Capítulo 5

1200 Words
Capítulo 5 ANA NARRANDO Sair do quarto e dei de cara com o João, desde a hora que cheguei não tinha visto ele ainda. João - Oi Ana, tudo bem? Ana - Estou bem e você? - Falo tentando ser educada. João - Nervoso né? Olha a palhaçada que a minha mãe está fazendo Ana, isso pode dar merdä, ela nem sabe quem é esse cara! E se ele for um assassino, um fugitivo sei lá, aí ele acorda e faz uma merdä aqui. Ana - Realmente você está certo, mas vamos com calma. Ela só está tentando ajudar o rapaz. João - É .... vou tentar, porque já vi que a minha mãe não está afim de tirar ele daqui e a casa dela, então só tenho que respeitar, mesmo meu achei perigoso. - Ele fala me analisando. Ana - Eu preciso ir . - Eu falo me virando para sair e o João segura na minha mão. João - Sinto saudades. Ana - Já conversamos sobre isso. João - Eu errei Ana, e eu me arrependo. Ana - E eu já te perdoei, mas não tem mais volta, acabou. E espero que você respeite isso. João - Eu estava bêbado, eu nem queria föder aquela putä. Ana - Não queria, mas quando eu cheguei você estava lá gozändo dentro dela não era? Você trocou o nosso namoro por uma aventura de uma noite, eu sofri, mas passou, eu te perdoei, mas eu não sinto e não quero mais nada com você. E eu não quero ficar falando sempre a mesma coisa. João - Nunca mais? - Ele pergunta se aproximando de mim. Ana - Nunca mais. - Falo me afastando. João - Desculpa, se eu pudesse voltar no tempo eu voltaria. Ana - É, mas não dá, agora eu preciso ir, meu horário de almoço já acabou. - Eu falo saindo da casa da dona Maria e voltando para o posto do morro. Chego no posto e uma das técnicas de enfermagem me chama. XXX - Ana, vamos em uma boate com o pessoal da equipe? Você nunca vai com a gente. Ana - Esse final de semana não vai rolar outro dia eu vou tá bom? XXX - Como sempre né Ana? Mas tá bom. - Ela fala saindo e eu volto para o meu posto de trabalho. MARIA NARRANDO Depois que a Ana foi embora, as horas passaram rápido e na hora de dormir, eu não saí do lado do rapaz, eu fiquei preocupada e não consegui deixar ele sozinho, o meu filho não gostou, mas deixei ele falando sozinho. Eu sei que ele só está pensando no meu bem, mas eu vou ajudar esse rapaz e ponto. ( .... ) Hoje eu acordei cedo e já estou preocupada, porque o rapaz ainda não acordou e consequentemente não se alimentou, como vamos fazer? Talvez seja necessário realmente levar ele para o hospital, lá pelo menos vão colocar ele no soro. Fico ali pensando, e vou fazer algumas coisas de casa. O João foi trabalhar na feira sozinho e eu fiquei com o rapaz. Assim que deu o horário do almoço a Ana chegou e eu fui abrir o portão pra ela. Maria - Boa tarde Ana. Ana - Boa tarde dona Maria. - Ela fala com um sorriso no rosto. Até hoje me pergunto como o João teve coragem de trair uma mulher como a Ana. Eu vou com ela até o quarto e a Ana começa a mexer no curativo do rapaz. ( ..... ) Conforme a Ana termina de tratar das feridas do rapaz, vejo-o começar a recuperar a consciência aos poucos. Seus olhos se abrem lentamente, revelando um misto de confusão e dor. Ana - Ele está acordando, Dona Maria. - A Ana com uma mistura de preocupação e felicidade. Maria - Graças a Deus. Vamos ver se ele consegue falar algo mais coerente agora. O rapaz tenta se sentar, mas uma careta aparentemente de dor surge seu rosto, indicando que o esforço é demais para ele no momento. Rapaz - Onde ... onde estou? Sua voz é fraca e trêmula, mas é o suficiente para percebermos que ele está começando a se recuperar . Maria - Você está na minha casa, meu rapaz. Nós te encontramos na rua, ferido. Como se sente? Rapaz - Tudo ... tudo está ... confuso . Ana - Você se lembra do que aconteceu? Como foi parar naquela ribanceira? O rapaz fecha os olhos por um momento, como se estivesse tentando juntar as peças de um quebra-cabeça em sua mente . Rapaz - Eu ... não sei. Não me lembro de nada . Suas palavras ecoam pelo quarto, deixando um silêncio tenso no ar. Eu olho para Ana, buscando alguma orientação ou sugestão sobre como proceder. Então ela pede licença para ele e me chama para fora do quarto . Ana - Você acha que ele é perigoso? - Ela pergunta com receio . Maria - Olha, não sei ..... - Eu sei o significado das tatuagens dele, mas prefiro não assustar a Ana. Ana - O certo seria não deixar um estranho aqui com a senhora, mas como eu sei que a senhora não vai tirar ele daqui, talvez seja melhor dar a ele um pouco de tempo para descansar e recuperar as forças, ir com calma sobre sua memória. Ele precisa de repouso para se recuperar totalmente. E depois a senhora ver para onde ele vai, afinal a senhora não conhece ele para ficar aqui na casa da senhora para sempre. Maria - Você está certa, Ana. Vamos deixá-lo descansar um pouco. Mas não posso ignorar o fato de que ele precisa de ajuda. Não posso simplesmente deixá-lo desamparado. Se ele não tiver para onde ir, eu não posso colocar ele para fora, principalmente nesse estado. Ana concorda com um aceno de cabeça e volta para o quarto e eu, vou também. Ana se aproxima e cuidadosamente ajuda o rapaz a se deitar confortavelmente na cama. Eu observo, sentindo um misto de compaixão e determinação crescer dentro de mim. Rapaz - Eu tentei lembrar de alguma coisa, mas não conseguir, minha mente está em branco eu não lembro nem o meu nome. - Ele fala demonstrando preocupação. Ana - Você pode ter batido a cabeça, descanse tá bom, não precisa ficar forçando sua mente, pode te fazer mäl, vamos com calma e tudo vai dar certo . Rapaz - Valeu .... Ana - Meu nome é Ana, präzer . Maria - E o meu Maria . Rapaz - Bom o meu .... - Ele da uma pausa e sorrir . Ana - Você tem cara de .... Gael! Rapaz - Gael? Estranho .... mas beleza pode ser esse aí . Maria - Vamos te ajudar e cuidar para que você se recupere bem. E quando você lembrar de algo, estaremos aqui para ajudar no que for preciso. Agora vou preparar algo para você comer . Ele assentiu com a cabeça, e enquanto eu fui preparar algo, comecei a me perguntar quem ele é e como posso ajudá-lo a recuperar sua memória perdida . Porém logo de cara sentir que ele era um bom rapaz .
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