— Relaxem, eu sei que vocês são os melhores. Esse treino vai durar dois ou três dias, apenas para refrescar a memória e revisar o que puderam esquecer. Entendido? — disse, tentando acalmá-los.
— Sim, senhora. — responderam todos em uníssono.
— B1, você será o encarregado de manter a ordem, certo? — perguntei.
— Sim, senhora. — B1 confirmou, com um tom de respeito.
Eu o observei por um momento, satisfeita com as respostas.
— Estão dispensados. — anunciei, e os seguranças saíram em um ritmo coordenado.
Conversei um pouco com o Grego enquanto conversamos ele não disfarçava o quanto estava desejando beijar a minha boca, as vezes ele até chegava a lamber os lábios enquanto encarava os meus, fingi não estar percebendo, e assim o resto do dia passou.
Quando Grego me deixou em casa, sai rapidamente do carro, sem dar tempo para que ele abrisse a porta. Entrei em casa sem olhar para trás, decidida a manter a distância.
Grego
Após deixar Juliana em casa, fui até a laje que a gente usava para tortura, a raiva visível em meu rosto. O surfista estava prestes a pagar caro por sua audácia.
Ao chegar, encontrei o surfista amarrado e nu, com quatro vapores ao lado, todos com expressões de expectativa c***l.
— Quem foi o sábio que deixou esse filho da p**a pelado? — perguntei, com um sorriso sarcástico.
— Foi o Menor. — um dos vapores respondeu, com um tom de orgulho.
— Boa, garoto. Pela ideia genial, você vai ser o primeiro a participar da brincadeira. — anunciei, com um sorriso de aprovação.
Todos riram, antecipando o que estava por vir.
— Menor, quebra o nariz desse s****o. — ordenei, meu tom era ameaçador.
— Não!! — Surfista implorou, seus olhos cheios de medo e lágrimas.
— Ah, sim...
— Não faz isso, cara, eu não fiz nada demais. — ele tentou negociar, sua voz tremendo de desespero.
— Você não fez nada demais? Eu ouvi isso mesmo? Menor, mete marcha. — insisti, com um olhar impiedoso.
Menor se aproximou e quebrou o nariz do surfista com um soco brutal. Em seguida, pegou uma máquina de choque e começou a aplicar choques elétricos, fazendo o surfista se debater e gritar em agonia. Depois, arrastaram-no pelos pés e o penduraram de cabeça para baixo, fazendo o sangue escorrer pelo seu nariz.
— Deixa ele aí até amanhã. — ordenei, e todos assentiram em concordância. — Menor, fique aqui vigiando. Caso alguém tente resgatar o desgraçado, você me avisa.
Voltei para casa, tomei um banho e decidi dar uma volta para relaxar.
No dia seguinte, acordei cedo e foi até a laje para conferir o estado do surfista. Ele ainda estava vivo, mas estava completamente inchado. Mandei desamarrá-lo e pedi que o jogassem na entrada do morro.
— Espero que você tenha aprendido a lição, seu infeliz. — murmurei, dando uma última olhada antes de me afastar.
Seguiu para a casa de Juliana e a vi saindo pela porta.
— Bom dia! — cumprimentei, tentando manter um tom amistoso.
— Bom dia, Grego. — Juliana respondeu, com um sorriso.
Abri a porta do carro para ela, e Juliana entrou, acomodando-se no assento. Seguiram para a boca.
Juliana
Assim que o Grego me deixou na salinha o Julhão se aproximou de nós e veio me dizer que o noiado do Hélio tava devendo.
— Julhão bora agilizar essa p***a dessas dívidas dos noias que tão pendente. — falei com raiva.
— Quando eu reclamo cês acham r**m, seus p*u no **, cês ficam deixando noiado se drogando e no final os cuzões ficam devendo a boca, p***a Julhão, de qual é v***o, esse tal de Hélio tá devendo a alma pra desgraça da boca, e cês tão como, parado fumando o dia inteiro. — Grego disse.
— Fica sussa cuzão, eu dei até duas da tarde pra ele, se não trouxer o dinheiro o bagulho vai mudar.
— É v***o, se acalma ae irmão.
— Se mete não Dg, vai cuidar é de treinar os pivete novos, que tú depende disso pra bancar teus luxos e tuas patricinhas do asfalto, seu p*u no cu. Então vai trabalhar.
— Relaxa, Grego.
— Resolvam essas pendências o quanto antes. — falei séria.
— Pode ficar sussa, Juliana. — Julhão disse.
E o meu dia foi extremamente corrido e cheio de B.O pra resolver, por isso ao cair da noite eu decidi sair pra me distrair e esfriar minha cabeça.
Aqui perto tinha um barzinho que eu sempre gostei de frequentar com a minha amiga, que infelizmente não mora mais aqui, então o rolê sou eu sozinha mesmo. Me produzi toda e peguei caminho pro barzinho a pé mesmo, cheguei lá tinham poucas pessoas me sentei em uma mesa que ficava fora na calçada do estabelecimento. O garçom me atendeu fiz meu pedido e fique alí sentada sentindo o ventinho gostoso batendo no meu rosto.
O garçom trouxe meu pedido, comecei a me distrair fazendo o possível pra me esquecer do celular, mas começou a cair mensagens, e minha curiosidade não me deixou em paz, peguei pra ver quem era e me assustei, pois era o Grego, que digitou na mensagem perguntando se eu estava precisando de companhia, olhei de um lado para o outro, e nada, depois de alguns minutos ali pensando se respondia ou não, vi uma moto que eu reconhecia muito bem vindo, e parando bem perto de mim.
— Quer companhia?
— Tá me seguindo, Grego? — eu o desafiei, meu tom de voz carregado de um misto de desconfiança e interesse.
— Eu não, só tava passando por aqui. — ele respondeu, dando de ombros como se o acaso tivesse o trazido até mim.
— Hum, sei. Então senta aqui e me faz companhia, já que tá por perto. — ofereci, apontando para o banco ao meu lado.
— Só se for agora. — Grego disse, a voz carregada de um tom de determinação.
Ele sentou junto de mim, chamou o garçom, pediu uma bebida e ficamos conversando.
— Na real, eu tô atrás da Vanessa. — Grego começou, sua voz carregada de preocupação.
— Por que? — perguntei, levantando uma sobrancelha enquanto tentava entender a situação.
— Ela não estava em casa quando cheguei, não atende o celular e nem responde minhas mensagens. — ele explicou, a frustração evidente em cada palavra.
— Tá preocupado se ela tá te traindo? — indaguei, tentando decifrar o real motivo da sua angústia.