CAPÍTULO 2

1953 Words
 "Ligação on...   - Fala Cücü. - digo.   - Oi diva, tudo bem com você? Eu estou bem também, sabe?!  - ele questiona num acto de repreensão e eu reviro os olhos.   - Estou Cücü, seja directo, estou cansada. - digo e ele suspira.   - Hmm grossa… - reclama e eu o ignoro -  Eu estou precisando de um matéria bombástica para a sua imagem Kim... - ele pede e eu suspiro.   - Eu já estou organizando um desfile, com algumas modelos renomadas e será uma nova colecção, não basta?  - questiono sarcástica.   - Ai Kim! – ele berra frustado. -  Eu quero uma matéria polémica. - ele diz. - Como por exemplo, você e o Bryan Miller casando. - ele diz e eu reviro os olhos.    É com cada coisa que eu tenho que aguentar!   - Eu? Casando com o Bryan Miller? – questiono retoricamente. - Não me faças rir Cücü. - digo.   - Kim, porquê não? O Bryan Miller é o Bryan Miller, porquê não acontecer? - ele questiona e eu reviro os olhos.    - Simplesmente porque eu não quero Cücü. – deixo claro, o fazendo suspirar frustrado.  - Em troca de quê eu faria isso? – o questiono.   - Pensa comigo Kim, você já viu a quantidade de ships que vocês estão recebendo desde aquela matéria que fizeram juntos? - ele questiona, bem, mentira não é. - Vocês são o assunto mais comentado das redes sociais. Se você aceitar isso, meu Deus! – ele grita entusiasmado com as suas próprias paranóias. – Será o auge, o topo, haverá um surto mundial! – Ninguém merece.   - Não Cücü e ponto. Você terá que procurar outra coisa. – digo.   - Ah, tudo bem! Vá achando que o seu não é suficiente para acabar com essa ideia fantástica.- ele debocha, me fazendo revirar os olhos. – Eu vou arranjar um jeito de marcar uma reunião, com aquele pedaço de céu, e você sabe que o Bryan Miller, se mete em tudo que seja vantajoso para ele. – mentira não é. – Quer apostar? – ele questiona.   - Me poupa vai Cücü, não é hora para discutir sobre isso, boa noite. - o despeço.   - Mas… -  ele tenta se opor.    - Beijo Cücü.- digo e desligo.   Um dia sem drama, maluquice ou pessoas carentes é tudo o que eu peço!   Ligação off." Assim que desligo o celular, o deixo na mesa de cabeceira, e deixo escapar um  suspiro, observando o meu tecto.   O Cϋcϋ, tem umas ideias só dele, meu Deus!   Volto a pegar no celular, para mandar uma mensagem para o achometro do Bryan. Decidimos que nos encontraríamos pelas oito horas na House Coffee.   No entanto, aproveitei o meu momento de paz, assistindo às minhas séries atrasadas e comendo.       [•••]       Acordo pelas seis  da manhã, cheia de preguiça e vou ao meu banheiro, tomo meu amado banho, faço a minha higiene o**l diária, de onde vou para o meu closet.   Acendo umas velas aromáticas e coloco uma musiquinha, é uma espécie de terapia que faço todos os dias quando não dá tempo para meditar, ajuda-me imenso com o controle das minhas crises e hiperactividade.   Curto a aura do meu quarto, enquanto me arrumo, opto por uma langerie azul escura de renda e um macacão de tecido kaki da mesma cor que a langerie, de alsa, da minha marca, ele deixa as minhas costas nuas e tem um decote bem abusado na frente, coloco uns  saltos altos brancos e passo ao cabelo, decido fazer um r**o-de-cavalo bem alto, exibindo o volume do meu cabelo, coloco os respectivos acessórios, pego minha bolsa e saio do closet.   Passo um  perfume, pego uma das minhas bolsas, o celular e as coisas básicas e desço, encontrando minha amada governanta.   - Bom dia senhorita! - diz com o seu bom humor habitual.   - Bom dia Diana! – à saúdo.   - Está muito linda! - ela me elogia e eu sorriu em agradecemento.   - Muito obrigada Diana, eu vou tomar pequeno almoço fora, tenho uma reunião agora. – a informo e ela assente, indo avisar ao meu motorist para tirar um dos carros.   Não resisto em levar o palmier da Diana, para ir comendo no carro.   - Bom dia senhorita! – meu motorista me saúda.   - Bom dia Rodrigo! – o saúdo, pegando a chave de sua mão e entrando no carro e como é óbvio pisando no acelerador.    Estou precisando de uma dose de adrenalina.   No meio do caminho recebo uma chamada da Melina - uma agente da FBI e amiga minha.   Ligação on...   - Bom diaaa!- ela saúda praticamente gritando.   - Continuará sendo se você parar de gritar.- digo.   - Hmm grossa. - ela diz e eu reviro os olhos. – Esse mau humor, significa falta de namorado. - ela diz me fazendo rir internamente.    - Seja directa Melina. – digo.   - Ok, ok, ok, descobri uma coisa que acho que te fará feliz. - ela diz e eu sorriu.    - Conta então. - digo.   - Descobri que o David terminou com a noiva lá de Califórnia e parece que voltará para New York, ainda nesses dias.- ela diz e a minha felicidade desmorona em um segundo.   Aquela sensação de perder o ar voltou, e a sensação do mundo estar prestes a desabar diante dos meus olhos.   Me vejo obrigada a usar os mantras para me acalmar.   - Kim? – a Melina chama.   - Eu não quero saber. – por fim respondo, tentando controlar as minhas mãos que começaram a tremer, crise de ansiedade me atacando hoje, era tudo o que eu queria.   - Eu pensei que você gostaria de ficar sabendo, me desculpa. - ela lamenta.   - Melina... - digo tentando me manter mais calma. - Falamos mais tarde, ok? - digo.    - Ok! - ela diz suspirando frustrada. - beijos.- conclui.     Ligação off.   - Argh! - grito de raiva, e não resisto em apertar o volante como se fosse o pescoço dele. Aumento a quatidade de ar do carro, mas parece que fico cada vez mais sem oxigénio.   Não tenho controle do tremor das minhas mãos, e à vontade de me m***r e m***r alguém nesse momento, chega a ser assustador.   Lágrimas de raiva descem pelo meu rosto.   Só noto que a minha velocidade excedeu quando passei o sinal vermelho e quase causei um acidente.   Tem vezes que eu me odeio tanto, mas tanto que chega a ser assustador. Eu não consigo controlar isso, simplesmente não consigo e isso me dá mais raiva.   Só Deus sabe, como eu cheguei ao House Coffee.   Vejo o motorista do recinto, vir ter comigo, então trato de me apressar. Estou cercada de paparazzis, e agradeço pelo facto dos meus vidros seres escuros.   Arranjo-me na força do ódio. Não tem porquê notarem que eu estou em meio a uma crise.   - Recomponha-te, tu és a Kimaya Smith Wray. Está tudo bem com você. – repito o meu mantra tentando me controlar.   Quando o motorista vem abrir a porta do meu carro, e eu pego na minha bolsa tentando controlar o tremor das mãos.   - Bom dia! - diz me encarando com os olhos brilhando de bom humor.    - Bom dia. – respondo tentando não ser rude, pela minha raiva. Mas tudo o que eu quero é que isso termine logo.   - Desculpe a minha ousadia, mas será que poderia tirar uma foto consigo? Sou um grande fã. - ele questiona corado, o que subtilmente me agrada.   - Claro. – respondo, tiro a foto, me esforçando demais para manter a calma quando na verdade eu quero é explodir, após a foto eu me dirijo a recepção. Aqui é o último lugar aonde eu queria estar.   - Bom dia senhorita! – a recepcionista me saúda e eu apenas esboço um sorriso. - o Senhor Bryan já a aguarda. - ela diz e me guia até a mesa, onde avisto o Byan falando ao celular.   As pessoas me encarando em meio a uma crise, me deixa mais nervosa, e sinto que não consigo ter controle do tremor inevitável.      Assim que ele nota a minha chegada trata de tentar terminar a chamada, enquanto eu me sento.   - Bom dia Bryan. – o saúdo deixando a minha bolsa de lado, tentando agir normalmete, porém infelizmente o Bryan me conhece e muito bem e é isso que mais me deixa mais nervosa.   - Bom dia Kimaya. – ele me saúda. - Essa produção toda é para mim? – ele questiona com o seu humor atípico.   - Se isso te consola!- rebato sem ânimo, o que o faz me olhar com aqueles seus olhos penetrantes me analisando.   O garçon se aproxima, me fazendo querer encolher as minhas mãos por baixo da mesa, porém as mãos enormes e quentes do Bryan as cobrem e as apertam, prendendo-às  sobre a mesa. O arrepio que senti foi inevitável.   Mas a vontade que eu tenho é de chorar, eu não paro de tremer, e ele me encarando desse jeito, não ajuda em nada.   - Bom dia. - diz o garçon que fazia questão de não tirar seus olhos de cima do meu decote.   - Bom dia. – o Bryan responde, levantando uma de suas mãos para recusar às ementas. – Pode trazer o de sempre, um café puro para mim e um de chá de camomila para a senhorita. – ele faz o pedido e o garçon assente se retirando.   - Aonde estão os seus medicamentos?- ele questiona.   - Faz algum tempo, que não os uso. – o respondo.   - Se preferir podemos sair daqui. – ele diz prendendo o seu olhar no meu.   E é até divertido de o ver ser prestativo, uma vez na vida. Em outro momento isso até seria divertido.   - Não, está tudo sobre controle. – digo.   - Você está em meio a uma crise Wray, então não, não está nada sobre controle. – ele diz nervoso, me deixando mais nervosa ainda.   O que me fez tirar as minhas mãos das suas, bruscamente.   - Eu disse que eu estou bem, Miller. – digo. – Por favor, prossiga com o assunto da gala. – falo e ele me repreende com o olhar, porém eu o sustento, o fazendo suspirar frustrado e se acomodar mais amplamente, o Bryan é sim muito ataente e está atraindo mais atenção desnecessária por agora.   - A gala de beneficência, tem como objectivo geral, a junção de físicos importantes, para arrecadar fundos para associações de caridade, para as crianças desfavorecidas em países ainda em via de desenvolvimento. – ele explica e eu assinto.   - A comissão da Karina está envolvida, pois foram elas que fizeram a selecção das associações. – ele explica e é por isso que ele estava lá ontem, agora faz sentido.   - Tudo bem, então a sua secretária depois me passa todas as informações de coordenação necessárias. – falo tomando um pouco do chá. – Se quisesse que eu participasse, era só ter feito uma reunião directamente comigo. Não era necessário usar a minha mãe. – debocho, já mais calma, o fazendo rir.   E que risada satisfatória.   - Na verdade minha secretária ia avisar a sua, mas a Karina preferiu fazer a história dela, para ver a filha. - ele diz e eu riu com as artimanhas da senhora Karina.   Ah, minha mãe.   - Seu acessor de impressa ligou para o meu, pedindo uma reunião urgente, do que se trata? – ele questiona degustando do seu café. Eu sei que o Cϋcϋ é louco, mas começo a ficar preocupada agora com a saúde mental dele.   - Eu não sei, ele não me informou. – minto sobre.
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