tio e amigo

891 Words
Alguns dias se passaram, Melissa havia melhorado de seu tornozelo, ela estava em sua casa, quando escutou a voz de seu tio Rafael, fazia alguns dias que não o via, então ela desceu a escada correndo e pulou em seus braços lhe dando um abraço apertado. — tio... — pelo visto melhorou do tornozelo, mas já está procurando machucar de novo, isso é jeito de descer as escadas? — você sabe que estou muito feliz, deixei claro nos milhões de mensagens que mandei pra você, ansiosa pra viajar para a Argentina. — ele riu então disse. — acalma o coração menina, ainda falta dias e dias. — eu sei, mas só de saber que vou, estou muito feliz, você sabe muito bem que amo desfilar. — eu sei sim, sabe, falei com Raul, dei uma bronca nele. — tio, não precisava disso, o que aconteceu naquele dia foi culpa minha. — ela disse um tanto sem graça. — também, mas mesmo assim achei pertinente. — pertinente. — disse ela imitando a forma a qual ele havia falado. — falou igual um velho de sessenta anos. — ele apenas riu. — agora ele não vai mais querer sair comigo. — no fim de semana vou a uma festa, adivinha quem vai estar lá? — ele claro. — disse ela revirando os olhos. — e se você quiser ir...te levo. — sério, vai mesmo fazer isso? — vou sim, se seu pai deixar claro. — espero que ele deixe. — quem sabe agora você desencalha. — ele brincou. — estou encalhada a força, culpa do meu pai que me faz quase de prisioneira, mas você sim está encalhado, nunca apresentou uma namorada. — nunca tive nenhuma. — sei que você é meu tio, mas temos uma boa relação também como amigos, posso fazer uma pergunta? — claro. — você é gay? — não, de jeito nenhum. — então por que nunca arrumou uma namorada? Deveria arrumar uma namorada bem legal pra me fazer companhia, fora minha avó, eu sou a única mulher da família. — fora de questão. — por que? — não estou afim de namorar, não sei se algum dia estarei, eu prefiro estar solteiro e ficar com quem me der vontade. — então é por isso que não arruma uma namorada, é um mulherengo...que desgosto tio. — ela disse o fazendo rir. — agora mudando de assunto, segunda precisa ir a agência, fazer a prova das roupas para as fotos da campainha do dia dos namorados. — estava lembrando mesmo, até marquei na minha agenda, eu vi as fotos do modelo que vai fazer a campainha comigo, gatinho ele, tem o número dele? — ei, ei, nem pensar, já está ficando com o Raul — mas eu não estava pensando em ficar com ele, apenas conversar, criar uma conexão, é difícil fazer fotos com um total desconhecido. — vou confiar e te mandar o número dele viu. — nossa tio, o que está pensando de mim em? — depois de ter te visto beijar umas incontáveis bocas naquele naquela noite? — isso. — que com uns olhares todos caem de amores por você. — ele disse a fazendo rir. — pensei que ia dizer outra coisa. — jamais, mas também, se comporte né. — prometo. — o que tanto conversam? — perguntou Marco passando pela porta da sala. — ah...nada demais. — disse Melissa. — mas na verdade, você precisa saber, o que acontece é que sábado vou a uma festa com o pessoal da agência, queria saber se você deixa Melissa ir comigo. — se prometer que vai ficar de olho e não vai deixar nenhum marmanjo chegar nela. — pai... — Rafael riu, então disse. — não se preocupe, sabe que sempre cuido muito muito bem dela. — no que depender de você pai, vou ficar uma velha solteirona. — ótimo, assim nenhum homem te leva de mim, mas vê se vou deixar minha menina com um qualquer. — tio, fala pra ele que não estamos no século passado. — ouviu né. — disse Rafael. — isso é um complô contra mim? — Marco disse os fazendo rir. — eu vou para o quarto antes que mude de ideia e não me deixe ir na festa. — Melissa foi até o pai, lhe deu um beijo na bochecha e seguiu para seu quarto. — já te disse que você exagera na proteção não disse? — disse sim. — vou dizer mais uma vez, Marco, você exagera demais com a Mel, na idade dela as outras garotas já tem ou já tiveram namorados. — eu sei...não é que eu a queira proibir de tudo, mas não cuidei tão bem dela para vir um marmanjo qualquer e se meter na vida dela, posso até deixar ela namorar, mas tem que ser um bom rapaz, de boa família, que tenha uma idade parecida com a dela, não a quero com um cara mais velho, Mel não conhece muito da vida, então seria facilmente manipulada por um homem experiente, meu irmão, sou assim para protegê-la. — eu sei, mas precisa dar um pouco mais de espaço para ela, se não vai acabar se sentindo sufocada e vai acabar se mandando com o primeiro marmanjo que oferecer um teto a ela. — Marco suspirou em rendição, então disse. — é, você tem razão.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD