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- José... - murmurava seu nome emitindo fortes gemidos, com as mãos segurando na comoda, minha coluna curvada e suas mãos em meus cabelos me domando firmemente, até parecia que nunca iria me soltar. Meus gemidos autos e ecoando no ambiente, eu estava no auge do prazer já sentindo que teria um orgasmo, meu Zé murmurava palavras ousadas em meu ouvido, ele já havia perdido o pudor comigo, não tendo mais vergonha, afinal não havia solução para meu problema, e oque ele poderia fazer era mergulhar no t***o comigo.
Depois dessa noite quente, estavamos nós deitados na cama, um olhando para o outro com muito carinho, mas então eu me levantei para ir a cozinha, coloquei a camisola e segui adiante, mas ao passar pelo corredor eu ouvia um doce tom de voz chorando, parei e vinha do quarto de minha filha, eu não compreendia oque era, então bati na porta e em seguida a abri. Lá estava minha pequenina, de joelhos no chão e de mãozinhas dadas, cabelos castanhos e olhos da mesma cor, ela tinha seus olhinhos cheios de lágrimas
- Josy! - falei, entrando logo no quarto me aproximando dela enquanto estava chorosa - Já está arde, oque...porque você está chorando? - questionei preocupada, logo procurei em seu corpo se havia algum ferimento ou alguma coisa do tipo, mas ela estava ferida em seu coraçãozinho, e não na carne.
- Papai...- dizia ela choramigando. - Papai bateu na mamãe, mamãe tava chorando.
- Oque? - questionei, ainda não havia entendido.
- eu vi papai chingando mamãe de nome feio, e mamãe tava chorando. - dizia ela com a voz emboluada, com seus doces erros em pronuncia. Eu nunca havia sentido uma vergonha tão grande e imensa me cobrir, e ao mesmo tempo uma dor, eu havia exposto a minha pequena a aquilo??? não me perdoaria nunca.
- J-josi...o, O papai não...ai... - Passei a mão sobre meu rosto.
- Eu tava pedindo pro papai do céu proteger a mamãe, num quero que papai bata mais na mamãe, papai tava machucando a mamãe. - Céus! ela havia visto, eu só pude a abraçar forte naquele instante e tentar a acalmar.
- Meu amorzinho, seu pai não me machucou....eu e o papai nois estava...- Ela me olhou com seus olhos arregalados tentando me entender, e eu não sabia oque fazer, então gritei chamando meu Zé Ricardo para me ajudar a explicar aquela situação.
Muita coisa havia acontecido no final de 1946 para 1947, mas eu e meu zé suportamos tudo e conseguimos seguir nossa vida. Meu fogo não abaixou, o calor que ardia por de baixo de minhas saias era firme, eu nunca mais havia encontrado algo que me ajudasse a controlar o t***o, então nossa unica solução foi nos deitarmos deitar muito todo santo dia. Todos os dias meu amado e eu trocavamos caricias, olhares, fluidos corporais, desejoss. eu nunca mais havia olhado para qualquer outro homem com desejo. eu apenas via o meu Zé, nem mesmo Ian me atraia, e olha que quanto mais velho ele ficou mais charmoso o maldito se tornava.
Mas como nada nessa vida é perfeito, nem mesmo o corpo humano ou a estrutura de uma flor do caule, raiz,até suas pétalas e se tiver seus espinhos, nada é perfeito, pois o corpo humano falece, e as flores murcham. E meu estilo de vida cheio de amor com meu marido estava prestes a entrar em um grande dilema. Nossa casa em fortaleza era boa, minha filha não ia para escola, ela estudava com uma profesora particular, que a ensinava a ler, e ela era apaixonada pela arte. minha pequena princesa tinha um bom dom da pintura. Claro que com o tempo ficou ainda melhor e mais realista, mas para uma criança de sua idade, com apenas cinco anos, ela conseguia desenhar muito bem. Ela havia herdado minha paixão por flores, então ela pintava com seus giz de cera belas flores, rosas, açucenas, não eram perfeitos, mas eram melhor que meus desenhos.
Minha sogra não suportava ficar longe da neta, então todo final de semana eu era castigada com sua presença.Ela não falava mais comigo desde que ficou internada no hospital psiquiatrico, então não era tão r**m, ela apenas vinha, falava com a neta e só.
Mas, naquela noite depois de sua visita, eu e ele, eu e meu marido fizemos amor. Transamos com euforia, e acabamos por esquecer que tinhamos uma terceira pessoa em casa. Ela estava chorando, trêmula, de joelhos e rezando. Eu fiquei sem saber oque fazer. Então eu o chamei, chamei meu Zé, para me ajudar naquele instante. Ele que se encontrava deitado na cama descoberto, pude então apenas me aproximar dele
— Zé! Zé! - falei agoniada entrando no quarto.
— Oque foi? - Disse ele já se sentando, me olhando preocupada. e eu andava para um lado e para o outro.
— A...A.. A Josiane viiu nois fazendo! - Falei parando em fente a ele mexendo a mão diversas vezes no ar, Já ele pegou sua cueca e vestiu, em seguida pegou uma bermuda vestindo em seguida.
— Espera, oque? Como...Oque você disse a ela? - Ele sempre era mais calmo que eu em qualquer coisa então após se vestir cruzou os braços.
— E-eu não sei, num sei! ela disse...eu eu nem ouvi oque ela falou! - E era verdade, eu nem havia ouvido uma explicação minima, mas também não iamos a repreender ou brigar. Fomos diretamente para seu quartinho, onde levei uma jarra com agua para ela, me colocando de joelhos sobre o chão e meu Zé sentado an cama de braços cruzados, e ela nos olhando, mas principalmente olhando para o pai com temor.
Ela com medo, nos contou que teve um pesadelo, e que por isso iria vir ao nosso quarto pois estava com muito medo, e foi nesse instante que havia nos flagrado em um ato de amor, mas que aos olhos ingênuos de uma criança era como uma cena de filme de assassinato. Oque não sabiamos era como dizer, ou mentir sobre o que era aquilo. Eu não desejava isso, não queria mentir para minha filha, pois se eu falasse que era uma coisa, ela poderia perguntar a outra pessoa o que era, e isso poderia gerar problema. Então fizemos como dois pais bobões tinham o que fazer.
— Então... Não é importante, vá dormir. - Disse meu Zé. e quando saimos do quarto ficamos um olhando para o outro. Por nossa sorte, Ian ainda morava no nosso prédio, então fomos salvos por sua batida bebada em nossa porta.
— Querida pode abrir que eu to quente e fervendo. - dizia uma voz alta do lado de fora. e era oque nos faltava para aquela noite.
—É Ian? - questionei sussurrando.
— ele bebeu, de novo - Disse meu Zé indo em direção a porta, e quando abriu viu ele agarrado a uma garrafa de vinho cantarolando.
— Se eu te amei, se eu te amei, eu amei de mais. - Cantarolava ele na boca da garrafa, até ver a porta aberta e meu Zé de braços cruzados — ÔIE, vocês estão acordados? já fuqui fuqui de madrugada é? ihhh! - Disse ele então passava por meu Zé, e indo até nosso sofá, não dando tempo nem de que falasse alguma coisa.
— Ana cê ta com a pele tão bonita. ta tão lizinha, parece uma uva, lisa, lisa e lisa... - dizia ele dando então um gole na garrafa, mas logo Zé tomou dele, que por sua vez se manteve naquela posição no sofá todo esparramado. — AI EU TOMEI - soluçou — Eu tomei uma grande decisão na minha vida, eu, eu decidi que não vou mais me apaixonar por nenhuma mulher, que a partir de agora eu sou um viado.
— Ian cê ta bebo, sua maior decisão da vida agora é calar a boca. - falei de braços cruzados. Já meu Zé colocou a garrafa sobre uma mesa, tentando então voltar e acalmar o irmão.
— Se lembra que você tinha prometido pra Josiane que ia parar de beber? pois toda vez que você bebe você tenta se matar.
— Eu prometi? prometi prometi, mas eu não to tentando me matar sabe? eu vim pra cá, to aqui, to vivinho. - disse ele, e em seguida, Josiane saiu do quarto correndo indo até o tio, ambos eram muito ligados. Desde de muitos acontecimentos, Ian dava todo seu amor para minha filha, até parecia um pai para a menor. Mas, eu não queria que ela chegasse perto dele bebado, sabia lá eu o que ele poderia dizer. mas ela era avexada e não pude segurar.
— TIO IAAAN! - Gritou ela indo aos braços do tio, que se sentou rapidamente.
— Josianeeeee! Ane, Josi, Josi e Ane,, José e Ana, olha só. descobri! é a junção do nome do teu pai e da tua mãe.- Falou em seguida, com ela em sua frente
— Tí! Papai bateu em mainha. papai bateu em mainha! - disse ela com uma cara de choro, Zé se aproximou rapidamente de nossa filha e a pegou nos braços.
— Certo hora de ir dormir.
— COMO É??? tráis a criança agora que eu vou...interrogar. - Disse Ian se levantando, José revirou os olhos colocando logo a Josi no chão, já eu pensava: Meu Deus, essa noite vai traumatizar minha filha para sempre.
— JosiEne, diz pro tio que qui aconteceu? - Questionou ele.
— Eu vi papai batendo na mamãe no quarto e mamãe tava chorandô. e papai e ela tava sem roupa. - disse ela tão ingênuamente, que dei as costas passando a mão em minha testa.
— Eu vou parar de beber porque sás coisa só acontece quando eu tô bebo. - disse Ian olhando para meu Zé. já eu me virei para ver a situação e Ian voltou a falar com ela.
— E o que teu pai disse pra tu oque era?
— Olha essa conversa não é pra você ter com ela Ia-
— CALAAAAAAAAAA a boca que eu tô falando com o pingo de gente aqui, não me interrompa. - Disse ele bem alto, fazendo barulho, e então voltou a falar com ela. — diz princesinha do titio.
— Ele só mandou eu ir mimi.
— Certo.. xá eu ver...- ele começou a se coçar, parecendo pensativo, passando a mão na nuca e se agaixou bem. — Josi, teu pai e tua mãe tavam brincando, uma brincadeira de adulto, que só adulto pode fazer, que só adulto casado pode fazer, ce me entendeu bem?
— Brincadeira de adulto? - questionou ela, já eu e Zé olhavamos preocupados.
— É, brincadeira de adulto, e se algum adulto tentar fazer a mesma coisa com você, você grita pra sua mãe, entendeu?
— porque? - questionou ela novamente.
— Porque é de adulto e casado, só tem acesso a essa brincadeira quem casa na igreja, igual a teu pai e mãe, e se algume tentar furar essa regra, com tu. tu tem que falar pra sua mãe imediatamente, e pro teu pai. entendeu? - ela moveu a cabeça positivamente, e eu fiquei chocada. não era a forma certa de se explicar, mas foi a forma que a fez não questionar mais pela aquela noite. e por aqueles dias. Ian então abraçou ela bem forte.
— tu é a unica mulher que presta nesse mundo,
— e mainnha? - perguntou ela, e Ian me encarou.
— É...tua mãe também, agora dá licença que o tio do ano vai vomitar. - disse ele soltando ela. e então eu fui a colocar na cama.
— Josi? - falei carinhosamente, e ela então puxava o cobertor para cima dela.
— Mama ta brava comigo?
— Num to não, so entenda que mainha e painho se ama muito, e que seu pai nunca bateu em mim, e num vai bater, aquilo..era so brincadeira nossa, como Ian disse viu? só de adulto, e que criança num pode fazer nunca. só quando ficar adulto e casar. ta bom?
— Ta bom mamãe...ta bom..-falei e ela me abraçou e então eu me deitei na cama com ela a acalmando, acariciando seus cabelos castanhos, entrelaçando em meus dedos, eu só a queria nninar e a fazer muito carinho para que dormisse com paz no coração.