CAP 24

1214 Words
Danilo Bernardi — Obrigada por vir. Vocês sempre serão bem-vindos aqui. — Melina afirma a todos nós. — E eu espero que você, Danilo, também dê notícias. Você anda muito ocupado! — Pois, é... esse é o preço de ser importante. — Respondo fazendo-a sorrir e ponho as mãos nos bolsos. — Eu sou requisitado por todos e tenho um trabalho para finalizar. — Um novo programa de softwares? — Afirmo com um aceno. — Ótimo! Nós todos nos despedimos e como sempre, as declarações dos meus pais são emotivas. Eles precisavam ver a Melina melhor antes de ir embora e tento me preparar para os minutos seguintes. Não vai ser nada fácil e depois do que eu ouvi do meu pai, já imagino um certo interrogatório. O meu pai é um homem esperto e fui ingênuo de acreditar que ele não sabia dos meus passos e que nem me conhecia tão bem. É claro que ele sabe, mas mostra na hora certa. Mais uma coisa para eu pegar dele em breve. — Bom, o voo é em menos de uma hora. — O meu pai fala antes de entrar no carro. — Já preparou as suas coisas, Danilo? — Na verdade, eu não vou hoje com vocês para casa. — Ele me olha erguendo uma sobrancelha. — Eu vou ficar uns dias para descansar, mas para finalizar o projeto do Davon. — Você pode fazer isso em casa e você tem o seu escritório lá... — Ele fala o óbvio. — Por que quer ficar? — Se eu for, eu não vou conseguir finalizar e... eu também quero conhecer o lugar aqui. Não vi muito da Rússia. — Ele sorrir em descrença e a minha mãe entra no carro para não entrar no assunto. — Qual é, pai... são poucos dias. Uma semana e eu volto. — Uma semana? — Eu confirmo com a cabeça. — Danilo..., você pode tentar e conseguir enganar qualquer um, mas não a mim. Você pode fazer a porcaria desse sistema em casa... o que está escondendo? — Nada! — Respondo sem hesitar. — Não escondo nada e quero finalizar o quanto antes sem ter outra obrigação para me ocupar. Davon já me pagou 60% do valor e preciso entregar... ele ainda está em guerra com o irmão. — Eu sei da situação da América... — Ele suspira forte e toca no meu ombro. — Pode ficar, mas se eu souber de qualquer merdä sua... eu arranco essa sua língua por mentir para mim. Ouviu? — Eu aceno mordendo a língua discretamente. — Entra no carro! Eu entro na mesma hora e ele faz o mesmo. Não é fácil tentar esconder algo dele e espero muito que ele não saiba de nada. Estaria ferrado se já não estou! No caminho, não dizemos uma palavra sequer, mas pelo menos eu já tenho um plano. Na ficha que eu li sobre a Irina, eu vi nomes importantes que estão ligados diretamente às tentativas de sequestros dela. Klóvis não é o único e eu preciso saber o paradeiro dele e de seu pai, Konstantini. Eles dois são os responsáveis por tudo e de certa forma, quando eu pegá-los, vou agradecer pelo tempo que perderam e que me deram para que Irina continuasse disponível. Eu sou um cara legal! { . . . } — Então, você vai ficar aqui? — Leonardo pergunta depois de eu dizer isso. — É e eu entendo se quiser ir. Eu só preciso de uns dias... — Digo já colocando as minhas coisas na mesa. — Eu ir? Eu vou ficar e ver até onde essa sua obsessão pela filha do Alef vai. — Ele está mesmo se divertindo com a situação. — No que eu posso ajudar? — Bom... eu vou invadir o sistema deles. — Leonardo me olha em choque. — É, é ousado e uma loucura, mas é lá que vou saber das atualizações das investigações deles. — Eles vão saber, Danilo! — Sorrio divertidamente por ele me achar um amador. Apesar de ser uma afronta. Há menos de um ano, eu desenvolvi uma rede própria que contém um escudo bem mais avançado. Eu decido se quero mostrar estar em qualquer lugar do mundo, ou, mostrar que eu não existo e essa segunda opção é bem melhor. Eles nem vão saber e nem desconfiar. — Isso tem alguma coisa a ver com a Deep Web? — Ouvir essa pergunta me faz fechar os olhos e respirar fundo. — Eu não entro na Deep Web há muito tempo... não tem nada para mim lá e você sabe que eu faço os meus programas de softwares. — Tem hora que quero socar a cara do Leonardo. Eu nunca viajo sem os meus equipamentos. Qualquer viagem que eu faça, eu ando com a minha maleta para qualquer trabalho e tenho tudo que eu preciso aqui. Para um trabalho grande desse, eu preciso de pelo menos três laptops e tenho todos aqui. Leonardo nunca quis realmente aprender tudo, mas ele observa bem e vai fazendo o que eu peço. Entrar numa rede privada normal é fácil, mas uma rede da organização é complicado. Se falando da Rússia, então vai me puxar horas e muita energia e por isso, eu peço ao meu primo aqui que providencie comida, energético e bebida. Eu sei do fiasco de viagem que Alef e os filhos fizeram no dia em que a Irina foi atacada e como é o caso mais recente, aparentemente, eu preciso de detalhes do que acharam. Preciso de supostas fontes e provas de onde Klóvis e Konstantini possam terem sido vistos em algum momento e ver o direcionamento para começar a fazer as buscas. A Rússia é imensa e quero crer que eles ainda estejam em solo russo. Enquanto isso, eu também faço um chamado para os meus homens mais confiáveis para se prepararem. Os homens que estavam conosco aqui eram do meu pai, então os meus precisam vir ainda hoje. Assim que eu tiver respostas, vamos caçar esses dois como animais e tenho o plano perfeito na teoria. Alef e os filhos estão procurando por esses inimigos há anos e eu creio plenamente que eu posso fazer isso em algumas semanas. Conseguindo, eu sei o próximo passo. Acho melhor você se preparar, Irina! Eu vou resolver esse caso já que outros não conseguem. — Avisei ao meu pai e o Filippo. Eles vão cuidar de tudo por lá! — Leonardo me avisa. — Ótimo! Eu preciso de um tempo aqui para verificar a rede e espero que consiga manter essa sua bundä na cadeira e essa boca fechada. — Peço antecipadamente. — Preciso me concentrar aqui. — Vai lá, cadelinha... — Eu olho para ele em descrença. — O quê? Ela colocou uma coleira em você... — Ele faz piada comigo, se divertindo. — Quem diria..., é sério, Bernardi. E depois, vai forçar um casamento com ela? Vai enfrentar o conselhor e o Don Alef? — O que você acha? — Questiono lhe encarando seriamente. — Que você é louco, mas não, a esse ponto! — Ele diz repensando e sei que é pelo meu olhar. — Então você não me conhece... — Digo por último. Isso não vai ser fácil, mas tenho consciência disso desde já.
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