A liberdade e o seu preço parte 2

1483 Words
O juiz obviamente fez o esperado, ninguém via ali um caso de interdição. Sem contar que Rebeca estava muito bem assessorada por um psiquiatra e um policial atento que Dead estranhamente não interferiu mesmo tendo oferecido a ajuda do psiquiatra. O que Rebeca não sabia é que seus pais tinham uma carta na manga em meio a isso tudo, o dinheiro pode comprar tudo inclusive segredos que pareciam mortos e enterrados não que eu esteja falando sobre Gabriel. Quando a sessão acabou Rebeca pode inspirar a comemoração por alguns segundos antes de seus pais aparecerem. — filha, a gente não queria te expor as coisas horríveis que teremos que te expor para te manter em segurança. Precisamos te levar até o escritório do seu pai, lá eu explico as coisas de forma melhor — Rebeca jurou mentalmente que essa seria a última vez que cairia na conversa sobre amor dos seus pais, mas ela não sabia o que esperar fosse tão assustador. — o homem que você diz estar apaixonada é um e********r — ela esperava ouvir assaltante, p***e e qualquer outra coisa, mas não o que ela disse. — eu sei que é mentira seja lá quem inventou esse rumor — ela diz e quando vê a cena no computador ela amolece como espaguete sabendo que a vítima era ninguém mais ninguém menos que Costa, isso explicava a r*****o dos dois ser estranha. Ela ergueu a cabeça e saiu sem dizer nada, e sua mãe estranhou que ela não tinha pedido colo dela como sempre fazia. Rebeca pegou seus pertences pessoais mais caros e os do marido e foi até as lojas vender tudo a deixando com certo dinheiro para recomeçar. Ela pegou seu carro e dirigiu até o lugar que achou mais pacato sem perceber o nome e viu a casa mais longe de todos perto de um lago e perguntou ao vizinho mais próximo quanto seria para alugar, e disseram que a casa era abandonada e ela fez dela seu lar. Uma mulher que por mais que sempre esteve perto de muitas pessoas sempre se sentiu assim. O ar que Rebeca respirou ao sair do tribunal estava carregado de liberdade, mas esse sentimento se esvaiu quando viu seus pais à sua espera. Com a tensão de uma corda de violino prestes a estourar, ela os seguiu até o escritório do pai, esperando, mas não preparada para o que ouviria. A acusação contra o homem que acreditava amar veio como um soco no estômago. O choque foi amplificado pela prova c***l exibida no computador. A vítima ser Costa só complicava mais a teia já embaraçada de emoções e relações em sua vida. A Rebeca que saiu daquele escritório era outra; uma faísca de determinação brilhou onde antes havia incerteza. Ela estava cansada de ser a filha que sempre corria para o colo dos pais. Com ação resoluta, transformou seus bens mais preciosos em pontes para sua independência. Vendeu tudo, incluindo o que era dos seus pais e do marido. Ao volante de seu carro, guiada pelo d****o de distância e serenidade, encontrou-se em um santuário de calmaria – uma casa esquecida à margem de um lago. Quando os vizinhos contaram que o lugar estava abandonado, algo dentro dela fez clique. Ali era onde começaria de novo. Longe do barulho de um mundo que jamais a compreendeu ou aceitou, Rebeca, agora soberana de sua solidão, começou a sentir o verdadeiro sentido de lar. Enfrentava um futuro incerto, mas finalmente, estava no comando de sua própria vida, pronta para descobrir quem realmente era, longe das expectativas e decepções que costumavam definir seu ser. Em meio a felicidade existia a decepção e saudade também. Ela queria de alguma forma ver que aquilo estava errado, mas nada aparecia. Quando Costa chegou pela primeira vez a seu encontro na porta ela suspirou. — que m***a está fazendo aqui? — ela pergunta e ele dá de ombros — a placa do carro do seu marido morto ajudou. — não tem certeza se ele está morto — ele dá de ombros — a cortina de fumaça que o seu queridinho colocou pode ser difícil, mas não impossível de descobrir. — o que quer dizer com isso? — ela pergunta e ele fica confuso dela realmente não saber — ele está mandando alguém usar o cartão de crédito do seu marido e pagando como se ele estivesse vivo. — eu sei o que ele fez com você e eu juro que eu não sabia, eu sinto muito mesmo — ele dá de ombros — seja lá o que for que você viu não é nem metade da verdade. — por que você não me conta a verdade? — ele se senta — eu juro que um dia eu te conto, mas não quero me desgastar agora sobre isso. — então por que exatamente veio aqui? — ela pergunta e ele olha pensativo — para ver se está bem e te oferecer minha lealdade se me disser a verdade. Rebeca sabia que podia ser presa por dizer a verdade a ele, mas ela se sentia m*l pelo que houve com ele. — fui eu, eu matei o Gabriel, eu não sei onde ele foi enterrado, mas fui eu — Costa quase teve um o*****o múltiplo com a confissão e chegou perto o bastante certo de que iria dar um beijo nela. — nem pense nisso — ele ouve a voz de Dead e revira os olhos enquanto Rebeca fica em choque. — olha quem resolveu aparecer se não é o psicopata da vez. — acho que vou começar a ignorar o esforço que tive para manter você vivo se tentar traçar a minha mulher em um momento de sensibilidade — ele diz e ele começa a rir — eu não sou sua mulher, e ele não ia me beijar! — ela diz e ele olha para o lado. — eu ia te beijar sim — ele admite e Dead chega perto dele — não me obrigue a fazer algo sobre isso. — os dois podem vazar da minha casa agora — ela diz com uma falsa calma. — não devia ter dito a verdade a esse cara, querendo ou não ele é polícia — Dead diz querendo argumentar. — ele pelo menos não é um mentiroso — ela diz e Costa tenta falar. Ela olhou para ele com um olhar misto de desconfiança e tristeza. — Bem, se você não quer me contar agora, então o que é que você quer de mim? — perguntou ela, tentando lidar com as emoções que estavam correndo em alta. Costa suspirou e olhou para ela com um olhar gentil. — Eu quero que você tenha paciência e permita que eu continue com isso por um tempo. Eu sinto muito por todas as coisas que você passou, e eu prometo que eu vou te ajudar a encontrar a verdade e tirar as pessoas erradas da sua vida. — Seria quase romântico se eu não soubesse que isso é apenas para me atingir, eu salvei a sua vida — ele diz e ele o ignora. Ela olhou para ele com um olhar incrédulo. — Como você pode prometer isso? Você mesmo admite que não sabe tudo o que está acontecendo — Rebeca diz também ignorando o homem que ama. Costa Sorriu gentilmente. — Eu não sei tudo, mas eu sei que eu estou aqui para te ajudar e proteger. Eu vou fazer o meu melhor para garantir que você e sua família estejam seguros e que as pessoas que causaram o sofrimento sejam punidas, isso incluindo o mentiroso que vos fala. — eu nunca disse que era um anjo — ele diz e ela rosna — mas nunca disse que era o próprio demônio! Ela olhou para ele por um momento, tentando acreditar em suas palavras. — Bem, se você é sincero, então eu aceito ajudá-lo. Mas se você mentir, eu vou saber e não teremos mais nada a ver — ela diz olhando para Costa que está se sentindo vitorioso. — Sabe, Rebeca eu sempre tive vergonha do que já fiz para me manter vivo. Uma coisa fez com que eu me apaixonasse por você é que somos como baratas. O apocalipse pode chegar mas estaremos aqui em meio a carnificina, eu fiz aqueles vídeos, porém eu os fiz para manter eu e mais algumas crianças vivas incluso o Don Juan aqui. Antes que ele respondesse Rebeca foi mais rápida. — eu aceito a ajuda dos dois, e espero que me conte a verdade o mais rápido possível. Eles começaram a trabalhar juntos, e a cada passo que eles davam, eles se aproximavam mais de descobrir a verdade e enfrentar os responsáveis por tudo o que aconteceu. Mas eles também descobriram que as coisas eram muito mais complexas e sinistras do que eles imaginavam, e que a verdade poderia ser muito difícil de encontrar.
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