Lauren Moss.
Neste preciso momento eu estou numa sala de interrogatório assustadora, com alguns fios conectados em mim.
E agora eu acho que a minha ficha desceu!
Eles levaram aquele homem para algum lugar de lá, confiscaram o meu celular, e me levaram como uma criminosa, para cá.
Nesta sala branca, na frente dessa mulher ruiva, que por mais bonita que seja, me assusta.
Me assusta estar aqui.
Aonde eu estava com a minha cabeça quando eu me meti nisso?
Lauren, pelo amor de Deus! Você matou alguém! Você está sendo interrogada pela FBI, do dia para à noite.
Aonde eu estava com a minha cabeça?
O medo é real agora, e acho que o transe que eu entrei desde que eu me meti naquele dia do evento de caridade, acabou agora.
Meu coração está demasiado acelerado, batendo com força contra o meu peito.
O Blake, está aparentemente numa sala, lá encima, toda de vidro me encarando como se eu fosse uma criminosa.
Ele está ali, e minha memória não fazia jus ao quão atraente ele é.
Ele está com aquela mulher e mais dois homens que eu vi lá naquele lugar.
- À mando de quem você o matou? - ela me questiona e meus olhos se enchem de lágrimas, enquanto ela me encara.
- Eu não sei quem ele é, eu não o matei a mando de ninguém. - eu respondo assustada e eu vejo pelo reflexo do em seu olhar uma luz verde, aparecendo enquanto ele olha para a câmera.
- Me escute, eu preciso que você relate o que aconteceu, até você lá chegar. - ela fala e eu suspiro e minha mente faz uma viagem.
- Eu... - eu tento não gaguejar. - Eu fui recrutada para o treinamento na base. - eu falo e ela simplesmente não esboça qualquer reação. - Eu estava saindo da faculdade e eu fui levada até lá às cegas. - eu conto.
- Eu estava perdida dentro da base e acabei escutando uma conversa sobre essa missão, e aquele homem. - eu falo.
- Quer dizer que você foi por livre e espontânea vontade? - ela me questiona.
- Sim. - eu respondo, e vejo o reflexo da luz vermelha ressonar.
Eu não menti.
Seus olhos âmbar encontram os meus novamente.
- Alguma motivação? Algum agente com olhos azuis, talvez? - ela me questiona, e quase que inconscientemente os meus olhos vão para onde está o Blake, enquanto eu sinto o meu rosto ruborizar.
E os seus olhos azuis encontram os meus me deixando petrificada.
E eu volto o meu olhar para ela morrendo de vergonha.
- Não. - eu respondo e para aumentar a minha vergonha a luz vermelha acende com uma intensidade vergonhosa.
Eu engulo em seco. Céus Lauren, isso está o cúmulo da vergonha, estou perdendo completamente o meu amor próprio.
- Blake Wray? - ela me questiona, me encarando.
E eu sinto o meu corpo esquenta ardentemente.
- Sim. - eu respondo e a luz verde adorna a sala, e meu coração acelera.
- De onde conhece o agente Blake? - ela me questiona.
- Eu não o conheço, eu o vi apenas uma vez. - eu falo e a luz acende novamente.
As faisquinhas dos meus batimentos cardíacos, se vêm pelo reflexo de seus óculos.
- Como você chegou até ao local do crime? - ela questiona.
- Eu peguei uma moto, e fui seguindo o GPS, a localização que eu ouvi, e cheguei. - eu falo e eu vejo sua face ficar pálida e ela levantar o olhar para a sala aonde estão eles.
- Sem armamento? - ela me questiona.
- Eu agi impulsivamente, eu não levei nada, para além da moto. - eu falo.
- Você deve ter escutado que ele era um criminoso de nível A. - ela fala e meu coração acelera. - Foi sem armamento algum, sozinha? - ela questiona e eu suspiro.
- Como eu falei, eu cheguei na base completamente perdida, eu agi impulsivamente. - eu falo. - Eu cheguei até ao local, por impulsão, e quando dei por mim, eu escutei tiroteios, o homem fugiu, eu o persegui, a minha mente dá um branco, eu só sei que tentando não morrer, eu lutei com ele e acabei disparando contra ele com a sua própria arma, e foi quando, vocês chegaram. - eu conto de uma vez por todas.
- Eu não levei nenhum armamento, até porque eu não tenho experiência qualquer com armas. - eu falo e ela assente sorrindo me encarando.
- Lauren Moss? - ela questiona e eu assinto.
- Lauren Moss. - eu à respondo e ela assente e então olha para a sala de vidro por alguns instantes, aonde eu me recuso a olhar depois desse interrogatório.
Blake Wray.
Lauren Moss, filha de Jacob Moss, o homem que está na minha mira e na da FBI fazem anos.
- Ela matou um dos nossos assassinos sem treinamento e sem armamento algum, é o que se fala, talento nato. - o Samuel, um dos agentes fala, a observando pela sala de vidro, sendo interrogada pela Sasha.
- Não, isso foi um ato de burrice e pura sorte. - a Hailey fala, enciumado, eu vejo em seu olhar.
Mas à verdade é que é realmente impressionada e se tiver sido sorte, ela é a pessoa mais sortuda que existe.
E isso será ótimo, ela será muito útil para a apreensão do Jacob Moss.
Lauren Moss.
Alguns agentes que estavam aqui dentro desconectam os fios da máquina em mim, e eu suspiro.
Pensando mil e uma coisas, o que vai ser de mim agora?
Alguém me fale, aonde eu estava com a minha cabeça?
Eu realmente matei uma pessoa, era um criminoso, mas não deixa de ser uma pessoa.
Eu vou presa?
Eu não tenho licença para atirar…
Eu nunca fiz nada disso, não sou uma gênio, mesmo eu tido conseguido fazer eles me colocarem para dentro da FBI, eu nem sei como fiz isso.
Não posso ajudar com computadores e descodificar coisas, eu não sei lutar, nunca lutei na minha vida, eu acho que ir para o ginásio não conta.
Se a m***a que eu fiz, cai nos ouvidos dos meus pais, eles me mandam para a Antártica, eles estavam à espera de um motivo mesmo, para me mandar para bem longe deles.
Que m***a, foi que eu fiz?
Miriam! Porquê ela não me deu ao menos duas chapadas ou uma p*****a bem dada, para ver se eu acordava para a realidade?
Eu vou viver a minha vida inteira numa prisão da FBI?
Eu me levanto olhando para a Sasha, a moça que me interrogou, organizando minuciosamente tudo o que tocou aqui.
- O que vai acontecer comigo? - eu a questiono e ela levanta o seu olhar para o meu.
- Não tenha medo, venha comigo. - ela fala e eu suspiro a seguindo, coxeando.
- Você está machucada. - ela comenta quando as portas da sala se abrem, e nós saímos daqui entrando num corredor para lá de coisa de filme.
Eu estou tão, mas tão assustada.
- É. - eu falo. - Eu fui atirada para o chão algumas vezes, tentando me salvar da situação que eu me meti e não morrer. - eu falo e ela sorri.
- Trataremos dos seus ferimentos depois. - ela fala fazendo reconhecimento, e as portas de uma outra sala se abre e eu fico paralisada.
À algumas horas, eu estava saindo da faculdade e do nada, parece que estou em algum filme, ou talvez num pesadelo que eu não faço ideia de como entrei e muito menos de como vai terminar.
Meu rosto ruboriza, vendo o Blake, é um frio de instala em minha barriga, meu coração ameaça sair pela boca.
Eu entendo em como eu virei uma outra pessoa, e entrei nesse transe absurdo.
Ele é irreal, irreal de atraente, alto, viril, com essa roupa, feita sob medida, fica claro o quão esbelto ele é, ele é bonito, sua face é bonita, com traços simetricamente masculinos, sua aura exala poder, ocupa todo o espaço, e o seu olhar, azul, altivo, intenso...
Seu olhar coloca qualquer um de joelhos na sua frente, ou tem o poder de mudar completamente o rumo da vida de alguém que cruza o seu caminho.
Sem exagero...
Eu passei a minha vida inteira sendo empurrado pelos meus pais para homens, extremamente atraentes, e bem, eu estou numa faculdade e homens cheios de si, e bonitos é o que não falta.
Embora sejam todos idiotas...
Mas ele...
Ele, parece pecado de tão perfeito que ele é.
Meu rosto queima fortemente.
- Vai ficar aí parada? Entre! - uma moça linda, de olhos verdes, cabelos loiros, alta, que estava lá também, fala, rude para mim.
E eu suspiro.
Eu sinto a Sasha, encostar as minhas costas me guiando para dentro.
Eu me sento com o meu rosto para lá de vermelho.
- Lauren Moss. - a voz dele penetra os meus ouvidos e a quentura em meu corpo aumenta drasticamente.
Eu engulo em seco, ele ouviu tudo que se foi dito naquela sala do interrogatório.
Seus olhos estão penetrando os meus.
- Eu… peço desculpas. - eu falo. - Eu não voltarei a me intrometer em absolutamente nada. - eu falo entrando em pânico.
- Com certeza. - ele fala sem desviar o seu olhar do meu. - Você não entrará em nenhuma missão, sem treinamento e sem antes ser convocada. - ele diz e eu franzo o cenho com o meu coração falha múltiplas batidas seguidas.
- Como assim, sem antes ser convocada para uma missão? - eu questiono, os encarando confusa. - Eu… eu não sei como eu consegui ser recrutada para esse treinamento, eu não tenho nenhuma habilidade que me permita ser agente, eu nunca quis ser uma agente… - eu falo.
- Obviamente não tem nenhuma habilidade, as suas notas medianas falam, tudo. - a moça loira, ao lado do Blake fala, mas com uma raiva de mim, que me fez sentir de imediato raiva dela.
- Isso acontece quando se é obrigada a frequentar um curso que se é obrigada. Eu preciso apenas passar, e não agradar ninguém com as minhas capacidades cognitivas. - eu à respondo.
- Além de i****a, inconsequente é burra e linguaruda. - ela fala. - Releve o seu tom quando falar comigo. - ela fala e eu engulo em seco, de medo mesmo irritada.
Porquê ela está falando desse jeito comigo?
Entra um agente.
- Senhor Blake. - ele diz e o Blake assente saindo logo em seguida e a minha respiração fica menos pesada.
- Não preste atenção na Hailey. - o homem de cabelos loiros e olhos azuis, fala me fazendo o encarar. - Você foi recrutada por algum motivo. - ele fala e eu estou mais confusa.
Eles me querem? É isso?
Eu olho para a Sasha confusa.
- Lauren. - a Sasha fala. - Nós não recrutamos aleatoriamente, embora esse incidente, que esperamos que não se repita novamente, o sector de IQ, acha você muito útil. - ela fala, e esse é um sinal?
- Você foi recrutada para o treinamento de agentes especial da FBI, na turma do Blake Wray. - ela fala e o meu coração acelera.
Agente especial?
Treinada pelo Blake?
Então se ele treina, ele definitivamente não é qualquer agente.
Bem, isso é notável, ele definitivamente não faz parte dos agentes ou do sector comum.
- Bem, eu… - eu gaguejo, vendo o Blake entrando novamente. - Eu faço faculdade, e tem um dia que eu estou fora de casa, os meus pais… - eu falo e o Blake me encara.
- Esse treinamento e qualquer informação interna é confidencial, Moss. - ele diz e eu engulo em seco. - Ninguém, muito menos os seus pais devem saber que foi recrutada pela FBI. - ele diz e inconscientemente eu assinto.
- Você irá com o Samuel para a sua casa, levar os seus pertences. - ele fala e eu franzo o cenho.
- Eu terei de ficar aqui? - eu questiono confusa.
- O que achou? Que com a quantidade de seguranças que tem, você iria e viria no horário que bem entender? Isso não é uma brincadeira. - a Hailey, a loira de olhos coloridos fala, aparentemente com uma vontade intensa de me m***r.
- Precisamos que seja sigilosa. - a Sasha fala e eu assinto.
Bem, eu vou sair de casa, tem algo melhor que isso?
Não!
Mas, em que eu estou me metendo direito? Eu não sei, mas neste momento, eu não estou interessada.
Não tenho nada à perder.
O único problema, é, que desculpa eu vou dar para eles, porque eu já tentei sair de casa antes, mas eles não permitiram.
- Tudo bem. - eu falo, e vejo a cara de desgosto da Hailey.
- Vamos? - o Samuel questiona sorrindo, e eu olho para a Sasha, eu não sei, ela me passa uma áurea que me deixa mais tranquila.
- Eu a levarei para a enfermaria antes. - a Sasha diz, e eu me levanto.
- Vamos! - ela fala e eu a sigo.
Blake Wray.
- Nós não precisamos dela, para prender o Moss. - a Hailey fala, assim que a filha do Jacob Moss, sai da sala.
- São ciúmes, Hailey? - eu a questiono, porque nunca à vi, tão violenta. - Se não precisássemos dela, ela não estaria aqui, e o Moss já estaria preso. - eu falo.
- Foi um golpe de gênio, conseguirmos a infiltrar na FBI. - o James fala, e eu assinto.
Eu já tenho investigado essa garota faz tempo, e ela nos será bastante útil.
- Vamos combinar, que ela será bastante útil, ela acabou com aquele bandido. - o Samuel fala.
Realmente, para uma leiga é surpreendente.
- Vocês só podem estar de brincadeira. - a Hailey fala, irritada. - Essa garota será um problema. - ela diz. - Eu teria pego sozinha se ela não tivesse se intrometido naquela missão. - ela fala e eu troco olhares com o James e o Samuel, que tiveram a mesma reação que a minha.
Ciúmes.
- E era óbvio que ela conseguiria m***r aquele bandido, ela é filha de um, tem os genes da família dela, ela irá nos atraiçoar, não é confiável! - ela insiste. - Blake. - ela fala.
- Eu não tenho tempo para isso. - eu falo, sem paciência para a aturar, e saio.
Lauren Moss.
Entramos na enfermaria, é uma enfermaria de filme, eu estou sem ar, perante cada cômodo que está aqui.
A enfermeira já tratou dos meus ferimentos, nos joelhos e nos cotovelos, e voltei a me vestir com a minha roupa, lavada e seca nesse instante novamente.
- Obrigada. - eu agradeço a enfermeira que assente e eu sigo a Sasha para fora de lá.
- O que eu falo para os meus pais? - eu questiono para a Sasha.
- O Samuel trata de tudo quando chegar lá, apenas concorde com o que ele disser. - ela fala e eu assinto.
Entramos no elevador, e eu estou em pânico interno e saímos num estacionamento recheado de carros milionários.
- Aqui está o seu celular. - ela diz me entregando, enquanto nos aproximamos do carro do Samuel.
- Obrigada. - eu falo, vendo o Samuel vestido, completamente casual, e elegante.
- Entre, Lauren. - o Samuel diz abrindo a porta para mim, e eu entro no carro.
Eu estou oficialmente me metendo numa m***a.
Eu já estou, mas eu estou gostando…
Da adrenalina.