Ciúmes.

1026 Words
Isabella narrando. Eu estava desesperada, assustada e com medo do que poderia acontecer, porque eu jamais pensei que fosse realmente conseguir a atenção do Martin para mim, ainda mais pelo fato dele ter deixado a Clara de lado para ir atrás de mim e por tudo o que aconteceu depois... Eu saí correndo para o meu quarto segurando o vestido rasgado e tranquei a porta do quarto. Eu encostei na mesma e fui deslizando até sentar no chão frio e sentir um arrepio com o impacto do meu corpo do chão gelado, só assim para controlar tudo o que eu estava sentindo. - Meu Deus... - Eu falei com as mãos no rosto e lembrando do beijo. Eu devo estar ficando louca, ou sei lá... Martin me tocou... eu consegui... eu consegui provocá-lo, mas não consegui ir até o fim. Porquê tão covarde? - Que grande i****a. - Eu falei para mim mesma. Eu precisava de um copo de água, mas e o medo de ir até a cozinha e encontrar aquele homem com raiva de mim por eu ter deixado ele lá?! Eu me levantei do chão e vesti um hobby que estava ao lado da minha cama, ele era um pouco transparente, dava para ver o meu corpo perfeitamente, ainda bem que ele não rasgou a minha lingerie. Eu destranquei a porta devagar e fui andando pelo corredor na ponta dos pés, não queria chamar atenção dele e nem de nenhum dos empregados que com certeza já estavam dormindo. Eu desci as escadas e encontrei a luz da sala acesa, aparentemente alguém tinha acabado de entrar e não me impressionaria nem um pouco se eu desse de cara com a Clara aqui a essa hora. Eu respirei fundo e terminei de descer, ao chegar na sala, dei de cara com o Dan sentado na poltrona, ele estava com uma cara de poucos amigos e tragando um charuto importado. - O que está fazendo aqui? - Perguntei tentando ajeitar o meu hobby e percebi os olhos dele sobre o meu corpo, em seguida ele disfarçou. - Vim ver se estava viva, depois do show que o meu primo deu... - Ele negou com a cabeça. - Imaginei que uma hora dessas você estaria com uma bala na cabeça e o corpo sendo jogado ao mar. Eu dei um sorriso nervoso com o que ele acabou de falar e cocei a garganta para disfarçar. - Ah, não... - Eu ajeitei o cabelo. - Ele me largou no quarto e sumiu... Deve estar dormindo... - Estou bem aqui... - A sua voz grossa ecoou atrás de mim, me fazendo arrepiar. - O que está fazendo aqui a essa hora? - Vim ver como estão as coisas aqui, acabei de dizer isso a Bella. - Dan falou olhando sério para o Martin. - Já viu... agora pode ir embora. - Ele respondeu apontando em direção a porta. - E você, isso é roupa de se usar na frente de estranhos? - Tô indo nessa... - Dan falou se levantando e saindo porta afora. - Não sabia que ele estava aqui, só vim beber água. - Eu falei com a voz trêmula. - Ótimo. - Ele falou indo em direção a cozinha. Eu respirei fundo e fui seguindo ele, mantendo um pouco de distância, não queria que desse choque de novo. Eu ainda estava me recuperando mentalmente do que tinha acontecido à pouco tempo. Cheguei até a cozinha e ele estava montando dois lanches, eu me sentei no balcão de granito e bebi a água que estava no copo, provavelmente ele havia me servido. - Obrigada. - Eu agradeci assim que terminei e quando eu ia descer do balcão, ele parou de montar os lanches e se encaixou no meio das minhas pernas, analisando cada pedaço do meu corpo e em seguida fixou o seu olhar no meu. - Não precisa ter medo de mim. - Ele falou sem tirar os olhos dos meus. - Eu não vou mais te tocar... tudo vai voltar a ser como era. - Vai continuar a me trair? - Eu perguntei com a maior cara de nojo. - Prometo que vou esconder melhor. - Ele falou se aproximando de mim e cheirando o meu pescoço. - Ridículo. - Eu dei um leve empurrão nos seus ombros, para afastar ele de mim. - Seria tudo diferente se você não tivesse cruzado o meu caminho. - Ele rosnou baixo. - Eu vou para o meu quarto. - Eu afastei ele e desci do balcão. - Você sabe provocar quando quer. - Ele piscou e eu revirei os olhos, saindo da cozinha o mais rápido que eu pudesse. Esse cara está louco, só pode... Tanto tempo que nos casamos, ele vive me traindo e agora deu de ter ciuminho de mim com o próprio primo, sabendo que que sempre foi muito respeitoso comigo, até porque eu vivia me escondendo nas roupas que a minha mãe me ensinou a vestir. Se eu realmente tenho todo esse poder de conquista, eu vou até o fim, vou fazer o Martin babar em mim e largar de vez a Clara, mas eu não posso esquecer que eu meu objetivo é apenas me manter viva, já que ele é capaz de me matar e sempre deixou muito claro isso. Eu fui para o quarto e dessa vez não tranquei a porta, não estava mais preocupada com o Martin, ele não ia chegar perto de mim e pelo menos por hoje isso não é um problema para mim, já que amanhã seria um novo dia e eu tinha que continuar com as minhas provocações. Eu me deitei na cama e fiquei fitando o teto e pensando nas últimas atitudes dele e só então eu pensei... Se o Martin mostrou ter ciúmes do Dan, então eu posso usar essa fraqueza para fazer ele comer na minha mão, sem ter que perder a minha virgindade para me manter viva e assim eu consigo me preparar para a hora certa... Eu estava disposta a tudo para me manter viva, até mesmo usar um homem que me ajudou a me descobrir... ele vai entender... ele precisa...
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD