. - Sim. Será que dá tempo de me mandar o contrato? Assim eu posso ler e assinar antes das consultas. - Claro que sim. A Rosa vai trazer para você em 5 minutos. Leia e marque se não estiver de acordo com alguma coisa. - Tudo bem. A Ariella vem hoje? - Sim. A viagem dela foi adiada para depois da festa. Com certeza ela virá falar com você quando tiver uma pausa. - Tudo bem. Aliás, adorei as flores. Obrigada. - Nada por isso. Bem! Vou subir. A minha primeira consulta será em 10 minutos. Bom trabalho Doutora Morales. Até logo. - Muito Obrigada Doutor Botelho. Adriano saiu. Estava admirado. Ana Gabriela além de linda e inteligente, também era persistente e determinada. Ele pegou no contrato, entregou para Rita e sentou para começar a trabalhar. Ana Gabriela teve uma oproma manhã de trabalho. Os pacientes adoraeam estar com ela e deram - se todos muito bem. Ela deu conselhos e instruções a todos eles. Novas consultas foram marcadas e ela teve então um espaço de 15 minutos para descansar. Isabella entrou e a viu de olhos fechados. - Bom dia. - Isabella. Bom dia amiga. O que fazes aqui? - É a minha pausa para o café. Como foi a sua manhã? - Bem agitada. Mas eu estou amando. Ah! Amiga eu nasci para fazer isso. E já assinei o contrato. Agora é mesmo oficial. - Que maravilha. Parabéns amiga. Estou tão feliz. - Eu também. Só faltam aqui os mus chás. Sabes que não gosto de café. - Eu sei. Peça a Rosa que cuide disso. Ela é óptima. - Farei isso. Amiga! A Ariella me alertou sobre a Doutora Renata. Quem é ela? - Uma megera insuportável. Ela e o Adriano namoraram por um tempo, mas ele terminou porque ela era grudenta demais e excessivamente ciumenta e controladora. - A sério?! - Sim. Todos aqui sabem disso, mas ela acha que é muito discreta. Aqui ninguém a suporta. - Porque o Adriano a mantém aqui? - Por mais que seja duro demais admitir, ela é muito boa como médica e tem uma pele impecável. Mas, o coração dela é expressamente o oposto. - Nossa! Só ouvi age agora palavras negativas sobre ela. Não a quero conhecer. - Não terás escolha amiga. Ela já está trabalhando e com certeza a verás na copa na hora do almoço. - Licença Doutora! O Senhor Antônio já chegou. - Obrigada Rosa. Nos vemos no almoço amiga? - Claro. Até já. Ana Gabriela seguiu trabalhando. Parou às 11 e meia e caminhava para a copa quando viu uma mulher caminhar na sua direção. Usava jaleco, era morena de cabelos longos e castanhos. Os seus olhos imensamente azuis não tinham o brilho do sorriso que mostrava. - Olá! Você deve ser a nova nutricionista. - Sim. Eu mesma. Conheço você? - Ainda não. Prazer! Sou a Renata. Uma amiga da família Botelho e a dermatologista da clínica. UAU! A tua pele é linda. - Obrigada. O prazer é meu. Gabriela entrou no elevador e Renata também. Foram em silêncio até á copa. Gabriela saiu primeiro e foi ter com Rosa e Isabella. - Está tudo bem amiga? - Sim. Mas não conseguia respirar no elevador. Aquela mulher é....pesada. - Eu sei. Mas me conta, quais são as vantagens do teu contrato? - Bem! Além de uma casa na Vila dos médicos e do seguro de saúde? O salário é óptimo. E ainda tenho o subsídio de férias e acesso gratuíto a alguns serviços ligados aos Botelho. Já recebi os cartões e o resto será entregue amanhã na minha avó. - Que maravilha. E quando vais mudar? - Ainda não sei. Vou até lá no sábado e depois decido. Elas pediram o almoço e tiveram uma excelente conversa. Gabriela viu Adriano, mas ele estava sozinho e fez questão de não esconder que não queria estar perto de Renata. - Adriano! Podemos falar? - Sobre o que Renata? Nós terminamos. E se não for para falar sobre trabalho, por favor fica longe de mim. Ele foi embora e Renata ficou furiosa. Terminou de comer e também foi embora. Ariella apareceu com o marido e o ambiente se suavizou. Ela era muito alegre e sincera. E assim como o irmão, fazia questão de não esconder que não gostava da presença de Renata. Eram 19 horas quando Ana Gabriela entrou em casa. Sentiu o cheiro delicioso de lasanha, mas não viu a sua avó. Então a ouviu na varanda, e parecia que ela falava ao celular. - Já disse para não ligares. Deixa - nos em paz. Estamos bem sem você. Desiste Elena. Desiste. Ana desligou e Gabriela foi até á porta simulando que acabava de entrar. - Vovó! - Ah! Olá querida. Boa noite. - Boa noite. A Senhora está bem? - Sim. Fiz uma lasanha. Estás com fome? - Sim. Vou tomar um banho e já venho. Tenho muito para contar. Gabriela não gostava de segredos ou mentiras. Mas, a sua avó escondia alguma coisa e com certeza tinha relação com a sua mãe. Quem era Elena? E do que ela devia desistir? Gabriela desceu e serviu o seu jantar. Olhou para a Avó e perguntou sem hesitar. - Vovó! Quem é a Elena? É a minha mãe? - O quê?! Que pergunta é essa? - Por favor Vovó. Chega de mentiras e segredos. Eu ouvi a Senhora dizendo para a Elena desistir. Quem é ela? - Ninguém filha. Ela não é ninguém. - Não acredito. Vovó a senhora está comigo á 24 anos. Porque ainda não posso saber de nada? Já chega por favor. Me conta Vovó. - Não há nada para contar. - Muito bem. Eu achava que não haviam segredos entre nós. Mas estava enganada. Então saiba que a minha mudança será no sábado. Espero que até lá a senhora tome uma decisão. Gabriela trancou - se no quarto. Se a avó não pretendia revelar a verdade, então ela iria descobrir por conta própria. Mas, será que gostaria desta descoberta? Ou mudaria de ideias?
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