CAP 4

1311 Words
Danilo Bernardi Dirijo pelas ruas ultrapassando tudo pela frente e já vejo certas movimentações para a noite. O dia passou mais rápido do que pensei e é por isso que gosto de me manter ocupado. Ficar parado não é comigo e por mim, eu nem dormia. Tem certos momentos que eu acho que dormir é uma perda de tempo. Só às vezes! O meu caminho aqui é para ir ao hotel onde Davon está e espero mesmo que seja algo que possa valer a pena. São quase dez da noite e eu ainda vou me encontrar com o Leonardo na boate que ele reservou logo depois. Quero apreciar uma boa bebida, ver mulher bonita e comer uma gostosa sem hora pra acabar. Eu preciso gozär! Por sorte, as boates que frequentamos tem as melhores mulheres que vêm de todas as partes. Se der, hoje eu estou a fim de pegar uma loira ou uma ruiva pra começar. É bom ter opções! Chegando no hotel, eu entro para o estacionamento e assim que estaciono, o meu celular toca. — Oi, pai! — Atendo sem demora para não levar esporro. — Farra outra vez? — Já sinto puxões de orelha. — Responde, Danilo! — Não sei ainda! — Minto. — Eu vim pegar o p*******o com Davon e acho que ele quer novos negócios. — Dessa vez, conto a verdade. — O senhor sabe, somos amigos de trabalho. — E de farra também... eu sei das coisas. — Não negö. — Eu vi os registros da separação e a carga é de ótima qualidade... — Concordo com ele. — Ah, o Pietro disse que o seu sistema conseguiu recuperar os dados que precisávamos. Você é o cara, meu filho. — Grazie papà. — Ele desliga em seguida e continuo o meu caminho enquanto os meus homens se organizam. Três deles vem comigo! Eu entro no elevador e outra vez, eu pego o meu celular para ver o número do andar e do apartamento dele. Começo a subir e vou na direção logo ao sair. É raridade Davon estar em solo italiano. Não lembro bem a última vez que o vi, mas ele ainda era casado. Nunca entendi o motivo de ele ter feito aquilo. Casamento é uma prisão! — Finalmente! — Ele abre a porta e antes de eu entrar, meus homens ficam em posição sendo que um deles entra comigo. — Fugindo de alguém? — Não! Eu gosto de companhia e eles estão no topo... — Respondo ironicamente. — Já queria ver a minha cara? Aposto que é o seu sonho morar aqui na Itália pra me ver. — Eu já me sento no sofá sem ele oferecer e meu soldado fica na porta. — Acredite em mim, você não passa na minha cabeça, mas... preciso de você! — Fico surpreso ao ouvir isso e o vejo fechar a porta. — Nossa..., a máfia americana precisa de mim? Fala mais alto... — Peço pondo a mão na orelha. — Vai, repete... eu quero ouvir! — Idiotä... — Ele resmunga. — Aqui... esse é o p*******o! — Ele me dá a maleta. — Sinta-se à vontade para contar. Eu faço um gesto e um estalo com os dedos e assim, meu soldado pega a maleta e se distancia até uma bancada ao lado para contar. Eu que não vou perder o meu tempo! Nisso, Davon me oferece uma bebida e eu escolho um conhaque. Não faço ideia do que ele precisa, mas para ele me chamar assim para isso é algo sério. Só sei de uma coisa. Não vai sair barato! Mesmo ele sendo um amigo de negócios, eu sei separar as coisas. Todo lucro que eu tenho com meus negócios pessoais, eu tenho planos. Boa parte fica incluída num investimento pessoal em algo mais lícito e outra parte vai para o cofre. Nunca se sabe quando algo inesperado vai acontecer. Sou uma pessoa preparada para tudo. — Eu vou me mudar em pouco tempo e achei uma mansão perfeita... — Ele começa a falar. — Então, eu preciso de um sistema de segurança completo. — Faço um estalo com a língua assim que ele termina. — Ui..., vai sair caro! — Digo recebendo o copo. — O que houve com a antiga casa? — Foi alvo de conflitos entre eu e o Damon... ela já era! Ele descobriu a localização e houve um confronto. Então, dessa vez eu preciso de uma garantia... — Fico pensando. — E preciso que seja rápido. — Você sabe que essas coisas demoram, não sabe? Fora que, se é com urgência deveria ter pedido antes... eu tenho outros projetos. — Isso é uma verdade. — Quanto você cobra? Eu p**o qualquer valor! — Ouvir isso me faz pensar. Ele está desesperado e sei bem a situação que ele está. Davon acabou de perder a mãe e a mulher por causa do doente do irmão dele e muitos sabem da rixa que durou aos. Muitos até pensam que Damon morreu, mas nós aqui temos outras certezas. Apesar de serem gêmeos idênticos, eu nunca o vi pessoalmente. Tenho evitado pisar na América pelo simples fato de que há anos há uma enorme instabilidade. Davon tem muito trabalho pela frente. — Meio salgado, não acha? — Fico calado só esperando. — Tudo bem! Eu p**o e já fiz umas anotações. — Ele pega algo do terno. — Ah, pelo valor, eu quero mais acréscimos seus pela sua experiência e quero o quanto antes. — Sorrio enquanto bebo. — Terá respostas em breve, mas você vai ter de esperar eu voltar da Rússia... — Já deixo o aviso. — Já tenho compromissos! — O casamento da sua irmã com a máfia russa. — Ele se mostra informado. — Quando é o seu, Danilo? Em? Serei convidado? — Espere bem sentado, Davon, que eu aqui não me caso tão cedo... — Ele sorrir da minha cara. — Danilo Bernardi tem muito o que viver ainda e por falar nisso, saindo daqui eu vou aproveitar a noite. Ele nos serve de mais uma dose e espero até que o meu soldado termine a contagem. Olhando as “anotações” que ele me deu, começo a ter uma noção do que ele realmente está procurando e uma coisa é certa. Não é qualquer um que consegue fazer isso e mais em pouco tempo. Ele quer algo extremamente avançado e algo parecido com que eu já tenho. Mas, claro, o meu é adaptado para mim e algo assim eu não entrego de bandeja. — Onde estão os seus amigos chicletes? — Eu pergunto a ele. — Nunca me lembro os nomes. — Apollo e Aaron... eles ficaram cuidando de tudo pra mim! — Aceno achando curioso ele ter vindo “só”. — Na próxima, eu os trago comigo para você matar a saudade. Eles vão ficar felizes! — Você tem sorte de pelo menos eu ir com a sua cara... e isso já está abalado! — Termino a minha dose e ele muda o assunto. Voltando ao assunto do p*******o do sistema que ele pediu, ele me paga 60% do valor aqui e agora para eu começar em breve e já deixo para meu soldado contar com aparelho de notas. Até que essa vinda aqui me rendeu em algo do meu interesse! Assim que eu voltar da Rússia, vou começar esse projeto de uma forma diferente do que tenho em costume. Vai ser algo no sigilo e mesmo ele tendo me pagado, Davon vai me dever muito pelo resto da sua vida. Esse sistema vai salvar a pele dele de um jeito que ele nunca viu, mas claro vai depender da inteligência dele. Um tempo depois, eu saio por não ter mais nada aqui e me despeço dele sabendo que ele vai logo embora. É hora de eu ir aproveitar a minha noite!
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