- Bels, Você não pode simplesmente derrubar esses muros? Eu não vou embora, eu não vou te deixar, não importa o que você diga. Se você quiser ir mais devagar podemos fazer isso! Mas não me diga que você não sente nada quando eu toco você, por que não é verdade!
- E não é eu só não posso te magoar, por que sou tão egoísta e não suportaria viver em você.
- Que tal pensarmos apenas no hoje? Amanhã nós vemos como tudo vai ficar se vamos bagunçar as coisas, ou se vamos colocar ordem. Eu só quero você!
Isabella acena que sim com a cabeça.
Lucas a surpreende com outro beijo apaixonado, forte e quente, ele tocou o corpo de Isabella com devoção, e a cada suspiro que ela lhe oferecia ele se esforçava para que houvesse mais. A cada olhar que ele a lançava Isabella se sentia flutuar, com o corpo de Lucas assim tão perto e tão quente sua respiração ofegando em seu pescoço, já estavam perdidos em paixão. Ao chegar ao clímax Lucas a beijou, e sussurrando em seu ouvido disse:
- Eu te amo Isabella.
Uma lágrima escorreu pelos olhos de Isabella, não por que ela não podia dizer o mesmo, mas por que tinha medo de dizer. Ela olhou Lucas nos olhos, e o beijou. Ele, conhecendo cada detalhe dela, entendeu.
Os dois dormiram juntos mais uma vez, porém dessa vez com os corpos nus e entrelaçados, e a noite havia sido melhor do que as sonhadas por Lucas.
Isabella acordou Lucas já não estava mais do seu lado. Mas ela o ouvia cantarolar em sua cozinha.
- Bom dia!!! – Disse Isabella, beijando Lucas.
- Bom dia, estou preparando o café, o pão está fresco.
A campainha tocou
Isabella foi sorridente atender a porta, estranhando que Rafaela estivesse tocado a campainha, já que ela nunca o fazia.
Ao abrir a porta o sorriso de Isabella desapareceu.
- Victor, o que você está fazendo aqui?
- Olá, eu posso entrar?
- Não, você não pode entrar, diga o que você quer e saia.
- Não sem antes você me escutar, me deixe entrar.
Victor disse isso praticamente invadindo o apartamento, parou na sala e ficou esperando alguma reação. Da cozinha Victor conseguia ouvir tudo o que se passava, mas resolveu não interferir até entender do que se tratava.
- Belo apartamento, gostei muito.
- Sem enrolações Victor, fale o que você quer e vá embora.
- Eu vim até aqui ver você, saber como anda sua vida, o que você pretende daqui pra frente. Você está ciente dos meus sentimentos por você...
- Deveria ter algum plano com você? Seus sentimentos não são problema meu!
- Eu voltei a esse país apenas por você, eu tenho meus planos.
- Por mim? Você não voltou para causar burburinho em cima do seu casamento? Aliás, onde está a d***a da sua noiva? Ela sabe que você está aqui?
- Serena é apenas um ícone, uma transação financeira, algo para me favorecer, não existe interesse romântico. Eu tenho uma proposta para você.
- Você realmente não tem nem o mínimo de vergonha. Sua noiva já sabe que é apenas uma transação?
- Bem, eu sou uma para ela também. Aceite ficar comigo, o meu casamento será apenas de fachada! Você teria tudo, não precisaria mais trabalhar naquela boate decadente, poderia ter uma vida de rainha. Eu posso literalmente te oferecer o mundo.
- Você está me oferecendo o cargo de amante é isso? Que lisonjeiro!
- Não coloque nesses termos, você não seria minha amante... Seria minha mulher não oficial, algo normal. Eu poderia melhorar os negócios e viver com o amor da minha vida, onde isso pareceria errado? Eu serei divorciado em breve!
- Saia da minha casa – Gritou Isabella
Victor se aproxima dela sendo interrompido por Lucas
- Bels, o que está havendo aqui? Precisa de ajuda?
- Ah, é com o bartender que você passa suas noites? Deve ser alguma piada.
- Cara, ela mandou você sair, tenho certeza que não preciso mostrar a saída.
- Isabella, eu já vou embora, mas minha proposta permanece de pé!
Victor beijou a bochecha de Isabella que demonstrou desconforto, lançou um olhar reprovador para Lucas e saiu pela porta.
Isabella não conseguia nem começar a explicar o absurdo que aquilo havia sido, sentou se no sofá em choque. Lucas não fez perguntas, havia ouvido o conteúdo da conversa, fez o que sempre fazia a abraçava e esperava ela se abrir.
Ele sabia agora que precisava protege la, e que o homem da boate era o i****a que havia a abandonado anos atrás.
Longe dali outra trama se desenrolava
- Fábio se eu tiver que beijar esse cara mais uma vez eu vou me m***r, você entendeu? Não existe alguma outra forma de fazer isso?
- Você sabe que não você precisa aguentar firme bebê, são apenas três anos, e o acordo pré-nupcial já te deixa garantida.
- Você fala assim por que não é você quem tem que aguentar toda aquela arrogância!
Fábio se debruçou para beijar Serena, porém são interrompidos quando Victor entrou pela porta, obrigando os dois vigaristas a se afastar. Talvez eles nem tenham notado que Victor não dava à mínima.
- Obrigada pelas atualizações Fábio, te ligo depois.
- Perfeito Serena, te vejo amanhã.
Victor serviu uma dose de uísque e pareceu ignorar totalmente todos os que estavam a sua volta, seu rosto estava vermelho, ele está visivelmente irritado.
- Baby, o que houve? Não te vejo desde Ontem! Por onde você andou?
Sem responder Victor se aproximou de Serena, porém sem a olhar nos olhos, ele a arrastou para a cama e a beijou violentamente. A consumiu com seus movimentos selvagens e cheios de desejo, e enquanto o ato se seguia no meio de um rompante de paixão Victor deixa escapar um nome que ele há muito tempo não falava em momentos de êxtase “Isabella” ecoou de seus lábios mais alto do que ele gostaria.
Serena ouviu, mas decidiu não dizer nada naquele momento. Permaneceu deitada nos lençóis, havia muito a considerar. Sentiu-se usada, mais do que de costume. Porém algo a chamou a atenção “Quem é Isabella?”.
Ao terminar Victor se levantou, foi até a varanda e acendeu um cigarro, os seus pensamentos o levaram até Isabella, que provavelmente o odiava do outro lado da cidade.
“Victor, você sempre metendo os pés pelas mãos! Bels jamais aceitaria se colocar nessa posição, muito menos balançar dinheiro em sua frente funcionaria” – Pensou
“Como você pode Victor” – pensou novamente colocando a mão na cabeça
Victor a amava, mas amor parte de muitas outras coisas que Victor havia perdido há tempos, porém o tempo não poderia apagar o amor, mas toda a dor e insegurança o apagavam, e ele não soube o que fazer. Na varanda muitos pensamentos ocorreram a ele, alguns flashes de memória traziam o rosto de Isabella a sua mente, o seu sorriso, todos os momentos juntos, desde a sua infância até o momento em questão. O momento onde ele a teve em seus braços verdadeiramente pela primeira vez. Passava em sua cabeça como um raio.
Victor decidiu beber outra dose.
O que o matava um pouco a cada pensamento era saber que ela havia seguido em frente, apesar do amor que sentiam. Outra pessoa havia possuído o que era dele, e a imagem de seu corpo nu não fazia parte apenas de suas lembranças, mas das lembranças de outro também.
A i********e dentro do apartamento, Isabella de camiseta e apenas de calcinha o perturbou, pensou que tudo aquilo deveria ser dele.
Victor fez uma ligação, séria e fria.
- Joe, preciso de uma pesquisa completa sobre um cara. Ele é bartender da boate em que fiz minha despedida de solteiro, eu só tenho um nome “Lucas”. Procure saber tudo dele, quero em minha mesa amanhã.
- Certo senhor.
“Eu só preciso entender um ponto fraco, de jeito nenhum Isabella será dele se já é minha” – Pensou.
Serena decidiu tomar uma atitude, não por que gostava de Victor, mas por que perde lo significava perder tudo o que ela havia engolido até ali.
Prontamente decidiu mandar uma mensagem para Fábio
“-Fábio aconteceu algo estranho hoje, bem no meio de algo entre eu e Victor, ele chamou por uma Isabella, eu não a conheço... Pesquise, por favor,”.
Victor sabia que para conquistar o seu grande amor teria que mudar tudo, fazer algo para sua abordagem ser completamente apagada, ele sabia do que ela gostava, mas não sabia se havia mudado. Era desesperador conhecer tanto alguém e de repente não saber mais nada, estar no escuro. Ele teria que tentar alguma coisa.
Victor decidiu fazer uma nova ligação
- Joe, pesquise também Isabella Aliperti, quero tudo sobre ela, passado, situação financeira, antecedentes, cursos, até se algum dia teve algum animal de estimação, você entendeu?
- Senhor, essa moça é a mesma da pesquisa de alguns anos atrás... Certo?
- Sim, só que agora preciso dos detalhes.
Victor desligou o telefone com fogo nos olhos, e sorriu por que sentiu ter controle sobre algo que na realidade não tinha.