Os olhos de Mork olhavam com intensidade para os lábios rosados de Elena, um convite irrecusável para o prazer. Elena não tinha ideia do poder que tinha sobre Mork, ele a via como a mais bela e desejável criatura. Mork se aproxima de Elena e morde o seu lábio inferior o puxando levemente, um pequeno choramingo deixa os lábios dela, enquanto a sua mão segurava com força sua cintura. Mork a solta e se afasta para olhar no seu rosto, as bochechas dela estavam coradas e o seu lábio vermelho por sua mordida, ele sorri passando o seu dedo no lugar.
_Você sabe como me provocar pequena, mas quando se atiça o fogo você pode se queimar. - diz passando a mão na sua cintura a puxando para si, Mork não estava sendo delicado, Elena estava testando os seus limites e descobriria que ele podia ser grosso quando queria. Com a mão ainda na nuca de Elena Mork a puxa esmagando os seus lábios aos dela de forma voraz, ele estava consumido de desejo e luxuria, a sua língua força passagem na sua boca cálida arrancando um gemido dos seus lábios. A sua língua explora a sua boca de forma desesperada, a apertando mais contra si, para ele já não era mais suficiente apenas beijá-la ele queria sentir o contato da sua pele contra a dela, sentir o seu calor que o deixava mais enlouquecido a medida que ela correspondia ao seu beijo brusco, Mork sabia que era o vínculo o lembrando mais uma vez que eles não haviam passado pelo acasalamento, mesmo sem poder sentir o cheiro de Elena o desejo dele crescia a medida que a sua língua explorava sua boca.
Elena estava em chamas, não havia outra palavra para descrever o que ela estava sentindo naquele momento, ela acreditava que a qualquer momento estaria literalmente em chamas, como uma fénix. Ela devia estar assustada com o jeito brusco de Mork a beijar, mas não era o que ela estava sentindo, quanto mais forte e duro ele beijava-a mais ela queria que ele aprofundasse o beijo, o seu corpo tinha uma necessidade que até então ela desconhecia e que precisava ser saciada. Elena sentia em Mork o mesmo desespero que havia nela, os seus corpos implorando para que eles acasalassem e selasse o vínculo de companheiros. De forma brusca Mork interrompe o beijo encostando sua testa a dela. A sua respiração irregular mostrando o quanto ele relutava em deixar os seus lábios.
Mork estava tão perdido nas sensações que Elena lhe provocava que havia esquecido de onde estavam, e que não estavam sozinhos, isso o havia feito recuar com um pouco de resistência, mas ele não iria envergonhar Elena daquela forma.
_Me desculpe, não quis ser rude com você. - diz se afastando para olhar nos seus olhos, mas ele não encontrou o medo que pensou que estaria estampado no rosto dela, os olhos de Elena brilhavam intensamente o seu rosto corado e lábios inchados lhe dando um aspecto desejável, Mork se segurava para não reivindicar seus lábios novamente.
_Está tudo bem, eu gostei. - diz um pouco constrangida, para Elena já era difícil ter essa conversa com Dila, com Mork era pior ainda.
Mork geme com a resposta de Elena e toma os seus lábios novamente, mas desta vez com mais delicadeza, ele temia que se a beijasse novamente como fizera antes, não a deixasse sair da clareira da mesma forma que entrou. Os lábios de Elena eram macios e convidativos e ele fez questão de demonstrar todo o carinho que tinha por ela naquele beijo, a sua língua brincando com a dela enquanto ambos se entregavam aquele momento, enquanto Mork a beijava ele ouve o estômago de Elena roncar novamente, a sua pequena estava com fome, uma fome diferente da dele naquele momento. Ele quebra o beijo e vê os seus olhos envergonhados.
_Está com fome, - diz olhando nos seus olhos castanhos inocentes. - Acho que devo alimentá-la, e quem sabe te transformar no meu jantar mais tarde.
Os olhos de Elena arregalam-se, ela dá um tapa no seu braço se virando de costas com vergonha.
_Tire esse vestido molhado e coloque a minha camisa, não quero que adoeça. - diz pegando a sua camisa no chão e entregando-lhe.
_Mas não tem lugar para me trocar. - diz ela olhando em volta.
_Não se preocupe, não vou olhar, e Maison e Dila estão bem longe de nós. - diz sorrindo, Elena esconde o rosto nas mãos ao se lembrar que Maison e Dila estavam lá também, Mork explode em gargalhadas com o gesto dela.
_Ai que vergonha! - diz baixinho, Mork a abraça por trás dando um beijo no seu pescoço.
_Não se preocupe eles não viram nada, e se visem também não me importaria, você é minha, e o que faço com a minha companheira não é da conta deles. - diz relaxando a sua expressão ao falar com ela.
_Virese. - diz Elena.
_Por quê? - pergunta.
_Não quero que me veja sem roupa. - diz Elena como se a reposta fosse óbvia.
_Mas algum dia eu vou ver. - diz com um sorriso de canto.
_Mas não vai ser hoje. - diz ela pegando nos seus ombros e o virando. - Nada de espiar.
_Sim senhora.
Elena retira rapidamente o vestido malhado que estava e coloca a camisa de Mork que nela ia até o meio das cochas. Elena inala o cheiro dele e sente o seu corpo relaxar, ela se perguntava como seria quando a sua loba se manifestasse. Por várias vezes ela ouvia outras lobas dizerem que os seus companheiros tinham um cheiro único e embriagante, ela se perguntava como Mork cheiraria para ela.
_Pode se virar. - diz a ele, Mork se vira e fica encantado ao ver Elena com a sua camisa, ela estava linda, a sua camisa havia ficado bem nela, e ele sentia-se orgulhoso de vê-la usando as suas roupas.
_Nunca mais vou lavar essa camisa. - diz a olhando com desejo. - Vem! Vou alimenta-la.
Mork se senta na toalha e puxa Elena a sentando no meio das suas pernas, aproveitando o contato que tinha com a sua companheira. De longe ele vê Maison e Dila retornarem, mas quando Maison percebe que Elena estava vestindo apenas a camisa de Mork, ele é esperto suficiente para ficar longe.
_Aqui! - diz-lhe oferecendo um sanduíche. - Abre.
_O que está fazendo? - pergunta Elena.
_Te alimentando.
_Eu não sou um bebé Mork. - diz ela com a sobrancelha arqueada.
_Ah, disso eu tenho certeza. - responde com um sorriso travesso.
_Você é terrível. - diz rindo.
Naquele lugar parecia que tudo estava como deveria e como tinha que ser, mas Mork sabia que se quisesse manter a sua felicidade ele precisava com urgência eliminar os inimigos a sua volta, pensar nisso o fez se lembrar de Maruí, estava na hora de ter uma conversa decente com o seu irmão.