Capítulo Três

1200 Words
Me viro imediatamente e fico estática, diante de mim está, um homem de terno ( já falei que tenho uma queda por homens de terno? não? Sim tenho muita.) Parado me olhando de baixo a cima, me analisando, me senti invadida, seu rosto não disfarçava sua cara de desgosto ao me ver, refleti sobre qual roupa estava e digamos que não era à mais apropriada para esse momento, e pior quando o cara que se Deus tiver misericórdia de mim vai me contratar está impecável em seu terno, com seu cabelo bem alinhado e exalando um perfume divino, isso sim é injusto. - Você é a candidata ao trabalho? - ele falou com desdém, e algo em mim começou a borbulhar. - Sim. - respondi segura, esse b****a está se achando melhor que eu por está tão... tão.. bem arrumado? - Tenho apenas alguns minutos, venha, vamos conversar no meu escritório!- sua voz rouca me faz fica mais ereta, ele me dá as costas, acredito que eu deva segui-lo, olho para Cristal que me lança um sorrisinho e faz o sinal de positivo com o polegar. O sigo, e admiro a bela visão da sua b***a naquela calça (e que b***a! céus Cloé, não pense besteira), tiro minha visão dali, e começo a olhar a casa, a decoração é simplesmente divina, de repente ele para e se eu não parasse rápido quase me bato nele, o mesmo abre a porta e faz sinal para que eu entre primeiro, pelo menos o pai da Cristal é cavalheiro e não um cavalo! ( entenderam a piada? Não? deixa pra lá) O escritório é enorme, exatamente como todo canto da casa, meus olhos pareciam duas bolas de gude, de tanto ficar girando de um lado para o outro olhando aquela sala enorme. - Bom a senhorita ...- ele começou mas parou, percebeu que não sabia meu nome. - Cloé Ubermam. - digo rápido, estou desconfortável com essa situação, agora sentada de frente com esse homem que parece uma pedra e como uma flor de tão lindo, ainda mais com esses olhos que mais parecem um oceano, me dando vontade de arrancar a roupa e mergulhar nua nele, faço uma careta tentando imaginar a cena. Ele me olha e levanta a sobrancelha, e depois continua - Então senhorita Ubermam, cristal me disse que lhe encontrou na rua, isso é verdade? - ele pergunta, "encontrou na rua" soou como se eu fosse um cãozinho abandonado. - Quase isso, eu vinha da agência de emprego, mas não havia vagas, então me sentei na praça e foi aí que a sua filha apareceu e me falou sobre o emprego. -respondi, ele fez uma cara estranha, abriu a boca para falar, mas a fechou, e depois a abriu novamente. - Olha senhorita Ubermam, vou ser sincero, você não parece ser qualificada para esse emprego. - ele diz meio rude, abri a boca para falar mas ele proseguiu. - Tem alguma experiência com crianças? - Na..não... Mas tenho uma irmã, e eu a praticamente a criei, e..e.. sou boa companhia e..ser babá não é tão difícil, principalmente com a Cristal que é uma menina meiga e doce. - digo, meu coração está acelerado, eu preciso desse emprego, ele olha as horas em seu relógio e se levantou, ótimo nada de emprego, me levanto frustrada. - Esteja aqui as sete, você ficará uma semana como teste, se passar ficará permanente. Aliás não sou o pai da Cris, sou o irmão dela.- Opa!? Irmão? esse é o mesmo irmão que ela me falou? como esse ser frio pode ser irmão de uma garotinha tão meiga? fico perplexa. - Me perdoe. - digo, ele não diz nada apenas sai da sala, me levanto rápido e o sigo até a sala. Cristal quando nos vê sorrir logo. - Então?- ela pergunta animada, o seu irmão a encara seriamente - Uma semana de teste, se não passar rua, igual as outras. Tenho que ir, se comporte Cris.- ele diz seco, se vira e sai, sem ao menos dar um beijo na irmazinha. -Isso é bom.- ela diz abraçando minhas pernas. - Acho que ele não gostou de mim.- digo, qual é o meu problema em ser sincera com ela, é difícil mentir para uma garotinha com ar de inocente. - Ele não gosta de ninguém.- ela diz, e sua expressão ficou triste, me abaixei para ficar do seu tamanho, passei minhas mãos em seus cabelos ruivos - Ele gosta de você, e isso é bom!- digo usando sua frase e a mesma sorrir e me comovo com seus olhinhos azuis iguais a do irmão marejados. - Bom minha princesa, amanhã eu volto, e espero passar nesse tal teste.-digo pegando minha bolsa, dou lhe um beijo na bochecha e passo pela porta, e pelo portão principal, paro e olho novamente para a casa que agora em diante será meu local de trabalho. EU TENHO UM TRABALHO. eu tenho um emprego! meu Deus do céu! É quase inacreditável, calma Cloé, pelo jeito o teste não é brincadeira, tenho que me dar bem nisso, não posso me alegrar antes do tempo. p***a posso sim, pois eu tenho um emprego! Pego meu celular da bolsa e ligo para quem merece ser o primeiro a saber, no segundo toque ele atendeu - Fala aí mana! - eu estou com tanta empolgação que nem sabia por onde começar - Carret eu tenho um emprego! - digo quase gritando no meio da rua. - Sério? - ele perguntou e senti animação em sua voz - Sério...- contei a ele como tudo aconteceu, desde a agência até Cristal aparecer. - Uou, isso que é sorte maninha, fico feliz por você, já contou para o pai e a mãe? - ele diz, e eu sei que ele fica. - Não, você é o primeiro. Carret?- digo bufando - O que houve? - Não sei mas acho que esse emprego vai me causar muita dor de cabeça. - digo, após refleti sobre meu chefe -Dor de cabeça literalmente? -ele perguntou, acabei rindo da sua pergunta - Também, ele não é pai dela, é irmão e vou ser sincera ele é um gato, e trata a irmã com muita indiferença e a coitadinha pensa que ele não se importar com ela! - digo, ouço ele respira fundo e depois ouço ele rindo - Me poupe da parte que você teve uma queda pelo seu suposto chefe Cloé. - eu rir- Mas posso te dar um conselho? - Claro que pode! - fiquei aflita, Carret não é de dar conselho, pelo menos não para mim, ou para nenhum da família ou dos colegas, na verdade ele não dá conselho a ninguém. - Só não se deixe se levar pelo jeito que ele trata a irmã dele, não se meta, e por favor segure essa sua língua na boca, você costuma a ser sincera demais e isso muitas vezes te coloca em merdas. - ele diz, escuto suas palavras, ele tem razão, mas como vou conseguir não me impor com que pode ou não acontecer lá naquela casa. - Vou dar o máximo de mim para ficar longe de encrenca.- digo sincera - Ótimo. Tenho que ir agora, te amo maninha. - ele diz - Também te amo. - respondi, desliguei o celular e coloquei na bolsa. Agora é voltar para casa e esbanjar meu novo emprego na cara da minha mãe e da Clarisse.
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