Aqui é Montanha, P***a! 2 (MORRO)

Cap 4

Janete - Oi Jô, tudo bem por aqui? Nossa, o negócio está tão corrido lá em casa, quase não consegui vir até aqui

Joana - Uai, e por que esse desespero todo para vir aqui em casa?

Janete - Não está óbvio? Para ver meus netos uai

Minha cara foi no chão, eu tinha mesmo esquecido completamente de quem era a Nete pra a vida da minha Ísis, eu com certeza, nem tinha pensado na visão dela como vó dos meus pequenos

Ela percebeu a minha aflição, com certeza percebeou porque tento se justificar

Nete - Ei, não precisa me olhar dessa forma, eu sei muito bem o que você pode estar pensando e te garanto que não é nada disso

Jô - Eu? Mas o que você acha que eu tô pensando?

Nete - Que eu estou aqui para me intrometer na criação das crianças, roubar o tempo e atenção que deveriam ser seu, que eu sou uma intrusa e tudo mais. Jô, eu sei que você pensa que eu não me lembro, que eu simplesmente acho que a Ísis esqueceu que a própria mãe não pensou duas vezes para deixar ela com a melhor amiga e que, por causa disso, eu nem tenho o direito de pisar os pés na calçada de frente da sua casa. Que eu quero uma disputa...

Jô – Eu não consigo negar naum, mas também naum vô te impedi de vir aqui e sê presente na vida dos pequenos, naum fiz isso quando o Dom nasceu, naum vô faze isso agora com a Liz

Nete – Mas naum é isso que eu quero Jô, eu quero ser alguém que veio para somar entende, não uma pessoa que está para apagar o seu brilho. Eu sei muito bem o que eu fiz com a minha Ísis, sei que não consegui ser a mãe que uma criança precisa e mais que isso, sei que você não pensou duas vezes em fazer o melhor papel de mãe, por isso, eu tenho plena consciencia de que não posso nem pensar em tentar em tomar o seu lugar, eu só quero...só...

Jô – O que?

Nete – Eu só quero ficar do seu lado, aprender como seu uma pessoa melhor, uma avó e uma mãe melhor, não quero repartir nada, disputar nada, só quero somar

Jô – É isso que tu naum entende Nete, a Ísis tá te dando essa oportunidade desde quando tu chegou aqui de volta, é tu que ainda tá com caraminhola na cabeça, é só se achegar e pronto, naum tem como eu naum senti ciúme, saõ meus pequenos, meu coração andando pra lá e pra cá nesse morro, todos eles, eu tenho ciúme mesmo, sô leoa mesmo, naum importa quem seja

Nete – A mãe que toda mulher deveria ser Jô, é isso que você é

Montanha – Ih, lá vem a chacrete tira o meu sossego, tá fazendo o que aqui tia?

Nete – Vim ver meus netos

Montanha – Entaum chego tarde, agora é minha vez de fica com os meus bacuri

Jô – Credo menino, a gente também quer curtir eles viu

Montanha – Vai tê os seus entaum, esses daqui é meu

Nete – A gente vai se lembrar disso quando você precisar voltar para o "serviço" e a Ísis tiver que ficar sozinha com duas crianças viu, o seu pensamento vai ninar as crianças? Quem sabe seu espírito não brinca com elas quando você não estiver hein

Montanha – Tá cheia de gracinha hein tia

Jô – Olha, naum tô querendo fica do lado de ninguém naum, mas a Nete tá certa, a gente só pode fica com as criança se tu naum tiver em casa, é isso? Entaum a gente só serve pra babá?

Montanha – Mas é um c****e mesmo hein, que discução b***a, tá bom carai, vai lá, mas naum tira meu tempo naum, eu tô pra volta pra boca, agora é duas boca pra alimenta

Jô – Coisa que por causa disso tu tem que trabalha igual a um burrinho de carga né, sei...

Montanha – Eita Deus, naum dá pra sê civilizado nessa p***a naum, o que tá acontecendo com os neguim dessa casa, tomá no cu hein

Nete – Quem sabe depois hein, agora dá licença que eu vou ver como a Ísis e os meninos estão

Ela passou pelo Montanha e ainda deu uma piscadinha pra cima dele, pensa num monstro que naum sabia aonde enfia a cara, com certeza ele naum penso que a Nete ia taca a vergonha na p**a que pariu e dar aquele tipo de resposta

Montanha – Eu hein, vô corta suas asa chacrete, tu vai vê, vai dando uma de debochada pra cima de mim que vô te mostra com quem tá mexendo

Ela nem olhou pra trás, só fez subi a escada e procurar a Ísis

Jô – Como cê tá meu menino?

Montanha – Tô indo tia...

Jô – Tá indo? Por quê, tá acontecendo alguma coisa?

Montanha – Sei lá, tô com pressentimento r**m e isso naum é bom naum

Jô – Felipe, presta atenção, a menina naum tem nada, os exames...

Montanha – Eu sei tia, eu vi o que tava escrito, escutei direitinho o que o médico solto, acho que naum é isso, tô sentindo que vem coisa de fora, entaum, vô redobra a segurança e aumenta os X9 aí pelo pedaço, naum vô corre o risco de fica morgano justo agora com a minha pequena dando o ar da graça aqui nesse mundo e pode sê também que essa preocupação toda aí é por conta de umas ideia que eu tô tendo de aumentar o negócio dos bagulho, carregamento chegando hoje, eu tendo que ir lá conferir com o JL e tudo mais, as vezes naum é nada

Jô – As vezes naum Fe, naum é nada mesmo, fica tranquilo, ninguém passa pelo Montanha esqueceu

Montanha – Ninguém daqui né tia, do nosso mundo, mas teve neguim que aceito corre o risco, vai que mais gente acha que tem condição de faze melhor

Jô – Tu vai tá preparado, eu conheço os meus filhos, nem que tu tenha que muda o lugar na dentada, o raio naum vai cai no mesmo lugar, disso eu tenho certeza. Agora vem cá, vem me dá um abraço decente vem

Ele tinha se tornado uma montanha mesmo de tão grande, só o tamanho dele intimidava neguim que queria dá uma de alegre pra cima da comunidade, mas em certos momentos, ele desmoronava, ainda mais quando se tratava da sua família

O Dom estava crescendo e ele naum parava de fala que tinha que dá maior proteção pro menino, que ele seria o alvo, entaum devia sê bem treinado, que naum via a hora de transforma o garoto num p**a soldado, acho que a espera também tava incomodando ele, parecia que ele tava metendo o pé no tempo, querendo que andasse mais rápido e eu sempre lembrando que isso naum podia sê feito, que ele tinha que curti o momento porque aquilo naum voltava

Apesar disso, era ele que tinha que vê por si só como as coisas iam anda e que, independente do que ele ia faze, nada tava no nosso controle