Conhecendo a vizinhança

1666 Words
— Chamar Muriel para sair? E se ele estiver ocupado. Não quero atrapalhar... Como posso fazer isso?— Lisa travava completamente quando se tratava de Muriel. — Se ele estiver ocupado, vai dizer que não pode, como uma pessoa normal. É assim que a gente descobre se alguém pode ou não sair, convidando. Se tu continuar com nessa, vai vir outra e sentar no colo dele. Ele é bonito, rico, inteligente e vai ser médico. Pode ter certeza que não vai faltar mulher se jogando nos seus braços. Enquanto tu nem tem coragem de chamar ele para sair. — Ruby sabia que a amiga era introvertida, assim como o Muriel, mas ela conhecia como as outras mulheres agiam, se Lisa não tomasse nenhuma atitude, alguém tomaria antes dela. — Eu não sei como fazer isso, okay? Eu nunca chamei ele para sair. Normalmente sempre nos encontramos nas reuniões que os nossos pais organizam. Acho que nunca consegui ficar a sós com ele. Eu nunca nem mandei mensagem. — Lisa sabia que no ritmo que estava levando as coisas, nada mudaria entre ela e Muriel, mas diferente de antes, agora não haviam os seus pais por perto. — Me passa seu celular. Ele tem o seu número, não é? Lembro que você passou dias animada quando ele pediu, na expectativa dele entrar em contato, mas logo se frustrou porque nem visualizar as suas indiretas no status do w******p ele fazia. — Ruby decidiu ajudar a amiga, se dependesse daqueles dois, tudo continuaria na mesma. — O que você vai fazer? — Lisa perguntou vendo Ruby abrir o aplicativo de mensagem em seu telefone. — Manda uma mensagem chamando ele, ora. — Ruby explicou enquanto digitava. — Que? Não. O que ele vai pensar de mim? Vai achar que eu sou fácil. Que estou dando em cima dele. Que... Eu não quero que ele pense algo errado de mim. — Lisa tinha medo que uma atitude errada fizesse Muriel se afastar mais ainda. — Ele não pensar que você chegou em um lugar novo, não conhece ninguém e quer comemorar a mudança, como qualquer pessoa normal, você decide convidar a única pessoa conhecida que conhece todo o lugar. Se ele for um ser humano normal, vai entender isso. E você deveria ser menos insegura. Ainda acho que se um homem não aceita como você é, não merece o seu tempo ou amor. Se moldar para ele te enxergar é triste. — Ruby não gostava de como Lisa se podava o tempo inteiro com medo do que Muriel pensaria. — Talvez se você fosse mais como você mesma na frente dele, já estaria com ele. Enquanto Ruby passava um bom sermão da sua amiga por ter medo até de respirar perto de Muriel, ela finalizou a mensagem para e enviou sem deixar nem a Lisa ler para não transformar em uma batalha ainda maior. Lisa: Cheguei! Terminei agora de arrumar as coisas. Estava pensando em passar em um bar para comemorar. Vamos? Muriel: Pode ser depois das oito? Tenho estágio até às seis. Eu passo para pegar você. Lisa: Combinado. Até mais tarde. Vou te mandar a localização. Ah! Ruby vai comigo também. Espero que não seja um problema. Muriel: Okay — Ele topou? — Lisa perguntou colocando a mão no rosto assim que viu a notificação de Muriel. Tinha muito medo da rejeição. — Óbvio que sim, sua boba. E aí, o que você vai vestir para sua primeira saída com o amor da sua vida? — Ruby sabia que no fundo, a sua amiga tinha apenas medo de rejeição. — Ruby! Me ajuda! O que eu uso? Não posso ir muita certinha e parecer chata. Nem quero ir muito piriguete a ponto de assustar ele. — Lisa puxou a amiga para o quarto olhando para o guarda-roupa repleto de roupa — Eu não tenho nada para usar. Isso é um desastre! — Como não tem, sua louca. O guarda-roupa está cheio de roupas. — Ruby olhou sem entender o que a amiga dizia. — Já sei. Vamos no shopping comprar. Vai dar tempo. Aproveitamos para almoçar por lá. Tu dirige? Ele não deve ser longe. — Lisa sorriu com os olhos brilhando para Ruby. Ruby pensou em dizer não, estava tão cansada que m*l conseguia ficar de pé, mas ao olhar animação da amiga, não pode deixar negar o seu pedido. — Vamos, pode ser no meu carro, mas tu dirige. Eu já dirigi demais por hoje. — Ruby concordou entregando a chave a Lisa. — Eu espero que a gente volte logo e não aconteça nada demais. Preciso dormir um pouco se eu quiser ter forças para aproveitar a noite. — O que pode acontecer em um shopping de uma cidade desse tamanho? Relaxa. Vamos direto comer, depois da minha loja de roupas preferidas, quando menos esperava vamos está em casa. — Lisa realmente acreditava que seria tão fácil assim. Ruby estava tão cansada, que adormeceu no trajeto de dez minutos até o shopping mais próximo, era um pouco mais afastado da universidade e bem menor do que Lisa esperava, mesmo assim, ela esperava conseguir encontrar a roupa perfeita para seu primeiro "encontro" com Muriel. — Vamos, Ruby. — Lisa puxou a mão da amiga sonolenta por dentro do estacionamento. — Quer comer ou escolher a roupa primeiro? — Roupa. Estou sem fome. Acabei de acordar. Vamos naquela loja que eu gosta. Se tiver aqui, estamos falando de um shopping pequeno em uma cidade do interior. Nem estamos na capital. — Ruby lembrou Lisa que fez careta ao pensar na ideia. A escolha da universidade foi feita por ela mesmo, se baseando em qual teria os melhores professores (e Muriel), Ruby apenas concordou com o que ela escolheu. As duas rodaram todo o shopping e não encontram nem traços da loja de grife internacional que Lisa costumava se vestir. Cansadas e famintas, resolveram fazer o pedido. Enquanto esperavam a comida, pesquisava alguma loja que fizesse roupas parecidas. — Aliás, Lisa, como você não sabia que não tinha. Essa não é a loja da sua madrasta? — Ruby perguntou ao lembrar uma das razões da sua amiga só comprar roupa nessa loja. Ela sempre foi bastante orgulhosa sobre Natália e as roupa que desenhava. — Eu não sei nem onde são todos os hotéis e empresas do meu pai. E já te disse que Natália é a minha mãe. — Lisa corrigiu a amiga. Lisa cresceu sem a sua mãe biológica, ainda pequena, soube por seu pai que a sua mãe havia falecido. Natália surgiu na vida dela e dos seus irmãos quando ela tinha cerca de oito anos, como babá deles. Lisa gostou tanto dela, que pediu ajuda a Verônica, sua tia, para juntar a babá e o seu pai. — Entendi. Acho que achei algo parecido com o que a sua mãe desenha, apenas a qualidade do tecido é diferente, mas duvido muito que Muriel perceba, ainda mais, de noite. — Ruby mostrou na tela do celular a loja e as roupas que eles trabalhavam. — Perfeito. Vamos nela. — Lisa sorriu aliviada, embora preferisse usar as roupas de Natalia, ainda sim, era um alívio saber que tinha um planos B. — É o nosso. Vou buscar. Por enquanto, para adiantar, pesquise alguma referência do que quer. Eu usaria algo mais curto, mas não vulgar. Se você quer atacar, tem que fazer direito. Atiçar um pouco ele. — Ruby levantou indo em direção do restaurante. Quando estava poucos passos do lugar, passou por um amontoado de pessoas, sentiu alguém empurrando ela com tanta força até cair no chão, pode ouvir na mesma hora uma gargalhada, mas havia tanta gente ao redor, que ela não pode ver quem havia feito aquilo, para evitar se levantar ela se levantou e tentou sair da aglomeração. — Licença. Tem um papel grudado na senhora. Acho que algum adolescente deve está fazendo travessura. — Uma senhora disse arrancando o papel das costas de Ruby e entregando para ela. — Obrigada. — Ruby agradeceu confusa, ainda tentando identificar quem poderia ter feito algo como aquilo com ela, mas ao olhar para o papel, sentiu o seu coração disparando. " A alegria acabou, princesa. A sua vida se transformará em um inferno, o que era bênção em sua vida, se transformarar em maldição. Você se arrependerá do dia que nasceu. Desejará ter morrido, como deveria ter sido desde o início. Vou destruir a sua vida, assim como fez com a minha. Deveria ter morrido isolada naquela maldita olha." — Será aquele maldito louco novamente? — Ruby se perguntou olhando para aquela ameaça, pensando na possibilidade de ser apenas uma brincadeira adolescente e ela estava sensível com o que aconteceu mais cedo ou algo realmente perigoso. — Mas isso não é uma letra feminina demais? Tem um coração no pingo da letra "i" e está escrita de caneta rosa com glitter. Não deve ser aquele louco. Quem será? Quem diabos eu irritei agora? Ruby guardou o papel na bolsa, precisava pensar um pouco mais em quem poderia ter feito aquilo. Talvez que levar para a polícia investigar. Por hora, achou melhor apenas ficar em comer. Pegou a comida no restaurante e voltou para onde a Lisa estava sentada esperando. — Risoto de camarão fresquinho para alimentar quem está nos matando. — Ruby brincou colocando a bandeja já mesa. Havia uma cumbuca de barro com a comida dentro dela, além de um refrigerante de limão e uma água. — Eu já estou sentindo falta da lasanha da mamãe. Acho que realmente eu sou muito mimada. — Lisa brincou enquanto colocava um pouco do risoto no seu prato, mas algo brilhoso chamou a sua atenção. Ela mexeu mais um pouco achando que era o camarão, mas ao perceber o que de tratava levantou assustada. — Ruby! Ruby! Isso aqui é um caco de vidro? Meu Deus! O que um caco de vidro está fazendo na nossa comida?
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