Capítulo 2 - Prazer, sou um "Anjo da Morte".

2309 Words
A vida é tão cíclica, e mesmo assim insistimos em cometer os mesmos erros, cientes que obteremos os mesmos resultados. Erros que são recorrentes, as escolhas menos assertivas. Insistimos em desperdiçar o que temos de melhor “La vita”. Para muitos a vida é simples e passageira, para outros é complicada e um constante desafio. Há ciclos que precisam ser encerrados. Já quis vivenciar ambas as experiências, porém isso não é permitido a mim, não quando se é predestinado a governar. Não que eu esteja reclamando, pelo contrário, reconheço o quanto sou abastado, como diz o Nicolas “Sou um filho da p**a de sorte”. No final, tudo se resume a nascer, crescer e morrer. Todos morrem cedo ou tarde. E alguns malditos até recebem uma ajudinha minha para cair nas mãos da morte. Confesso que estou em contato constante com a morte e há muito tempo não a temo mais, na verdade, acho até que somos grandes amigos, o que chega a ser engraçado. Somos amigos de verdade que muitas vezes andam lado a lado. Não pense que sou um monstro, gosto de dizer que sou “instrumento da morte” para seres miseráveis e imprestáveis. Já que estou falando sobre mim de maneira tão íntima, me permitam apresentar-me melhor. — Prazer, sou Ângelo Marino! Sou um investidor e para muitos sou apenas um bilionário que faz boas escolhas, sou um homem complexo, existem dois de mim, e particularmente gosto do meu outro eu. Não crie fantasias ao meu respeito só porque tenho um nome um tanto angelical, puro e belo. Meu nome reflete a personalidade da minha mama. A mulher mais incrível que conheci, que me amou infinitamente. O nome que melhor me define é o codinome pelo qual sou conhecido na máfia Marino e em outros tantos lugares do submundo. — Prazer, sou o “Anjo da morte.” Tenho 25 anos muito bem vividos, já vivi experiências que muitos nem sequer conseguem imaginar, mesmo os nascidos na máfia. Sou alto, tenho 1,90 de altura, cabelos pretos e olhos negros como a noite, corpo atlético, pois me exercito muito, devido a minha vida, faço treinamentos frequentemente, além de praticar lutas marciais. É surpreendente o que um corpo bem treinado é capaz de fazer e suportar. Vaidade? Sou extremamente vaidoso, gosto de estar sempre bem vestido, perfumado e com o cabelo penteado, mantenho minha barba sempre bem tratada, pois segundo o Nicolas, que é o meu braço direito, fico com ar mais sombrio e também por que me deixa mais charmoso. Sei que sou um homem atraente e gosto de usar e abusar desse meu lado sedutor. Adoro jogos de sedução e sou um especialista na arte do prazer. Mas em breve todo esse meu conhecimento será usado apenas com a minha esposa, a minha Dama. Percebo a presença do Nicolas no corredor a me observar. — Nicolas! Podemos ir? — O pergunto sem lhe direcionar o olhar ainda. — Sim Dom, está tudo pronto. — Ótimo. Não sou um homem de muita conversa, sou sempre objetivo e direto, só estabeleço longas conversas quando é estritamente necessário ou quando estou a sós com o meu pai, com meus homens de confiança e com o meu amigo, parceiro e conselheiro Nicolas. E ele sabe disso. Saio do meu escritório na sede da máfia, após desligar as luzes, faço um sinal com a cabeça para o Ricardo, um dos meus homens de confiança que logo entende e se aproxima para trancar a porta e me desejar uma boa noite. Ninguém entra no meu escritório sem a minha presença. Como sempre apenas o agradeço com um balançar de cabeça e sigo pelo corredor atento a tudo, chego ao elevador e encontro mais 2 dos meus homens (Mattias e o Lucca). Tenho uma relação de fidelidade com os meus homens, a nossa confiança e respeito foram construídos ao longo dos anos, alguns me acompanham desde que era uma criança, herdei eles do meu avô e do meu pai, outros cresceram juntos comigo ou conheci logo que iniciei meus treinamentos aos 7 anos. Ando sempre com 10 ou 12 dos meus 15 homens de confiança. Pode parecer exagero ter tantos soldados me acompanhando, porém não sou descuidado em relação a minha segurança em nenhum momento da minha vida e quer saber o porquê? Porque a vida é um ciclo que tende a se repetir e não vou permitir ser atacado ou pego desprevenido por inconsequência. Já vivi essa experiência e paguei um preço alto demais. Mesmo que ainda não fosse ainda o Dom, me sinto responsável pelo que aconteceu. — Dom, vamos sair hoje à noite? Boate, cassino ou restaurante, o que escolhe? Nicolas me pergunta enquanto mexe no seu celular, sei que ele está acompanhando as imagens de satélite da nossa rota. Ele é sempre muito precavido. — Não! Ele me olha surpreso, com uma ruga de dúvida. Então explico. — Hoje vou trabalhar no escritório de casa. Avise aos homens e redirecione minhas escoltas, estenda o perímetro de proteção, hoje não quero ser atrapalhado por nenhuma ocorrência. Falo da maneira mais clara, pois não admito me sentir inseguro dentro da minha própria casa. Claro que tudo pode acontecer, por isso sempre mantenho a minha segurança e a de minha família em nível altíssimo como se estivéssemos em guerra, o que não deixa de ser nossa realidade. Dentro da minha mansão mantenho câmeras em quase todos os cômodos gravando em áudio e vídeo 24 horas. Antes que se perguntem se até nos quartos e banheiros, adianto que nos banheiros não porque esses ficam nos quartos que possuem câmeras. Apenas o Nicolas e eu temos acesso e gerenciamos essas imagens. E podemos desligá-las se for necessário em algum momento. Chego a minha propriedade, e vejo meus homens em seus postos, comprimento alguns com um aceno de cabeça. Observo Nicolas passar as minhas instruções aos chefes de segurança, sim tenho mais de um, alguns na verdade já que esse trabalho é contínuo, 24 horas por dia. Assim que entro na minha residência respiro mais aliviado, falo com Roger que estar ao meu lado. — Está dispensado, Grazie! — Agradeço. E depois é a vez de falar com o Nicolas. — Nicolas, espero você para jantarmos dentro de 1 hora, meu amigo. — Coloco a minha mão em seu ombro e dou-lhe um aperto suave, ele sorri e balança a cabeça em negação. Somos assim inseparáveis, na rua ele é meu conselheiro, dentro de minha casa meu amigo, melhor amigo, o tenho como um irmão. Subo para os meus aposentos, adentro ao banheiro e sigo direto para uma ducha fria, depois resolvi relaxar na minha banheira fumando um charuto. Perco-me outra vez em meus pensamentos. Sou o Dom fazem 6 anos, não posso reclamar uma vez que nasci e para isso, fui treinado minha vida inteira e sempre aceitei o meu destino, sempre quis isso. E o principal ensinamento que aprendi com minha mãe, é que as leis da máfia não são negociáveis, por isso não sou um mafioso patético que fica reclamando das suas obrigações uma vez que adoro os benefícios de ser um mafioso. Dentre essas leis está a que tem me feito pensar tanto ultimamente, a lei do casamento. Todo mafioso Dom deve se casar, de preferência antes dos 25 anos, para as mulheres os casamentos na máfia ocorrem entre os 18 anos até os 21 anos, porém poucas são as contempladas que passam dos 18 anos. E por que estou pensando nisso? Porque já completei 25 anos a alguns meses, e ainda não estou casado. Não porque me negasse a casar nem nada do tipo. Sou prometido desde os meus 18 anos. Meu pai julgou ser melhor assim, uma vez que tinha algumas pretendentes para mim, entretanto elas ainda eram pré-adolescentes quando me tornei Dom. Logo meu pai determinou que eu esperasse as moças fazerem 18 anos e ele escolheria minha esposa de acordo com os interesses da máfia. Nunca me importei muito com isso, apenas exijo que ela seja saudável, bem educada e instruída nos assuntos da máfia e em suas obrigações, sei que devo gerar herdeiros. Sim no plural, pois essa vida de mafiosos é muito perigosa. E algumas vezes o Dom morre cedo e o caos se instala se o herdeiro ainda não tiver idade mínima para comandar, que é 13 anos. Ou pior se o herdeiro morrer e não existir outro na linha de sucessão, por isso casamos “cedo”. É quase como nas monarquias, só que na máfia outros parentes não podem assumir a não ser que um golpe aconteça, uma traição, enfim um derramamento de sangue. Confesso que preferia que meu herdeiro já estivesse no mundo com 4 ou 5 anos. Mas meu pai acredita que meu comando será mais duradouro que o dele e então não terei problemas quanto ao meu herdeiro. Espero que ele esteja certo. E para que isso aconteça sou o mais justo que consigo, valorizo cada um dos meus soldados e suas famílias, esse é o legado do meu Avô, ser um Dom justo e que valoriza aqueles que arriscam suas vidas todos os dias lado a lado com o Dom. Não admito traição, costumo punir as falhas que às vezes meus homens cometem, porém não saio por aí matando meus homens. A morte é só para os casos de traição à máfia. Reconheço que com a proximidade do casamento começo a ficar curioso a respeito da minha prometida. Nunca a vi, na verdade nem sei o seu nome, meu pai apenas me mostrou umas fotos de algumas meninas a pouco mais de seis anos e me disse que uma delas seria a minha esposa, eram bonitas, lembro que havia uma com os olhos azuis mais belos que já vi na vida, e cabelos negros. Muito bela. Porém todas elas eram apenas crianças. Há três anos ele me disse que já havia escolhido a minha noiva desde que fiz dezoito anos. Não me importei muito com isso. Tenho certeza que o meu pai tem total interesse na minha felicidade, ele até aceitou sem questionar quando criei a regra dos três metros de distância que qualquer homem deve manter da minha noiva, apesar de achar exagero ele nunca me questionou a razão desse pedido. Confio que o meu pai tenha feito uma boa escolha e tenha considerado as minhas condições, preciso sentir t***o para fazer os meus herdeiros e ela precisa ser saudável para aguentar o processo de tentativas, pois não sou um moleque, tenho um apetite s****l absurdo. Por esse motivo o Nicolas perguntou se hoje iríamos sair. Quando não estamos em missão ou resolvendo os assuntos da máfia estamos sempre em busca de mulheres para nos satisfazermos, não transo com prostitutas. Quer dizer, não tenho nada contra elas, não é orgulho ou coisa parecida, entretanto, eu só não busco prazer em mulheres que são obrigadas ou pagas para fazerem aquilo, além do que minhas qualidades físicas me permitem ter sempre mulheres lindas e dispostas a me darem prazer onde quer que eu vá. Então não transo com mulheres que eu precise pagar por isso, que estejam em prostíbulos muitas vezes contra a sua vontade, ou por qualquer que seja o motivo. Se sentir o desejo de estar com uma mulher, duas ou três, vou a uma boate, restaurante, exposição de arte, baile, congresso, enfim lugares onde encontro as mais belas mulheres. Apesar de que, isso vai mudar assim que me casar, uma vez que outra lei da máfia é a fidelidade, tenho que ser fiel a minha esposa, aquela que irá gerar os meus filhos. Quanto a isso não tenho problemas, desde que ela seja gostosa e obediente para aprender tudo que vou lhe ensinar em nosso quarto, não terei necessidade de ter outras, porque claro que mesmo com essa lei o adultério existe, só o preço a se pagar por ele caso seja descoberto que é caro demais. Já que é a própria morte. Contudo como sou o Dom tenho privilégios que poderei utilizar caso queira ter outras mulheres sem precisar arriscar minha vida por tal ato. Como no período em que minha esposa não puder me satisfazer devido ao seu resguardo ou questões de saúde, poderei t*****r com outras mulheres desde que seja de conhecimento do conselho e essas mulheres não apresentem risco de gerar um bastardo. Isso é muito machista, contudo evita que alguns desgraçados violentem as suas esposas no período após o parto, pois casos como esses já aconteceram e algumas vezes até levaram a morte das mulheres em consequência do “estupro” sofrido. Não sei dizer ao certo se farei uso desse meu privilégio. Quase nunca fiquei mais de 5 dias sem sexo, exceto quando estava em treinamento ou estou em missões secretas, por que se for em viagens de negócios sempre busco unir o útil ao agradável. Entretanto a fidelidade e lealdade são muito importantes para mim e não me vejo traindo a mãe dos meus filhos. Dentro de alguns dias conhecerei a minha noiva e dias depois me casarei. Espero em pouco tempo já estar à espera do meu 1° herdeiro. Na verdade, desejo encomendá-lo na lua de mel mesmo. Quero muito ser pai, ter meu sucessor e treiná-lo. Sei que da minha parte, tentativas não irão faltar, apesar de saber que nos primeiros dias terei que me segurar, não será fácil para uma virgem me ter possuindo o seu corpo. Já que sou o que chamam de bem dotado e não costumo f********o calmo, gosto de fazer várias posições numa mesma relação s****l e sou exigente. Anseio que a minha noiva também goste. Pois, terei imenso prazer em lhe ensinar. E a minha pergunta ultimamente é, será que a minha noiva é aquela menina dos olhos azuis lindos e cabelos negros?
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD