Capítulo 2 -Confiança

1060 Words
Eu não sabia dizer certamente a emoção que eu sentia. Por segundos eu quis acreditar que ele era comum príncipe encantado que iria me tirar daquele lugar e me salvar da ilusão de bruxa má. Mas, ao mesmo tempo me passava na cabeça se ele não seria mais um vilão em minha vida apenas tentando se aproveitar de minha ingenuidade. Ele nem se quer me conhecia e havia acabado de saber meu nome, eu não sabia se deveria confiar em alguém assim. Não agora que acabava de descobrir que o dinheiro do leilão não iria dar para fazer algo. Então com ar de desconfiança o interroguei com as sobrancelhas arqueadas e o coração batendo forte. - O sinhor está me oferecendo trabalho, e uma casa? - Sim. - Afirma ele se jogando na cama. - A troco de que? Olha num é querendo parecer ingrata mas... Oque cê ganha com isso ? - Primeiro, cubra seus p****s. - Diz ele me jogando seu palitó, o pego e rapidamente ponho sobre meu corpo. - Segundo. Eu quero te ajudar. Você é muito jovem, tem um futuro, pode casar, estudar. Abrir algum negócio próprio. Não sei, não acho justo que seja enganada assim. Por favor, aceite. - E cê vai fazer tudo isso sem esperar nada em troca? - Digo o olhando desconfiada. - Eu não pretendo fazer nada. Só quero que saia daqui. - Porque se importa? Ce nem me conhece. Ele rir e logo se senta na cama, passando a mão nos cabelos. - Eu não preciso conhecer para querer ajudar. Podemos nos conhecer com um tempo, termos uma boa relação de amigos. Eu não quero nada de você, apenas... Quero tirar te desse bordel. - Última vez que eu confiei em gente da capital eu vim parar aqui.como posso confiar em tu? - Uma das razões é que não estou te violentando agora. Pois é o que seria se eu estivesse fazendo o que paguei para fazer. Não gosto disso. Costumo vir apenas para beber. - Se tu num gosta de cabaré tá fazendo o que em um? - Música, mulheres bonitas. E muita bebida. Parece o lugar perfeito para um viúvo beber até vomitar. - Hum... - Digo dando um passo para trás pensativa sobre a proposta. - Pare de me chamar de Senhor pois não é meu nome. Eu me chamo João Vitor de Moraes. Mas pra você apenas João. - Devo mesmo confiar? - Questiono. - Juliana eu sou um homem viúvo. Eu, não tenho nenhuma intenção com você e minha empregada atual mexe nas coisas da minha falecida esposa. Eu não gosto disso, lhe ofereço um emprego. Você pode sair quando quiser eu não irei te.prender. mas acredite ter trabalhado na minha casa vai render mais chances de trabalho. Melhor que continuar aqui. Fiquei pensando na prosposta dele. Que depois de cessar as palavras voltou a beber e a ficar deitado na cama. E quanto a mim apenas sentada em um sofá bastante confortável, eu deveria confiar? Na última vez que confiei eu parei em um bordel. Mas, dessa vez algo dentro de mim disse que era seguro, e era a minha intuição, que decidi confiar a risca. - Seu... João?- Pergunto tentando chamá-lo com a voz em um tom mais doce. - Oi? - Diz ele se sentando na cama e pondo a garrafa ao chão. - Eu... Num quero ficar aqui não. Eu vou aceitar tua proposta. - Digo o olhando com confiança. - Tem certeza? - Sim, eu tenho. Vó confiar no senhor. - Digo me levantando da cadeira, mas ainda com o corpo coberto. - Tem vestido nós armários, procure um e se vista. Vamos juntos falar com Meire. Ele se virou de costas para mim. E nesse tempo fui ao armário. E dentre tantos vestidos curtos e decotados com pares de meias.senduais, peguei um mais simples que encontro. Um vestido preto que não tinha decote, com uma fita azul no quadril, mas um tanto curto. Observando se ele não se virava, me troquei cuidadosamente até que quando já vestida e com a antiga roupa indecente jogada ao chão falei que estava pronta. -Troquei, já pode virar. - Ótimo agora... -, Ele cessou as palavras e enquanto me olhava eu estava arrumando meus cabelos tirando algumas daquelas peças brancas. - Nossa. Bom, agora vamos. Eu estava descanca pisando naquele chão frio de madeira enquanto saíamos do quarto, ele segurou minha mão e passamos pelo salão, e lá estava Meire conversando com alguns coronéis. Ele a chamou e disse que queria me tirar dali,.ela apenas sorriu e o chamou para o escritório. Eu não sabia oque estava acontecendo, fiquei do lado de fora e não pude ouvir a conversa, mas confiava que ele iria resolver tudo. Só não esperava saber que havia sido seguida, e que mais alguém ali não estava contente com nossa aproximação. - Sinhá Rapariga sebosa! - Gritava a voz familiar e quando me virei apenas vi Doralice me pegando pela orelha. - Tu mal.chegou e já me vai embora com meu chamego sinhá quenga? - Me solte- Protesto, soltando-me das mãos dela. - Tais doida? - Tu vai embora com ele, com Jão Vito! Ele é meu! Ele era meu chamego! - Gritava ela querendo vir pra cima de mim, Meire abriu a porta saindo do escritório e abriu seu lequeem um "Vrá" - Que estirincoi é esse na porta do meu escritório ein? - Avi, ela que chegou do nada me batendo. - Digo juntando as mãos no corpo. - Meu homi Meire. Essa rapariga preta roubou meu bom... - Oxente que lave essa boca agora! Ja falei mil vezes que aqui dentro não existe isso de cor. Rapariga é rapariga tudo farinha do mesmo saco. E o doutor Vito nunca quis nada com tu Doralice. Aquieta teu fogo e deixe a menina. Tu que trouxe ela pra cá enganando a bixinha com emprego. Ela deu sorte e vai embora. Agora - Ela caminhou até Dora e a olhou nos olhos - Pare de brigar por causa de homem. Se tu tá aqui foi porque um te comeu e saiu falando não foi? Então, cale sua boca antes de xingar qualquer menina e também brigar por homem. Homem não é raça que valha nossas lágrimas Um silêncio desconfortável reuniu, até Dora me olhar como quem jurasse vingança.
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