CAPÍTULO 3

1790 Words
Caio Houston Quando eu tinha 7 anos, minha mãe foi expulsa da casa onde ela trabalhava por queimar uma roupa caríssima da patroa dela, eu era pequeno, mas me lembro bem daquela cena minha mãe implorando para continuar no emprego, ela só faltou se ajoelhar em frente a mulher, mas nada resolveu, porque fomos expulsos da mansão, nós não tínhamos para onde ir, lembro que minha mãe tinha um telefone bem velho e fez uma ligação, posso dizer que essa ligação mudou a nossa vida. Lembranças on Chegamos uma casa muito grande, na verdade, é uma mansão igual da ex-patroa da minha mãe, mamãe toca a campainha e uma senhora atende. — Sim? — a senhora nos cumprimenta. — Boa noite, eu preciso falar com o Sr. Houston — escuto minha mãe dizer. A senhora estranha, mas seus olhos caem sobre mim, nesse momento vi espanto em seu olhar, ela abre a boca chocada, parece esta vendo um fantasma diante dela, o fantasma de fato deve ser eu, porque ela não tira os olhos de mim. — Meu Deus! — ela responde. — Por favor, o chame para mim. — minha mãe volta a pedir com a voz embargada. A senhora concorda, pede para nós entrarmos, lembro que ficamos uns 10 minutos sentados na sala, era grande e confortável, após alguns minutos um homem forte, moreno, de olhos verdes desceu, ele se parecia comigo e estava surpreso com a minha presença. — Você não fez isso? — ele me olha e depois volta a atenção a minha mamãe. — Precisamos conversar. — ela diz. Ele fecha a cara e respira pesadamente. — No meu escritório — ele responde nervoso. — Caio meu amor, você pode ficar aqui um pouco a mamãe já volta — ela diz. — Claro, mamãe. — falo brincando com meu boneco. Minha mãe sorri, daí me lembro que fiquei mais de uma hora sentado naquela sala, a senhora muito simpática trouxe várias bolachas para eu comer enquanto ficava esperando a mamãe voltar. Lembranças off. Naquele dia eu descobrir ter um pai, pelo que minha mãe falou, ele não sabia de mim, ela nunca entra em detalhes comigo o porquê ele não sabia, e meu pai também nunca falou. Alguns anos depois minha mãe partiu, mas no tempo que esteve ao meu lado, ela casou com meu pai e tiveram mais dois filhos, tenho dois irmãos, o Lorenzo que é o meu irmão do meio e o Enzo que é o mais novo. Eu tomo conta das empresas do meu pai e meus irmãos são o meu braço direito e esquerdo, estão sempre de olho em tudo, assim como eu. Nós temos nossas diferenças, mas sempre estamos juntos para o que der e vier, os irmãos Houston, assim que nos chamam desde a nossa infância. — Caio preciso de um favor — Lorenzo entra na minha sala sem pedir, como sempre, eu odeio isso, porém, ele nunca foi de pedir quando precisa de algo, normalmente ele faz o que dar na telha, ou seja, por isso é um sem juízo. — Fala Lorenzo, sabia que eu tenho uma porta? — pergunto irritado. Ele abre um sorriso i****a no rosto. — Nossa! Estressado como sempre, não sei como todos os funcionários te aguentam — ele fala fazendo cara de deboche. — Eu pago o salário deles. — falo o óbvio — Coitados! — ele diz com sarcasmo típico Lorenzo — Eu preciso do seu apartamento emprestado — ele fala. — Quê? — Meu Deus ele ficou surdo — ele fala olhado para teto da sala. Juro que um dia eu mato meus irmãos. — Eu escutei muito bem Lorenzo — falo — Só não estou entendendo o porquê do meu apartamento? — responde em confusão. — O meu está em reforma e não posso levar mulheres para lá — ele fala como se fosse à coisa mais normal do mundo, pedir o apartamento do irmão para f***r. — Não vou emprestar p***a nenhuma, há uma coisa chamada hotel faça como eu, leve as putas para lá — falo escrevendo no ar com uma caneta. — Nossa, Caio você m*l vai lá e... — ele para de falar quando Enzo também invade a minha sala, me pergunto se meus irmãos têm problema com porta ou minha mãe não conseguiu transmitir educação para eles. — Preciso de você Caio — ele entra falando. Pergunto-me porque sou sempre eu quem eles procuram? — Eu também preciso, mas hoje ele está estressado — Lorenzo fala bufando. — Por quê? — Enzo pergunta. — Não quer me emprestar o apartamento dele — Lorenzo responde. — Mas você não vai lá Caio, o que custa emprestar? — Enzo pergunta. — Ele quer levar mulheres para meu apartamento nem eu faço isso. — respondo irritado. — Elas são bonitas? — Enzo pergunta — Lindas, irmão, mas é só uma f**a e meu apartamento está em reforma — Lorenzo fala. — Caio empresta o apartamento para ele f***r, você nem vai lá — Enzo fala como se isso fosse normal. — O que vocês querem na minha sala, fora querer meu apartamento para uma f**a qualquer? — pergunto nervoso. — Deus me livre! Se eu pegar seu mau humor eu estou lascado, mas voltando, preciso da sua moto emprestada — Enzo responde. Levanto-me da cadeira indignado — Não vou emprestar nada — falo. — Está vendo o que eu disse Enzo, Caio está com uma áurea muito negativa hoje — Lorenzo fala fazendo pouco caso da minha cara. — Caio eu preciso ir a um dos nossos fornecedores hoje e não tenho meio de transporte — Enzo responde tranquilamente. — Enzo você tem 5 motos — falo. — Sim, mas elas estão passando por uma revisão — ele responde. — Às cinco motos? E os carros? — pergunto arqueando as minhas sobrancelhas. — Nossa Caio custa ajudar o menino? — Lorenzo pergunta tirando sarro da minha cara. Respiro pesadamente, pois, sei que eles não vão sair daqui enquanto não conseguir o que vieram buscar. — Quer saber vocês venceram, aqui estão às chaves — entrego a chave do meu apartamento e da minha moto ambos sorriem satisfeitos, filhos da mãe. — Obrigado irmão, bom trabalho — Enzo fala. — Recomendo ir para uma balada hoje, vai te fazer bem extravasar — Lorenzo fala com a maior cara de descarado do mundo. Termino mais um dia de trabalho e vou embora, passo na mansão e decido realmente ir para uma balada, Lorenzo tem razão eu preciso extravasar. 1 mês depois lembranças on Quando cheguei à balada naquela noite eu vi a dona dos meus pensamentos Suzana Ferrari, eu a conheço desde que vim morar na casa do meu pai aos sete anos, digamos que nossa família é muito unida, bom nossos pais, meu pai é um grande amigo do senhor Olavo Ferrari, o pai da Suzan, então eu sempre ficava com eles, porém, isso acabou quando eu transei com a namorada do meu melhor amigo, Vitor Ferrari o irmão da Suzan, Vitor, Guilherme, Rafael e eu éramos inseparáveis, porém, tudo acabou quando a ex dele deu em um golpe em mim, em uma boate, eu estava muito bravo por conta de alguns negócios que eu perdi e acabei bebendo todas, nisso eu transei com ela, mas o duro é que não me lembro totalmente da situação, era algo estranho como se eu estivesse e não estivesse naquele quarto, Ana Paula disse que me amava e queria ficar para sempre comigo e claro que eu neguei, já estava morto de arrependimento pelo o que eu fiz, eu queria contar para o Vitor o que aconteceu, mas ele era louco pela namorada, bom seria noiva dele em alguns dias, pois, Vitor tinha pretensão de casar com ela, eu fiquei arrasado, mas prometi a mim mesmo que nunca mais deixaria a bebida tomar conta de mim de novo e realmente não deixei. Após alguns anos eu descobri que Vitor casou com a minha amiga de infância Stefany Alencar, ela é a filha da mulher que colocou minha mãe para rua quando eu tinha 7 anos, eu voltei minha amizade com Stefany após reencontra-la depois de tantos anos, e claro que me aproximei da Suzana mais uma vez, eu fiquei próximo demais e comecei a sentir algumas coisas estranhas, não sei explicar, mas meu coração sempre acelera quando ela está perto, porém nunca tive desejo de amar, eu gosto da minha liberdade e ficar preso nunca esteve nos meus planos. Já flertamos quando muito jovens, mas coisa de adolescente nunca dei importância. Então me afastei da Suzan por alguns meses e ela começou a namorar o tal de Daniel, juro que não gostei, mas fiquei feliz, pois ela disse que eles terminaram, está próximo demais de Suzan nunca é bom, depois do nosso reencontro eu acabei beijando ela naquela noite e transamos, um sexo de uma noite apenas e posso dizer que foi o melhor sexo que eu tive na vida, por meses eu vinha nutrindo aquele sentimento e o matei. Foi sexo apenas isso, e é isso que eu falo a todos após um mês do ocorrido. Após ter ficado com ela, eu não transei com mais nenhuma mulher, Suzana me marcou e eu gostei, porém, não procurei mais. Não nos falamos acredito que ela ficou um pouco chateada por que pela manhã fui embora e lhe deixei sozinha, mas é assim que trato minhas fodas. E é melhor assim. Lembranças off *Dias depois* Estou sentado em minha sala cuidando de alguns documentos, quando escuto uma batida na porta, autorizo a entrada e vejo minha secretaria. — Senhor Houston tem uma mulher querendo falar com você — minha secretária me tira dos meus pensamentos. — Quem? — pergunto — O nome dela é Suzana Ferrari — ela responde. Sinto meu coração acelerar só de ouvir esse nome, mas, ao mesmo tempo, fico curioso para saber o que Suzan está fazendo aqui? Faz um mês que nós transamos, e não nos vimos mais. — O que eu digo-lhe? — minha secretária pergunta após eu ficar alguns minutos preso em meus pensamentos. — Peça para ela entrar, por favor — respondo. Ela balança a cabeça e se retira. Logo vejo Suzana entrando toda linda na minha sala, Suzan é uma perfeição de mulher, uma deusa, mas vejo espanto e tristeza em seus olhos, nesse momento sei que aconteceu algo. — O que aconteceu Suzan? — pergunto — Caio eu estou grávida — ela fala sem mais nem menos, como se isso fosse a notícia mais normal do mundo. Nesse momento eu senti como se meu coração fosse parar, mas não de um modo positivo e sim do pior modo que existe. Impossível!
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