Com o tempo, a descendência de Cão continuou a crescer e a se multiplicar na terra. Cão, já idoso, permitiu que seus filhos tomassem a frente da batalha em seu lugar. Apesar de já não ser o líder, sua influência e sabedoria ainda eram altamente valorizadas por seus descendentes.
Cão havia deixado muitas sementes em seus filhos, que germinaram e cresceram em seus corpos lobisomens. Essas sementes se multiplicaram, gerando muitos netos e netas, todos tão bravos e valentes quanto o avô que lhes deu origem.
Com o passar do tempo, os netos de Cão se espalharam pela terra e se estabeleceram em várias regiões. Como eram fiéis à missão que lhes foi dada, eles continuaram a lutar contra as forças do m*l e a proteger os inocentes.
No entanto, algo inesperado aconteceu. Os filhos do Criador, que antes haviam se relacionado com as filhas dos homens, agora começaram a se interessar pelas filhas dos lobisomens. Eles viram que essas mulheres eram bonitas, fortes e valentes como amazonas, e escolheram as que mais lhes agradaram em força, destreza e beleza.
Apesar disso, o Criador não se opôs a esse relacionamento, pois sabia que a descendência de Cão era leal e digna. Ele decidiu, então, abençoá-los com uma longevidade sete vezes maior do que a dos homens, garantindo que eles pudessem continuar lutando contra o m*l por muitas gerações.
Assim, a descendência de Cão se tornou ainda mais poderosa e temida por seus inimigos. Eles viveram por muitos anos, sempre fiéis à sua missão de proteger a humanidade e lutar contra as forças do m*l. Mesmo quando enfrentavam grandes desafios, eles nunca desistiam, pois sabiam que o Espírito do Criador estava sempre com eles, guiando-os e protegendo-os em sua jornada.
Naqueles dias, os nefilins haviam desaparecido da terra e, como consequência da união entre os filhos de Deus e as filhas dos netos de Cão, nasceram seres com habilidades sobrenaturais, mas sem a grandeza física dos gigantes. Esses seres começaram a ser conhecidos como "lobisomens místicos" e eram famosos por sua coragem e habilidades especiais.
O Criador observou que a fidelidade dos lobisomens aumentou e seu desejo era sempre combater o m*l. No entanto, os anjos da terra, que haviam tomado esposas dos netos de Cão, começaram a invejar a habilidade e força dos lobisomens místicos. Essa inveja levou à trama para extinguir os lobisomens da terra, o que cortou o coração do Criador que habita nos céus.
O Criador então declarou que seu Espírito iria contender com os anjos da terra para sempre em defesa dos lobisomens místicos, pois eles eram leais e dignos de p******o. Eles seriam agraciados com uma longevidade sete vezes maior do que a do homem e seriam impedidos de viver mais apenas se fossem mortos. Enquanto isso, a vida humana teria um limite de 120 anos.
Com essa promessa divina, os lobisomens místicos se tornaram ainda mais valorizados e temidos por aqueles que desejavam fazer-lhes m*l. Mas, apesar disso, a inveja dos anjos da terra continuou a ameaçar sua existência na terra. Disse o Criador:
- Se tentarem fazer desaparecer da face da terra os lobisomens que geraram ao tomarem as filhas de Cão como esposas, um único lobisomem será necessário para lhes fazerem cair por terra e perecerem. Nesse dia e por causa de apenas um, vocês se arrependerão de havê-los feito.
Com a decisão dos anjos da terra de eliminar os lobisomens místicos, começou uma batalha sangrenta que durou por muitos anos. Os lobisomens, com sua habilidade e força, resistiram bravamente aos ataques dos anjos, mas estes últimos, com seus poderes divinos, conseguiram infligir grandes perdas nos lobisomens místicos. No final, a luta terminou com a vitória dos anjos da terra, e os lobisomens místicos foram praticamente extintos da face da terra.
Com a morte dos lobisomens místicos, o mundo começou a perder seus poderes e encantamentos, e a força que os tornava únicos começou a desaparecer. Com o passar do tempo, apenas lendas e histórias sobre esses seres incríveis sobreviveram, passando de geração em geração.
Enquanto isso, os netos de Cão, os únicos descendentes dos lobisomens originais, continuaram a multiplicar-se na terra e a desenvolver seus poderes. Eles honravam a tradição de seus antepassados e, por causa disso, o Criador continuou a lhes conceder uma longevidade sete vezes maior do que a dos homens. Mesmo assim, eles sabiam que a perda dos lobisomens místicos tinha sido uma grande perda para o mundo, e isso os entristecia profundamente.
Quando se trata de lobisomens místicos, seu senso de dever para com a humanidade é inabalável. Quando questionados sobre como as coisas estão indo, sempre responderão positivamente, independentemente das circunstâncias. Há um caso notável em que um ser humano foi para o inferno e um lobisomem místico o ajudou a voltar, o que se tornou uma das celebrações mais silenciosas do universo. Para esses seres, ser ingrato não é uma opção, pois não há atitude certa ou errada, apenas a ação a ser tomada em benefício dos humanos.
Os lobisomens místicos adoram celebrar a criação e o Criador à meia-noite, antes de velar pelo sono dos humanos. Eles ficam felizes quando são convidados a participar das celebrações humanas ou quando encontram crianças que não têm medo deles. Isso porque, uma vez que se aventuram no inferno pessoal de um ser humano para salvá-lo, voltam com uma perspectiva renovada e um senso de propósito mais forte. Em essência, os lobisomens místicos são criaturas altruístas que se preocupam profundamente com o bem-estar dos seres humanos.
Os lobisomens místicos, apesar de serem descendentes de Cão, reconhecem que os seres humanos são únicos em sua criação, pois foram feitos à imagem e semelhança do Criador. Embora compartilhem algumas semelhanças com os netos de Cão, que se misturavam com os humanos para protegê-los de perto, os lobisomens místicos estão divididos em tribos que possuem características distintas, bem como habilidades especiais que surgiram devido à sua linhagem misturada com a dos anjos.
Enquanto isso, os anjos tramavam um plano que ia contra as palavras do Criador, semelhante aos seres humanos. Enquanto os anjos se afastavam da presença de Deus, os lobisomens místicos se espalhavam pelo mundo, percebendo que não podiam lutar contra o m*l sem se afastar daquilo que dá significado e propósito à sua vida. Para eles, a verdadeira vida consistia em proteger a criação do Criador e viver em harmonia com ela, mesmo que isso signifique se afastar dos anjos e dos humanos.