— Alfa Derik virá acompanhado do antigo Gama do clã, parece que ele foi realocado no exército como simples general, O Beta ficará no território deles.
— Trarão alguma fêmea?
— Não, o Clã dos Lobos negros tem mais machos do que fêmeas. Correm boatos de que o clã está sem conexão de Luna e a natureza do Alfa está enlouquecendo. Acha possível isso?
Tanto possível quando provável. O meu lobo estava perdido por muito menos, se Esmeralda partir, nada controlará a terceira forma.
Olhei para trás, onde a Alfa fêmea do clã deveria estar, mas não havia nem sombra dela.
— O que foi, o que procura?
— Minha fêmea. — Respondi, farejando o ar em busca da direção que tomou.
— Sua fêmea? A humana? Não vai dizer que trouxe ela consigo publicamente?
— Ela é minha fêmea!
Segui atrás da essência dela, o meu lobo furioso com a sua imprudência de se afastar de nós.
— Mas e se alguém os vir juntos, Ares? Não pensa nas consequências?
— Do que está falando, Estela? — perguntei impaciente, cada vez mais irritado pela ausência da minha fêmea.
Como ela pôde se afastar sem a minha permissão?
— O nosso povo não a aceitará! Uma coisa é montar numa humana em segredo, mas assumi-la em público é criar uma guerra entre o nosso povo.
— Ela é a minha fêmea, Estela, e será a Luna desse clã!
— Por quanto tempo Ares, até que alguma loba a desafie pelo título? Qualquer uma a venceria e a mataria sem fazer força!
— Eu tenho um plano!
— Já foi difícil se estabelecer como Alfa após matar o Alfa e o Beta do clã, acha que aceitarão uma humana fraca, inútil e sem valor como Luna?
Me virei na direção de Estela e segurei seu pescoço, apertando com força, até que o seu rosto ficasse vermelho.
— Nunca mais se refira a minha fêmea nesses termos, ou terei que te mostrar o seu lugar!
“ Parem com isso agora!”
Minha natureza ouviu a frase como um chamado pela força da aura de Luna que emanava da nossa fêmea. Os membros do clã que estavam na proximidade interromperam o que faziam sob o comando da sua futura líder. Suas naturezas atentas ao comando, obedientes, deixando-os confusos e admirados com a humana diante deles. Aqueles que tinham a natureza mais desenvolvidas compreenderam que se tratava, não apenas de uma humana, mas uma Luna de nascimento.
Até mesmo Estela estremeceu ao comando de Esmeralda.
Soltei-a e fui até a minha fêmea, que estava sentada no chão, apoiando um filhote desacordado.
— O que está havendo aqui?
O Gama levantou e respondeu de peito estufado.
— Alfa, ela é minha companheira, a reivindico.
— A minha irmã é um filhote, não pode marcá-la! — Berrou Anias.
Ele estava bastante machucado, mas ainda era valente e atrevido para defender a sua família. Apreciei a ação dele,
Abaixei-me diante da minha Luna e verifiquei que a jovem estava acordada e encolhida nos braços dela.
— Ela está bem?
— Não estou falando contigo, Alfa! — Minha fêmea respondeu entredentes e virou o rosto.
Ela se atrevia a estar zangada comigo, quando ela errou ao se afastar sem permissão!
— Qual a idade dela, Anias? — Perguntei ao me levantar, ignorando a malcriação da minha fêmea.
Estávamos em público, não era o momento de discutir com ela, em casa resolveremos isso.
— Quinze ciclos, Alfa, é inocente, não sabe nada da vida, senhor!
— Sou o General Gama, cuidarei bem dela. — Argumentou o Gama, seus olhos focados na fêmea encolhida no colo da minha Luna.
— Não pode, ela não entende essas coisas de machos e fêmeas! — Anias estava aflito, olhando para Esmeralda em súplica. — Luna, ela não é madura ainda, não pode deixar que ele a leve!
— A idade de consentimento ao companheiro para uma fêmea é catorze ciclos segundo as nossas leis. — Disse Estela com a voz firme e decidida. — Leve-a, Antero, chega desse espetáculo desnecessário no meio do povo!
— Você quer ir com ele, Alexa? — Esmeralda perguntou em voz baixa, ao que a filhote respondeu fazendo que não com a cabeça.
O Gama fechou as mãos em punho, sentindo a dor da rejeição da sua fêmea.
— Luna, por favor, ela não quer ir com ele! — Implorou Anias.
— Ela não tem querer, lei é lei! — Vociferou Estela, indo até a minha fêmea e estendendo a mão para a filhote.
Esmeralda ignorou Estela e abraçou a filhote, impedindo-a de tocar nela.
— Gama, ela é muito novinha, está assustada e confusa, Precisa ter paciência, não pode forçar a vontade dela!
— Esmeralda, está dando um péssimo exemplo a esses jovens recém-chegados ao clã. Desobedecer nossas leis é motivo de punição.
— Para de falar um pouco, Estela, isso não tem a ver contigo! Se quer aparecer, pendura uma melancia no pescoço e pinta a b***a de vermelho! — A minha fêmea gritou, causando espanto aqueles que a ouviam.
Nenhuma fêmea no clã tinha coragem de enfrentar a Beta, mas minha humana teve. Não estava certo se sentia orgulho ou apreensão por sua imprudência e impulsividade.
Esmeralda estava agindo como uma Luna, não medindo esforços para proteger a fêmea que buscou acolhimento.
— Como se atreve a falar comigo desse jeito! — Rosnou Estela, ao que o gama se posicionou diante dela, fazendo com que recuasse.
— Tem razão, Luna, a minha natureza se descontrolou ao encontrá-la. Anias, jamais forçaria a minha fêmea a fazer algo que não deseje, confie em mim. Sou a última pessoa a desejar o seu m*l.
O gama estendeu a mão para Anias, um gesto de aceitação e amizade.
Anias me olhou de soslaio e eu fiz que sim com a cabeça.
— General Gama Antero é um lobo de valor, Anias, sua irmã estará segura quando o momento chegar.
— Alfa, Luna, peço que fiquem na minha cabana, é melhor e maior do que a designada para novos soldados. Me permita prover conforto a minha fêmea.
Anias fitou a irmã, que encarou Esmeralda em busca de auxílio.
— A cabana do Gama é bem legal, vai gostar de lá, além de ser perto de onde moro e poderemos nos encontrar sempre que quiser, o que acha?
A filhote sorriu, tímida e assentiu, o que fez o gama sorrir satisfeito.
Estela me encarou, irritada, mas a ignorei. Ela bufou, virou e saiu batendo os pés.
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Tarde da noite…
— Quem está aí? — Ele perguntou com a voz embargada.
Estava embriagado pelo vinho e pela tristeza.
— Sou eu, vim passar a noite contigo.
— Não quero a sua companhia, saia! — Ele disse tentando levantar, mas caiu de volta no sofá.
Quando ele esbravejou, a garra vazia caiu da sua mão e rolou pelo chão. Ela tirou um frasco que guardava entre os s***s e foi até o aparador de onde tirou outra garrafa. Ela serviu um pouco de vinho numa caneca e completou com o líquido contido no fraco.
— Toma, beba! Vai te ajudar a esquecer as dores do passado.
Ele aceitou, o seu olhar tristonho percorreu o corpo de Estela, que vestia apenas uma túnica transparente e aberta na frente.
— Não consigo esquecer o que passou, Estela!
— Eu sei, eu também não. Ainda me lembro dos olhos de Hermes te obrigando a montar em mim para ele assistir.
Ela ajoelhou na frente dele e pousou as mãos nas suas coxas.
— Eu não queria te machucar.
— Eu sei, você nunca me machucou, era tão bom para mim, me fazia sentir tão bem…
— Você me odeia? — Ele tocou o rosto dela suavemente.
— Eu nunca te odiaria.
— Ele te machucou por causa dela…
— Ares é um i****a, defendendo aquela humana inútil.
— Ela é a Luna, Estela, não fale desse jeito!
— Você também a defende, não pense que não notei os seus olhares para ela quando pensa que não tem ninguém olhando.
Ele fechou os olhos, sonolento, e deitou a cabeça para trás no sofá.
Ela passou a mão pelas coxas dele, subindo até tocar entre as suas pernas.
— O que está fazendo? — Ele perguntou, sentindo-se zonzo.
— Sinto a sua falta, faz tempo que não me procura na minha cama.
Ele segurou e afastou as mãos dela.
— É errado, Estela, a minha companheira…
— Você não é um lobo marcado, não seja iludido! Não tem companheira, eu posso servi-lo como a sua companheira.
Ele levantou, se afastando dela, mas estava tonto demais, perdeu o equilíbrio e caiu no chão. Ela sorriu, se abaixou e virou-o de barriga para cima.
— O que você botou na minha bebida?
— Nada de mais, só uma poçãozinha para fazer a sua natureza dormir.
— Eu te amo, Estela, mas te odeio com todas as minhas forças!
— Eu sei.
— Odeio que toque outros machos, odeio que se deite com o Alfa!
— Você é o único macho que eu quero, pena que não podemos ficar juntos. Mas podemos nos dar prazer agora.
— Não podemos, se alguém entrar….
Ela abriu a calça dele e tirou o m****o para fora, massageando-o com lasciva.
— Podemos, sim, ninguém vai entrar aqui! Sei que também sente a minha falta! O seu corpo não mente, olha como está duro por minha causa.
Ela puxou a calça dele, arriamos até os joelhos. Ele estava ofegante, assistindo os movimentos dela coo se encobertos por uma névoa. Ele não a queria daquela maneira, mas o seu corpo sempre se rendia aos seus encantos, desde a primeira vez em que foi forçado a montá-la. Estela era como um vício, que lhe fazia m*l, mas que era uma fonte de prazer que não conseguia prescindir.
Ele a desejava como nunca desejou nenhuma fêmea, mas a sua natureza a odiava. Sempre que a procurava no seu quarto, precisava drogar o lobo, para que aceitasse possuí-la;
Estela abriu as pernas em volta do corpo dele, segurou a base do seu m****o e sentou devagar fechando os olhos de prazer ao ser penetrada.
— Senti tanto a sua falta!
Ele tentou resistir, segurou o quadril dela para afastá-la, mas seu m****o duro latejava dentro da sua v****a apertada, quente e molhada só por causa dele.
As mesmas mãos que queriam empurrá-la, apertaram a sua cintura e a puxaram, para a penetrar mais fundo.
Ela gemeu o seu nome, as mãos sobre o peito dele, se movendo, descendo e subindo, o m****o dele entrando e saindo ela.
“Estela, devagar, o seu cio está próximo, não posso emprenhá-la!”
“ Não vou tirar dessa vez, quero a sua semente dentro de mim, quero ter um filhote nosso!”
“Não! Os nossos planos, o Alfa!” — Ele disse entre gemidos, o orgasmo se avizinhando.
“ Vou servir ao Alfa amanhã, não deixarei a humana chegar perto dele. O lobo Alfa não vai resistir a minha loba, e apresentarei o nosso filhote como dele. Imagina, o nosso filhote vai herdar tudo!”
Quanto mais ela revelava o seu plano, mais excitada ficava, imaginando como seria tomar tudo de Ares e da Humana tão facilmente.
Ela seria a Luna, Ares teria que aceitar a “mãe” de seu herdeiro, ou ela desafiaria Esmeralda e a mataria.
Imaginar o sangue da humana em suas mãos a fez se mover com mais vigor, o macho em baixo dela gemia de prazer, descontrolado.
Ela gozou com os olhos vidrados nos olhos embaçados dele. Tão forte e sempre a sua mercê, nunca capaz de resistir ao seu corpo.
Ela se curvou para trás em meio ao orgasmo e tocou os testículos dele, engatilhando o ápice.
Ele apertou a cintura dela com força e ejaculou dentro dela,
— Você é minha, Estela, diz que é minha! — Ele gemeu, o pênis pulsando na sua v****a.
— Eu sempre fui sua!
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