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A DONA DO MORRO

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Juliana, uma jovem determinada e destemida, torna-se a nova líder do Morro do Vidigal. Inexperiente, ela enfrenta desafios imensos para provar sua capacidade de liderar com habilidade e inteligência. Sem saber, Juliana se apaixona por um homem que esconde uma identidade perigosa: o assassino de seu irmão. Em meio a um cenário de tensão e conflitos, ela terá que equilibrar seu coração e suas responsabilidades, lutando para manter o controle e proteger tudo o que conquistou.

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A nova dona
Atenção: Essa obra contém gatilhos, tais como; violência, s**o explícito, alcoolismo, homicídio, e linguagem imprópria. Rede social da autora: @autora_marise ---------------- Morro do Vidgal, 17:30 da tarde. Juliana Com as mãos suadas, entrei na antiga salinha que pertencera ao meu irmão. Encarei todos os seus aliados presentes e fui direto ao ponto. — Como todos já sabem, infelizmente meu irmão nos deixou. A partir de agora, sou eu, Juliana Castro, quem comanda o Morro do Vidgal. — Todos concordaram com a cabeça. Continuei minha fala. — Grego, me mantenha informada sobre tudo que está acontecendo. Grego era o braço direito do meu irmão. Quando Alex precisava se ausentar, era ele quem cuidava de tudo. Agora, ele seria meu braço direito. — Juliana, nossos inimigos do morro vizinho já sabem que seu irmão se foi. Eles também sabem que o morro está sob o comando de uma... Ele hesitou por um momento. — Vamos, Grego, termine a frase. Eles sabem que o morro está sob o comando de uma mulher, certo? — Sim, é isso mesmo. — Ele respondeu, visivelmente desconfortável. — Então, qual é a situação, Grego? — Eles estão planejando uma invasão. — Algum de vocês tem ideia de quando isso pode acontecer? — Perguntei, encarando cada um deles. — Nosso informante não conseguiu determinar uma data precisa. Fiquei pensando por alguns instantes, estudando uma maneira para conseguir proteger o meu novo legado. — Grego, como estamos de armamento? O dinheiro das drogas tá sendo recolhido normalmente? Quantos temos em caixa? Quero uma reunião com os nossos fornecedores ainda hoje. — Juliana, tamo com o nosso estoque de munição reposto, o seu irmão sempre gostou de ver as coisas fartas. Não temo nada pendente com os nossos distribuidores. Quanto a reunião com os fornecedores, irei imediatamente marcar, e também organizar o baile. — Ok Grego. Pode organizar um baile, quero que todos me conheçam como a nova dona morro. Falei e fui saindo, parei os meus passos quando Grego me chamou para me perguntar se eu queria que chamasse algumas mulheres para a reunião. Sempre achei isso uma verdadeira palhaçada, as vezes eu brigava com o meu irmão por isso, mas estou com medo de dizer não, os fornecedores exigem que tenha mulheres, vocês já devem ter imaginado qual tipo de mulher. — Faça exatamente igual o, Alex fazia. — Sim, Juliana. Após, Grego ir fazer tudo que eu havia mandado, decidi ficar mais um pouco no escritório, me sentei na mesma cadeira que era do meu irmão. Lembrei dos momentos felizes que tivemos aqui. Levantei e fui para a minha casa. Assim que cheguei tomei um banho de banheira bem demorado. Quando saí coloquei uma “lingerie” vermelha e deitei na minha cama Sphere. Acabei dormindo. Acordei com o rádio que antes era usado pelo meu irmão tocando. Atendi. Rádio on — Oi? — Juliana, tudo pronto para as 21 horas com os fornecedores. Já arrumei as putas para eles também. — Qual dos fornecedores vão estar na reunião? Os de Sampa ou de Governador? — Os dois. Se quiser eu posso comandar a reunião. — Pode sim, afinal de contas você tem mais experiencia nisso. Mas em relação aos contratos deixe tudo comigo. Venha me buscar as 20h30 estarei te esperando. — Ok, Juliana. Rádio off A minha primeira reunião com os fornecedores, como devo comportar? O que devo dizer? Fiquei por horas com estes pensamentos e com muita ansiedade. Até que olhei no relógio e percebi que o Grego estava quase chegando. Corri para o meu enorme closet e coloquei um vestido longo na cor vermelha, que deixava as minhas curvas bem evidentes. Fiz um coque despojado no meu cabelo, peguei a minha arma na gaveta do criado mudo, coloquei na minha bolsa, e fiquei esperando o Grego chegar. Fomos em direção à reunião e Grego foi me explicando como estes homens agiam, e como são perigosos. Chegamos num lugar muito chique no bairro Gávea. Descemos do carro, vi alguns dos vapores, misturado no meio das pessoas, para nossa segurança. Fiquei no bar esperando eu ser chamada pelo Grego para ser apresentada aos fornecedores como nova dona do Vidgal. Depois de alguns minutos que o Grego havia entrado na reunião, ele voltou, e disse que estava tudo certo para eu conhecê-los. Ao entrar na sala vi vários homens em volta de cada lado de uma enorme mesa. A mesa deveria ter uns 20 lugares. Eu ocupava a cabeceira da mesa que era do meu irmão. — Boa noite senhores! O meu nome é Juliana Castro, única irmã de Alex Castro. Vim aqui hoje para saber se iremos renovar o nosso contrato? — falei me sentando e olhando a reações de todos eles. — Não tenho interesse. — um deles disse. — Não tenho interesse em fechar contrato com uma mulher, mulheres são frágeis. Você já segurou uma arma antes, mocinha? — outro disse com deboche. Quando ele terminou de falar peguei a minha arma dentro da minha bolsa e dei um tiro na cabeça do debochado. Todos ficaram me olhando pasmos. Eu podia parecer ser frágil, mas não era. O meu irmão Alex sempre me ensinou a ser dura nas minhas decisões e m***r quem entrasse no meu caminho. Eu tinha 17 anos quando matei pela primeira vez. — Ainda acham que não sei usar uma arma?! Alguém aqui acha que eu sou frágil nesta p***a! — falei olhando para todos eles, depois disse para o Grego. — Grego, arrume novos fornecedores. Quando ia me retirando o fornecedor de Sampa disse: — Srta. Castro gostei de como trata as coisas, tem sangue quente igual o seu irmão, Alex. Vamos adorar ter uma mulher como a nossa parceira. — Faço das dele as minhas palavras. — o fornecedor de Governador disse. Eles ainda me olhavam como se eu fosse m***r todos ali, fiquei de pé vendo eles assinando o contrato. — Obrigada à todos. Estou mantendo o combinado que tiveram com o meu irmão. Grego arrumou algumas das putas do morro para vocês, aproveitem. E amanhã é dia de baile, conto com a presença de vocês. Fui saindo, saí daquele prédio com a sensação de dever cumprido, mostrei para eles que não sou de levar desaforo para casa. Mas durante o percurso para casa, os meus olhos chegaram a lacrimejar, enguli o choro, Grego me encarava o tempo todo pelo retrovisor, mas não se atreveu a dizer uma palavra, tentei não olhá-lo nos olhos.

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