1. 1998

1527 Words
**$** Uma garota que quer ser um monstro... ... Um monstro que quer ser humano. **$** Boston - EUA, hoje em dia. Merlia Summers — Mais que p***a! Chego no meu pequeno apartamento que divido com minha colega de trabalho e jogo a minha bolsa de couro preta em cima da mesa, causando um estrombo devido a alguns objetos. — O que deu errado desta vez? – Erika pergunta vindo até mim. — Eu fui até aquele fim de mundo e não encontrei nenhuma pista. A única coisa que consegui foi um nome. — Isso é uma boa notícia, Lia. Dou uma risada sarcástica. — Boa? Um nome de um homem morto? Descobri que esse homem havia morrido por trair os Salvatore. Jogo meu corpo para frente sobre a mesa e abaixo minha cabeça, solto um longo suspiro. Sinto uma das mãos da minha amiga sobre meu ombro direito. — Calma, minha amiga, você vai encontrá-los. Mais você precisa tomar cuidado, se um deles descobre o que planeja e querendo entrar nesse submundo lhe matam. — Eu sei de todos os riscos, e vou correr cada um deles... Me afasto mostrando toda a minha frustração e tristeza encarando minha amiga sentindo uma lagrima cair. — ... Por meus filhos faço qualquer coisa. **$** Nápoles - Itália, 1998. Lorenzo Mancini Sou Lorenzo Mancini, chefe de uma das maiores máfias italianas, — depois dos Salvatore — mais acima de mim, tem o Dom, sendo meu irmão mais velho, e sendo seu braço direito, sigo todas às ordens e sou o único em quem ele realmente confia. Faz sete dias que me mantive recolhido de meus exercícios porque eu tive uma linda filha. E mesmo tendo obrigações a família sempre vem acima de qualquer responsabilidade, mais agora estou caminhando até o escritório de Vincenzo que convocou a minha presença com urgência. — Mandou me chamar? – Falo ao entrar depois de uma leve batida na porta de madeira e ouvindo um 'entre'. — Sim, sente-se aqui. — O que houve? — Como você sabe, nossas relações estão estremecidas e tenho uma ótima ideia para reforçar e ganhar forças nos negócios. — Me desculpe meu Dom... — Sem formalidades, irmão, estamos a sós. — ... No que posso te ajudar? — Preciso da sua filha. Levanto-me bruscamente irritado com que ele afirma, eu não vou deixá-lo fazer mau a ela. — Acalme-se. - Diz ao me ver com as narinas dilatadas e punhos cerrados. — Que merda você quer dizer com isso irmão? — Não irei fazer mau a minha sobrinha, você sabe das minhas condições, qual ninguém sabe. E ela é a única herdeira legítima dessa fortuna miserável que temos, e se não reforçamos nossa estrutura tudo que conseguimos acaba e sabe que se eu cair você irá para o inferno comigo e nunca mais verá sua família. — Você que dê um jeito nessa p***a toda, minha filha é carta fora desse baralho. Ele se levanta, sério caminha para frente de sua mesa e senta na beira acomodando seus braços na lateral de seu corpo. — Lorenzo, eu não estou pedindo sua permissão, eu estou te avisando. — Eu mato você antes. — Teria coragem de trair seu sangue, irmão? – Um sorriso sombrio nasce em sua face. — Com toda certeza, pela minha família consigo tudo. — Que lindo! – Fala irônico. — Você sempre um homem fraco, desde criança um frouxo, i****a. Caminha apressado até mim e pega com força no meu pescoço. — Eu disse que quero sua filha, e eu vou ter. – Fala entre dentes. — Sua criança será nossa salvação, seu i****a. Solta meu pescoço e me empurra. — Agora vá e avise sua esposa. Dou-lhe as costas mais sua voz me interrompe novamente. — Nem pense em fazer nenhuma bobagem, Lorenzo, porque você conhece as regras e se me trair serei obrigado a matá-lo. Não dou resposta e ouço um soco ser atingido em algum objeto, julgo ser a mesa. Meu irmão nunca foi tão canalha, mais sua responsabilidade requer sua frieza diariamente e então toda essa merda de vida criminosa contaminou o pouco de bondade que existia em seu coração e sei que vai cumprir sua promessa, mais de forma alguma deixarei com que fique com minha filha. — Mais um detalhe... O silêncio paira no ar. — ... Essa aliança é com o Salvatore. No mesmo instante meu coração falta parar, eu não acredito que ele teve essa audácia mesmo sabendo de todo nosso passado. — QUE DIABOS VOCÊ TEM NA CABEÇA? — Abaixe esse tom, Lorenzo, você me deve respeito. — VOCÊ PERDEU A p***a DO MEU RESPEITO NESTE EXATO MOMENTO. — Não seja infantil, esse triângulo amoroso de vocês já ficou ultrapassado e você ficou com Kate. Então supera irmãozinho. Ando de um lado para o outro enquanto passo a mão nos meus cabelos lisos e pretos. — Você sabe que este homem nos odeia. — Não pareceu quando ele mesmo propôs a sugestão. — Esse homem é o próprio d***o Vincenzo, ele nunca aceitou que Kate tenha escolhido ficar comigo. — Ah Lorenzo! Já chega dessas paranoias, tudo corresponde com os protocolos, em três dias ele vem busca a pequena. E agora que sabe com quem estamos negociando, mais um incentivo para não fazer nenhuma bobagem. — Eu NUNCA irei entregar ela para este homem. Agora saio da sua sala pensando como vou contar a Kete que nossa filha foi praticamente feita de mercadoria. Os dias de passaram e não consegui contar a minha esposa sobre minha conversa de três dias atrás, Vicenzo tem me lembrado a todo momento da merda que fez. Não consegui dormi pensando em como planejaria uma fuga silenciosa e um jeito para que nós três sumíssemos do mapa. — Amor, o que está acontecendo? – Pergunta entrando no escritório da nossa casa. — Nada. Continuo de costas para ela olhando nosso jardim da grande janela. Sinto seu cheiro deliciosa de rosas tocando meu corpo, fecho os olhos recebendo toda a paz que essa mulher me traz. Suspiro. Estou exausto, não dormi e não comi nada, apenas fiquei planejando um plano perfeito. Dou o último gole da minha bebida e viro para olhar minha linda esposa, de cabelos ondulados médios na cor castanho-claro e os olhos no mesmo tom. Coloco meu copo na mesa, em seguida dando atenção a Kete. Pego em sua cintura e sento-a sobre a mesa, beijo seus lábios rosados e me afasto. — O que aconteceu Lorenzo? Novamente acordei e você não estava na cama. — Kate temos um problema que nos obriga a fugir e tem que ser hoje. Ela levanta inquieta e colocando um pouco de cabelo atrás da orelha, essa mania dela de declarar o quanto está nervosa. — Me conta tudo. Contei tudo a ela, e como esperado conteve sua raiva. Sendo sensata como sempre saiu do escritório para arrumar nossa pequena mala e a bebê. Vou direto pro cofre, pego alguns passaportes com identidades e documentos falsificados e um bom dinheiro para subornar e burlar qualquer lei que nos fizesse ficar longe de Nápoles. Após tentar passar o dia normal quando meu irmão veio nos visitar para sondar se não iríamos fazer nenhuma surpresa e por sorte, conseguimos ser convincentes. Comunicou-nos aonde seria e como seria a entrega da menina a Mateo. Fingimos que concordamos com tudo, afinal somos submissos a ele e devedores de lealdade. — Prestem atenção vocês dois, por favor não façam nenhuma burrada. Vocês conhecem Mateo ele não conhece a palavra piedade, e pelo histórico de relações de vocês três ele será irredutível e eu não poderei fazer nada para os ajudar. Eu e minha esposa nos olhamos e vi o medo em seus olhos, apertei sua mão e apenas respondi: — Nós sabemos irmão. — Ótimo, vou embora e à noite nos encontramos no local. Levanta dando as costas mais antes dá, um último recado. — E não se preocupem, ele garantiu que não fará nada de r**m a nossa pequena herdeira. Foi uma das coisas que o fiz prometer antes de assinarmos o acordo, mais infelizmente ele não disse quais os planos que tinha para ela. Abaixo minha cabeça pensando no pior, para ele já seria uma vitória nos tirar a felicidade e usar todo o seu poder para nos destruir e não saber em qual dos seus negócios sujos ele comprometeria a minha filha. Depois disso Vicenzo vai embora, repassamos o plano novamente e era o seguinte: Primeiro pegaríamos um jatinho daqui da cidade e iríamos para Roma e de lá direto para Boston nos Estados Unidos aonde Kate foi criada pela família, pediríamos abrigo no convento aonde a irmã dela mora e de lá começaríamos uma nova vida longe toda essa merda criminosa. Então à noite chega, achamos melhor esperar anoitecer que seria mais discreto, faltando uma hora para o encontro saímos acompanhado de um dos seguranças de confiança da minha casa que irá nos dar um suporte e caso algo dê errado ele pode ao menos salvar a minha esposa e minha filha. E que Deus esteja do nosso lado, apesar de tantos pecados. **$**
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