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1556 Words
4 Fred — A liberdade veio mais rápido do que eu pensava. — Pietro disse sorrindo enquanto abria a porta do meu carro e se acomodava no banco da frente ao meu lado. — Obrigado, Fred. — Sua prisão foi um erro. — Eu já havia falado sobre esse delegado, mas você anda tão obcecado pela Bratva que não me deu ouvidos. — Esse delegado é um peão no nosso xadrez. Não vou gastar minhas energias com ele. Porém, não posso dizer o mesmo a respeito da filha dele. — Filha dele? — Mandei raptar, só pra esse homenzinho da lei saber com quem está lidando. — Cuidado Fred, isso pode virar um escândalo na região da Toscana. Um consigliere da Cosa Nostra é preso e de repente a filha do delegado que o levou para trás das grades desaparece. — Pietro — sorri — você é tão medroso, às vezes eu duvido que você tenha mesmo o sangue Coppola que eu. Não se preocupe, não vou matá-la. É só uma brincadeirinha. — Sorri para meu consigliere. Pietro era alto, um homem magro naturalmente definido, com cabelos castanhos perfeitamente penteados e grandes olhos esverdeados que transpareciam calma e serenidade. — Mudando de assunto, estou indo para a fazenda. A filha do delegado está lá e eu estou ansioso para conhecê-la. — Boa sorte, primo. — Obrigado. Quase me esqueço, comunique a Beatrice que ela ficará noiva na próxima semana. A família de Dante Exposito virá a Florença especialmente para isso. — Noivar… A Beatrice vai noivar? — Meu consigliere aparentemente não gostou muito da notícia. — Vai noivar e se casar o quanto antes. Por quê essa cara, não me diga que ainda é apaixonado pela minha irmã? — Não. — Esses amores de infância são realmente difíceis de superar. Mas você vai ter que lidar com isso, principalmente porque o casamento dela será um laço consolidado com Nova York e, segundo porque nos dias de hoje Beatrice te ignora totalmente. Acho que você deixou de fazer o tipo dela quando completou 12 anos. — Ah Fred, você acha mesmo que eu estou apaixonado pela sua irmã? A última pessoa que vou me interessar nesse mundo é uma mulher mesquinha com síndrome de superioridade que só pensa em fazer compras. — Bom, alguém precisa gastar os bilhões de euros que entram todos os meses nas nossas contas. — Ajustei os óculos escuros nos meus olhos enquanto acelerava. Quando finalmente cheguei ao meu destino, parei com o carro em frente ao luxuoso helicóptero que, me levaria a minha casa de campo onde a filha do delegado intrometido me esperava como uma princesinha trancada no castelo. Dependendo das circunstâncias, eu poderia ser o príncipe dela. — Você vai voar meu amigo. — Nada m*l para quem acabou de ser solto. — Ele sorriu maliciosamente para mim. Levou pouco mais de uma hora para que chegássemos ao nosso destino. Sobrevoar Toscana na primavera sempre foi um ótimo entretenimento. Na casa de campo, soldados da Cosa Nostra garantia a descrição e segurança do lugar que por si só já era bastante isolado, longe de tudo e de todos. Eu fiz questão de conhecer a tal médica o quanto antes. Deixei claro aos meus homens que não tocasse num único fio de cabelo dela até segundas ordens. Luna Benedetti, era esse o seu nome. Era estranho ele me soar tão familiar, mas agora isso era o que menos importava. Subi as escadas de madeira até alcançar o último andar, onde minha querida prisioneira estava. Abri a porta cuidadosamente, não queria assustá-la. À primeira vista não vi nada além de uma suíte vazia com a cama bagunçada, mas bastou que eu desse alguns passos adiante para me deparar com a banheira cheia, transbordando de espuma. Nela, uma mulher de pele clara se banhava despreocupadamente, os longos cabelos escuros e molhados caíam de maneira fascinante por suas costas. Provavelmente devo ter feito algum barulho, porque subitamente ela ficou de pé revelando o corpo escultural, marcado por curvas delicadas, a b***a em formato de coração fez meus batimentos acelerarem, mas o golpe fatal veio mesmo quando ela ficou de frente, deixando à mostra toda sua feminilidade. Os s***s médios e rosados, a bocetinha pequena, os olhos… Aqueles olhos azuis acinzentados eram os mais lindos que já havia visto. Cazzo, ela é uma obra prima. — Você… Um sorriso sarcástico cruzou meus lábios quando ela me olhou fixamente, como se estivesse enxergando minha alma. — Me conhece de onde, princesa. — Perguntei curioso. Ela entreabriu os lábios, assustada pegou uma toalha e se cobriu de maneira espalhafatosa. — Por Dio! Me deixe em paz! Eu não sou rica, não tenho dinheiro, não tenho nada! Pegaram a pessoa errada! — Você realmente não está aqui por dinheiro. Louis Benedetti é o seu pai, certo? — Perguntei enquanto me aproximava, ela por sua vez se afastava na medida que chegava mais perto. — Se você encostar um dedo no meu pai… — Você vai fazer o quê? — A cortei no mesmo instante. — Aliás, o que você pode fazer? Fiquei curioso. — Cheguei mais perto, ela recuou novamente, mas ali não tinha mais para onde correr. As suas costas já estavam contra a parede, eu fiz questão de me aproximar ainda mais, e fiquei completamente inebriado pelo seu cheiro, mesmo vendo-a tremer, a suspirar ofegante por medo e pela minha presença. Os olhos azuis vibravam para mim, os lábios rosados, pequenos, pareciam me chamar. A toalha que separava nossos corpos foi ao chão e mais uma vez ela ficou nua. Totalmente exposta a minha frente. Uma lágrima ousou a escapar do seu olho enquanto ela me fitava cheia de medo, praticamente em pânico. — Por favor, não faz isso comigo… — Isso o quê? — Perguntei baixinho, inclinando a cabeça para baixo para alcançar o pé do seu ouvido. — Você sabe. Por favor, não me toque. — Não se preocupe, — me afastei dela — não farei nada, a menos que você queira. — Nervosa, ela mordeu o lábio inferior enquanto se esforçava para não olhar nos meus olhos. Porém, ela não conseguia esconder o arrepio que cobria toda sua pele e os biquinhos rosados do seus s***s que estavam duros como uma pedra. Quando me dei conta meu p*u já estava duro, o volume se destacava entre minhas pernas o que deixava a garota ainda mais nervosa. — Mas agora me responde, você me conhece de onde? — Eu não te conheço… Apenas, vi um retrato seu com o meu pai. O que é comum já que ele é um delegado e você um mafioso criminoso! — Ela mirou os grandes olhos azuis em mim como se estivesse prestes a me fuzilar. — Que ousadia sua, me chamar de criminoso. — E não é isso que você é, um criminoso, um sequestrador? Porque isso aqui é a p***a de um sequestro! — Você consegue ficar ainda mais linda com essa carinha de brava. Quando me disseram que a filha daquele delegadinho de merda era bonita eu acreditei, mas não criei tantas expectativas. Enfurecida, ela se abaixou, pegou a toalha de volta e se cobriu rapidamente. — Por que você manda sequestrar uma pessoa que não tem absolutamente nada a ver com isso? Eu abri um sorriso sarcástico para ela. — Por diversão, por qual outro motivo eu faria isso? — Por diversão? Cazzo! Eu trabalho num hospital público, sabia? A essa hora eu poderia estar ajudando a salvar a vida de vários pacientes. Sua consciência não pesa? Por favor, deixe-me ir embora. — Você só vai sair daqui quando for minha. — Sua… Mas, o que você quer dizer com isso? Você vai me estu… — Não. — A cortei antes que terminasse aquela maldita palavra. — Mas você vai implorar pra ir para a cama comigo. Ela gargalhou incompreendida, mas ao me olhar com mais atenção murchou, sem graça, ainda perdida com tudo que tinha ouvido. Lidar com poder, dinheiro e sangue requer muita frieza, o que para mim não é nenhum problema. Porém, até mesmo homens como eu precisam dos seus momentos de distração, diversão e leveza. E ela, seria meu mais novo e mais gostoso brinquedo. Eu a deixei no quarto e voltei ao que realmente importava. Sempre fiz questão de ter um escritório, um lugar só para mim e minha mente c***l e liberal executar suas temerosas funções. E foi ali, no meu cantinho, durante meu trabalho que recebi a notícia pela qual ansiei todos os dias, desde que Anselmo Coppola foi esquartejado e dado de presente para sua esposa no altar. Meus infiltrados na Rússia finalmente deram um fim em Aslan Usoian, o Dom da Bratva. Os russos ainda não sabiam que haviam perdido seu chefe. Quando a notícia viesse à tona o mundo do crime iria tremer. A guerra entre as duas maiores organizações do planeta que eclodiram no último século e ainda perdurava nos dias de hoje entraria em colapso novamente. Toda ação tem uma reação. Eles enviaram os pedaços do meu pai em uma mala e agora, eu estava enviando os pedaços do “poderoso” Aslan Usoian em um grande cubo de gelo para combinar com o rigoroso inverno russo. E isso era só o começo de um jogo de poder, dinheiro, sangue e tortura.
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