Elisa Johnson:
-Désolé mais je ne parle pas français. Digo guaguejando a frase que terei que dizer muitas vezes, para ver se alguém entende que não falo francês.
-Eu não sabia, mas vou repetir o que eu te perguntei, falaste comigo, senhorita?
-Sim eu falei com você mesmo, aqui está seu dinheiro, eu não sou garçonete do lugar. Coloco o dinheiro na palma da sua mão, mas quando viro as costas para sair de perto dele, ele segura minha mão, me fazendo encará-lo outra vez, e tive que me esforçar para ignorar o choque que o contato de sua mão causou no meu corpo.
-Eu sei que você não era a garçonete. O safado gostoso ainda tem a ousadia de rir da minha cara.
-Então porque colocou esse dinheiro na minha mão, se já sabia que eu não era funcionária desse Pub?
-Porque foi a única maneira que encontrei para te tirar do meio daqueles babacas, acho que deu certo né? Ele pisca pra mim.
Tive que morder o lábio para não babar em cima dele, afinal sua atitude me deixou bastante quente e com um incômodo gostoso entre minhas coxas.
-Desculpa, mas eu não apresentei, meu é Adam Reverbel. Ele estende sua mão pra mim, e eu simplesmente perco a fala.
-Você tem um nome? Ele me pergunta já que não digo nada.
-Oh sim, meu nome é Elisa Johnson, mas eu gosto que me chame apenas de Lisa.
-Prazer Lisa, nunca te vi por aqui, você mora em Paris ou está aqui apenas de passagem? Pelo visto ele quer mesmo saber sobre mim, mas que m*l há em conversar com um homem lindo como ele, tô precisando mesmo fazer amigos por aqui.
-Na verdade cheguei ontem, vim a trabalho, mas pretendo morar aqui em definitivo, já que sempre foi um sonho vim para cá, e você é americano?
-Não, sou francês, nasci aqui, mas meu pai é americano que se encantou com a minha mãe que é francesa, eles se casaram e aqui tiveram os filhos, por isso sei falar bem inglês, além do francês, falo português e alemão.
-Nossa que incrível isso senhor Reverbel, desculpa a curiosidade, mas porque você fala tantos idiomas?
-Me chame só de Adam, Lisa, mas respondendo a sua pergunta, na verdade eu falo esses vários idiomas, por conta da minha profissão, sou chef de cozinha e dono de uma rede de restaurantes espalhados pelo mundo, mas o inglês eu falo por conta do meu pai que nos ensinou, já o português eu falo porque fiz alguns cursos culinários no Brasil, acabei aprendendo na marra o idioma deles, além do mais eu recebo muito brasileiros no meu restaurante daqui de Paris, e o alemão é porque morei lá enquanto explorava a culinária de alemã, mas minha formação acadêmica foi aqui em Paris mesmo, no Le Cordon Bleu, conhece?
-Já ouvi falar, já que é uma das instituições mais ilustres da educação culinária, especialmente se você estiver interessado em culinária francesa, já que esse instituto é considerado o guardião das técnicas francesas, nossa, me sinto uma analfabeta perto de você, já que só sei falar inglês.
-Você não é obrigada a saber de tudo Lisa, e eu não te contei isso para te humilhar, só queria que me conhecesse um pouco, me desculpa mesmo, não queria agir como um babaca.
-Você não foi babaca Adam, mas estou impressionada com você, afinal eu nunca conheci um chef de cozinha e dono de restaurantes.
-Quero que conheça um dos meus restaurantes que fica aqui em Paris e prove da minha comida, o dia que você quiser.
-Vou adorar, mas você vai ter que me dizer o nome e o endereço certinho ou é bem capaz de me perder pra variar, morar aqui vai ser um verdadeiro desafio, já que não sei praticamente nada de francês.
-Eu posso te ajudar se quiser, assim a gente se conhece melhor, já que gostei de você, desculpa ser tão direto, mas eu sou assim mesmo, não se assuste.
-Não vou, mas você não disse o nome do seu restaurante? Digo qualquer coisa para recuperar o fôlego depois de ouvir a última parte do que ele falou.
-O nome é Restaurant Reverbel's, ele fica na rua Saint-Dominique, mas não se preocupe que te pego no seu endereço, assim você não vai precisar ficar procurando.
-Que foi? Ele me pergunta quando olho surpresa para ele ao constatar que seu restaurante é na mesmo rua do meu prédio.
-Nada demais, só fiquei feliz em saber que seu restaurante fica na rua do prédio onde moro, então se um dia eu for lá, não ficarei perdida.
-Eu não vou deixar você ficar perdida nesta cidade, Elisa, eu prometo, olha o nosso papo está bom aqui no meio do bar, mas eu queria te chamar para tomar uma bebida, eu estou com meu irmão, meu amigo e minha cunhada, quero apresentá-los à você.
-Sua namorada pode achar r**m você levar uma mulher para a sua mesa.
-Eu não tenho namorada Lisa, pelo menos não ainda, pode confiar em mim, eu não sou um cafajeste, jamais estaria aqui com você se eu fosse comprometido, você vem?
Ele estende sua mão, e mesmo na dúvida, eu coloco a minha mão sobre a dele, e deixo ele me levar para a sua mesa.
Assim que chegamos na mesa que ele falou, vejo uma galera rindo e conversando alto, mas é claro que não entendo nada, mas não é isso o que me chamou a atenção, mas sim aquele voz grossa e sensual do Edam falando em francês, nunca vou me acostumar a ouvir ele falando no seu idioma, é simplesmente de derreter qualquer calcinha.
-Les gars c'est Elisa Johnson, elle est américaine et elle est arrivée à Paris hier, mais elle ne parle pas français, alors accueillons-la.
-O que você disse pra eles? Sussurro para que os outros não me ouça.
-Eu disse seu nome, e que você acabou de chegar em Paris, e pra eles serem legais com você, Lisa, esse loiro aqui é o meu irmão Raphael , o rapaz ao lado dele é o Ethan, dono desse Pub aqui e ao lado dele está a noiva do meu irmão, ela é a Chloé Fontainelles.
-Prazer em conhecê-la Lisa, não se preocupe que aqui todos nós falamos inglês, você bebe alguma coisa?
O irmão de Adam é o primeiro a me cumprimentar, seguido pelos outros, todos são muitos legais, mas meu coração está bem balançado pelo francês gostoso de lindo olhos azuis acinzentados chamado Adam Reverbel.
-Uma cerveja, por favor.
Quando minha bebida chega, eu tomo um gole generoso, já que estou bem nervosa com Adam que está ao meu lado, e não para de olhar pra mim enquanto sorri.
-Será que Paris me tratá um grande amor, se for esse deus grego na minha frente, eu aceito com o maior prazer.
Continua...............