Barão narrando.
Meu corpo inteiro gela. O meu coração dispara, e se eu não estivesse descontando toda a minha tensão no copo de vidro, é certeza que ele já estaria se despedaçando no chão. Merd@, merd@, mil vezes merd@! Eu não deveria ter vindo para essa merd@ de bar, muito menos para essa merd@ de país. Achei que essa porr@ de mundo fosse maior, mas estou vendo que não, e está sendo da pior forma. Meus olhos estão vidrados no da Pérola. A mão dela continua pousada em meu ombro, porque parece que ela também está tão paralisada que m@l consegue retirar a sua mão do meu ombro.
Pérola: Barão? O que você tá fazendo aqui? – A sua pergunta é um pouco seca. A voz da Pérola mudou, consigo perceber isso mesmo com essa música idiot@ estrondando no bar.
Barão: Tira a mão de mim – Eu meio que rosno, tirando a sua mão do meu ombro. Não queria, mas o toque da Pérola me intimid@. A única maneira que eu vejo de sair desse bar sem leva-la para casa é a tratando m@l, essa tática nunca
falha.
Pérola: Você respondeu a minha pergunta! – Pérola contesta, me olhando totalmente confusa – Você... Deixou o Brasil? Por qual motivo? Aconteceu alguma coisa?
Enquanto a Pérola me enche de pergunta, eu me apresso. Desço do banco e tiro uma nota de 20 euros do bolso. Praticamente jogo em cima da bargirl e começo a me retirar do bar. A Pérola está vindo atrás de mim, e incrivelmente consegue me parar no corredor do bar, segurando os meus braços. Ela sabe que não tem forças para mim, e eu que só com um empurrão eu poderia derrubá-la, mas eu não vou fazer isso.
Pérola: É sério mesmo que você vai me ignorar depois de tudo? Você poderia ter ao menos empatia com tudo que aconteceu comigo. Será que você sabe o significado dessa palavra?
Barão: Sem sermão, Pérola. A gente não tá no Brasil, c*****o! Você tá me deixando nervoso.
Pérola: Eu fiz apenas uma pergunta, cara. Uma pergunta! Custa alguma coisa você me responder? Eu não mereço uma reposta depois de tanto tempo longe de você? O que tá acontecendo?
Mais uma vez, eu a ignoro. Dou as costas e saio do bar, sem lhe dar ouvidos. Estou prestes a entrar no carro, quando a Pérola me chama pelo nome. A sua voz sai tão fraca e aflita que em faz olhar para trás. Seus olhos lacrimejados e o seu olhar de sofrimento me tocam. Ela está aqui, bem na minha frente. Não posso ser tão cov@rde assim. Não posso agir como se ela não fosse a dona dos meus pensamentos todos os dias.
Barão: Entra nesse carro agora, Pérola. – É a última coisa que eu falo, até ela correr até mim e o Maykon dar partida até a casa.
O caminho foi totalmente silencioso. A única coisa que eu ouvia era os resmungos da Pérola, que estava sentada no banco de trás, ao meu lado. Ela parece não acreditar que estou aqui, e agora que eu inventei de trazê-la, tenho certeza de que vou ter que contar tudo, do começo ao fim, só assim para ela realmente se acalmar. Não sei se fiz a coisa certa trazendo-a, mas sei que não iria ficar em paz sabendo que a deixei largada naquele bar, sem dar ao menos uma explicação barata e pouco convincente.
Maykon: Chegamos. Se precisar de alguma coisa, é só me chamar.
Barão: Demorou, Maykon. Por hoje é só.
Maykon: Certo, boa noite.
Pérola e eu saímos do carro. Ela fica ao meu lado enquanto eu abro a porta. Percebo que está se encolhendo de frio. Ninguém mandou ela usar esse pedaço de pano nesse frio que está fazendo. Vestido em um bar cheio de zé ruela. Só de imaginar que ela pode ter ido naquele bar mais vezes vestida desse jeito, já me sobe uma fúria. Não quero pensar nisso agora, nós acabamos de nos reencontrar, mas fica difícil olhar para essa roupa e não pensar o que muitos homens pensariam dela.
Pérola: Licença – Ela fala assim que entra, e logo retira os saltos, os deixando no tapete – É aqui que você tá ficando?
Barão: É. Cheguei ontem. – Respondo, tirando o casaco e o jogando no sofá. Automaticamente, os olhos da Pérola percorrem a minha camisa, que marca bem os meus músculos e o meu abdômen. – Quer um babador?
Pérola: Eu que te pergunto, ou você acha que eu não percebi você me olhando?
Ela tem razão, e eu olho novamente para o seu corpo, só de desaforo. A Pérola é maravilhosa. Linda, completamente atraente e cheirosa. Eu me amarro demais. Vai ser difícil não a levar para a cama hoje. Meu p@u parece já estar saltitando da calça só de sentir a presença dela. Essa mulher realmente mexe muito comigo, como ninguém nunca mexeu.
Barão: O que você estava fazendo naquele bar?
Pérola: Tinha acabado de chegar, fui visitar o local. Estava sozinha, só queria me distrair. Não aguentava mais ficar em casa com a cabeça ainda no Brasil.
Eu me jogo no sofá e a Pérola se senta ao meu lado. Ela está com as pernas cruzadas, e encaro o chão. Estava agora há pouco me encarando, mas chega perto e não tem mais coragem. Vai entender. Ela está calada, provavelmente me esperando falar. O problema é que parece que estou travado. Estou nervoso só por estar ao lado dela, e isso me incomoda muito. A Pérola tem um poder sobre mim que eu odei0, porque quero ser estar no controle de tudo e todos, mas isso muda quando ela se aproxima, porque eu perco totalmente a minha postura.
Barão: Tá rolando guerra entre as favelas lá no Brasil – Começo, tomando coragem para falar.
Pérola: O que? – Ela está espantada, e eu até entendo – Não me diga que tem a ver com...
Barão: Não, pode relaxar. Não tem nada a ver com o Jorge Turco e a m0rte do General, ninguém nem lembra mais disso, praticamente – A Pérola solta o suspiro mais aliviado que eu já vi – A guerra tá sendo entre a Rocinha e o Vidigal.
Pérola: Puts! Achei que esses dois fossem aliados.
Barão: E eram, isso que f0deu ainda mais com tudo. Enfim, eu me aliei ao Vidigal.
Pérola: Você comprou a brig@? – Seus olhos estão arregalados, e eu apenas assinto com a cabeça – Barão, você não deveria ter se metido em encrenca. Cara, você nem gosta de ter seu nome na boca do povo. Isso foi um tiro no pé.
Barão: Pô, Pérola, o Coringa veio me pedir ajuda. É ele que resolve todas as paradas pra você quando eu peço. Não poderia neg@r um reforço de armamento e soldados. Ele poderia deixar de mandar dinheiro por conta de terceiro, de resolver as paradas do documento... Tudo que você pede ao Mochila, é praticamente o Coringa que resolve. Ele é cria do Vidigal, eu tive que ajudar de alguma forma, e entrei com tudo na guerra
Pérola: Meu Deus! – Pérola passa as mãos pelo cabelo e suspira fundo. Ela abaixa a cabeça, mas logo levanta.
Barão: Eu tenho que derrubar o Amarelão, assim que eu vou voltar pro Brasil.
Pérola: Oi? Barão, nós estamos falando de um chefão.
Barão: Coé, tu não confia na minha capacidade de ir lá e derrotar aquele otári0?
Pérola: Confio, claro que eu confio, mas é que... Isso é muito perigoso.
Barão: O Amarelão tá atrás de mim, por isso eu vim pra cá. Vou ficar por pouco tempo, até ele se cansar. É aí que eu volto e acabo com a raça dele. Não achei outro lugar melhor que aqui, já que os caras rapidinho conseguiram a documentação e os caralh0s, eu só não queria isso – Aponto para nós dois.
Pérola: “Isso” o que? Tá dizendo que não queria me encontrar aqui?
Barão: Sim, Pérola, não queria. Falando nisso, você nem deveria estar aqui. Tua sorte é que eu não teria coragem suficiente de te deixar naquele bar sendo cercado por um monte de macho – Pérola revira os olhos, odei0 quando ela faz isso. – Agora que tu já sabe o que rolou, já pode voltar pra casa.
Pérola: Eu não vou sair daqui.
Barão: Tá achando que é casa da mãe Joana? Se não sair por bem, vai sair por m@l. Tu que decide.
Pérola: Você não teria coragem de me expulsar daqui. Nós não somos dois desconhecidos, você deveria parar de agir como se não se importasse comigo. Tá estampado na sua cara, ok? Não precisa pagar de superado, eu sei que não me esqueceu. Eu sei que provavelmente não consegue dormir – A interrompo.
Barão: Cala essa boca, Pérola. Você não sabe de nada da minha vida já faz uma cota.
Pérola: Eu sei que você pensa em mim todos os dias, porque eu também penso em você. Penso muito, não é pouco. Você acha que foi fácil me recuperar depois de tudo aquilo que aconteceu? Eu fui muito machucada, não só por você, mas por um bando de gente ru1m que passou pelo meu caminho. Você sabe disso. Você sabe o quanto foi turbulento e o quanto eu fiquei m@l. Eu vim acabada pra cá, com o coração na mão. Por mais quebrada que a minha alma tivesse, eu me sentia m@l por ter te deixado pra trás, sozinho, sabendo que você também precisava de cuidados, apesar de tudo. – A essa altura, Pérola já está desabando no choro – Me diz que pelo menos você seguiu os meus conselhos. Tá se cuidando?
Barão: Para de chorar, cara. Não tem motivo pra tu tá chorando. Eu tô tomando um remédio que tá me ajudando, eu procurei ajuda, como tu falou. Eu tô bem, Pérola.
Pérola: Eu vejo nos seus olhos que você não tá bem coisa nenhuma. Eu também não estou. Todos os dias eu busco algo novo pra suprir o vazio que você deixou. Acredite se quiser, mas você faz sim muita falta. – Pérola funga e enxuga as lágrimas, se recuperando do choro.
Barão: Você também faz, muita falta – Eu respondo baixo, mas acho que ela escutou.
Abaixo a cabeça e sinto a mão da Pérola no meu pescoço. Suas unhas arrepiam a minha nuca e não demora muito para eu sentir o seu corpo grudado nas minhas costas. Pérola deposita a cabeça no meu ombro, e eu faço a caridade de lhe puxar para a frente pela cintura, a posicionamento no meu colo e a envolvendo nos meus braços. Pérola afoga o rosto no meu peito e a minha única reação é senti-la. Sentir a paz que ela transmite. Sentir o cheiro do seu xampu e o seu perfume que eu tanto senti falta.
Pérola: Eu achei que nunca mais fosse viver isso. Parece um sonho poder te encontrar aqui, longe de toda aquela bagunça.
Barão: “Nunca” é uma palavra muito forte. Eu também te desejo, todos os dias, mas é o melhor é que a gente viva longe um do outro.
Pérola: Talvez você esteja errado nisso – Ela diz, levantando a cabeça e olhando nos meus olhos, dessa vez – Você tá melhor agora, até a sua voz suavizou um pouco.
Barão: Suavizou?
Pérola: É, suavizou. Você não tem todo aquele ódi0 de antes, isso já é um passo muito grande. A gente pode sim tentar, e pode sim dar certo. – Acho que estou em sentindo bem em ouvir da Pérola que eu posso ter mudado para melhor. Ninguém reparou nisso, só ela. Suas mãos tocam suavemente o meu rosto e eu encaro os seus lábios. Eu quero muito. – A quanto tempo você não faz isso?
Barão: O que?
Pérola: A quanto tempo você não olha para os lábios de uma mulher e os deseja?
Barão: Desde que você foi embora – Respondo, com toda a minha sinceridade – O meu primeiro e último beijo foi com você.
Pérola: A gente tem a oportunidade agora de desfazer aquele beijo como “último”. Ele pode deixar de ser último agora. Podemos renovar. Eu não aguento mais olhar para a sua boca e não te beijar.
Como eu já esperava, os lábios da Pérola invadem os meus em questão de segundos. Ela beija com uma vontade tão grande que eu já não sei qual dos dois estava com mais saudade. A minha língua passeia, e eu exploro cada canto da sua boca macia e refrescante. Minhas mãos estão prensadas na sua cintura, a puxando cada vez mais para mim. Já estou tão e******o que nem sei. Pérola mexe o quadril, sentindo o meu p@u extrapolando de tão duro.
Pérola: Eu quero te sentir – Ela sussurra no meu ouvido, após pararmos o beijo por falta de ar.
Barão: Já não aguentava mais passar tanto tempo sem comer tua bucet@. Desce e mostra que essa boca também chupa gostoso igual beija.
Estou cheio de tesã0, e um sorriso safado brota nos lábios da Pérola assim que eu lhe falo isso. Ela desabotoa a minha calça e tira junto com a minha cueca. O meu p@u pula para fora e ela cai de boca, chupando como nunca. Consigo senti a vontade que ela estava de fazer isso, pois parece uma carente de pic@. Hoje à noite não vai faltar pic@ para ela, isso eu garanto. Assim que goz0 na sua boca, a puxo para cima de mim com uma só mão. A deito no sofá e me abaixo, encaixando a minha boca na sua x**a. Suas mãos puxam o meu cabelo com força e a sua voz ecoa na sala, gemendo e deixando claro o quanto necessitava da minha língua aqui, fazendo horr0res. O líquido quente e doce escorre e eu não perco a oportunidade de tomar o mel que só a Pérola tem.
Barão: Gostos@ do caralh0! – Digo, tirando o pedaço de pano do seu vestido e logo em seguida a sua lingerie. Pérola tira a minha camisa com veracidade e suas mãos percorrem o meu abdômen. As minhas, estão perdidas nos seus sei0s e nesse corpo escultural. A levo para a cama e a coloco de quatro. Sua bucet@ está molhada e piscando, pronta para receber o meu p@u. Vou na pele, sem caminha.
Pérola: CARALH0! – A Pérola grita, enquanto eu estoco forte.
Enrolo o seu cabelo na minha mão e puxo, escutando-a gemendo alto o meu nome. Nada supre isso daqui. Ninguém vai fazer eu sentir tanto prazer como eu sinto com a Pérola. Nem seu sei explicar, só sei que eu me sinto no paraíso agora. Parece que estou nas nuvens, e nem eu sabia que precisava tanto assim disso, até sentir a tranquilidade que me passa quando o meu p@u está esfolando a sua bucet@. Essa mulher é de outro mundo. Feio justamente para governar ou f0de a minha vida, ou os dois. Eu realmente necessito dela.