Juliana O som constante da chuva tamborilava na janela, e eu despertei com uma sensação de frio que se espalhava pelo quarto. O cinza da manhã invadia o espaço através das cortinas finas, trazendo consigo um ar gélido e úmido. Lá fora, o labirinto de becos e morros estava envolto em neblina, as gotas de chuva escorrendo pelos telhados, formando pequenas poças nas ruas esburacadas. Me forcei a sair da cama, sentindo o chão gelado sob os pés descalços. Estremeci, me apressando para o banheiro, onde o vapor do chuveiro logo preencheu o pequeno espaço. A água quente caía sobre mim como um alívio, levando embora o frio da madrugada. Após o banho, me vesti com cuidado. Uma calça escura e confortável, uma t-shirt branca que contrastava com a melancolia do tempo, e uma jaqueta grossa, daquelas