Katherine Langford
Assim que chegamos em Nova Iorque hoje pela manhã, a primeira coisa que minha mãe disse foi para retirar das malas todos os presentes que trouxemos para os membros da nossa família, pois iríamos encontrá-los na casa dos meus tios a noite.
Eu comentei que também tinha comprado alguns presentes para meus primos e tios, e para minha surpresa demonstraram que gostaram de algo que eu fiz.
Sempre que eu ia ao shopping ou passava em frente a alguma loja e via algo que me lembrava o jeito ou gosto dos meus primos e tios, eu sempre comprava, na esperança de algum dia enviar para eles, mas sempre estava muito ocupada com a faculdade e alguns trabalhos, por isso acabei nunca enviando, mas tinha guardado todos.
E por falar nesse jantar, já estou aqui imaginando os meus pais se mostrando um casal apaixonado diante os meus tios hoje, além de quererem se mostrar os pais mais amorosos e cuidadosos do mundo comigo, mesmo eu sabendo que quando voltarmos para casa as coisas serão bem diferentes, pois se tem uma coisa que meu pai sempre fez, foi tratar minha mãe com muita rispidez, assim também como os dois agem comigo.
Quando eu era pequena, lembro-me de ver minha mãe chorar várias e várias vezes dentro do seu quarto, eu nunca entendi o porquê, mas quando ela me via, ela se levantava e dizia: — Já falei para não ficar olhando pelas frestas das portas, Katherine.
E depois ela sempre batia a porta com força e eu fica do lado de fora do quarto ouvindo seu choro se intensificar.
Aos olhos da grande sociedade, nós somos a família perfeita, mas eu que bem sei quanta dor e lágrimas existem dentro das paredes da minha casa, mesmo que eu nunca tenha contado tudo isso a ninguém.
Eu não discutia muito com os meus pais na infância, houve um tempo que eu não aguentava mais apanhar calada, então tentava argumentar para não apanhar, na tentativa de entender porque estava apanhando, mas isso sempre enfurecia ainda mais a minha mãe, era como se pudesse ver a ira em seus olhos, então passei a me calar.
Toda filha sonha em ser como a mãe, imaginando como seremos parecidas com ela na fase adulta, mas eu nunca fui como a minha mãe, não digo apenas na aparência, pois minha mãe tem o famoso cabelo escuro da família Turner, assim como os olhos escuros também e já no meu caso eu sou ruiva, de pele clara e olhos claros no tom âmbar.
E por tudo isso, quando pequena sempre fui muito introvertida, pois sempre fui muito criticada e cobrada pela minha mãe, eu era consequentemente culpada por tudo, se meu pai brigava com ela, a culpa era minha, se eu deixasse um brinquedo fora do lugar, tinha consequências e, se por acaso eu tivesse qualquer desentendimento na escola com alguma colega e chegasse ao ouvido da minha mãe, o caos se instalava em casa, ficar doente então nem pensar, eu não tinha esse direito e quantas vezes apanhei sem sequer saber o motivo.
Eu nunca conheci o amor de pai e de mãe, exceto na frente da sociedade, quando colocavam suas máscaras de bons pais, meu pai sempre foi muito ausente em casa, viajava muito ou tinha reuniões até tarde e minha mãe sofria com tudo isso, se tornando cada dia mais amarga, exigindo de mim uma perfeição que eu nunca conseguiria alcançar, ela vivia dizendo que eu era o pior erro da vida dela e como me doía ouvir isso da minha mãe.
Apenas meu tio Aaron era bom para mim, sempre muito carinhoso e acolhedor, nunca esqueceu um aniversário meu, mesmo agora já adulta e morando distante. Já a minha tia sempre fez aquele estilo dondoca, só quer saber de SPA, botox e compras, mas ela não me trata m*l, tem horas que até me faz rir um pouco implicando comigo e minha prima Verônica por não sermos como ela, mas já com meu primo Sebastian sei que será muito difícil encontrá-lo novamente.
Passei a tarde organizando minhas coisas no meu quarto e depois me arrumei para o jantar.
— Você não ouse me responder na frente deles ou falar qualquer coisa do que aconteceu na Alemanha Katherine, se fizer isso quando nós chegarmos em casa, você vai se arrepender. — meu pai fala assim que chegamos em frente a mansão da família Turner.
Mordo meu lábio inferior na tentativa de não dizer nada, minha mãe me lança um olhar de relance, mas não fala nada. Ela nunca faz nada, sempre se mantém distante e deixa meu pai agir como bem quer, acredito que eu seja apenas um fardo a ser carregado, pois não sei qual foi o dia que ela se aproximou pelo menos com uma palavra de afeto ou carinho, muito pelo contrário, sempre foi para me repreender de algum modo. Ela é uma que só sabe apontar as minhas falhas, tanto que sempre contou isso à família, qualquer mínimo erro meu, ela aumentava, por menor que seja ela sempre reclamava de mim para os meus tios.
Então eu sou considerada a ovelha n***a da família, aquela que tocava terror na escola, batia nas colegas, até ser pega pelo diretor da escola usando drogas, tudo isso ela contou a meus tios, sem eu nunca ter feito nada disso. Eu sempre fui aquele tipo de aluna que entra muda e sai calada das aulas, sempre quietinha no meu canto, por muitas vezes tinha alguma aluna problemática que vinha implicar comigo e me batia, roubava meu lanche, quebrada meus lápis e se algum chegasse essa informação ao diretor, sempre diziam que eu que procurava confusão e como eu sempre fui vista assim, nunca abrir a boca para discordar, quando minha mãe era informada ela nunca me deu o benefício da dúvida, nunca me perguntava e eu sempre tinha castigos severos e surras que me machucavam além do físico como também do psicológico.
Muitas vezes acreditei que não era culpa da minha mãe pensar assim, que tinha sido a forma como o diretor falou que a fez acreditar, mas para minha decepção, uma vez minha professora pediu para participar da reunião com o diretor e minha mãe, essa professora era muito amável, ela disse para minha mãe que eu nunca reagir as provocações das colegas, que sempre fui uma vítima e que com tudo que estava acontecendo ela percebeu que meu rendimento escolar estava diminuindo e orientou que me levassem ao psicólogo para ter a ajuda necessária, minha mãe foi muito cordial, agradeceu a professora dizendo que levaria sim e me levou embora, mas quando chegou em casa, ela me disse tanta coisa, me bateu e disse que eu estava era brincando demais e estudando de menos por isso que meu rendimento tinha caído, que eu era culpada por tudo, então naquele momento percebi que ela não me amava e que eu sempre seria visto para ela como a errada, a ovelha n***a.
— Vamos meu amor, nossa família nos espera. — minha mãe diz com a voz doce para o meu pai. — Katherine saiba que Sebastian vai está conosco hoje e acredito que será um bom momento para você reparar a confusão do passado. — ela fala palavra por palavra sem me olhar.
Assim que minha mãe cita o nome do Sebastian, sinto meu corpo inteiro se contrair, meu primo me odeia e sei que ele tem motivos para isso.
Sebastian sempre foi um homem lindo, carismático e com sorriso fácil, sempre teve a maioria das melhores mulheres aos seus pés justamente pela sua beleza que é inconfundível.
Posso até dizer que é o homem mais lindo do mundo, pelo menos para mim sempre foi.
Eu sempre fui apaixonada pelo meu primo desde a infância, achava que ele era o meu príncipe encantado, muito provavelmente porque ele era o único menino que sempre conversava comigo nas festas de família e quando crescemos ele ainda conversava, geralmente quando não tinha ninguém por perto, perguntava as coisas que eu gostava, perguntava como eu estava, além de admirar o fato que eu era tão apaixonada por flores e não por carros como todos os membros da nossa família tinham que ser.
Eu enxergava algo em meu primo que ninguém via, a tristeza por sempre tentar agradar ao meu tio, Aaron Turner, um homem que tem a personalidade forte e é muito autoritário, ele não aceita erros e quer que tudo sempre esteja sobre o seu controle, Sebastian por muitos momentos tentou agradar ao pai, mas não importava o que fizesse, ele sempre era criticado e acredito que isso foi o que me fez ficar ainda mais próxima dele, pois vivíamos a mesma coisa, a diferença era que ele não sabia o que acontecia comigo dentro de casa.
Eu só ficava triste quando Yala Smith chegava, ela era a melhor amiga da minha prima Verônica e eu sabia que meu primo nutria uma paixão por ela, mesmo Yala não percebendo.
Sebastian tinha a esperança de namorar com ela, mas meu tio sempre o repreendia, falava que Yala não era mulher para ele, pois na visão do meu tio, ela tinha um jeito totalmente inadmissível. Yala desde criança sempre gostou de coisas de menino e eu sabia que meus tios não gostavam da aproximação dela com a minha prima, pois sempre falavam que ela era um péssimo exemplo para todos nós, mas aceitavam a menina, pois era filha de um dos seus grandes amigos, Steven Smith.
Eu nunca liguei para o jeito da Yala, mas sempre fiquei com raiva porque quando ela chegava, o Sebastian só tinha olhos para ela, mudavam totalmente comigo, só ela tinha toda a atenção dele e eu virava uma peça descartável, ficava invisível.
Sebastian virava o cachorrinho da Yala e eu achava que ela era o problema, mas na verdade, hoje eu entendo que nunca foi e jamais será.
Eu que me apegava com o pouco de atenção que tinha de uma pessoa que gostava e acreditei que isso era amor quando na verdade, o Sebastian só tinha um carinho de primo por mim e hoje nem isso tenho mais, pois tudo se transformou em ódio e ressentimento, tanto que quando eu cometi a loucura de contar aos membros da nossa família que eu amava o Sebastian, dias depois em uma festa, e ele me tratou da pior forma possível, tudo isso na frente da Yala Smith, eu sei que já deveria ter esperado por isso, já que ele tinha me tratado do mesmo jeito dias atrás, mas imaginei que a raiva dele já tinha passado, grande engano.
— Vamos entrar. — saio dos meus pensamentos conturbados quando escuto a voz forte do meu pai.
Saio do veículo me deparando com a grande e moderna mansão da família Turner, que é bem localizada no coração de Nova Iorque, o local é uma verdadeira jóia de luxo e sofisticação com uma entrada imponente, cercada por uma fachada deslumbrante de vidro e pedra polida, com detalhes em aço escovado.
Lembro-me que há anos atrás a mansão não era dessa forma e que havia um lindo jardim aqui na frente, mas tudo foi substituído por uma larga escadaria em mármore preto que leva a uma enorme porta de vidro temperado.
— Vamos Katherine. — escuto a voz da minha mãe e saio do transe em que me enfiei.
Aceno com a cabeça.
— Não tem mais o jardim nesse lugar. — sussurro com meu coração pesado, pois não entendo o porquê eles mataram o pouco de vida natural que tinha aqui.
— Ficamos muitos anos longe, é normal que tudo tenha sido reformado. — minha mãe fala dando de ombros.
— É pelo jeito, a empresa está lucrando bastante para Aaron ter feito uma reforma desse tamanho. — sinto uma certa irritação na voz do meu pai, mas não tenho tempo de questionar, pois as portas da mansão se abrem e uma senhora de cabelos brancos parecendo algodão aparece diante de nós com um uniforme muito bem ajustado. Josette é empregada da família há muitos anos.
— Olá, Sr. e Sra. Langford, sejam bem vindos! — Josette diz com educação que sempre carregou.
— Espero que tenha aprendido a guardar um casaco direito Josette. — minha mãe fala com a voz áspera de sempre, se tem uma coisa que ela nunca soube fazer foi tratar um funcionário direito nem sei como a Adeline consegue suportar.
— Aprendi sim, Sra. Langford.
Assim que entramos, m*l tenho tempo de ver a nova decoração porque meus tios vêm em nossa direção.
Minha tinha sempre com suas roupas elegantes, unha bem feita, mas com seu ar de superioridade, já o meu tio sempre com sua expressão de velho turrão que odeia ser contrariado.
— Fico feliz que decidiram retornar Noemi. — minha tia Lucy abraça a minha mãe e meu tio Aaron cumprimenta o meu pai.
— Vocês finalmente estão em casa, não deveriam ter passado tantos anos longe. — meu tio fala com um sorriso no rosto.
— Katherine querida, como você cresceu menina. — minha tia diz me olhando dos pés à cabeça e me dá um abraço. — Estava com saudades de você menina, soube que se formou.
— Olá, tia! Como à senhora está? E sim, hoje sou formada em paisagismo. — digo com orgulho.
Vejo o sorriso da minha tia se apagar um pouco assim como o brilho em seus olhos.
— Nunca entendi essa sua fascinação por flores, você poderia ser uma ótima profissional trabalhando como designer na empresa Turner, mas como sua mãe sempre diz, Katherine é difícil, entretanto acredito que tudo isso vai mudar agora que estará próximo de nós e não mais em um país distante.
— Tenho certeza que está nos berços da família vai fazer muito bem a Katherine Lucy. — minha mãe alfineta coisa que ela nunca perde a oportunidade de fazer.
— Ah, Kate sempre amou as flores, mas acredito que se vocês não tivessem tirado a menina do nosso convívio, certamente iria seguir nossa profissão. — meu tio repreende os meus pais. — Até Sebastian, por mais difícil que seja, está trabalhando nas empresas Turner.
Vejo meu pai contrair os dentes em meio a um sorriso falso.
— Mas sabemos que não temos filhos perfeitos né Aaron. Pelo menos a Katherine não me dá mais trabalho como antes, ao contrário da Verônica que nem se quer está mais trabalhando nas nossas empresas, está ao lado da família Smith. — meu pai fala algo que eu não sabia.
Fico surpresa com a informação.
Como assim Verônica está ao lado da família Smith?
— Isso tudo é influência da filha do Smith, Yala sempre foi um problema. Eu errei muito deixando ela ao nosso lado por muitos anos. — meu tio diz frustrado. — Mas, sei que em breve eu vou conseguir colocar juízo na cabeça da minha filha, mas o que mais me importa nesse momento é resolver a vida do Sebastian. — meu tio fala.
Fico mais perdida com toda essa conversa, mas com o decorrer dos minutos seguintes vou começando a entender o que está acontecendo, enquanto vamos nos sentar no sofá da sala de estar.
Para começar, minha prima está tentando ajudar Yala a recuperar os negócios da família porque estão falindo, eles perderam praticamente toda a sua rede de hotel, tem apenas um aberto e que está com os dias contados, pois a família Ricci’s quer comprar o hotel, mas Yala se recusa a vender. No decorrer da conversa, também descobri que Charles Ricci está fazendo da vida da Yala um inferno, lembro-me que Charles e Yala sempre tiveram suas discussões, eu via nas festas da alta sociedade e Yala sempre saia pior, pois ele era implacável quando falava algo, não quero nem imaginar o que ela pode estar passando com ele, meu tio disse que a família Ricci tem parte da cidade nas mãos, até os maiores empresários dificilmente vão contra eles, já que são os empresários mais fortes da cidade.
E Sebastian andou ajudando Yala, coisa que eu sabia que ele não iria perder a oportunidade de fazer, já que ela sempre foi à amada dele, só que isso atraiu a ira para a nossa família, pois Charles já veio ameaçar o meu tio, sem contar os acionistas da empresa que não acham meu primo capacitado para ser o CEO da empresa, já que ele andou envolvido em muitos escândalos devido ao seu jeito cafajeste, além de chegar atrasado para muitas reuniões importantes.
Meu pai aproveitou para dizer que Sebastian precisa entrar na linha e que eles juntos vão conseguir fazer isso.
Não sei dizer, mas tem algo nas entrelinhas que ainda não consegui entender.
A conversa já estava se tornando insuportável, onde só se falava de negócios e quando eu estava prestes a pedir para ir ao toalete, vi minhas primas caminhando em nossa direção.
Verônica e Riley são totalmente diferentes uma da outra, não digo pela aparência, pois nisso as duas são muito parecidas, ambas com seus lindos cabelos pretos longos e corpo magro, mas digo em personalidade, Verônica é aquela que tinha uma resposta para tudo, deixando meu tio fora do sério e ele sempre culpava a aproximação dela com Yala. Já Riley é a cópia da minha tia, uma pessoa extremante vaidosa que nunca soube tratar um funcionário com respeito, entretanto por sempre fazer tudo que os pais mandam, ela não tem a ira dos pais, já que sempre foi muito bem protegida pela mãe.
— Kate, que bom ver você novamente. — Verônica vem me dar um abraço caloroso.
— Como você ficou ainda mais linda Kate. — Riley me abraça também.
— Que bom rever vocês novamente. — falo sincera, pois sempre gostei das duas, mesmo sendo completamente diferente em personalidade.
— Diga que agora voltou para ficar. — Riley fala, mas eu nem tenho tempo de responder, pois meu pai faz isso no meu lugar.
— Com toda a certeza, retornamos para ficar e inclusive Katherine fala muito de vocês meninas, o quanto estava com saudades e principalmente queria ver a família reunida novamente.
Minhas primas sorriem mais ainda, enquanto eu tento compactuar com a mentira do meu pai.
— Ah, Katherine trouxe presentes para todos vocês. Sebastian não está? Katherine trouxe um para ele também. — minha mãe perguntou.
Percebo a tensão tomar conta dos rostos de todos, mas logo meu tio responde:
— Sebastian já deve estar chegando, eu falei que vocês iam vim aqui hoje para jantar conosco.
— Claro. — minha mãe diz desconfiada. — Então vamos pedir para os empregados pegar os presentes no carro enquanto isso. — ela sugere.
Todos acenaram com a cabeça.
Continuamos conversando sobre como tinha sido a nossa vida em outro país, meus pais passaram um cenário encantador aos meus tios que olhavam admirados, tanto que acharam que nós nunca íamos retornar, mas após meu pai ficar sabendo dos problemas da empresa, ele decidiu que era hora de vim e ajudar meu tio a colocar tudo em ordem até porque são os negócios da nossa família que está sendo m*l administrado.
Uma coisa que eu estranhei, foi a minha mãe me elogiando bastante sobre eu não ser mais aquela menina sem controle, meu pai chegou a dizer que meu afastamento de Nova Iorque fez muito bem para mim, pois deixei de ser aquela menina rebelde e que seria ótima para ajudar meu primo futuramente.
Que merda de ajuda é essa que eles estão falando?
E quando foi que eu fui rebelde? Essa história novamente inventada sobre mim, ninguém merece!
Cerca de meia hora depois as portas da mansão se abrem, para aquele que sempre fez parte dos meus sonhos.
Senti o meu coração saltar pela boca ao ver meu primo caminhando em nossa direção, achei que só tudo que senti no passado era apenas uma paixão pelo meu primo, mas agora o vendo novamente depois de anos, sinto as minhas mãos suarem, meu coração disparar e meu rosto ruborizar.
Sebastian continua tão lindo, mas seu olhar é tão frio como o enorme mar n***o, deixando claro que ele preferia está em qualquer outro lugar, menos diante da minha presença.
Continua...