Capítulo 2

1228 Words
Viviana Simplesmente acreditei que todo amor que sentia por aquele filho da p**a tinha algum tipo de serventia, afinal, ele era o único que podia dar-me a segurança necessária para passar por aquela fase difícil, pela qual tinha passado na minha adolescência. Nunca fui uma menina de curvas finas, longe dos perfil das magricelas. Sempre tive carne nos lugares certos, e nas outras partes também, como barriga e braços. Com um tempo aprendi os exercícios adequados para secar essas regiões, fora que sabia o que comer, e quando podia ao menos chutar o balde, e estocar os meus doces, salgadinhos e pizzas, sabia me render a estes prazeres. Afinal ser gordinha tinha as suas vantagens. Portanto, desde sempre sabia valorizar meu biotipo,usando roupas que valorizavam a minha formação mais larguinha com muito orgulho, por que não? Já que vez ou outra avaliava a minha saúde, constatando que a massa corporal estava de acordo com os exames do meu coração. Resumindo, tenho uma armação corporal completamente predisposta, o problema é que com o passar dos anos, os namoradinhos sem futuro da minha mãe igualmente notavam que a filhinha dela estava em constante desenvolvimento. Até que um dia, um desses covardes conhecido pela região onde morava, como "Fubá”, indivíduo que vivia enfurnado na moradia da mandona, me dopou quando ela saiu para beber no bar próximo, após uma das dezenas das discussões infernais deste destrutivo casal. Esse maldito tirou de mim algo que estava guardando para o meu primeiro amor juvenil, meu antigo namorado Gustavo. Fubá foi o responsável por roubar de mim a minha inocência, e pelo fato de sair maior de idade, a doida me puniu pondo-me na rua da amargura sem eira nem beira, somente com a roupa do corpo. Tentei buscar ajuda da mãe do meu amor, esperei até em seu lar a chegada dele, mas aquela mulher já havia espalhado de que tinha me perdido com o macho dela de propósito, manchando rapidamente a reputação, tudo o que existia de valor foi radicalmente tirado, roubado, moído. Jogado as traças. E Gustavo, influenciado pela sua mãe e a fofoca na boca de todos, não quis ouvir a minha versão da história, dizendo-me como era uma p*****a desgraçada, que me fazia de santa virgem e dava para outro homem debaixo da vista da minha mãe. Aquilo me doeu profundamente, e jurei que jamais amaria outro carinha. Todavia, na rua. Acabei conhecendo Gilson, um agente de modelo Plus Size. Ali surgiu uma oportunidade profissional, alavancando a carreira de uma menina perdida. Todo o começo no estrelato é difícil, mas com a minha garra e determinação, fui bem mais longe. E consegui conquistar meus bens sozinha, tinha apartamento, e um carro do ano. Sabia me virar muito bem, no entanto a velha insegurança de achar que qualquer homem que olhasse para mim queria me comer, se tornou uma paranoia obsessiva, fazendo-me ir a delegacia sem ter como prestar queixa. Foi assim que acabei conhecendo Amaral, nos apaixonamos rapidamente. Recebendo desse cara aquela confirmção de que o universo finalmenyte havia me dado um chance de ser feliz com um parceiro, pois desde o estupro não tive outro momento s****l, tinha pavor disso. Com esse policial gostoso me libertei, mas nem tudo eram flores, o ciúmes dele era algo desproporcional. Por isso acabei terminando tudo com ele, não aprovando isso acabou virando meu perseguidor. Porém, quando parecia ter se curado dessa fobia, achei melhor dar uma chance a ele, foi ai que me dei m*l, pois acabei virando testemunha de assassinato sem querer. Péssimo dia que inventei de me esconder na residência dele, descobrindo também seu esquema de corrupção e tudo mais de errado que ia contra sua profissão. Amaral me descobriu ali, e jurou vingança caso eu fugisse. E foi exatamente isso que eu fiz, mas acho que a escolha foi errada. Olha pra mim agora, nem sei como vim parar no Morro do Gavião. Chorei miseravelmente pelo meu fim, pois sabia que eles acabariam comigo. No início achavam que era uma espiã, pelo modo como adentrei em seus domínios. Burra olhei a fuça de cada uma que segurava armamentos pesados. Encontrava-me encapuzada, trancada num quarto fedido. Poderia ser até um banheiro porque fedia a urina de homem. Tinha nojo de ambiente assim, lembrava-me da casa da mulher que me colocou no mundo. A porta foi escancarada num rompante, era agora que seria o final da minha trajetória. Sentia a morte na espreita. Assustada tentei buscar refúgio, quase ultrapassando a parede úmida. Sentindo a presença forte da pessoa chegando com tudo, foi aí que o capuz foi tirado do meu rosto, dando de cara com o homem mais viril da face da terra, olhando-me como se fosse um pedaço de carne. Não sabia se podia realmente olhá-lo, mas já não tinha como retroceder. Estava nervosa pra c*****o. Sua mão grande tirou o pano da boca com rapidez. - Por favor… - Murmurei chorando. - Deixe-me ir foi um erro ter parado aqui. Tentei apelar pela misericórdia, tentei sair do fato de estar amarrada. - Não pequena… lagarta. Pertence ao Cezar. Propriedade, entende? - Como assim? O grandalhão veio pegando-me, e jogou meu corpo pesado sobre seu ombro como se não pesasse uma grama. - Onde… estamos indo? Não sei se realmente queria saber… No final todos eles só pensam numa coisa de uma mulher; na sua b****a. Não busquei reagir, estava cansada demais para correr, lutar e fugir. Seu silêncio dizia o óbvio. - Espero que seja rápido então. Falei conformada, tentando miseravelmente não olhar esses traficantes nos olhos, à medida que avançava para sala e saia daquela barraco. - Não seja precipitada, lagartinha. — Por que? — Não faça perguntas, está no meu território, então quem faz as mamatas sou eu. O chefe. Tem o privilégio de estar comigo, não sou de me encantar fácil. — Do quê está falando? — Subiu o morro com o objetivo de receber segurança, e eu sou o único que pode ter oferecer isso. Calei-me por um instante, perdida em pensamentos. Como ele sabia que precisava de proteção senão abri a boca com os seus comparsas do crime? Chegamos numa casinha ajeitada, e pelo visto o chefão morava sozinho. Ou não tinha quengas no momento para satisfazer o gostosão hoje. Que lástima. Cezar me pôs no sofá, dessatando apressadamente as cordas. Ficando livre. Olhei em volta enquanto o mesmo se movia passando as chaves na porta, e logo veio tirando a camisa. Coração disparou ao olhar seu físico mostrengo. — Bora? — Bora o que? — Quis saber sem esconder o medo. — Tomar banho, pode ir primeiro. Vou buscar umas roupas com a dona de uma loja aqui perto. Passou os olhos sem cerimônia em toda a extensão do meu corpinho sensual. Engoli em seco ao chegar no meu rosto com aquela pinta de bandido. — Sei seu tamanho, já volto. Apontou o dedo com máxima de autoridade. — Pode tocar em tudo, não trago trabalho pra casa, apenas não olhe o galpão, lá onde guardo... — Passou a língua gigante pelo seu lábio inferior, fazendo arrepios deconfortaveis a minha pele. — ... Meus brinquedos de adulto. Entendeu!? — Hu!Hu! Apressei em respondê-lo. Parecia estressado. — Ótimo. Deu uma última olhada e saiu porta fora, trancando novamente. Quase me mijei nesse estofado depois da sua saída. — p**a que pariu.
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