ABANDONADA PELO CEO A REDENÇÃO

CAPÍTULO 4

Suzana Ferrari

Hoje acordei me sentindo muito m*l, coisa que nunca me aconteceu, ou seja, algo não estava certo, eu não sou de ficar assim, acho que foi algo que eu comi não me fez bem, então decidi tomar um sal de frutas para ver se melhorava, porém, nada resolveu, então decidi ir ao médico, eu sou aquela pessoa que não gosta de pagar para ver, então quando não estou bem de saúde vou logo ao especialista para resolver o problema.

Chego ao hospital aguardo alguns minutos para ser atendida, mas logo o médico me chama.

— O que está sentindo Senhorita Ferrari? — pergunta o médico, é o mesmo que cuidou da minha cunhada Stefany quando ela descobriu esta grávida dos gêmeos.

— Eu ando me sentindo m*l, estou cansada e vomitando bastante — respondo.

— Quando foi à última menstruação? — pergunta.

— Foi mês passado, ela está atrasada há alguns dias, mas é normal ela sempre atrasa — falo.

O médico me olha estranho e arqueia as sobrancelhas.

— Quando foi sua última relação s****l? — pergunta

Paro e penso que a última vez que transei foi com o Caio há um mês.

— Faz cerca de um mês — respondo em confusão, porque isso importaria? — penso.

Sinto meu coração acelerar, quando o médico menciona as próximas palavras.

— Vamos fazer um teste de gravidez e aguardar o resultado — ele fala

Começo a respirar pesadamente, sei que não estou bem, mas acredito que isso não seria para tanto. — penso.

— Doutor eu não tenho como estar grávida, porque eu tomo remédio — respondo. — Teste de gravidez não é necessário.

Ele abre um sorriso de lado.

— Vamos verificar. — ele diz

Saio do consultório do médico preocupada, mas tento me manter firme no pensamento de que é impossível eu estar grávida, até porque eu tomo remédio, fico algum tempo esperando após fazer o exame, o médico pediu um exame de sangue para ter certeza e imagina minha cara quando recebi a resposta, POSITIVO! Gritante no resultado, eu fico sem reação. Estou grávida do Caio, meu ex-namorado não tem como, já que com meu ex eu sempre transei com camisinha, o Caio foi o único que eu cometi esse deslize.

Saio da sala do médico e vejo Lívia me esperando, quando falei estar no médico ela veio me encontrar.

— Meu Deus! O que aconteceu? — pergunta preocupada.

— Estou grávida — respondo assustada.

— Do Daniel? — ela pergunta

— Não — respondo irritada — Estou grávida do Caio.

Ela abre a boca chocada, quando falei da noite maravilhosa que tive com Caio, nenhum momento eu mencionei que transamos sem camisinha.

— E agora, porque vocês não usaram camisinha? — pergunta

— Estava tão bom — falo abrindo um sorriso ao me lembrar da noite que tive com ele. — Mas, isso não importa, eu vou fazer o certo. — respondo.

— Vai contar a ele? — pergunta.

— Claro, eu jamais esconderia isso dele, estamos falando de um filho Lívia, nada mais justo que ele seja avisado que vai ser pai.

— Você esta certa, vamos lá. — responde.

Caio tem o direto de saber que vai ser pai, então saio com Lívia para empresa dele, conheço a família Houston há muitos anos e sei que minha entrada não será barrada quando eu falar meu sobrenome Ferrari.

Lívia ficou no carro, eu precisava falar com ele sozinha, então ela ficou me aguardando.

Quando entrei na sala do Caio eu fiz o que fiz sempre a minha vida inteira, enfrentar os problemas de frente, então já contei que estou grávida, na mesma hora vi o Caio mudar completamente ele parecia enfurecido.

— Como pode dizer que esta grávida de mim, sendo que você tinha um ex-namorado e terminou recentemente, há inclusive foi no mesmo dia em que dormiu comigo. — ele responde irritado.

— Eu estou Caio — falo irritada assim como ele, pois não acredito que ele pensa que sou esse tipo de pessoa que daria um golpe da barriga.

— EU NÃO POSSO SER O PAI DO SEU FILHO SUZANA — Caio grita

Fico nervosa de vê-lo gritar comigo, nem meu pai grita comigo, não será um homem da rua que vai gritar.

— MAS VOCÊ É CAIO OU ESQUECEU QUE NÓS DOIS TRANSAMOS? — falo alterada igual a ele.

Sorri com sarcasmo

— TRANSAMOS UMA VEZ E VOCÊ TINHA ACABADO DE TERMINAR COM SEU NAMORADO, E AGORA VEM AQUI QUERER JOGAR UMA GRAVIDEZ PARA CIMA DE MIM, SENDO QUE ISSO NUNCA SERIA POSSÍVEL! ACHA QUE SOU i****a PARA ASSUMIR FILHO DE OUTRO — ele fala e não acredito que falou isso

— COMO NÃO É POSSÍVEL SE EU ESTOU GRÁVIDA CAIO? OLHA AQUI — jogo o resultado do teste de gravidez na cara dele, mas Caio nem pega na mão.

— VÁ PROCURAR A p***a DO PAI DO SEU FILHO PORQUE ESSE CARA NÃO SOU EU c*****o — ele fala nervoso.

— É VOCÊ CAIO. EU TENHO CERTEZA — falo no mesmo tom, mas estou muito desesperada por estar sendo tratada como uma qualquer, nunca pensei esta nessa situação na minha vida.

— EU NÃO POSSO SER PAI SUZANA EU NÃO TENHO ESPERMATOZÓIDES VIVOS, EU TENHO VARICOCELE HÁ MUITOS ANOS, EU JAMAIS VOU PODER SER PAI, PELO JEITO SEU IRMÃO NUNCA TE FALOU ISSO NÉ? JÁ QUE ESTÁ AQUI FAZENDO ESSE PAPEL DE VAGABUNDA QUERENDO JOGAR UMA CRIANÇA PARA CIMA DE MIM E... — não deixo terminar de falar como estou próxima eu mesma lhe dou um tapa no rosto, sem nem medir o tamanho da minha força.

— NUNCA MAIS ME CHAMA DE VAGABUNDA SEU i****a — falo e Caio me olha desacreditado.

— ENTÃO O QUE VOCÊ É SUZANA? NÃO SABE QUEM É O PAI DO SEU FILHO E VEM JOGAR PARA CIMA DE MIM? — ele responde.

Olho para ele desacreditada não consigo acreditar que Caio está me tratando dessa forma, mas não vou me dar o luxo de chorar na frente dele, o encaro olhando em seus olhos. Estou desolada por dentro perdida, mas respiro fundo e tento recuperar minha dignidade.

— Escuta bem o que eu vou falar, nunca mais você vai chegar perto de mim, não quero que você me dirija à palavra jamais em sua vida Caio, você morreu nesse momento, você é um filho da p**a maldito que teve coragem de desprezar seu próprio filho e eu jamais escute bem JAMAIS quero que você chegue perto dele, no futuro, se algum dia você se arrepender do dia de hoje Caio, não me procure e se algum dia você se quer chegar perto dessa criança — falo colocando a mão na minha barriga — EU MATO VOCÊ — falo a última frase alterada.

— Eu não tenho o porquê me arrepender porque esse filho não é meu, mas se quiser eu posso pedir um DNA e posso dizer que será bem feio todos saberem que Suzana Ferrari não sabia quem era o pai do seu próprio filho. E tentou me dá o golpe — ele fala irritado e sorrindo com sarcasmo.

— Morra com seu arrependimento no futuro seu maldito — falo e saio da sala.

Saio da empresa do Caio desolada e vejo Lívia me esperando no carro quando ela me vê, na hora minha amiga abre os braços para me abraçar, choro muito pela dor de saber que meu filho foi rejeitado pelo próprio pai. Que não acreditou em mim e me tratou da pior forma possível nunca pensei que o Caio fosse tão babaca e sem caráter.

— Ele recusou Lívia, Caio recusou o próprio filho — falo com a voz embargada.

— Ah! Amiga, quem está perdendo é ele, porque nós duas vamos cuidar muito bem desse bebê — ela diz.

— Não quero nem imaginar quando meu pai souber — falo preocupada — Eu sempre fui um exemplo, e olha agora, grávida de um filho que não terá um pai.

— Ele vai ficar feliz, Olavo Ferrari vai amar saber que será avô de novo, serão duas grávidas na família, pois sua cunhada já ganhou gêmeos, ou seja, será mais uma criança para família. — ela responde. — Você vai falar que o Caio recusou o próprio filho? — pergunta.

Limpo minhas lágrimas e respiro fundo.

— Meu filho não tem pai, ele só tem mãe, Caio jamais será o pai dele, eu não quero ele perto de mim ou do meu filho, não quero que ninguém saiba que ele é o pai, porque não quero jamais que alguém da minha família o faça assumir a criança, a partir de hoje Caio morreu para mim e desejo que ele morra com o remorso porque sei que um dia ele vai sentir, já que não vou sair da cidade, meu filho vai crescer aqui e ele vai vê o quanto é lindo e não preciso de nada daquele maldito, jamais meu filho vai chama-lo pai. — falo indignada

Lívia sorri de lado, sei que minha amiga está tentando me dar forças.

— Vai dar tudo certo Suzan, vamos porque precisamos alimentar esse bebezinho. — Minha amiga sempre vê o lado positivo das coisas.

Entro no carro e não olho para trás, foi uma única noite e sei que levarei para o resto da minha vida. Naquele momento o Caio não existe, o que ele fez comigo e com o meu filho será lembrado sempre por mim. O meu bebê pode procurar ele quando crescer, mas enquanto eu for à única responsável por ele o Caio não chega nem a um metro do meu filho. Faço esse juramento para mim mesmo hoje.