festa

1062 Words
Era sábado a noite, Melissa estava em seu quarto a se arrumar, havia colocado um vestido preto curto, no rosto, uma maquiagem suave, no corpo, seu perfume favorito, foi então que viu a porta de seu quarto se abrir. — oi pai. — não acha que seu vestido está meio curto? — não acho. — seu tio já chegou, minha querida, se comporte, não dê trabalho a seu tio. — pai, eu não sou mais uma criança, não vou fazer bagunça e nem birra, quando o senhor vai entender que eu cresci ? — ele respirou fundo, então disse. — eu tenho notado minha menina, mas não é fácil pra mim, se cuide ok. — eu prometo pai. — ela o deu um abraço em seguida um beijo na bochecha, sobre a cama pegou sua bolsa e colocou seu celular dentro. — qualquer coisa me liga pai. — se precisar de mim me liga também tá. A caminho da festa, Melissa cantarolava uma música, estava muito animada, iria se divertir e ficar com o cara com que estava gostando tanto de ficar, Rafael estava feliz por vê-la daquela forma. Ao chegarem ao local da festa, Melissa avistou Raul logo na entrada, ela foi até ele o cumprimentou com um beijo, logo em seguida ele cumprimentou Rafael, então juntos eles entraram na festa, Rafael se juntou a uns amigos e alguns companheiros de trabalho da agência, Melissa e Raul foram até o balcão, onde pediram uns drinks. — que mundo pequeno, Rafael me deu uma bronca. — o que ele falou? — nada demais, apenas reclamou por eu ter dado um bolo em você, mas expliquei a ele o motivo e ele entendeu, Rafael é muito meu amigo, um cara incrível. — é sim, é incrível ter ele como tio. — a conversa ali fluía bem, após terem tomado os drinks, foram para a pista de dança, onde mais se beijaram do que dançaram, de longe, Rafael assistia, iria dar liberdade a ela, mas ficaria de olho, afinal era sua sobrinha e havia prometido a seu irmão que cuidaria dela. A festa seguia animada, em um canto do salão, Melissa e Raul estavam, ela contra a parede, ele com o corpo completamente colado ao dela enquanto estavam presos em um beijo quente, ela podia sentir cada músculo dele, também seu membr0 pressionado contra seu corpo, Rafael, assim como Melissa, estava com alguém, em outro canto daquele salão, ele estava com uma das modelos da agência. — vamos para outro lugar. — Raul sussurrou ao ouvido dela. — pra onde? — um lugar onde tenhamos mais privacidade, já não aguento mais ficar só nos beijos, faz meses que ficamos, não vejo a hora de poder sentir seu corpo no meu, sem roupa. — disse ele, mas apesar de estar ficando com ele a uns meses, não se sentia segura para ir para a cama com ele. — hoje não Raul. — tpm? — não...eu só não quero. — ele suspirou, então perguntou. — algum motivo? — bom, não, só não estou afim mesmo. — ela não queria dizer a ele que era virgem. — Melissa, faz meses que estamos ficando, meses me controlando, não estou acostumado com isso...talvez seja melhor a gente parar de ficar. — disse ele, não que realmente quisesse isso, apenas estava blefando para conseguir o que queria. — é, talvez seja mesmo, é notável que estamos com a cabeça em lugares e tempos diferentes, não é certo que se prenda a mim, se não te dou o que tanto quer. — mas...vai ser assim mesmo? — ele perguntou um tanto incrédulo, apesar de fazer algumas loucuras, Melissa era bem esperta e madura, sabia bem que não estava pronta para se entregar a ele, e não faria aquilo apenas para agradá-lo. — eu não queria, você sugeriu, bom, essa conversa deixou bem claro que estamos querendo coisas diferentes e tá tudo bem Raul. — é...tá tudo bem. — ele disse um tanto desgostoso, afinal não era nesse ponto que queria chegar. — bom, então acaba aqui. — é...vou procurar meu tio. — e ali eles se despediram, apesar de terem tentado transmitir calma, havia ficado um clima bem estranho. Melissa caminhava por entre as pessoas em busca de Rafael, pra ela a festa já não fazia sentido, queria ir pra casa, estava se sentindo frustrada, de longe ela o avistou, rapidamente se aproximou, então tocou o ombro dele e lhe chamou. — tio. — quando ele se virou, em seu rosto ela notou algo que a fez rir. — mel...do que tá rindo? — ela levou o polegar até os lábios dele e deslizou ali. — está com a boca toda borrada de batom. — ah...obrigado, e Raul, cadê? — por aí. — pensei que iam passar a noite inteira agarrados. — não vamos mais ficar. — hoje? — não, não vamos mais ficar hoje e nem dia nenhum. — o que houve? — digamos que em uma conversa entendemos que estamos em fases diferentes da vida, querendo coisas diferente...bem, não foi dessa vez que desencalhei. — mesmo que não tivessem decidido parar de ficar, acho que não iria desencalhar com ele, conversando com seu pai, ele disse que quer que você namore com alguém da sua idade. — meu pai não conhece os garotos da minha idade? São moleques tanto aparentemente como mentalmente. — ela disse o fazendo rir. — tio, eu vou pra casa. — mas a festa está tão divertida. — não pra mim. — sinto muito. — Rafael se aproximou ainda mais dela e a deu um abraço apertado para a consolar, Melissa o apertou contra seu corpo, sentindo o aconchego ele era quente e perfumado. — vou te levar em casa. — não precisa tio, eu peço um uber. — de jeito nenhum, eu te trouxe, se não te levar vou levar uma bronca do seu pai, não tenho mais idade pra levar bronca não. — tio, você está aproveitando a festa, não quero atrapalhar, vamos fazer o seguinte, eu peço um uber, chegando em casa invento uma desculpa tá. — tá ficando boa em mentir né? — ela sorriu sem graça então respondeu. — as vezes. — vamos fazer assim, vou pedir o uber, vou ligar para seu pai e avisar que você está indo, chegando lá, você da suas desculpas ok. — tudo bem.
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