Capítulo 4
Kethelyn
Acordei com a respiração de Daniel sobre mim, ele sorria e me enchia de beijos.
Correspondia só que ao erguer a cabeça senti uma dor excruciante.
Havia bebido demais ontem a noite.
Ele notou o meu desconforto e parou os beijos.
— Daniel minha cabeça está girando,estou com vontade de...
Virei o rosto para vomitar e do nada ele surgiu com uma lixeira pequena e limpa para facilitar. No entanto nada saiu, só a ansia e a sensação de náusea no estômago.
— Querida tome isso.
Olhei para a mão dele que tinha dois comprimidos.
— Um é para dor de cabeça o outro para náuseas. Bebeu de barriga vazia, acorda assim mesmo.
Peguei eles e os coloquei na boca, em seguida Daniel me deu um copo cheio de água. Sentei bebendo avidamente, sentindo uma sensação de secura no fundo da garganta.
O lençol em volta do corpo escondia as curvas do homem que me entreguei ontem, este ser esplêndido que conheci num bar. Um homem praticamente desconhecido.
Não estava nenhum pouco arrependida.
Terminei de beber e lhe entreguei o copo sorrindo ao ver sua expressão doce no seu rosto másculo.
— Tome o café da manhã e logo se sentirá bem melhor.
Olhei para o lado, havia uma bandeja repleta de gostosuras, peguei pondo no meu colo pegando a xícara de café e pão de banana. Ao mastigar me deliciei com a massa quente, fofinha. Saboreando o gosto caramelado da banana.
— Hum... Você que fez?
O sorriso se ampliou mais, afirmando que sim com a cabeça.
— Modesta a parte sou um excelente cozinheiro, você não terá que se preocupar.
Sua mão entrou de baixo do lençol, alisando as minhas coxas enquanto tomava café.
— Come também.
Ofereci o bolo, se aproximou abocanhando suavemente dos meus dedos, em seguida os chupou olhando-me profundamente. Engoli em seco sabendo da potência sexua.l deste homão.
Ele pegou o guardanapo limpando as migalhas dos seus lábios sedutores.
— Vou deixá-la a vontade, Kethelyn. Esta casa é sua. Depois que terminar, só deixar a bandeja na cama que eu pego, o banheiro fica no corredor, a cozinha e a sala mais a frente. Ok?!
Daniel ameaçou a se levantar mas agarrei a sua mão, ele olhou as nossas mãos unidas voltando a se sentar beijando ela com adoração.
Depois a cobriu com as duas mãos me encarando.
— Sabe se alguém ligou para mim enquanto estava dormindo?
Sua feição feliz desapareceu instantâneamente, os olhos viraram para o lado mas retornou. Apertou os lábios com força.
— Não... Eu não ouvi nada e... vou lá para a cozinha fazer o almoço.
Se ergueu rapidamente do colchão, soltando a minha mão, parecia contrariado com alguma coisa e saiu a passos ligeiros deixando a porta do quarto aberta.
Resolvi ignorar essa cara dele.
O cara foi tão fofo ao ponto de se dar o trabalho de preparar esta estupenda bandeja de café da manhã, que essa reação estranha podia passar desapercebida.
Voltei a comer e bebericar tudo, não sou ingrata, além disso amo comer. O meu biotipo de corpo era ser magra, não engordava com facilidade então nunca precisei moderar a alimentação. Aproveitei para forrar o estômago que dava sinais de melhora.
Assim que acabei, levantei da cama enrolada no lençol procurando as roupas no chão. Cacei em toda a parte, cada cantinho, até no seu armário e embaixo da cama.
Meu celular também havia desaparecido, mas não achei que era para me desesperar.
Bisbilhotei o seu quarto, tudo cheirava a normalidade embora não houvesse um retrato de família.
Andei para fora desse cômodo direto para o seu banheiro, ouvindo ele cantar da cozinha.
Um homem assim não era para temer.
Fechei a porta, e lá encontrei um robe rosa, produtos femininos para lavar os cabelos, corpo e outros utensílios essências.
Daniel devia ser um tremendo mulherengo, ou na realidade é...casado?
Não... não... não.
Kethelyn para de bobeira, você não encontrou nenhuma roupa de mulher no seu armário!
Respirei fundo, deixando o lençol cair. Entrei no box.
Me lavei toda, me sentindo revigorada de uma noitada de muito sex.o e bebida alcoólic.a.
Bebida nunca mais... Sex.o... há sim... quero mais. Até quando decidir que sim.
Não podia ficar aqui, quero continuar fugindo do chato do meu e de um pai autoritário.
Uma semana de aventura sexua.l era o suficiente.
Terminei o banho, achei uma toalha extra no armário da pia. Enxuguei-me toda, logo enrolei a toalha nos cabelos molhados.
Vesti o robe que por sinal parecia novo.
Sai, caminhando diretamente para a cozinha, no trajeto percebi um outro quarto, porém ao verificar notei que estava trancado.
Dei de ombros.
Chegando na cozinha, parei, encostando o ombro no batente da porta.
Tive que prender a respiração ao vê-lo pilotando o fogão com maestria.
— Nossa que imagem sexi. — Disse-lhe, escutando em resposta o riso rouco.
Olhou na minha direção, seu olhos verdes me fitaram de cima a baixo sem deixar de mexer a colher de pa.u na frigideira.
— Ficou perfeita em você. Há. Antes que pense m*l da minha pessoa, suas roupas coloquei na lavadoura.
Ameacei a falar mas fui interrompida.
— Não se preocupe, as coloquei separadas para não machar, e às peças íntimas. — Daniel lambeu os lábios. — Pus num saquinho para proteger.
— Que homem prendado que você é, admirada de não ter se casado.
Daniel olhou-me divertidamente.
— É verdade que mora sozinho? Ou devo me preocupar que a qualquer momento a Sra. Daniel vai aparecer naquela porta ali.
Apontei na direção da sala.
— Nunca me casei, sou solteiro, Kethelyn. Acredite sou todo teu.
Suas palavras foram firmes e diretas. Demostrava que dizia a verdade.
— Pode pegar o sal naquele canto da mesa? Por favor. Não posso parar de mexer.
— Sim. Claro.
Ao passar por ele, fui obrigada a baixar a cabeça pois decidiu tirar a frigideira passando ela para a mesa.
— Daniel... O que foi isso? — Perguntei rindo da sua carinha alegre.
— Nada, só queria você mais perto... meu amor.