Praia do mel

951 Words
O local que seria residência deles era em um lugar bonito. Haviam quatro ranchos que faziam divisa entre si, o rancho de Marco, o de Rodolfo, o da família de Pedro que em uma época fez parte do rancho de Marco, e agora o rancho do próprio Pedro. Pedro tinha construído uma espécie de apartamento terrestre em seu rancho, a casa dos antigos moradores era escura e Potira odiou a construção, era uma espécie de casarão com dependências grandes, mas sem claridade e sem nenhum calor. Ele morava na casa da mãe, mas tinham decidido que queriam um lugar só deles. Discutiram escolheram a planta do apartamento juntos, e ele passou do papel para realidade. O projeto de decoração foi feito por um sócio de Pedro. Foi assim que o espaço ficou magnífico e tinha a personalidade do casal. O quarto era um local mais rústico, Pedro não gostava de cama cheia de almofadas e com rendas, assim a cama era estilo industrial, feita por encomenda e toda de ferro, com a ajuda de Helena, Potira fez um enxoval mais básico e neutro. Queria que Pedro olhasse para o quarto e para os outros ambientes da casa e gostasse também. Montaram um closet estilo industrial e aberto, Potira adorou o resultado, tudo era autêntico. E o antigo casarão estava sendo transformado em um clínica veterinária, poderia trabalhar de maneira autônoma e cuidar dos cavalos que tanto gostava, podia cuidar de animais de pequenos portes de igual maneira. Poderia ser feliz, só precisava fazê-lo falar. O apartamento térreo era a casa que sonhava, agora precisava descobrir qual era o problema real do marido. Mesmo com todas as questões e dúvidas, Potira decidiu aproveitar a beleza do litoral paranaense, foram até a praia do mel, era um lugar altamente frequentado por turistas e Pedro ainda não conhecia. Ele dirigiu até a praia sob o comando dela, que conhecia bem o caminho, ela adorava o lugar, Raíra e Helena também, mas Estefano odiava porque Helena vestia biquíni, o amor deles só havia aumentado e ciúmes do cunhado dela por sua irmã também. Ao descer do carro, Potira se livrou das sandálias e correu pela praia, era fora de temporada e o local estava praticamente vazio, ao se virar ela observou o marido. Agora ele estava só de calção, a pele mais escura brilhava sobre a claridade do local. Desejava estar nos braços dele, saber como era ser a mulher de Pedro realmente, estava mais que curiosa para saber se ele era mais delicado, mais firme, ou mais rude na cama. Ele tinha uma aura de mistério e desejava desvendar cada um desses segredos, mesmo de maiô Potira se sentiu quente. E ele percebeu, mais uma vez se perderam no olhar um do outro. Potira aproveitou para se aproximar e roubar um beijo, Pedro a puxou para areia, mas não colou o corpo no dela, pelo contrário. No entanto, Pedro ansiava por beijá-la sem reserva , se perdeu naquele momento, esfregou a barba no rosto dela e viu a pele clara ficar vermelha. A observou de olhos fechados, a pele, o corpo , o maiô era vermelho. A desejava e a excittação começou o dominar, não era o momento, muito menos o local adequado. Felizmente, percebeu em tempo o que fazia, se levantou e pulou na água, era muita tentação para resistir, mas não podia, não ainda. Potira sentiu a solidão assim que ele se levantou, se sentou. Se sentiu rejeitada, lágrimas brilharam em seus olhos. Deitou na toalha para pegar sol, o litoral paranaense não tinha aquele sol escaldante característico dos outros estados brasileiros, aquilo era bom, pois a pele dela tinha facilidade em ficar ardendo, abriu o zíper do maiô para aproveitar o sol. Quando Pedro voltou , jogou uma toalha nas costas dela. _ Não vai fazer topless, nem em sonho, Potira. A praia estava quase vazia, mas ela decidiu provocar, estava chateada com a rejeição dele. _ Não me quer, talvez outro queira o que você não gosta. _ Não vá por esse caminho. Não se trata de não querer você. Escondo coisas e precisamos conversar primeiro. Ela se sentou usando a toalha para proteger os seiios. Ele a ajudou a organizar as alças e fechar o zíper. Não permitiria que ela fizesse um topless, a beleza pálida seria somente dele. _ Vamos até a gruta e depois vamos almoçar. A noite levaria uns documentos para um sócio assinar. Era a finalização de uma negociação arriscada , mas que tinha dado bons frutos. A gruta das encantadas era magnífica, uma verdadeira beleza natural, Pedro e Potira caminharam de mãos dadas, a gruta estava localizada em uma espécie de ilha, na ilha não havia ruas, somente trilhas. Tinha uma lenda por trás da gruta, de acordo com a lenda a gruta era o lugar onde lindas jovens encantadas apareciam durante a madrugada, cantavam e dançavam nuas, mas pobre do que homens que escutava o canto das sereias, acabavam mortos no fundo do mar. O ambiente parecia realmente encantado, e ele baixou a guarda, ela quase se esqueceu dos problemas e barreiras erguidas por ele. Aproveitaram para trocar beijos enquanto caminhavam. Quando Potira se cansou, partiram para o carro. Encontraram um lugar que servia peixe na brasa, pararam para almoçar no local. Pedro observava a beleza diferente dela, as sardas estavam mais aparentes pelo contato com o sol, e o cabelo solto ao vento. Sorriu para ela. Depois foram caminhar pelo shopping, Pedro não entendeu muito a lógica daquele passeio, já que tinham shopping no Texas, mas dirigiu assim mesmo. Ela não tinha feito um chá de lingerie, mas ia comprar algumas peças ousadas, testaria os limites do marido. Ela também sabia provocar.
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