CAPÍTULO 15

1086 Words
15 Pouco tempo se passou e então Leiziel entrou às pressas atravessando os portões do Palácio Real. Muitos elfos e elfas viam para ter com ele uma acalorada conversa sobre sua última viagem pela tribo Aqua e contar-lhe sobre as últimas novidades que ocorrera no reino. Porém ele ignorou a todos que se aproximavam do conselheiro, somente para chegar o mais rápido possível do rei. –– Onde Neven se encontra? –– perguntou ele um dos guardas reais. –– É provável que ele esteja no salão real senhor –– respondeu o elfo impassível. –– Tudo bem. Obrigado filho. Leiziel seguiu seu caminho por dentro do palácio. Atravessando portas e corredores à procura do rei. Então ele avistou um elfo que conhecia desde que nasceu. Seus cabelos cacheados, a postura esguia que herdara de Anna, bem assim como a bela pele morena. –– Natan. –– disse o conselheiro mais para ele do que para o elfo que se aproximava rapidamente. Então ele parou encarando aqueles olhos cor de mel. –– Filho. Onde se encontra seu pai? –– inquiriu ele apressado. Ele sentia que não tinha muito tempo e ainda faltava tanto para se feito. Muitas decisões a serem tomadas. –– Como vai, Leiziel? E como fora sua viagem? Estou bem também obrigado por perguntar. –– respondeu Natan com um largo sorriso. Aquele momento não era de brincadeira. –– Preciso ver seu pai rapidamente. É de muita importância. –– Ele está em seus aposentos certamente –– contrapôs Natan sério. –– O que houve para você estar assim desse jeito. Algo sério; imagino. –– Temo que mais sério que gostaria.  Leiziel passou pelo jovem elfo e foi até os aposentos do rei. Ele precisava agir o mais rápido possível. Esse assunto não poderia ser deixado para depois. Precisava ser tratado o mais breve possível. –– Então o que aconteceu? –– perguntou Natan seguindo o conselheiro de perto. Em seu rosto a curiosidade estava marcada. Leiziel parou por um minuto e voltou a encarar os olhos cor de mel. –– Acho melhor você ir para seus próprios aposentos. Estava indo para lá se não me engano, pode continuar seu caminho jovem príncipe. Natan voltou a sorrir. –– Agora que você me instigou? Nem pensar. Quero saber o que é tão urgente agora mesmo –– contrapôs o príncipe encarando Leiziel. Leiziel bem o conhecia para saber que o filho do rei não iria a lugar nenhum. Ele tinha o gênio forte, igual ao do pai. Talvez a única coisa que herdara dele, já que sua aparência física era completamente igual de sua mãe Anna. Leiziel não tinha tempo de discutir então continuou seu caminho seguido de perto por um Natan muito curioso. –– Então o que é de estrema urgência para você sequer tentar me mandar dormir outra vez. –– Logo você saberá jovem príncipe... logo você saberá.  Então eles seguiram – direto e reto – até o final do longo corredor, virando-seàdireita chegaram finalmente ao aposento do rei. Com três batidas sucessivas na porta de madeira Anna apareceu logo depois. Ela abriu um largo sorriso assim que viu Leiziel. –– Olá Leiziel. Como fora a viagem? –– perguntou ela alegremente. Então ela viu Natan. E sua expressão mudou. –– O que é que você fez? –– indagou ela diretamente para o filho. –– Não fiz nada mãe –– falou ele sentido. –– Natan me diga... –– Ele não fez nada Anna. Preciso falar com Neven urgentemente –– cortou Leiziel impaciente. Ela assentiu e abriu caminho para os dois passarem. –– Leiziel, meu caro –– disse Neven abrindo os braços para receber o conselheiro. Por sua vez Leiziel permaneceu sério. –– O que houve? –– logo quis saber o rei. –– Também estou curioso. –– completou Natan. Anna repreendeu o filho. Por algum motivo, ela logo ficara aflita. Nunca vira o conselheiro, um elfo alegre, feliz, tão sério como naquele momento. Então ele começou explicando tudo detalhadamente sobre o encontro com a fada. Contou a eles sobre as profecias. Tudo que se lembrava. Contou e recontou algumas vezes até os presentes entenderem tudo o que se passava. –– Já sabe o que precisa ser feito agora. –– ponderou o rei. Sua visão estava turva e seu rosto na mais profunda confusão, porém sabia como deveria agir. Será mesmo que depois de tantos ciclos seu irmão mais velho iria de fato conseguir tomar o reino à força. Mas fora seu pai que o coroara, era mais que um direito seu, estar à frente de Elf Regnum, mais do que de Eve por ter sido o primogênito. Isso já não importa mais. –– Sim, sei. Precisamos nos preparar o mais rápido possível. Não sabemos a quanto andas seu irmão. Talvez ele esteja marchando para cá nesse exato momento. –– Mas ele não poderia assumir o reino assim, de uma hora para a outra, não é? –– perguntou Natan apreensivo. –– Se ele vier e travar uma batalha comigo e eu morrer ele poderá assumir o poder. Alguém terá de assumir o poder –– explicou o rei Neven.  –– Mas e os anciões, eles não podem estar de acordo com o que Eve está para fazer. Eles devem servir a você e somente a você –– disse Anna se aproximando de Neven. –– Sim Anna. Você tem toda a razão. Por isso acredito que eles não tenham conhecimento do que pode estar acontecendo. –– Mas Eve não conseguiria agir com os anciões Ignis por perto.  Neven parou por um minuto. –– É claro... –– disse ele quase num sussurro. –– Todos os anciões estavam aqui até ontem. Ficaram durante toda a semana e continuaram até o final do banquete pelo vigésimo ciclo de Natan, ontem. –– Agora a culpa é do Natan. Que ótimo! –– proferiu o jovem príncipe. –– Agora não Natan. Saia da minha frente que preciso agir o quanto antes –– falou Neven de maneira ríspida. Leiziel atravessou o portal logo após o rei. Tudo se encaixava perfeitamente bem. Eve teve um bom período para organizar uma possível invasão à tribo Aeris e se aquela fada estivesse certa – e certamente estaria – ele poderia nesse exato momento está a caminho com sabe-se quem o acompanhando.
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