A noite passou bastante rápido, Jensen e Olívia a passaram se provocando, Ethan pesquisou, mas nada explicou do que se tratava aquela marca, pareciam ter empacado em algo, Ethan não conseguiu avançar.
- Jensen acho melhor pedirmos ajuda a Amélia, ela pelo menos sabe o que fazer...
- Você realmente não encontrou nada? – Disse Jensen
- Não primo, realmente nada! Perguntei a alguns caçadores, e eles também nunca viram esse símbolo.
- Certo, vou acordar Atkins, ontem você se lembra do que ela disse? Esse símbolo era capa do diário do pai dela, Eu vou tirar essa história a limpo.
Olívia estava dormindo na cama Ethan, que gentilmente dormiu no sofá.
Jensen entrou determinado a acorda La abruptamente, mas ao observa La não conseguiu, Olívia dormia como um anjo. Ao invés disso ficou admirando a sua expressão.
Olívia despertou, e Jensen precisava manter sua pose então logo começou com as cobranças:
- Que bom que a dondoca acordou, estamos precisando de você.
- Bom dia para você também praga! Posso pelo menos tomar um banho?
- Se você precisar de ajuda é só gritar o meu nome!
- Muito engraçado... i****a!
Jensen caminhou até a varanda, e encarou a expressão de Ethan rindo da situação que já estava ridícula.
- Por que você não admite? – Disse Ethan
- Admitir o que?
- Que você gosta dela! É tão difícil? – “Oi Olívia tudo bem? Quer tomar uma cerveja comigo? Te achei interessante!” – Sabe, não arrancaria o seus braços...
- E quem disse que achei essa mulher interessante? Chata até a última gota, e me meteu nessa confusão.
- Eu só estou dando uma dica, o que parece é que essas brigas são na verdade desejo reprimido.
Jensen não respondeu, lançou apenas um sorriso. A questão de modo completo era que Ethan estava certo, não só sobre Jensen, mas se ele tivesse parado para analisar Olívia veria o mesmo.
O que os dois também não puderam ver foi Olívia enrolada na toalha atrás da parede ouvindo absolutamente tudo, não puderam ver o seu sorriso, e ela não pode ver o sorriso malicioso de Jensen.
- Prontos meninos, do que vocês precisam?
- Olívia, ontem Jensen ouviu você comentar sobre o símbolo, bem ele está no diário do seu pai...
- Sim, e também cravado em um colar que minha mãe me deu. Espere, vou ver se tem algo escrito.
- Você sabia isso desde ontem e não disse nada? Bela caçadora... – Disse Jensen debochando.
Olívia não lhe deu atenção, e isso o deixava ainda mais maluco. Queria causar um efeito diferente, mas só conseguia ser irônico. Pensou em mudar de postura, mas não sabia como. Começou pelo básico, compreensão!
Olívia não deu atenção por que aquilo de fato a havia magoado.
- Olívia, olha, peço desculpas pelo meu jeito ogro, sei que estou pegando pesado com você. Seja o que for que signifique esse símbolo, vamos descobrir.
Olívia apenas sorriu de volta, não pelo pedido de desculpas, e sim por Jensen tê La chamado por seu primeiro nome.
Olívia abriu o diário de seu pai na intenção de obter respostar, folheou todas as páginas, não encontrou nada.
O Ar de repente ficou frio no quarto, as luzes passaram a piscar, um cheiro forte do que parecia ser enxofre exalou pelo quarto.
- Ethan, sal rápido!
Jensen correu o mais rápido que pode, e colocar um círculo de sal em volta dos três.
- Olívia, não importa o que aconteça, fique dentro da linha de sal!
Dentro do quarto surge uma moça, branca, alta e de cabelos e olhos completamente negros.
- Olá, rapazes... Estava procurando por vocês.
- E o que um demônio poderia querer com a gente?
- Quero saber o que vocês fazem com Olívia Atkins para ser mais exata...
- E você tem o que ver à com isso? – Disse Jensen
- Bom recebi ordens para leva La comigo se ela não for comigo hoje irá outro dia, a primeira visita sempre é para recados.
Olívia nunca havia visto um demônio, não pessoalmente pelo menos. Um frio correu por sua espinha, o que aquela criatura queria com ela?
- Bom você não vai sair daqui com a Olívia, conte ao seu chefe o seu fracasso e saia daqui! – Disse Ethan
- Vocês estão avisados, outros demônios menos pacíficos que eu viram pega la, esse foi o nosso primeiro aviso.
E assim como surgiu o demônio foi embora, num piscar de olhos.
- O que foi isso gente? O que essas criaturas querem comigo? – Diz Olívia em desespero.
Lágrimas começam a rolar por seus olhos, ela estava em desespero, porém foi surpreendida por um abraço de Jensen.
- Fica calma, nós estamos aqui com você, nenhum demônio vai te levar a lugar algum, eu prometo!
Jensen põe a mão em seu queixo obrigando Olívia a olhar em seus olhos
- Jensen eu estou com medo, nunca estive na companhia de mais nada além de vampiros e um Rugaru, e no caso do Rugaru se vocês não aparecessem eu estaria morta. Agora tem demônios atrás de mim, uma marca inexplicável surgiu no meu braço e no seu, não sabemos nem por onde começar...
Olívia abraçou Jensen mais forte, sentia uma segurança que não sentia há muito tempo, sentiu que ali poderia desabar e se reerguer, poderia chorar sem censuras, ela não se importava mais com o que ele pensaria, ela sabia que não se sentia assim segura há tanto tempo, que arriscaria ser vista como fraca. Já não importava mais.
- Pessoal, vamos até a Amélia, ela saberá o que fazer... – Diz Ethan
Os três partiram para Phoenix.
Ao chegar Olívia avistou uma senhora branca, de no máximo cinquenta anos sentados nas escadas fumando um cigarro.
Mesmo sem conhece la poderia vislumbrar sua personalidade que parecia forte. Amélia abraçou e beijou os garotos como se já não se vissem há muito tempo, e após isso fitou os olhos em Olívia que já estava sem jeito.
- Você deve ser Olívia Atkins, já ouvi falar muito de seus pais, bem é claro! Exímios caçadores, a fama os precede. Meus pêsames!
- Obrigada, eles eram mesmo demais.
- Bem querida, vamos entrando, você está com cara de quem não come há vários dias, e os meninos, bem, algumas ligações teriam me feito bem ouviu Ethan? Na próxima vez pegarei o carro só para dar umas palmadas em vocês. Só me ligou uma vez, quando estavam encrencados, tente ligar para perguntar se estou viva!
Ao entrar na casa Olívia se sentiu em um filme adolescente de bruxas, a casa toda era enfeitada com corujas, pequenos compartimentos de vidro cheios de óleos e líquidos coloridos, um gato preto atravessava a sala e na parede quadros antigos de mulheres monarcas pareciam dar um charme especial ao lugar.
Toda aquela paisagem parecia combinar tão bem com Amélia.
- Liv querida, posso te chamar assim certo? Você aceita alguns biscoitos e um chá?
- Claro, e sim, aceito.
Ethan e Jensen pareciam dois meninos com medo da próxima bronca da mãe, sentaram se no sofá e ficaram aguardando até que Amélia perguntasse qual era o real problema.
- Vamos Jensen, desembuche, para vocês voltarem para casa, só tendo um problema dos grandes.
Jensen levantou então a manga de sua camisa de flanela, assim que Amélia pois os olhos no símbolo ela arregalou os olhos como se tivesse visto o maior dos absurdos.
E então correu para sua prateleira de livros, folheou alguns sem antes falar alguma coisa. Ninguém ousava interrompe La.
- Jensen querido, vou explicar... Essa Marca só aparece em pares, ela faz parte de uma antiga profecia, a história se deu inicio em um período antes da terra, humanos, anjos e demônios. Na terra habitavam criaturas nefastas chamadas Leviatãs, para encurtar a história essas criaturas foram presas por Deus. Porém a profecia diz, que a certo momento Lúcifer tentaria libera los para assim iniciar o apocalipse.
Jensen, Olívia e Ethan permaneciam vidrados, ninguém ousou sequer perguntar algo até que Amélia terminasse de falar.
- A profecia fala sobre o amor perpetuo, o amor entre um homem e uma mulher que se tornaria tão forte que seriam capazes de prende los novamente. Claro, e como nada é fácil, eles teriam que cumprir algumas tarefas. As tarefas até hoje são desconhecidas, elas estão em um pergaminho, que contam a história, está escondido dentro do inferno. O que me espanta, é que segundo a história a marca deveria aparecer em par.
Olívia e Jensen se olharam, até que Olívia decidiu por fim aquele tormento, e mostrar a marca em seu braço também.
- Ah, então é por isso que Olívia está aqui... A profecia se trata de vocês dois. Bom, devo adverti los que não conheço detalhes dessa lenda, nem como ou se é possível remover essa marca. Só posso adiantar que vocês não podem ficar muito longe um do outro, ou essa marca passará a queimar. Se vocês não se importam vou me debruçar em pesquisas, precisamos saber o que fazer com essa encrenca, volta já!
- Amélia, preciso lhe fazer uma pergunta, como você sabia que meu nome era Olívia Atkins? Não vi Ethan ou Jensen mencionarem isso na ligação que lhe fizeram.
- Bom querida, eu sou abençoada e amaldiçoada com o dom da adivinhação e previsão, quando Ethan me ligou eu já sabia.
- Tia, há mais um detalhe – Disse Ethan – Esse símbolo estampa o diário do pai de Olívia, e também um colar que ela tem.
- Interessante... Olívia seus pais nunca comentaram nada sobre isso?
- Juro que não, até ontem nem sabia da existência real de demônios.
- Certo, volto já garotos.
Amélia desapareceu na penumbra de sua casa, Ethan arrumou também uma desculpa para subir a escadaria, ficaram na sala Olívia e Jensen, cada um sentado em um canto do sofá, apenas a respiração ofegante de Olívia era ouvida.
Eles se olharam em desespero, por não saber o que os aguardava.
Em um rompante Jensen se sentou ao lado de Olívia, e a puxou para si colocando a cabeça dela em seu peito. Olívia não recusou.
- Jensen, nós nos esquecemos de dizer a sua tia que tem demônios atrás de mim, se eu ficar aqui talvez não seja seguro para vocês.
- Observe a sua volta Olívia, todas as janelas e portas têm faixas de sal, além de símbolos para repelir criaturas, estamos seguros. E eu não te deixaria embora, o meu braço doeria muito – Disse Jensen rindo.
- Vai dar tudo certo Olívia, fique tranquila, você vai se livrar de mim logo. – Disse Jensen
- Jensen, quem te falou que quero me livrar de você?
As palavras flutuavam no ar como uma pena, Jensen sorriu, sabia que não queria se livrar de Olívia, e se sentiu aliviado ao saber que ela pensava o mesmo.
Olívia adormeceu em seu peito, era um modo de afastar o que de pior estava para acontecer.