Adriano entrou em sua casa sentindo - se aliviado.
Fazia meses que procurava alguém para a vaga de Nutricionista, mas não conseguia ninguém disponível para começar a trabalhar.
Isabella que além de ser a sua melhor enfermeira também era de sua total confiança, sugeriu alguém para a vaga.
Ela disse tratar - se de sua melhor amiga. Alguém que considerava uma irmã, e que estava a um ano formada, mas não conseguiu um emprego.
- Boa noite Senhor.
- Boa noite Bruna. Algum recado para mim?
- Sim. A sua mãe ligou e pediu que retornasse.
- Obrigado. Que cheiro delicioso.
É lasanha?
- Sim Senhor. Sirvo em 10 minutos.
- Perfeito. Vou tomar um banho e já volto. A Renata veio aqui hoje?
- Não Senhor. Mas o motorista dela veio pegar as coisas.
- Óptimo. Espero que nada tenha ficado. Não a quero por aqui.
- Não se preocupe Senhor.
Todos estão avisados. Ela não vai nem chegar perto da entrada.
- Excelente. Já volto. m*l posso esperar para provar essa lasanha.
Após o jantar, Adriano sentou diante do computador e verificou o processo de Ana Gabriela.
Ela era muito inteligente e linda também.
Lembrou da forma como ela respondeu as perguntas de Ariella. Estava nervosa, mas conseguiu manter a calma e agir com naturalidade.
Adriano queria saber mais sobre ela, mas devia ir com calma.
Ainda tinha a questão de Renata para resolver.
Não a podia manter por perto. Renata era boa médica, mas fora do ambiente profissional comportava - se de forma muito escandalosa.
Por outro lado, Renata estava na sua sala quando a mãe entrou e a viu gritando com o celular.
- Filha! O que houve? Que gritaria é essa?
- Estou a ligar para o Adriano, mas ele não atende.
- Vocês terminaram filha.
Deixa ele em paz.
- Ele terminou comigo Mamãe.
- Sim. Porque você não o deixa fazer nada. Você o sufocava, e nenhum homem aguenta mulher grudenta.
Ao ouvir as palavras da mãe, Renata deixou o telefone de lado.
- A Senhora tem razão. Ele sempre disse que eu não respeitava o espaço pessoal entre nós.
- Sinto muito querida. Mas, a culpa foi tua. Se você agir como uma persegidora, isto vai acabar m*l.
- Eu o amo mãe.
- Não Renata. Você é egoísta e caprichosa. Sempre achaste que ele fosse tua propriedade, mas não é assim que as coisas funcionam. Vocês terminaram. Aceita que dói menos.
Alice deixou a filha sozinha.
Sabia que tinha culpa por Renata ser tão mimada, e por isso fazia questão de dizer sempre o que pensava.
A sua filha não amava Adriano. Queria apenas exibir - se com ele. Afinal, os Botelho eram praticamente donos de tudo, e Adriano era o solteiro mais cobiçado pelas mulheres da cidade. Até mesmo pelas casadas.
Ana Gabriela e sua Avó entraram no restaurante e viram Isabella.
- Boa noite. Achei que não vinham mais.
- Oi amiga. A Vovó tinha que terminar algumas coisas.
Esperaste muito tempo?
- Não exatamente. Mas estava preocupada. Sentem - se. Pedi uma Pizza Família.
- Obrigada Isabella.
- Por nada Vovó.
Hoje é um dia de comemoração.
- Verdade amiga.
Vovó! A senhora vai poder fazer aa consultas lá a clínica. Com direito á seguro de saude.
- Isso mesmo. E soubeste da mudança?
- Mudança?!
- Sim. Para a Vila Residencial dos Médicos. É maravilhosa e enorme. Parece uma pequena cidade.
- Bom saber disso.
- Filha! A mudança será oproma para você.
- A Senhora vai comigo Vovó.
- De jeito nenhum. Tu já estás grande demais para andares pendurada comigo.
- A sério Vovó?
- É claro meu amor. Tenho muito orgulho da mulher que és. És adulta e tens direito á tua privacidade. Eu fico bem.
Elas jantaram e Isabella contou como eram as festas de aniversário da Clínica.
- Este ano o tema sera Protecção Ambiental. O dinheiro arrecadado vai para uma instituição que trabalha nesta área, e para a construção de um Parque Infantil com jaedims e tudo mais. E claro, sem prejuízo para o ambiente.
- Estou realmente feliz por saber que vou trabalhar com pessoas tão incríveis.
- Eu também tenho orgulho disso amiga. E amanhã já podemos ir tirar as medidas para o traje. A Senhora Botelho faz isso todos os anos. Ela tem um contrato exclusivo com a melhor estilista de sempre.
- E quem é?....- Ana perguntou mastigando um pedaço da sua pizza.
- Elena de Camargo.
Ao ouvir e reconhecer o nome de sua filha, Ana engasgou - se e quase desmaiou.
- Vovó! O que houve?
A Senhora está bem?....- Gabriela e Isabella ficaram preocupadas.
- Estou bem meninas. Já passou. Só engoli rápido demais. Estou bem agora.
Isabella pediu que o resto da Pizza fosse embrulhada para viagem e pediu outras coisas também.
Elas foram para casa. Gabriela dirigiu em silêncio.
Percebeu como a Avó ficou ao ouvir o nome de Elena Camargo, mas não quis pensar mais no assunto.
Elena foi deitar e Gabriela foi despedir - se da sua amiga.
- Ela ficará bem amiga.
Não fiques assim.
- Não é isso Isabella. É que a Vovó está a esconder alguma coisa.
- Como assim? Já falaste com ela?
- Sim. Ela negou, mas eu a conheço bem demais e não pude insistir.
- Oh amiga! Será que tem alguma relação com os teus pais?
- Não sei. Mas, eu pretendo descobrir de alguma forma.
Mas, eu iria preferir que ela mesma me contasse.
- Não penses nisso agora e nem a pressiones. Amanhã será um dia especial. Descansa está bem?
- Tudo bem. Até amanhã amiga.
- Até amanhã.
Ana Gabriela foi dormir.
Iria começar a trabalhar no dia seguinte. Chegaria cedo para ter contato com o prontuário e ficha dos seus pacientes.
Seria um novo ambiente e tinha que se adaptar.Tudo daria certo. Tudo iria correr bem.
Gabriela decidiu que usaria a sua determinação no trabalho.
Não tinha que fazer as coisas para agradar.
Apenas iri realizar um bom trabalho, ter a amizade e confiança das pessoas certas e poderia seguir com a sua vida.
Sabia exactamente que não seria nada fácil. Aliás, nada poderia ser assim tão fácil. Ela gostava de desafios. De lutar para obter as coisas por merecimento.
E se tinha sido aceita para trabalhar com os Botelho. Então devia demonstrar que era merecedora da oportunidade que acabava de receber na sua vida.