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1620 Words
Eu tinha tanto que melhorar ainda como mãe, que eu nem sabia por onde começar. Eu havia me tornado responsável, mas mesmo assim era difícil não por o prazer em primeiro lugar. Eu amava minha filha, mas eu queria sempre estar sendo tocada pelo meu Zé enquanto ele estivesse em casa, afinal trabalhando em uma clinica particular, ele era considerado o melhor médico clínico geral, então era muito procurado. E eu, eu para ter meu dinheiro fazia algumas costuras para uma fabrica, o bom era que eu trabalhava em casa, com minha máquina e fazia meu horário. Então, quando não estava brincando com minha filha ou sentindo prazer com meu amado, eu estava costurando. Cozinhar, limpar, também fazia isso. Eu sentia falta de Toinha, e rezava que Deus estivesse cuidando dela para que ela descansasse em paz. Mas eu não era a única que sentia falta dela, pois a bebedeira de Ian começou a piorar justamente naquele final de ano de 1946, quando Toinha faleceu. Após aquela noite um tanto...não tenho palavras para descrever, a vergonha que eu senti em saber que minha preciosa havia visto aquilo e ainda ter pensado que seu pai estaria me machucando, aquilo me doía profundamente, então quando o dia amanheceu, decidi a deixar dormir até quando quisesse. Sai de mansinho de seu quarto e a cobri, e quando fui para a cozinha, me deparei com a cena de Ian com a mão na testa, olhos levementes arregalados e segurando uma xícara grande de café. - Eu nunca mais irei beber. – Disse ele olhando para o café. - cê diz isso toda vez e toda vez bebe mais. – falei me sentando, não me importando em ainda estar de camisola, Ian bufou e meu Zé me serviu pão com mortadela e um copo com água, já fui logo bebendo a água e fiquei a observar a conversa dos dois. - É, Ian...agora que você está um pouco mais... - Espera ai... – disse Ian levantando a mão – Minha cabeça está explodindo, então falem um pouco mais baixo. - Ta bom...- Falou meu Zé pausadamente, logo se sentou segurando um copo de suco de abacaxi em suas mãos – Agora que você está mais calmo, eu tenho que agradecer pelo oque você fez ontem a noite, foi muito bonito da sua parte. - Ah. – Ele então sorriu puxando a xicará de café para perto da boca – Agradeço. – deu um gole e a recolocou na mesa - Oque eu fiz? - Ah, er. Isso... – Eu e Zé trocamos olhares, então meu Zé tomou o controle e disse logo que Josiane havia nos visto fazendo amor, e ele então ficou nos encarando, ele segurou a grande xícara dando um grande gole no café quente e então recolocou na mesa. - Então, agora que eu to ficando um pouco sóbrio, A gotinha de gente disse que viu vocês...mandando vê? - Sim. – Dissemos juntos. - Certo, e oque eu fiz pra ajudar? – Perguntou Ian juntando os dedos e os cruzando. – Espero que não tenha dito nenhuma besteira pra minha sobrinha. - Você disse que era uma brincadeira de adulto, e disse também que se alguém tentasse fazer algo com ela, era pra ela nos contar. Foi lindo isso Ian. – Disse meu Zé olhando para ele, já Ian respirou fundo assim abaixando a cabeça aparentemente aliviado. - Que bom, que bom, eu ia me odiar se eu tivesse dito alguma besteira. Agora...vocês dois... Tranquem a porta quando forem fazer isso e tenham certeza de que ela está dormindo. Sério, vocês dois, tenham um pingo de decência, até eu estou mais elegante que vocês. – Disse ele olhando para mim, que então coloquei as mãos sobre a mesa. - Eu sou decente! Só que...a gente pensou que ela estava mesmo dormindo...mas ela teve um pesadelo e por isso foi no nosso quarto. - Mesmo assim, vocês tem uma filha e por mais que seja novo, ela está crescendo.vai começar a ficar observando mais as coisas e tem que tomar cuidado, Ana, Ricardo. Vocês sabem oque mamãe fará se ela por um acaso imaginar que a Josi viu vocês...vocês brincando? A gente sabe, mamãe odeia a Ana, e se tiver provas que ta expondo a Josi em alguma situação de risco para uma criança ela vai fazer tudo pra tirar ela de vocês. - Ah Ian, cê amadureceu tanto. – falei sorrindo e pondo a mão sobre a sua canhota, e meu zé colocou a mão sobre seu ombro. - Verdade meu irmão. Você amadureceu muito, mas tem que parar de beber, você sempre que tenta consegue mas volta nas recaídas. - Vocês ficam desse jeito, eu fiz mais alguma coisa aém de falar com a miudinha? - Ah sim. – disse meu Zé então apoiando os cotovelos na mesa. – você vomitou muito e dormiu no nosso banheiro, mas fora isso você ficou quieto. Pare de beber. - Eu não tenho razão para parar de beber, e eu sou muito legal quando estou bêbado. - Eu te dou uma razão que vem ai. – Falei com muito carinho, vendo Josiane segurando uma grande folha de papel andando devagarzinho. - Tí Ian ta brabo? – Perguntou ela colando o papel em sua barriga. - Não, tio Ian só ta com dor de cabeça. – Falei olhando para Ian, então peguei meu pão logo com mortadela começando a comer. Ian então estendeu os braços a chamando. - Minha fofinha linda, tio ta com bafo de dragão, mas vem cá eu te ponho sentada na mesa. – Ela então foi até ele, e meu Zé pegou um pão e passou um pouco de manteiga e entregou para ela, que por sua vez deu o desenho para Ian, que arregalou os olhos. - Deixa eu ver o que você desenhou aqui e...- No instante que ele arregalou os olhos se levantou arrastando a cadeira para trás- AI MEU DEUS! - Desenhei mamãe e papai brincando.- Falou ela calmamente enquanto comia o pão, e eu me engasguei e comecei a torcir, José cospiu sua bebida no chão e tomou o desenho - OQUE??? – Gritei e em seguida me aproximei do Zé, olhando para o desenho e fiquei com os olhos arregalados, ela havia desenhado corpos um em cima do outro, nú, dando bem destaque aos s***s e as genitais, eu olhei para ela e fiquei assustada, - Que qui eu fiz? – perguntou ela olhando pros outros – ficou feio? - NÃO, é que...Josiane, vai pro quarto leva seu pão, mamãe e papai vou daqui a pouco. Pro quarto. Agora! – Gritou José um pouco aflito, Já Ian pegou ela e a levou para o quarto a colocando para dentro e fechando a porta. - ELA DESENHOU...Ela desenhou eu e tu...Zé pelo amor de Deus! – falei passando as mãos em meus cabelos. - Se mamãe vê esse desenho vocês estão ferrados. – disse Ian sentado olhando para o desenho com ele em mãos. – você cresceu mais ein Ana. - Oque? – Falei parando de andar, Já meu Zé limpava a mesa. - Aqui, s***s grandes, ta mais carnuda, nossa eu vou por esse desenho na minha geladeira...  se fosse outros tempos eu tentaria... - Termine essa frase que eu vou comer suas bolas no almoço. – falou meu Zé, e Ian então colocou o desenho virado para baixo. - Ta bom, ta bom desculpa. Mas ai porque não coloca ela de castigo, pra ficar sem desenhar? - Castigo? Ian! Ela nem sabe oque desenhou, ela é uma criança, desenhou algo que viu, e tu disse que era uma brincadeira! - Não faz sentido castigar ela, ela não sabe o que fez de errado, na verdade ela nem fez nada de errado e sim a gente. – Falou meu Zé se aproximando de mim e beijando minha testa – Fique calma, a gente vai conversar com ela. E fomos, três patetas, antes eu fui me trocar, me colocar numa roupa mais decente, e fomos no quarto de Josiane, sua cama com vários ursinhos rosa e bonecas, ela então sentada nos olhando tentando compreender o porque daquela reunião. - Eu to encrencada? – perguntou ela sentada nos olhando sendo cada um de nós sentado em um cubo de uma cor diferente - Não minha linda, não. A gente só quer ter uma conversa séria sobre...sobre o que você viu a mamãe e eu fazendo. – Disse meu Zé. - É minha linda, cê num pode desenhar o que viu a gente fazendo, entendeu? – Falei com um tom de voz doce e ela abaixou a cabeça - Então eu fiz coisa errada? – Questionou ela nos olhandos com uma leve cara de choro. - Num fez não meu amor, só num pode desenhar. É que.. É que... - É que é coisa de casal Josiane, como eu te disse. Você não pode desenhar as brincadeiras do casal, é só deles. E não pode contar pra ninguém que viu eles brincando. Entendeu? – Falou Ian. - Ah... desculpa. – ela então abaixou a cabeça, deixando os cabelinhos ondulados cobrirem um pouco sua face. - Ta tudo bem minha bixinha, ta tudo bem, só num pode desenhar mais ta? Tu num fez nada de errado. – falei me aproximando dela e a abraçando, fazendo caricias na maçã de sua face. – Nem contar pra ninguém. E num precisa ter medo. Papai num bate na mamãe não. Nota: Hii People. vou tentar continuar espinhos de fogo. espero que gostem da neném Josiane, é uma doçura. SPOILERS: Sim, Toinha faleceu. vocês irão ver isso em espinhos de fogo em breve. logo quando ela e Ian começavam a se dar bem... 
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