Capítulo 1

1651 Words
Que m***a eu fiz? - Você não fez isso, Lauren. - a Miriam fala ao celular, enquanto eu olho para o chão ensanguentado, vendo que eu simplesmente atirei numa pessoa, e que pessoa? Um criminoso para ser mais exacta. - Eu fiz. - eu falo com a minha mão trêmula, deixando o celular no chão acinzentando e gelado, me abaixando, e colocando a minha mão em frente ao nariz dele, procurando sentir a respiração dele, escutando os gritos imperceptíveis à esse ponto vindos da Miriam. - Que barulho é esse, Lauren? - ouço ela questionar, e eu levanto o meu olhar escutando também, quando os meus olhos são fisgados, pela presença inegavelmente poderosa e atraente dele chegando. É ele. Meu coração acelera, a minha barriga congela e eu sinto a palidez de medo que estou em meu corpo, fazer o mesmo, aquecer, sinto o sangue correr pelas com uma rapidez insana em minhas veias e o meu coração ameaçar quebrar o meu peito de tão forte que bate. - Blake. - eu balbucio no tom de murmúrio, magnetizada pela aura poderosa que ele exala, quando os meus olhos cruzam os dele, por míseros milésimos de segundos. Eu fiz m***a! Bem… Eu sou a Lauren, e como vocês estão vendo eu fiz uma m***a, e ultimamente tem sido constante. Como eu vim parar nessa situação, em que eu não devia estar? Complicado de explicar, porque nem no início dessa história, eu também devia estar. Valha-me Deus, aonde eu estava com a minha cabeça? Querem saber aonde eu estou? Eu estou infiltrada numa missão secreta da FBI. Eu sei, eu sei, eu sou maluca, mas só às vezes! Eu acho que como eu vim parar aqui, tem uma explicação, e essa explicação tem nome. Blake Wray. Eu o vi apenas uma única vez na minha vida até agora, e ele nunca mais saiu da minha mente, da minha e de todos que o virão naquele evento de caridade que o meu pai organizou da outra vez. Foi um evento enorme, obviamente, todos os indivíduos com posses mundiais, lá estavam, um evento organizado pela minha família. Cujo eu odeio participar, porque é um evento chato, eu acho que se é um evento de caridade, não tem necessidade de fazer uma cerimônia, com um leilão, para exibir quem tem mais posses, e simplesmente doar. O leilão é necessário, para angariar uma boa quantidade de dinheiro que também vai para as instituições que eles querem doar, mas, eles não o fazem com o propósito de doar, ou de pensar nessas instituições, e sim no poder e mais poder. Vocês me entendem? E eu não gosto disso, não gosto da minha mãe, da minha irmã e até do meu pai ficarem me empurrando para qualquer homem nesses eventos. Na verdade, eu acho que eles fazem isso, porque querem é me despachar para longe deles, isso sim. Mas eu sou a caçula de três irmãos, era suposto ser o contrário, não era? Eu acho. Eu tenho dois irmãos mais velhos, e uma mais velha. Os três, são de acordo como os meus pais sempre quiseram, e segundo eles, eu devia ser mais como eles. Sete bilhões de pessoas no planeta terra, e os meus queridos pais, querem que eu seja igual aos meus irmãos que foram moldados por eles, eu sei que a minha mãe foi uma máquina de fazer filhos, mas ela não pariu uma robô. Eu não pretendo ser igual a nenhum deles, nem aqui e nem na China. Mas continuando... Blake Wray. Quando ele adentrou aquele salão, a sua presença magnetizou o olhar de absolutamente todos os presentes. Ele exala poder e atração. Tanto que ninguém, absolutamente ninguém ficou indiferente quanto a sua presença, muito menos o meu pai. Seus olhos são azuis, seus cabelos pretos, seu corpo esbelto por cima daquele smoking, feito sob medida, fez mulheres casadas quererem cometer adultério, simplesmente o homem mais perfeito que qualquer pessoa tenha visto na vida. Sem exagero algum. Homens bonitos é o que eu mais já vi em toda a minha curta vida, muito bonitos, mas ele! Ele é como se fosse a personificação da perfeição de tão estupidamente bonito e atraente ele é. Seu porte físico, sua aparência, seu jeito de falar, andar, tudo exala perfeição, atração, e até pecado. Parecia pecado olhar para ele, de tão exuberante que ele é. Sem exagero nenhum. Até porque eu guardei os meus pensamentos para mim mesma, isso nem saiu da minha boca, e sim das mulheres que estavam lá. Ele não ficou por muito tempo, mas eu descobri o ponto fraco de todos os presentes ali, naquela noite, todos incluindo os idosos poderosos e muitas das vezes asquerosos, também. Não só para as filhas, para o ter como genro, mas por algum outro motivo que mexeu com a minha cabeça e me fez chegar aonde eu cheguei. Inclusive, a minha mãe não fez questão de tentar me empurrar para ele, como faz toda à vez com qualquer homem, dessa vez, ela foi diretamente para a minha bela irmã. Afinal, as melhores coisas são para a filha querida dela. Continuando… Eu descobri também, que nesse evento, ele doou mais de setenta porcento de tudo que foi angariado, contando com os milhões que angariaram só do leilão. O que significa, muito, mas muito dinheiro. E vindos de um homem de seus vinte e sete anos. Esse evento tem bilionários, que doam para se mostrar, e ele acrescentou setenta por cento de tudo que angariaram. Aonde eu cheguei com tudo isso que eu falei para vocês? À beira da loucura! É por isso que estamos nessa m***a que eu me meti. Eu não falei com ele, sequer cheguei perto dele naquela noite, e penso que ele sequer olhou para mim, ou sabe da minha humilde e mortal existência. Mas ele não saiu da minha cabeça. E eu quis bancar de detetive, e a minha curiosidade vem me ferrando como nunca antes. Pensem comigo, como eu pensei: Um homem extremamente poderoso, atraente para caramba, com potencial de ser um possível bilionário e eu nunca ouvi falar? Não é possível, mesmo que eu não ligue muito para isso, a minha família liga e eu com certeza já teria escutado alguma coisa sobre ele. Então o que eu fiz nesse dia? Eu cheguei em casa, e tentei recolher informações sobre ele, mas bem, como eu já falei, nessa família eu só sirvo quando convém, portanto tive que optar por ir pesquisar sobre ele na internet. Porque com todos esses atributos que pensamos acima, não tem como não estar na internet, na internet tem tudo! Isso era o que eu achava. Eu pesquisei e nada, absolutamente nada dele. Mistério, e dos grandes. Esse evento de caridade aparece em tudo quanto é canto e com o valor que ele doou, ao menos numa dessas notícias ele teria que estar, mas nada, absolutamente nada de um ser humano como ele na internet. Um desafio, um mistério, eu sempre achei mistérios excitantes, mas esse era tão mais excitante que quando fui dar por mim, eu estava num outro lado da internet, o lado escuro mesmo, perigoso, simplesmente procurando por um cara que nem sabe da minha existência. Eis a m***a! Eu nunca tinha saído nem da minha casa para saber do vizinho, e do dia para à noite, sem eu me aperceber, eu estava com um quadro todo montado, tentando achar o bendito Blake Wray, misterioso, pela internet. Quem em pleno século vinte e um, não tem sequer uma rede social, e ainda mais, alguém como ele? Foi quando eu descobri o mínimo, que ele tinha alguma relação com a FBI. Federal Bureau International. Até aí, a m***a estava suave. Ainda nem m***a era. Eu estava tranquila, tinha decidido ficar na minha. Até porquê, porque porras eu estava me matando assim, para achar uma única pessoa? De onde veio tamanha força de vontade? Eu relaxei. Ou achei que tinha relaxado, pois quando fui dar por mim mesma, eu simplesmente tinha me inscrito, para alguma coisa da FBI. Como exactamente? Eu não faço a mínima ideia, porque olhando agora para esse homem ensanguentado no chão, eu nem me recordo direito como exatamente tudo isso aconteceu. Eu me inscrevi, e simplesmente recebi um e-mail, dizendo que eu iria participar de um treinamento. Nem para que treinamento eu sabia, eu não tinha noção do que eu estava fazendo. Merda, atrás de m***a. Mas vamos, deixa eu terminar de contar isso para vocês se situarem na história. Tudo aconteceu de maneira estranha e extremamente rápida, e adivinhem, ninguém a não ser a Miriam sabe da confusão em que eu me meti. No dia seguinte, um carro blindado, completamente escuro parou perto da faculdade, e quando fui dar por mim, eu tinha sido metida dentro dele. Eu achava que tinha sido sequestrada, mas não, estava sendo levada para onde? Para nada menos, nada mais, que a base de treinamento do FBI. E adivinhem? Tem nem um dia que eu estou aqui, e olha aonde eu estou e em que m***a eu me enfiei. Eu não sei nem explicar o que está acontecendo, se vocês por favor puderem me falar daí, eu agradeço. Mas eu cheguei, e eu simplesmente no meio da minha fascinação, questionamento de como eu consegui ir parar ali, eu me perdi no meio da imensidão de tudo aquilo, e simplesmente ouvi o nome dele, e me aproximei de onde falavam, e acabei descobrindo que ele ia participar de uma missão importante. E o que eu fiz? Ouvi a voz da minha cabeça que sempre me faz fazer m***a, decidi na minha cabeça de gênio, que eu podia simplesmente me infiltrar numa missão da FBI, que lida com bandidos, que querem simplesmente destruir o mundo, e vim parar no meio do nada. E agora… Eu acho que matei alguém.
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