O uber parou em frente a casa de Melissa, Rafael já havia pagado via pix, então ela apenas desceu do carro e entrou, na sala, ela se deparou com seu pai sentado no sofá, seu coração acelerou, mas ela respirou para manter a calma.
— pai, o que faz acordado a essa hora? O senhor trabalha amanhã, devia estar dormindo. — ela caminhou até o sofá e sentou ao lado dele.
— o que houve? Seu tio me ligou dizendo que ia voltar pra casa, a festa estava r**m?
— estava ótima pai, foi muito divertida, mas graças ao Senhor, não tenho pique para aguentar uma noite de festa, estou com sono. — ela mentiu recostando a cabeça no braço dele.
— minha querida, serei um pouco mais liberal com você, mas e seu tio, por que ele não te trouxe?
— pai, ele estava super animado curtindo a festa, estava até com uma garota, ele queria me trazer, mas não achei justo estragar a festa pra ele por que eu estava cansada.
— é, você tem razão, mas e então...como foi a festa, conheceu muitas pessoas, algum rapaz?
— pai...
— ué, é só uma pergunta, conheceu?
— ah não, o senhor vai se irritar e não vai me deixar sair nunca mais.
— prometo que não farei isso. — Marco estava se tornando mais compreensivo, graças aos conselhos de seu irmão.
— tá...eu beijei um rapaz. — ela disse rapidamente, um silêncio se estabeleceu, ela se arrependeu de ter contado, já estava esperando a bronca.
— e seu tio, onde estava quando isso aconteceu?
— segurando vela. — ela mentiu, Marco suspirou e lembrou dos conselhos de seu irmão.
— ele não te tocou de nenhuma forma...é, bom...
— não pai, fica tranquilo, foi só beijo, nada mais que isso, e quer saber pai, foi bom, mas meu foco agora é só meu trabalho, nada com rapazes ok. — disse ela, aquela parte não era mentira, depois de ter decidido parar de ficar com Raul, por todo o caminho, dentro do uber ela havia pensado nisso, em focar apenas em seu trabalho.
— fico muito feliz. — ele disse a fazendo rir.
— o senhor não tem jeito né. — ela o deu um abraço apertado e um beijo na bochecha, apesar de duro e muito protetor com ela, Melissa amava muito o pai.
— serei mais liberal minha filha, mas ainda sim lhe tendo muitos cuidados, por conta de meu trabalho já vi várias e várias atrocidades com garotas da sua idade, não quero que nada de r**m lhe aconteça. — ele disse acariciando o rosto de sua querida filha.
— eu te entendo pai, talvez você ache que não, mas no fundo eu entendo seu cuidado, agora vou subir tá, preciso tirar essa maquiagem e cuidar da pele, daqui a duas semanas tenho a campanha do dia dos namorados pra fazer, tenho que está com a pele impecável.
— vá minha querida, boa noite.
— boa noite pai.