Tirei o capacete e o joguei de lado, junto com as chaves da moto, antes de me jogar no sofá com um suspiro pesado. Vanessa não demorou a aparecer. Ela surgiu na porta da cozinha, o rosto carregando aquela expressão que eu conhecia bem, misto de preocupação e impaciência. Vanessa me olhou com aqueles olhos cheios de fogo. Eu sabia que, quando ela ficava assim, não havia muito o que argumentar. Era melhor deixar que as coisas seguissem seu curso. — Onde você tava, Gabriel? — perguntou, cruzando os braços enquanto me observava. Suspirei e passei a mão pelos cabelos, sem muita vontade de começar uma discussão. — Fui resolver umas paradas, Vanessa. Tô cansado. — murmurei, fechando os olhos e deixando minha cabeça cair para trás no encosto do sofá. — Resolver umas paradas? — ela repetiu, su