A liberdade e o seu preço

1584 Words
Rebeca estava cansada, por mais que o relacionamento com Dead seja algo bom, a pressão que sentia estava a estagnando principalmente quando o advogado a ligou falando sobre a interdição, ela sabia que a melhor coisa era fugir, porém resolveu tentar resolver isso de frente antes de qualquer coisa. Rebeca sentou-se no sofá, tomando fundo em seu relacionamento com Dead e as pressões que a cercavam. A chamada do advogado ainda ecoava em sua mente, e ela sabia que estava prestes a entrar em um confronto que poderia mudar para sempre sua vida. Mas ela não tinha escolha - precisava resolver isso de vez. Ela levantou-se e caminhou até o escritório de Dead, onde começou a preparar-se para o encontro. Sabia que precisaria de todas as suas forças para lidar com o que estava por vir. Enquanto isso, Dead estava na sala de fora, preocupado com a sua parceira e como lidar com a situação. Depois de alguns minutos, Rebeca abriu as portas do escritório e encontrou Dead esperando paciente. Ele perguntou se ela estava pronta para discutir o assunto. Rebeca, tomando um profundo suspirro, respondeu que sim. Os dois se sentaram e começaram a discutir o assunto em questão: a interdição. Dead explicou que havia um caso em andamento e que a interdição era uma medida temporária necessária para proteger Rebeca e o caso em si. Ele também mencionou que estava trabalhando para que a interdição fosse levantada o mais rápido possível. Rebeca, por sua vez, expressou sua frustração e preocupações sobre como a interdição estava afetando sua vida pessoal e profissional. Ela disse que sentia que sua vida estava sendo controlada por forças além de seu alcance e que isso estava afetando sua saúde mental e emocional. Após uma longa conversa e muitos debates, Dead propôs uma solução. Ele sugeriu que Rebeca assumisse um papel ativo no caso e ajudasse a resolver o assunto de forma a ter mais controle sobre sua vida. Rebeca, embora incerta, concordou em dar uma chance a essa solução. Os próximos dias foram cheios de trabalho e esforço para Rebeca e Dead. Eles trabalharam juntos, investigando e coletando informações que poderiam ajudar a resolver o caso e levantar a interdição. Rebeca também começou a procurar ajuda profissional, buscando um psicólogo para ajudá-la a lidar com a pressão e o estresse que estava sentindo. Com o passar do tempo, a situação começou a melhorar. A investigação avançou e eles estavam se aproximando do fim do caso. Rebeca também estava começando a sentir-se melhor, com o apoio de Dead e do psicólogo. Finalmente, após semanas de trabalho incansável, o caso foi encerrado e a interdição levantada. Rebeca estava feliz e agradecida por ter conseguido superar os desafios que enfrentou. Ela sabia que ainda havia muito a ser aprendido e que a vida ainda traria desafios, mas estava agora mais preparada do que já nunca para enfrentá-los. Com o caso encerrado e a interdição levantada, Rebeca e Dead puderam voltar a se dedicar um ao outro, enfraquecendo ainda mais as barreiras que haviam surgido entre eles. E juntos, eles continuaram a construir uma vida forte e promissora, superando cada vez mais os obstáculos que a vida lhes apresentava. — o que achou desse texto? — ele sorri — esperar calmamente não é algo que eu faria — ela revira os olhos — não precisa ser idêntico a você. — deveria estar estudando não fazendo textos — ela faz careta — se meus pais ganharem a minha tutela será a primeira coisa que vão me proibir. — Se isso ocorrer eu fujo com você — ela dá um sorriso — se eu não tenho como consentir isso meio que seria sequestro. — O que me importa se você não está bem e feliz? — ela a abraça e sorri — vai dar tudo certo — ele promete e ela confirma com a cabeça. O advogado da família disse o que ela poderia fazer e que ia facilitar o máximo que pudesse para ela, porque sabia que isso é um absurdo, mas ele não era o único que queria ajudar. O embate de Costa e Dead era sempre com um sentimento no ar, o mais estranho é que em meio a toda a pose existia medo no meio dos olhos de Costa. — o que você está fazendo aqui? — ela pergunta e ele concorda — eu soube da tentativa de tutela e eu sou policial e formado em direito eu posso tentar ajudar. — eu vou até o banheiro — Dead diz calmamente para que ele não entendesse o sentimento em seu rosto. — primeira coisa é se livrar desse cara, confie em mim ele só está com você porque será muito mais fácil lavar dinheiro tendo uma parente de bilhões — ela olha para ele como se ele fosse i****a e ele continua — já entendi, a segunda é demonstre calma, responda as perguntas e procure um psiquiatra para conversar — ela concorda e já vai perto da porta para abri-la e ele olha para ela — quando largar o golpista não se esqueça que existe um espaço quentinho no meu colo para você — ela bate a porta na cara dele e vê Dead observando a cena. — seu padrão seria quebrar a cara dele agora — Rebeca diz e ele dá de ombros — talvez por ele ser um policial eu não faça isso — ela fica confusa — ele é provavelmente o único risco que você tem de ser preso e mesmo assim você basicamente o ignora. — é impressão minha ou está me incentivando a m***r alguém? — ela olha para os lados meio confusa — na verdade, é muito mais sobre curiosidade — ele confirma com a cabeça — há coisas sobre mim que eu não conto para você, como sei que há coisas sobre você que não conta para mim. — eu já entendi, assunto p******o — ele confirma — meu psiquiatra sabe de tudo, ele não vai nos entregar a polícia, você pode falar com ele se quiser seguir a dica do t****o. — eu com certeza já estaria dormindo com ele se não fosse você — ele começa a rir e ela o abraça — você é minha até inconscientemente você saberia disso. Rebeca estava com medo daquele lugar, porém quando viu um senhorzinho asiático tomando Chá aquele local escuro e úmido pareceu mais acalentador. — Você deve ser a Rebeca, é quase como se já nos conhecessemos — ela sorri meio nervosa e ele indica um banco para sentar sem saber o que realmente poderia acontecer. No clima acolhedor do chá e da boa convivência, o pequeno salão se tornava um santuário de confissões. Rebeca, sentindo a gentileza invisível que emanava do senhor asiático, deu-se à liberdade de partilhar sua história, suas dores e aspirações. O senhor, com um sorriso compreensivo que conheceu muitas vidas e muitas dores, acenou com um leve movimento de cabeça, incentivando-a a continuar, a liberação de suas amarras internas favorecida pela aura de aceitação que o espaço agora possuía. Rebeca falou de Dead, o personagem com dedos de maestro que tecia belezas em seus cabelos e traçava a trama de sua renovação. "Ele me vê," ela sussurrou, como se essas palavras fossem um talismã contra a incompreensão do mundo. Quando as confissões tocaram as questões de família, o juiz das pequenas tragédias humanas, Rebeca desenrolou a pesada cortina de um palco onde a peça era sua própria vida. "Eles não entendem," disse ela, "que não é uma rebelião, mas um crescimento, uma evolução para fora da casca que eles criaram ao meu redor." O homem, cujos olhos refletiam a sabedoria de quem já vira muitos outonos, assentiu, parecendo ver, além do visível, a essência de Rebeca. "Às vezes," ele começou, com uma voz que era o suspiro do vento nas árvores, "precisamos deixar para trás o familiar para abraçar o que realmente somos. E nessa jornada, encontramos o medo, a incerteza, mas também a verdadeira liberdade." Rebeca percebeu que aquela conversa era como o chá que fumegava leve diante deles; o sabor da coragem permeava o ar, e ela sentia-se presente – inteira. Ao perceber que o senhor a compreendia, a sensação de solidão se esvaía, deixando lugar para um novo sentimento: o de pertencimento a um mundo onde seu coração finalmente tinha voz. Em seu íntimo, sabia que a batalha não tinha terminado. A luta pela autonomia seria árdua, especialmente contra o preconceito enraizado que ainda cerceava as fronteiras do amor. No entanto, armada com a serenidade que aquele estranho encontro lhe proporcionara, Rebeca se sentia pronta para enfrentar o que viesse. O velho, então, ergueu sua xícara em um brinde silencioso – à liberdade, às escolhas feitas, às mudanças que viriam. E naquela troca silenciosa, se fortalecia o compromisso de Rebeca com seu caminho escolhido, o qual ela trilharia custasse o que custasse. Rebeca tinha acabado de receber um penteado que Dead tinha aprendido no YouTube, ele é muito bom com as mãos ela costuma dizer e é mais amplo do que parece. O juiz queria dormir ouvindo os argumentos dos pais de Rebeca sobre como ela mudou suas atitudes nos últimos tempos, como por exemplo namorar um homem asiático de forma potencialmente racista e homofóbica não esquecendo. — eu já entrei com o pedido de divórcio, no meio disso eu me apaixonei por um homem. O que assusta meus pais é autonomia que eu estou tomando porque tudo sempre esteve no controle deles.
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